Foram anos de pesquisa, fotografias e desenhos in loco e agora gostaria muito que você compartilhasse comigo mais este presente para o barroco paulista.
O Vale do Paraíba nos legou um patrimônio sacro surpreendente, além daquele conhecido das fazendas do ciclo do café.
Ah, sim, no dia 25 teremos um bate-papo com especialistas sobre esse acervo.
No dia 26, música e sacralidade na capela da Luz, e no dia 29, a vibração da feira cultural em Guaratinguetá. Conto com você neste momento de alegria!" Prof. Percival Tirapeli
Dia 25 - quarta, Livraria da Vila - Shopping Higienópolis - São Paulo - SP, das 19h às 20h, debate com o autor Percival Tirapeli, a historiadora Ana Luiz Martins (Condephaat) e o arquiteto Victor Hugo Mori (IPHAN). Noite de autógrafos. Promoção das editoras.
Dia 26 - quinta, Museu de Arte Sacra - 19h30 - Canto e coral na capela do Mosteiro da Luz - São Paulo - SP, 20h Bate-papo com o autor no Museu. Promoção do MAS ( Metrô Tiradentes/ estacionamento grátis)
Dia 29 - domingo, Guaratinguetá - SP. Praça Condessa de Frontin ( Estação Ferroviária/ Cultural), tarde de autógrafos das 14h às 17h. Promoção José Luiz de Souza/Prefeitura Municipal de Guaratinguetá. Grande abraço!" - Prof. Percival Tirapeli
Sobre o Livro:
Baseado na dissertação de mestrado do professor e pesquisador Percival Tirapeli, o livro Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraíba: do colonial ao eclético, de sua autoria, é referência para o estudo da arquitetura sacra vale-paraibana.
Sobre o Livro:
Baseado na dissertação de mestrado do professor e pesquisador Percival Tirapeli, o livro Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraíba: do colonial ao eclético, de sua autoria, é referência para o estudo da arquitetura sacra vale-paraibana.
Ilustrada com fotografias e desenhos do autor, a obra, uma coedição das Edições Sesc São Paulo e Editora Unesp, justifica-se pelo conteúdo e relevância do conjunto arquitetônico e artístico remanescente da região. O Vale do Paraíba estende-se ao longo da bacia do Rio Paraíba do Sul, entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, se desenvolveu a partir do ciclo do café (1830-1930) e manteve importância econômica relevante com o subsequente processo de industrialização.
Diferentemente dos estudos em geral sobre as fazendas de café da região, a obra enfatiza a arte sacra que tanto caracteriza o Vale - também conhecido como Vale da Fé -, a qual floresceu ao lado das inúmeras manifestações religiosas características da região.
O livro resgata a gênese das vilas vale-paraibanas ao redor das pequenas capelas desenhadas pelo pintor Thomas Ender (1817) e o incipiente traçado do urbanismo nas anotações de Julien Pallière (1821) e aquarelas de Jean-Baptiste Debret anos depois. No período imperial as fazendas se avolumaram e as cidades ganharam palacetes dos fazendeiros brasonados pelo imperador; as igrejas foram reformadas e ampliadas ao gosto eclético, os cientistas viajantes, como Saint-Hilaire e Emilio Zaluar, registraramas vilas, os ofícios, ruas e construções.
Distante das leituras de especialistas que dirigem um único olhar às construções, o autor, por sua formação artística e capacidade para análises mais amplas, em termos urbanísticos, técnicos, arquitetônicos e ornamentais, observa no monumento a projeção de tempos que se sobrepõem aos gostos estilísticos.
Mesmo sem projetos de arquitetos renomados, igrejas foram ampliadas, torres levantadas e fachadas ganharam ares monumentais. Na segunda metade do século XIX, com a chegada da estrada de ferro, dos imigrantes italianos e com a libertação paulatina dos escravos, emergiram novas ideias de usufrutos da riqueza: o urbanismo animou-se com a inserção das estações férreas, enquanto a construção de palacetes aposentou as antigas técnicas coloniais da taipa de pilão e aderiu à alvenaria, aos alicerces em pedra e frisos embelezadores executados pelas hábeis mãos dos imigrantes.
Com a libertação da Igreja do poder temporal do imperador, novos ideais religiosos impulsionaram a construção com tendências neogóticas, românicas e italianizadas trazidas pelas novas congregações de padres da Europa do Norte. Assim, o Vale do Paraíba ostenta em seu precioso acervo artístico e arquitetônico um rico diálogo entre a lembrança do passado e a vitalidade do presente, aspectos bem retratados neste livro.
Sobre o Autor:
Percival Tirapeli (Nhandeara, SP, 1952) é pesquisador e professor em Arte Brasileira da Unesp desde 1987. Doutor em Arte e Arquitetura Jesuítica e mestre pela ECA-USP (A Construção religiosa no contexto urbano do Vale do Paraíba - 1983), organizou olivro Arte sacra colonial: barroco memória viva (Editora Unesp e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001) e escreveu vários outros sobre o barroco brasileiro e latino-americano, entre os quais Igrejas paulistas: barroco e rococó. Recebeu o prêmio Sérgio Milliet de melhor pesquisa nacional pela Associação Brasileira de Críticos de Artes em 2003.
Diferentemente dos estudos em geral sobre as fazendas de café da região, a obra enfatiza a arte sacra que tanto caracteriza o Vale - também conhecido como Vale da Fé -, a qual floresceu ao lado das inúmeras manifestações religiosas características da região.
O livro resgata a gênese das vilas vale-paraibanas ao redor das pequenas capelas desenhadas pelo pintor Thomas Ender (1817) e o incipiente traçado do urbanismo nas anotações de Julien Pallière (1821) e aquarelas de Jean-Baptiste Debret anos depois. No período imperial as fazendas se avolumaram e as cidades ganharam palacetes dos fazendeiros brasonados pelo imperador; as igrejas foram reformadas e ampliadas ao gosto eclético, os cientistas viajantes, como Saint-Hilaire e Emilio Zaluar, registraramas vilas, os ofícios, ruas e construções.
Distante das leituras de especialistas que dirigem um único olhar às construções, o autor, por sua formação artística e capacidade para análises mais amplas, em termos urbanísticos, técnicos, arquitetônicos e ornamentais, observa no monumento a projeção de tempos que se sobrepõem aos gostos estilísticos.
Mesmo sem projetos de arquitetos renomados, igrejas foram ampliadas, torres levantadas e fachadas ganharam ares monumentais. Na segunda metade do século XIX, com a chegada da estrada de ferro, dos imigrantes italianos e com a libertação paulatina dos escravos, emergiram novas ideias de usufrutos da riqueza: o urbanismo animou-se com a inserção das estações férreas, enquanto a construção de palacetes aposentou as antigas técnicas coloniais da taipa de pilão e aderiu à alvenaria, aos alicerces em pedra e frisos embelezadores executados pelas hábeis mãos dos imigrantes.
Com a libertação da Igreja do poder temporal do imperador, novos ideais religiosos impulsionaram a construção com tendências neogóticas, românicas e italianizadas trazidas pelas novas congregações de padres da Europa do Norte. Assim, o Vale do Paraíba ostenta em seu precioso acervo artístico e arquitetônico um rico diálogo entre a lembrança do passado e a vitalidade do presente, aspectos bem retratados neste livro.
Sobre o Autor:
Percival Tirapeli (Nhandeara, SP, 1952) é pesquisador e professor em Arte Brasileira da Unesp desde 1987. Doutor em Arte e Arquitetura Jesuítica e mestre pela ECA-USP (A Construção religiosa no contexto urbano do Vale do Paraíba - 1983), organizou olivro Arte sacra colonial: barroco memória viva (Editora Unesp e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001) e escreveu vários outros sobre o barroco brasileiro e latino-americano, entre os quais Igrejas paulistas: barroco e rococó. Recebeu o prêmio Sérgio Milliet de melhor pesquisa nacional pela Associação Brasileira de Críticos de Artes em 2003.
Informações: Laura Carneiro e Cristiana Cavaterra
Fonte: Editora Unesp
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