Foto do site da Prefeitura de Ribeirão Preto |
A cúria diocesana também se opõe ao projeto. O padre Francisco Moussa, pároco da Catedral, realizou vigílias e ciclos de orações com os fiéis pela preservação da igreja. Segundo ele, um laudo encomendado pela cúria atestou que a estrutura apresenta trincas causadas por infiltrações e agravadas pelo tráfego pesado. O laudo recomenda que não sejam adotadas novas fontes de vibrações ao redor da construção. O padre afirmou que o movimento maior, com mais ruídos, também pode prejudicar as atividades religiosas.
Tombada pelo patrimônio histórico do Estado em junho deste ano, a Catedral Metropolitana de São Sebastião abriga relíquias históricas, como as telas retratando a vida do padroeiro, pintadas entre 1916 e 1922 por Benedito Calixto, um dos expoentes da arte sacra brasileira. Para a subsecção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), entidades que também assinam o documento, o projeto amplia a circulação de veículos pesados numa região que deveria, ao contrário, ter restrições ao trânsito. O MPE vai analisar o caso e deve pedir informações à prefeitura.
Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que não será construído um terminal no local, mas estações de embarque de vidro e aço tubular para dar mais conforto aos 60 mil passageiros que utilizam os pontos existentes na área. Dos cinco pontos previstos, apenas dois ficam em frente à catedral e não haverá alteração no número de linhas que passam pela região - hoje são 39.
O projeto, segundo a prefeitura, foi aprovado pelo conselho estadual do patrimônio histórico, com a ressalva de que seja feito um estudo para verificar se as trepidações podem comprometer a Catedral. A Empresa de Trânsito e Transporte está contratando a perícia e o laudo será encaminhado ao MPE. A prefeitura informou ainda que o pavimento das ruas em torno da Catedral, que era de asfalto sobre paralelepípedo, foi trocado por concreto armado, mais resistente às vibrações.
Fonte: EM.com.br
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