Mosteiro de Refojos é o único dotado de um zimbório monumental.
Por Secundino Cunha
Está praticamente concluída a candidatura do Mosteiro de S. Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto, a Património Mundial da Unesco e o presidente da câmara local, Francisco Alves, diz que "esta candidatura tem tudo para ter um final feliz".
"Estamos a falar de um mosteiro que é tido pelos especialistas como uma joia do barroco e que reúne uma série de especificidades que fazem dele um exemplar único, de rara riqueza histórica, arquitetónica e cultural", afirma o autarca. O Mosteiro de S. Miguel de Refojos é o primeiro mosteiro beneditino, em Portugal, a ser candidato a Património Mundial e, se a candidatura chegar a bom porto, será naturalmente o único, até agora, a conseguir tal distinção, entre os 29 mosteiros beneditinos existentes no nosso país.
Entre outras particularidades, este mosteiro é o único da Ordem de S. Bento de Núrcia construído em Portugal, segundo os cânones da arte barroca e também o único com um zimbório monumental. Com origem no século VII, aquele monumento ganhou importância como mosteiro beneditino no século XII, estando ligado à fundação de Portugal. A Câmara destaca ainda a "dimensão histórica" do mosteiro, que foi gerador de povoamento e de desenvolvimento humano das Terras de Basto, assumindo-se como um "testemunho ativo e vivo" dos principais acontecimentos da História de Portugal.
Dá também ênfase ao cálice de prata dourada do mosteiro, com data de 1152 e classificado Tesouro Nacional, sendo o objeto mais antigo do Museu Machado de Castro, em Coimbra. Para os promotores da candidatura, aquele cálice é testemunho da ligação do rei Afonso Henriques ao mosteiro e da interação do mosteiro com a Universidade de Coimbra.
Fonte: Correio da manhã
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