sexta-feira, 28 de julho de 2023

LANÇAMENTO DO LIVRO E PALESTRA: ALEIJADINHO E PADRE ANTONIO VIEIRA – LOUVAÇÃO DA ARTE MESTIÇA


A obra apresenta um diálogo imaginário entre o escultor barroco Aleijadinho e o padre Antônio Vieira, explorando a arte mestiça brasileira. Com uma escrita poética e 40 ilustrações do autor, o livro propõe um encontro entre dois personagens emblemáticos, mesmo com quase um século de distância entre eles. A obra mergulha na complexidade da arte e do pensamento de Aleijadinho e Padre Antônio Vieira, celebrando a riqueza da arte mestiça.


Capa

ALEIJADINHO E PADRE ANTONIO VIEIRA – LOUVAÇÃO DA ARTE MESTIÇA.

Como nasceu esse poema? Há muitos anos já estava em minha mente. A admiração pelas cidades históricas de Minas Gerais nasceu ainda em 1968, quando da primeira viagem. Um caderno de poemas, de adolescente, cheia de figuras recortadas e coladas guardo até hoje. Em seguida, uma estadia no seminário de Congonhas, e aquelas intermináveis incertezas noturnas se os profetas indicavam constelações…Vieram as pinturas dos profetas, da cidade de São João del Rey, os desenhos de Tarsila do Amaral e os poemas de Oswald de Andrade, me davam indícios de que a mineiridade entrara naquele paulista.

Em 2020 o poema se concretizou. Nas madrugadas, antes de ir para os estudos e análises das obras sacras no Museu Boulieu que estava em restauro, saia para admirar sozinho as praças e igrejas ainda fechadas. A emoção se concretizava em formas de poesias. Escrita rápida, sem necessidade de rimas ou busca de palavras exatas. Por vezes, os desenhos, quase rabiscos que se engastalhavam com as palavras. O padre Antonio Vieira entrou pela admiração que tenho por suas frases complicadas, pensamentos mirabolantes. Fizera em 2019 grande trabalho analisando obras na Sé de Salvador, pinturas barrocas que Vieira opinara lá nos anos 1680….Por que não o convidar para louvar a obra de Aleijadinho? Um diálogo impossível. A poesia permite o impossível.



Sobre o autor


Percival Tirapeli

PERCIVAL TIRAPELI
Nascido em Nhandeara em 1952, é pesquisador e professor titular em História da Arte Brasileira pela UNESP, pós-doutor pela Nova de Lisboa; doutor e mestre pela USP, e conselheiro do Condephaat (2017/19), membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte, ABCA, da qual foi vice-presidente (2006/08), e da AICA (Internacional). Membro do ICOMOS Brasil. Foi curador de exposições no Museu de Arte Sacra de São Paulo e desenvolveu a pesquisa sobre o acervo do Museu Boulieu, de Ouro Preto (2020 – 2021). Em 2020 publicou Artes dos Jesuítas na Ibero-América – arquitetura, escultura e pintura pela Edições Loyola e em 2018, Patrimônio Colonial Latino-Americano – urbanismo, arquitetura e arte sacra, pela SESC – finalista para o prêmio Jabuti. Em 2007, São Paulo – Arte e Etnias, pela Imprensa Oficial do Estado/UNESP, que publicaram também Igrejas Paulistas: barroco e rococó, em 2003, prêmio de melhor pesquisa nacional em artes pela ABCA, e Arte Sacra Colonial: barroco Memória Viva, 2001. É autor e organizador (FAU/USP e Arte Integrada), de Patrimônio Sacro na América Latina – séc. 18 (2015) e séc. 19 (2017). Suas mais recentes publicações são A Capela da Nonna, Museu Casa Portinari, 2020., e Igrejas de São Paulo – Arte e Fé – pintura escultura e arquitetura (org. e autor – Loyola, UNESP e Arte Integrada) em 2022.

No Museu de Arte Sacra foi curador das seguintes exposições com catálogo: Vestes Sagradas (2011); Oratórios Barrocos – arte e devoção na coleção Casagrande (2011); Fragmentos – coleções de Rafael Schunk e MAS/SP, (2016); Barro com Fé, obras de Stela Kehde 92017). Colaborou nos catálogos: Altares Paulistas- resgate de um Barroco (2005); Rememoração – arte religiosa como documento histórico (2015); Sagrado marfim o avesso do avesso (2018); É Sagrado, é Moderno (2022). Ministrou curso Arte Sacra – Antiguidade e Modernidade – Museus Sacros na América Latina.

Artista plástico, participou de salões de arte no Brasil desde 1975, expôs em coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Atualmente expõe no Centro Cultural São Paulo – Novas Aquisições (maio a julho de 2023).

Seus primeiros poemas foram escritos, ainda adolescente, quando viajou para as cidades históricas de Minas Gerais em 1968. Leu a Antologia Poética de Jorge de Lima. Interpretou poemas de Castro Alves e protagonizou Thomas Becket, em O crime na Catedral. Na segunda viagem, 1971, hospedou-se no antigo seminário redentorista em Congonhas, onde estão os profetas e a via-crúcis de Aleijadinho.

www.percivaltirapeli.pro.br
youtube.com/c/percivaltirapeli
#percivaltirapelli

Data: 29 de julho de 2023 ( sábado )
Horário: 11 horas
Atividade gratuita
Não é necessário fazer inscrição.
Informações: (11) 5627.5393 – mfatima@museuartesacra.org.br
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Estacionamento gratuito (ou alternativa de acesso): Rua Jorge Miranda, 43
Estacionamento sujeito à lotação

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