Uma exposição com os tesouros de Isabel de Aragão (1271-1336), que ficou conhecida em Portugal como a Rainha Santa, vai ser inaugurada na quarta-feira, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa.
De acordo com o MNAA, a exposição temporária, intitulada "O Tesouro da Rainha Santa - Imagem e Poder", será inaugurada na Sala do Teto Pintado, a 03 de março, às 18:00, e abre ao público no dia seguinte, para ficar patente até 19 de junho no museu.
A mostra tem como objetivo assinalar o quinto centenário da beatificação de Isabel de Aragão - em 1516, a instâncias do rei D. Manuel I - e reúne, pela primeira vez, em contexto científico, o conjunto de objetos sumptuários associados à sua personalidade e culto, e designados, por tradição, como o "Tesouro da Rainha Santa".
O relicário, vindo de Aragão, em Espanha, o bordão, prova da sua peregrinação a Compostela, a cruz processional em jaspe, material veneziano, a imagem-relicário da Virgem com o Menino, feita à maneira da produção escultórica coimbrã, e o colar, composto por elementos retirados à sua própria coroa, constituem o conjunto de tesouros da rainha, e fazem parte da coleção do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra.
A par das peças são mostradas duas pinturas -- da oficina de Quentin Metsys, cedida pela Gemäldegalerie, de Berlim, e de Zurbarán, vinda do Museu do Prado, em Madrid -- que ilustram o processo de beatificação (1516) e de canonização (1625) da rainha que ficou conhecida pelo "Milagre das Rosas".
De acordo com o MNAA, a mostra é o resultado de uma conjugação de esforços do Museu Nacional de Arte Antiga, do Museu Nacional de Machado de Castro e a Confraria da Rainha Santa Isabel, instituições de Coimbra.
Isabel de Aragão, que aos 12 anos chegou a Portugal para se casar com o Rei D. Dinis, "conseguiu criar para si própria uma eficaz imagem de piedade e de poder", recorda o museu num comunicado.
"A aura desta rainha, culta, virtuosa, sagrada, perdurou no tempo, explicando a preservação patrimonial deste raro conjunto de peças. As cinco obras de arte que compõem este tesouro tornaram-se em verdadeiras relíquias logo após a morte da rainha", sublinha ainda.
A exposição tem comissariado do diretor do museu, António Filipe Pimentel, e de Luísa Penalva.
AG // MAG
Lusa/Fim
Fonte: SAPO
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