Diretor dos Museus Vaticanos, Antonio Paolucci - ANSA
Os Museus Vaticanos preparam-se para acolher, de 19 de maio a 25 de julho, uma exposição de arte sacra bielo-russa. A iniciativa nasceu de um encontro, em março de 2015, do secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, com as autoridades da República de Balarus.
Serão apresentadas ao público imagens sacras, ícones de vários séculos e as obras mais representativas da tradição artística bielo-russa, explicou ao “Programa Bielo-Russo” da Rádio Vaticano o diretor dos Museus Vaticanos, Antonio Paolucci, que faz votos da presença das autoridades bielo-russas no evento.
“As relações culturais com as nações do Leste europeu, em particular, com as de confissão ortodoxa, estão em primeiro lugar nos desejos e nos projetos da Santa Sé”, disse.
Com efeito, a ex-república soviética encontra-se na fronteira entre o mundo católico e o mundo ortodoxo e a exposição quer mostrar aqueles elementos da arte sacra bielo-russa que aproximam os dois pulmões da Europa. “O ecumenismo se constrói também com relações e com intercâmbios culturais”, ressaltou Paolucci.
Uma parte consistente de ícones e objetos litúrgicos antigos no país encontra-se hoje nos museus estatais, não obstante as igrejas das quais estes ícones e objetos foram retirados tenham sido reabertas há mais de vinte anos.
Respondendo à pergunta se esta situação deveria mudar, Paolucci diz que “é preciso levar em consideração, em primeiro lugar, a segurança das obras”. Também na Itália seguimos este critério, disse o diretor dos Museus Vaticanos.
“Em linha de princípio, é positivo que as obras de arte sacra se conservem no lugar onde nasceram. Mas quando as condições de segurança e de correta conservação são carentes, é justo transferi-las para os museus. É preciso avaliar cada caso individualmente.”
Trata-se da primeira vez que obras de arte do Leste europeu serão expostas nos Museus Vaticanos. “Estamos trabalhando por uma exposição de arte sacra russa, que será aberta, talvez, daqui a um ano. Mas neste 2016, a República de Belarus será a primeira”, disse o diretor Antonio Paolucci. (RL)
Fonte: Rádio Vaticano
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