quinta-feira, 16 de maio de 2013

A beleza segundo o Cardeal Ravasi.

do Fratres in Unum
Primeiro a notícia de Zenit (destaques nossos). Enquanto Pe. Beto tem a síndrome da reflexão, Ravasi e sua trupe tem a síndrome do diálogo. Ao todo, foram gastos sóbrios 750 mil euros  – que poderiam ser direcionados a um “gesto de caridade para com os mais necessitados“:

Santa Sé estará presente pela primeira vez na Bienal de Arte Veneza

A Santa Sé participa este ano pela primeira vez da Bienal de Veneza (1 de Junho a 24 de novembro) com um pavilhão inspirado no Gênesis. No princípio é o título escolhido pelo cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, que, na linha de trabalho deste Departamento que busca incentivar o diálogo com a cultura contemporânea, criou e promoveu esta novidade.
O anúncio foi feito numa conferência de imprensa esta manhã, na Sala de Imprensa do Vaticano. Estiveram presentes o cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Antonio Paolucci, diretor dos Museus do Vaticano, Paolo Baratta, presidente da Bienal de Veneza, Micol Forti e monsenhor Pasquale Iacobone, ambos do Pontifício Conselho para a Cultura.
Cardeal Ravasi afirmou que este projeto “não é apenas uma novidade extraordinária, mas responde a um dos objetivos do dicastério: estabelecer e promover oportunidades de diálogo num contexto cada vez mais amplo e diversificado“. O tema escolhido para esta exposição foi o primeiro livro da Bíblia: Gênesis, em particular, os primeiros onze capítulos, dedicados ao mistério das origens, a entrada do mal na história, a esperança e os projetos dos homens após a devastação simbolicamente representado no diluvio. O trabalho foi desenvolvido, explicou o cardeal, em três núcleos temáticos: Criação, De-Criação, Nova Humanidade ou Re-criação. Sobre a importante relação entre fé e arte, o cardeal afirmou que são “irmãs entre elas no caminho da cultura”.
Em seguida, o presidente da Bienal de Veneza apontou a importância da presença da Santa Sé como um sinal “do importante papel que a Bienal desenvolve: um lugar de encontro e de diálogo“. Também afirmou que nesta exposição de arte “cada um traz a sua própria contribuição, cada um é impulsionado essencialmente pelo desejo de ser reconhecido como parte do grande diálogo que tem lugar atualmente na criação artística, imprescindível expressão vital, hoje como ontem, da cultura e da civilização”.
A 55° Exposição Internacional de Arte organizada pela Bienal de Veneza, abre ao público no sábado, 1 de junho, e estará aberta até domingo, 24 de novembro. A exposição contará com 88 participantes nacionais. E 10 países representados pela primeira vez: Angola, Bahamas, Bahrain, Costa do Marfim, República do Kosovo, Kuwait, Maldivas, Paraguai, Tuvalu e a Santa Sé.
Embora a participação nesta amostra de Veneza seja uma novidade, o Vaticano sempre esteve intimamente ligado a estas exposições de arte internacionais. A primeira vez que esteve presente foi em 1851, em Londres, e desde então foram 22 exposições, incluindo cidades como Chicago, Paris, Nova York e Bruxelas. A última vez foi em 2008, na exposição organizada em Zaragoza em “Água e o desenvolvimento sustentável”.
Sobre os custos envolvidos na exposição, monsenhor Iacobone explicou que a elaboração e a gestão econômica do Pavilhão da Santa Sé na Bienal de Veneza foi confiada à Fundação do Patrimônio Artístico e Atividades da Igreja, que desenvolveu a iniciativa com critérios de sobriedade. O custo foi de $ 750.000, integralmente assumidos pelos patrocinadores e doações.
No final da conferência ZENIT encontrou Paolo Baratta. Quando perguntado sobre a importância da presença do “microcosmo” da Santa Sé no grande universo da Bienal, o presidente respondeu: “Eu considero um ato que tem a grandeza da humildade, que não assume um posicionamento que quer ditar as regras, mas quer participar de um diálogo. E a Bienal é um espaço de diálogo, em torno da criação artística como um fator fundamental, que ultrapassa a utilização e a finalidade das obras”.
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Eis algumas das obras selecionadas para o “stand” da Santa Sé na bienal (imagens da CNN):

"Obra" do "artista" australiano Lawrence Carroll representa a "Re-criação".
“Obra” do “artista” australiano Lawrence Carroll representa a “Re-criação”.

O fotógrafo francês Josef Koudelka combinou uma série de seus trabalhos como uma meditação sobre a "De-criação".
O fotógrafo francês Josef Koudelka combinou uma série de seus trabalhos como uma meditação sobre a “De-criação”.

A criação segundo a companhia de arte italiana Studio Azzurro.
A Criação segundo a companhia de arte italiana Studio Azzurro.
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Não poderia ser mais oportuna a entrevista do Reverendíssimo Padre Anthony Brankin à edição de fevereiro de 2013 da Revista Catolicismo.

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