“Nossa Senhora com o Filho”, de Cima da Conegliano, é um deles.
Os policiais do Núcleo de Tutela do Patrimônio Cultural (TPC) localizaram três obras de arte roubadas pelos nazistas em casas de colecionadores de Milão. Segundo os policiais, tratam-se de “importantíssimas pinturas” que pertenciam ao então príncipe de Luxemburgo, Filipi de Bourbon-Parma.
Os quadros “Nossa Senhora com o Filho”, de Giovanni Battista Cima (Cima da Conegliano – 1440-1518); a “Trindade”, atribuída à Alesso Baldovinetti (1425-1499), e a “Circuncisão do Menino Jesus”, de Girolamo Dai Libri (1474-1555), estavam na casa de dois colecionadores herdeiros das obras em Milão.
Todas os três quadros precisam passar por restauração porque apresentam partes que estão “frágeis” e as cores perderam o brilho. As pinturas já foram objeto de ressarcimento aos proprietários por parte do Ministério do Tesouro da Itália e a família perdeu os direitos sobre as peças.
Entenda. Em 1938, antes da Segunda Guerra Mundial, um decreto obrigava os judeus estrangeiros a abandonar o território italiano e, em vista de tal afastamento, o Ministério da Educação criou uma outra lei para defender o patrimônio artístico nacional para que ele ficasse no país.
Em 1939, foi criado, então, o Órgão de Gestão e de Liquidação Imobiliária com o objetivo de subtrair os bens dos judeus. Com a entrada da Itália na guerra, o órgão começou a executar a apreensão com maior intensidade os bens estrangeiros dos “inimigos”. Essas peças, assim como muitas outras, foram levadas da Itália pelo Exército nazista para a Alemanha. Em 1945, no entanto, parte das obras foram recuperadas por militares norte-americanos e devolvidas aos Bourbon-Parma.
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