quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Museu do Bonfim ganhará novo formato após revitalização (BA)

Texto de Roberto aguiar

Museu será reinaugurado no dia 17 de fevereiro Luciano da Matta | Ag. A TARDE

A Basílica Santuário Senhor do Bonfim é o símbolo maior da comunidade católica baiana. Teve sua construção iniciada em 1746 e foi concluída 26 anos depois. A igreja, guarda em seu interior, obras que ajudam a contar a história da Bahia e revelam a força da fé do povo baiano.

Há mais de três décadas foi aberto o Museu do Bonfim, para dividir com os fiéis parte do acervo e da história do santuário da Sagrada Colina. Ele é único museu de ex-votos a constar no anuário do Ministério da Cultura e está passando por um processo de revitalização. Em um novo formato, vai reunir a Sala dos Milagres, Ex-votos, arte sacra e paramentos litúrgicos. Além disso, a partir de agora o visitante terá acesso à torre da igreja, o local mais alto da Península de Itapagipe, com direito a uma visão de 360° de Salvador.

O público terá acesso ao novo museu a partir da próxima sexta-feira (dia 16), data da reinauguração. Mas A TARDE visitou em primeira mão o novo espaço e conta aqui as novidades.

De acordo com Francisco Pitanga, juiz da Devoção do Senhor do Bonfim, o objetivo é que o museu tenha um caráter social. "Não basta cuidar da igreja e de seu conjunto arquitetônico de maneira estática. Queremos que as pessoas tenham uma vivência histórica dentro de uma casa que tem mais de dois séculos de existência. A qualificação vai fazer do museu um orgulho da Bahia. Nossa sala principal de visitação", afirma Pitanga.

Acervo

O acervo do museu reúne mais de 200 anos de história através de artes: ex-votos; esculturas; objetos em ferro, ouro, prata, bronze, madeira e parafina. Um dos destaques são as pinturas produzidas entre os anos 1836 e 1837 por José Teófilo de Jesus, que fez parte da primeira Escola Baiana de Pinturas. Também chama atenção um órgão centenário de fabricação francesa doado à Igreja em 1854 por Feliciana Maria de Britto Lopes Alves.

Todas as obras estarão expostos em um trajeto construído pela museóloga e professora da Ufba, Genilvada Coutinho, responsável pelo projeto de revitalização.

"Ano passado fizemos uma primeira requalificação. Agora estamos adequando o espaço realmente aos parâmetros de um museu, que não terá apenas a função de guardar e preservar os objetos, como em seu início. Teremos um trajeto elaborado para que os visitantes possam transitar e observar tranquilamente as obras", explica a museóloga.

O percurso começa na Sala dos Milagres e segue pelas salas das artes sacras e dos paramentos litúrgicos. A sequência final reserva uma grande emoção. O visitante ficará de frente com a imagem do Senhor do Bonfim.

A última etapa é a visita à torre, que antes era vetada ao público. Mas a subida exige fé e preparo físico. São 55 degraus que levam à bela vista da península itapagipana. Para dar ânimo aos visitantes, durante o percurso serão oferecidas leituras de fé. Mas a museóloga Genivalda Coutinho faz mistério sobre essa última etapa.

Visitação
O museu funcionará de terça-feira a domingo, das 8h às 17h. A entrada custará R$ 5. Os visitantes serão acompanhados por estagiários do curso de Museologia.

Uma das novidades é a abertura da torre da Igreja para visitação (Luciano da Matta | Ag. A TARDE)

*Sob a supervisão da editora Márcia Moreira

Fonte: Jornal A TARDE

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