A ICONOGRAFIA DA COMPANHIA DE JESUS
Por Maria de Lurdes Craveiro, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra / Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património
A Companhia de Jesus tem sido entendida à luz de uma interpretação que lhe confere uma grande unidade de procedimentos. Assumindo uma pastoral saída da Contra Reforma e das disposições tridentinas, os jesuítas confrontaram-se também com as concorrências religiosas num espaço alargado ao Mundo e desenharam a sua própria estratégia de atuação que, de certa forma, se demarcou das outras ordens religiosas. Seria, assim, legítimo o entendimento de um “estilo jesuítico”, como marca identificadora de um percurso específico que vai ao encontro da afirmação dos valores cristãos com o recurso à imagem adequada e validada por Roma, se a constatação de uma realidade cultural plural (que não se confina ao século XVI) não viesse subverter esta leitura.
A iconografia jesuíta traduz um modelo formal conduzido por uma comunidade apostada no processo de evangelização que começa na Europa e se estende a uma escala planetária. Mas este modelo, que capitaliza a imagem na sua mais alargada e complexa expressão, também dialoga com as outras ordens e absorve, num ciclo comum às dinâmicas das práticas religiosas, as heranças mais inusitadas e, aparentemente, dissonantes às orientações oficiais; “para maior glória de Deus”.
MAIS INFORMAÇÕES
10 de março de 2016
Horário: 16H00
Local: Anfiteatro do Laboratorio Chimico
Entrada livre
Fonte: Museu da Ciência/ Universidade de Coimbra
Local: Anfiteatro do Laboratorio Chimico
Entrada livre
Fonte: Museu da Ciência/ Universidade de Coimbra
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