segunda-feira, 30 de abril de 2012

O impressionante acervo do Museu de Arte Sacra Pierre Chalita; são mais de três mil peças em exposição

Por Roberto Amorim - do Site mais.al

Praticamente esquecido na tumultuada Praça dos Martírios, no Centro da cidade, o Museu de Arte Sacra Pierre Chalita guarda impressionante acervo de registros da fé católica.

Percorrer as salas do prédio é exercício de descobertas e encantamento. O visitante de primeira viagem vai se deparar com acervo de quase três mil peças de arte sacra, pinturas, mobiliário e objetos decorativos dos últimos três séculos.

O circuito museológico é, principalmente, uma imersão no talento dos santeiros de várias partes do Brasil, com destaques para os de Salvador e Pernambuco. Esculturas de Jesus Cristos, Santos e Anjos estão por toda parte e chamam atenção pela perfeição, quantidade e variedade de temas e tamanhos.

Mas as boas-vindas ao museu são dadas por um rei e dois imperadores. Na primeira sala, quadros de D. João VI, D. Pedro I (pintado quando da sua visita do monarca a Salvador) e D. Pedro II, que aparece em três fases da vida: aos 15 anos, adulto e às vésperas de voltar a Portugal depois da Proclamação da República, em 1889.

Altar do Senhor Morto

Encantamento e descobertas aumentam à medida que se entra em outras salas. Em uma delas, os protagonistas são as enormes telas do artista Daniel Bèrard, datadas do início do século 19, e o Altar do Senhor Morto, onde estão as esculturas da Sagrada Família, formada por Sant´Anna, São Joaquim, Nossa Senhora e São José.

“As salas do Museu Pierre Chalita convidam o visitante a um passeio pela história. A distribuição das peças não obedece a um planejamento formal. A maneira como as obras se apresentam tem um toque de naturalidade, favorecendo a descontração do observador e um contato mais íntimo com a arte”, diz Fernanda de Camargo-Moro, pesquisadora que se debruçou sobre o precioso acervo.

Outra impressionante peça é o altar de quase cinco metros em madeira policromada com intensidade em branco e ouro, características do século 19. Para protegê-lo, as imagens de São Miguel Arcanjo e São Judas de Pádua. Ambos com 1,73 metro. As salas das duas grandes estantes pretas revelam uma das maiores coleções de crucifixos e santos em miniaturas do país.

E não é só. Enquanto o andar de cima é um grande salão povoado pelos quadros das séries “Baile” e “Paraíso”, do próprio Pierre Chalita - além de exemplares de marquesas do século passado, destaque para a que pertenceu ao poeta Jorge de Lima -, o andar de baixo do prédio se transformou numa pinacoteca, que abriga trabalhos de artistas populares e contemporâneos de várias partes do Brasil e do mundo.

+ INFORMAÇÕES
Museu de Arte Sacra Pierre Chalita
Na Praça dos Martírios, vizinho ao Palácio Floriano Peixoto
Visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h

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