I. - Veneza no século XI
É aceito na história que as origens de Veneza estão ligadas à população que fugia das invasões germânica e hunas na Península Itálica no século V.
As defesas romanas foram derrubadas no início do século V pelos Visigodos e, cerca de 50 anos depois, pelos hunos liderados por Átila. A mais duradoura invasão foi a dos lombardos em 568. A leste, o Império Bizantino estava estabelecendo domínios na região do atual Vêneto e as principais entidades administrativas e religiosas do império na Península Itálica foram transferidas para este domínio.
O domínio bizantino na Itália Central e Setentrional posteriormente foi eliminado em grande medida pela conquista do "Exarcado de Ravena" em 715 por Astolfo. Durante este período, a sede local do governo bizantino (a residência do "duque/doux", depois chamado de doge), foi situada em Malamoco.
O doge era o primeiro magistrado da República de Veneza. Os seus atributos simbólicos eram ainda reminiscências do Império Bizantino. O poder dos doges foi sempre limitado pelos venezianos, através, por exemplo, do promissio ducalis, uma carta de princípios e promessas que esses deviam jurar na data de entrada em funções. O texto foi fixado em 1172, quando foi eleito Enrico Dandolo, e foi alvo de alterações em 1192 e 1229.
A influência política de Veneza foi marcante na história da Europa, sobretudo quando a partir da Alta Idade Média se expandiu graças ao controle do comércio com o Oriente e aos benefícios que daí vinham. Essa expansão deu-se sobretudo na zona do mar Adriático e do Mar Egeu. Veneza alcançou o apogeu na primeira metade do século XV, quando os venezianos começaram a expandir-se pela Itália oriental, como resposta ao ameaçador avanço de João Galeácio Visconti, duque de Milão. (Wikipedia - Veneza)
II. - A arquitetura Bizantina
O modelo arquitetônico da Igreja de São Marcos tem raízes profundas no contexto cultural de Constantinopla, como exemplificado pela Igreja dos Doze Apóstolos, construída no tempo de Justiniano e destruída em 1462 para dar lugar a uma mesquita.
Seguindo os princípios da arquitetura religiosa bizantina, San Marcos, também cumpre o princípio da bipartição na área do piso térreo e paredes, e a parte celestial, com tetos abobadados e cúpulas. A finalidade e a função são destacadas pelos diferentes materiais utilizados para cobrir a alvenaria. O topo do edifício tem uma incrível conotação metafísica e celestial por causa da luz produzida por vidro colorido, cor ou folha de ouro, simbolizando a luz do paraíso, enquanto na área inferior destaca o terreno com a força de paredes de mármores ricas em cores e sinais geométricos do solo.
A arquitetura bizantina caracteriza-se fortemente por mosaicos vitrificados, pelos ícones, que eram pinturas sacras feitas normalmente sobre madeira, e pinturas em afrescos. O estilo bizantino também tinha como destaque técnicas de construção inovadoras para a época, em especial, as voltadas para a construção de cúpulas, que surgiram por volta do século VI. É a chamada “cúpula ou domo pendente“, que é um método construtivo que permite a colocação de um domo circular sobre um espaço quadrado ou sobre um domo elíptico ou espaço retangular .
O Mosaico foi um tipo de arte muito difundido no Império Bizantino, principalmente durante o reinado do imperador Justiniano de 526 a 565. As imagens em mosaico eram formadas a partir de pequenos pedaços de pedra coloridos, colados nas paredes.
III. - Basílica de São Marcos
A Basílica de São Marcos em Veneza, é uma das Igrejas mais bonitas da Itália e do mundo. Seguindo o estilo da arquitetura bizantina, junto com a Igreja de Santa Sofia e a Igreja de Chora Church, ambas em Istambul, elas se constituem nos mais belos exemplos desse estilo que foram construídas e ainda existem como templo religioso / museu.
Localizada na Praça de São Marcos, ao lado do Palácio dos Doges, a basílica é a sede da arquidiocese católica romana de Veneza desde 1807. A basílica de Santa Sofia e a Igreja de Chora Church não funcionam mais como Igreja e sim como museu e são abertas para visitação.
Histórico
A atual basílica de São Marcos é a terceira edificação construída no local. A primeira igreja foi um edifício temporário no Palácio dos Doges, construído em 828, quando mercadores venezianos adquiriram de Alexandria as supostas relíquias de São Marcos Evangelista. Em 832, um novo edifício foi erguido, no local da atual basílica; esta igreja foi incendiada durante uma rebelião em 976 e reconstruída em 978. Finalmente em 1063, se iniciaria a construção do que viria a ser a base do atual edifício.
É aceito na história que as origens de Veneza estão ligadas à população que fugia das invasões germânica e hunas na Península Itálica no século V.
As defesas romanas foram derrubadas no início do século V pelos Visigodos e, cerca de 50 anos depois, pelos hunos liderados por Átila. A mais duradoura invasão foi a dos lombardos em 568. A leste, o Império Bizantino estava estabelecendo domínios na região do atual Vêneto e as principais entidades administrativas e religiosas do império na Península Itálica foram transferidas para este domínio.
O domínio bizantino na Itália Central e Setentrional posteriormente foi eliminado em grande medida pela conquista do "Exarcado de Ravena" em 715 por Astolfo. Durante este período, a sede local do governo bizantino (a residência do "duque/doux", depois chamado de doge), foi situada em Malamoco.
O doge era o primeiro magistrado da República de Veneza. Os seus atributos simbólicos eram ainda reminiscências do Império Bizantino. O poder dos doges foi sempre limitado pelos venezianos, através, por exemplo, do promissio ducalis, uma carta de princípios e promessas que esses deviam jurar na data de entrada em funções. O texto foi fixado em 1172, quando foi eleito Enrico Dandolo, e foi alvo de alterações em 1192 e 1229.
A influência política de Veneza foi marcante na história da Europa, sobretudo quando a partir da Alta Idade Média se expandiu graças ao controle do comércio com o Oriente e aos benefícios que daí vinham. Essa expansão deu-se sobretudo na zona do mar Adriático e do Mar Egeu. Veneza alcançou o apogeu na primeira metade do século XV, quando os venezianos começaram a expandir-se pela Itália oriental, como resposta ao ameaçador avanço de João Galeácio Visconti, duque de Milão. (Wikipedia - Veneza)
II. - A arquitetura Bizantina
O modelo arquitetônico da Igreja de São Marcos tem raízes profundas no contexto cultural de Constantinopla, como exemplificado pela Igreja dos Doze Apóstolos, construída no tempo de Justiniano e destruída em 1462 para dar lugar a uma mesquita.
Seguindo os princípios da arquitetura religiosa bizantina, San Marcos, também cumpre o princípio da bipartição na área do piso térreo e paredes, e a parte celestial, com tetos abobadados e cúpulas. A finalidade e a função são destacadas pelos diferentes materiais utilizados para cobrir a alvenaria. O topo do edifício tem uma incrível conotação metafísica e celestial por causa da luz produzida por vidro colorido, cor ou folha de ouro, simbolizando a luz do paraíso, enquanto na área inferior destaca o terreno com a força de paredes de mármores ricas em cores e sinais geométricos do solo.
A arquitetura bizantina caracteriza-se fortemente por mosaicos vitrificados, pelos ícones, que eram pinturas sacras feitas normalmente sobre madeira, e pinturas em afrescos. O estilo bizantino também tinha como destaque técnicas de construção inovadoras para a época, em especial, as voltadas para a construção de cúpulas, que surgiram por volta do século VI. É a chamada “cúpula ou domo pendente“, que é um método construtivo que permite a colocação de um domo circular sobre um espaço quadrado ou sobre um domo elíptico ou espaço retangular .
O Mosaico foi um tipo de arte muito difundido no Império Bizantino, principalmente durante o reinado do imperador Justiniano de 526 a 565. As imagens em mosaico eram formadas a partir de pequenos pedaços de pedra coloridos, colados nas paredes.
III. - Basílica de São Marcos
A Basílica de São Marcos em Veneza, é uma das Igrejas mais bonitas da Itália e do mundo. Seguindo o estilo da arquitetura bizantina, junto com a Igreja de Santa Sofia e a Igreja de Chora Church, ambas em Istambul, elas se constituem nos mais belos exemplos desse estilo que foram construídas e ainda existem como templo religioso / museu.
Localizada na Praça de São Marcos, ao lado do Palácio dos Doges, a basílica é a sede da arquidiocese católica romana de Veneza desde 1807. A basílica de Santa Sofia e a Igreja de Chora Church não funcionam mais como Igreja e sim como museu e são abertas para visitação.
Histórico
A atual basílica de São Marcos é a terceira edificação construída no local. A primeira igreja foi um edifício temporário no Palácio dos Doges, construído em 828, quando mercadores venezianos adquiriram de Alexandria as supostas relíquias de São Marcos Evangelista. Em 832, um novo edifício foi erguido, no local da atual basílica; esta igreja foi incendiada durante uma rebelião em 976 e reconstruída em 978. Finalmente em 1063, se iniciaria a construção do que viria a ser a base do atual edifício.
A construção da Basílica
Em forma de cruz grega e coroada com cinco enorme domos, esta basílica foi inspirada na Igreja dos Apóstolos de Constantinopla e construída, e decorada, ao longo dos séculos. A partir de 1075, os navios que voltavam do exterior eram obrigados por lei a trazer um presente precioso para enfeitar a casa de São Marcos. OS mosaicos do interior que ocupam 4.240 m2, são, na maioria. dos séculos 12 e 13. Alguns foram substiruídos mais tarde por obras de Ticiano e Tintoretto.
Por dentro, as paredes foram recobertas com mosaicos, numa mistura dos estilos bizantino e gótico; o piso, do século XII, é uma mistura de mosaico e mármore em padrões geométricos e desenhos de animais. Os mosaicos contêm ouro, bronze e uma grande variedade de pedras.
Os Cavalos de São Marcos foram acrescentados à basílica em torno de 1254. São obra da Antiguidade Clássica; alguns creem que antes adornaram o Arco de Trajano. Foram enviados para Veneza em 1204 pelo Doge Enrico Dandolo, como parte do saque de Constantinopla na Quarta Cruzada. Foram retirados por Napoleão em 1797, mas devolvidos à basílica em 1815, onde permaneceram até os anos 1990. Encontram-se atualmente numa sala de exposições, havendo sido substituídos por réplicas em fibra de vidro.
Até 1807, San Marco era a capela particular do doge, usada para cerimônias oficiais. Depois sucedeu San Pietro de Castello como catedral de Veneza.
IV. - Arquitetura de São Marcos
Descrição
O projeto arquitetônico é muito articulado e repete um único módulo pela cúpula central que é suportada através das abóbadas grandes em quatro pilares. Os dois braços da cruz são divididos em uma nave e dois corredores.
Planta
A organização geométrica é regular e o posicionamento observa os princípios da simetria, na medida do possível.
A nave possui grandes decorações de sequência bastante lineares. Perto da entrada está uma grande haste retangular decorada que inclui um retângulo central menor com decoração semelhante. Mais tarde, em direção à capela, há um segundo retângulo grande contendo duas fileiras de diamantes e memórias policromas pontuadas por quatro quadrados alternados com três diamantes.
Acesso
A entrada principal do oeste tem uma porta de madeira do final do século X, coberta com uma folha de cobre e grelhas de bronze antigas. Esta entrada é flanqueada pela entrada de São Clemente à direita e São Pedro à esquerda e Portão Norte da Virgem ou São João.
Fachada
A fachada, tem cinco varandas abertas, que são decoradas com esplêndidos mármores e mosaicos e divididas em duas secções por um terraço onde estão os "Quatro Cavalos" em cobre dourado trazidos de Constantinopla para o Duque Enrico Dandolo em 1204. Os cavalos expostos na fachada são cópias. Os originais são armazenados no Museu da Basílica.
Esboço da Fachada,
A Magnífica fachada vista da Praça de São Marcos
Vista da Fachada da Basílica de San Marco
Interior
A organização espacial é rica em evocações não encontradas em outras igrejas bizantinas. O interior tem uma seqüência unitária subdividida em arranjos espaciais individuais cuja continuidade é assegurada pelos mosaicos dourados do fundo.
A planta, na forma de uma cruz grega, é rica em pinturas e esculturas. O átrio está decorado com mosaicos que contam a história da Bíblia.
Particularmente interessantes são os mosaicos da origem veneto-bizantina, parcialmente reconstruídos por Ticiano, Tintoretto e Veronese.
Os eventos relatados no Pentateuco, o nome dado aos cinco primeiros livros da Bíblia e atribuídos a Moisés, são mostrados no átrio. O primeiro evento, representado na cúpula, é a criação do mundo, Hexaemeron, em seis dias seguido da história de Adão e Eva. É uma das obras-primas da arte que descreve a criação. Siga as histórias de Caim e Abel, Noé, o Dilúvio, a Torre de Babel, Abraão e as histórias de José, que ocupam três pequenas cúpulas do braço do norte, terminando com os principais eventos da vida de Moisés até o cruzamento da Mar Vermelho.
Piso / Mosaicos
O piso da igreja de São Marcos é um tapete de mármore espalhado por nada menos que 2100 metros quadrados.
Este tapete apresenta arranjos de mármore de diferentes tamanhos e cores para criar várias formas geométricas. Outros arranjos existentes são feitos de pequenos pedaços de mármore ou vidro que criam figuras florais ou animais. Existe uma clara predominância da primeira técnica.
Iconostase / Altar
Além do transepto, delimitado pela iconostase, a área do braço oriental é ocupada pelo presbitério no centro e nos lados, pelas capelas de São Pedro norte e São Clemente ao sul.
Retábulo do altar
O retábulo de São Marcos, "Pala d'Oro" é universalmente considerado como a expressão mais bela e refinada do gênio bizantino, com a sua luz e seu brilho entendido como a elevação do homem para Deus. Este altar contém relíquias do evangelista.
O retábulo é composto por duas partes, o Pala d'Oro e o recipiente de madeira que está por trás. Desde as suas origens só foi aberto durante as celebrações litúrgicas na Basílica, uma tradição que continua até hoje. O resto do tempo é coberto por outro retábulo conhecido como "justo", uma pintura em madeira. A mais antiga dessas pinturas foi feita por Paolo Veneziano entre 1343-1345 e representa a história de São Marcos e outros santos. Esta pintura foi mantida no Museu da Igreja e, em vez disso, o trabalho de um mestre do gótico tardio, que data da primeira metade do século quinquenal, pode ser admirado na parte de trás do altar.
Cúpulas
Cada uma das cúpulas do teto descansa em quatro grandes abóbadas cujo peso é suportado por quatro pilares. A maior cúpula da Ascensão, repousa no cruzeiro e as outras quatro nos braços da cruz. As cúpulas consistiam em meia-esferas com grandes apoios de alvenaria.
Mosaicos da Fachada
A decoração em mosaico de S. Marcos tem uma área de mais de 8 mil metros quadrados, ilustrando principalmente temas bíblicos no Antigo Testamento e no átrio do Novo Testamento dentro da Igreja.
Na fachada externa de São Marcos apenas um dos mosaicos está na sua forma original. É o relacionado com a procissão que leva o corpo de São Marcos até a basílica. Todos os outros foram refeitos, conservando o plano original, no período entre os séculos XVII e XIX.
Estátua de São Marcos e Leão de Veneza
O Leão alado é o símbolo de São Marcos. Podemos encontrar essa marca por toda Veneza. Na Basílica, uma estátua de São Marcos com um leão abaixo está colocada no topo da Igreja.
Estrutura
A planta na cruz grega cria uma estrutura na parte longitudinal do nave conhecida por certos motivos arquitetônicos. A perna vertical da cruz é maior que os transeptos e o altar está na área da abside. Os dois braços da cruz são subdivididos em três naves.
Tem três absides que se abrem em absidiolos em forma de lobo, estabelecendo-se em pilares perfurados por arcos. Em alguns desses pilares, a tribuna se senta. Acima do solo, foram construídas cinco cúpulas, de acordo com o modelo oriental, como símbolo da presença de Deus.
Materiais / Mármore e pedras
Os elementos decorativos de mármore utilizados na basílica são de grande interesse tanto do ponto de vista dos revestimentos quanto do mobiliário litúrgico. A maioria desses mármores foi obtida principalmente dos edifícios nas regiões de Constantinopla.
Na decoração de S. Marcos, o critério da antiguidade tardia continuou, levando em conta as diferentes funções simbólicas do templo para usar cores ou composições.
Detalhes no mármore
A pedra mais preciosa era o pórfiro vermelho, ligado ao simbolismo imperial do período da antiguidade tardia associado ao púrpura. No período em que os venezianos construíram San Marcos, púrpura e, portanto, por pórfiro, estavam ligados ao poderoso império e ao próprio simbolismo divino do Império Bizantino.
Pilastri Acritani: "São duas colunas na lateral da Basílica decoradas com folhas e parreiras em estilo persa, mas o único consenso sobre elas é de que foram roubadas. Não se sabe exatamente de onde, (Síria ou Constantinopla) nem para que serviam e nem por qual motivo foram colocadas ali. Além de que encravadas nelas estão duas escritas em hieróglifos ainda hoje não decifradas."
http://www.aquelelugar.com.br/basilica-sao-marcos-veneza/
Tetrarcas
Em São Marcos, o uso do pórfiro está associado a soluções destinadas a destacar a grandeza política de Veneza e sua glória, sem quaisquer implicações religiosas. A pedra desta cor pode ser vista no grupo de Tetrarcas no canto do Tesouro, destacando a entrada do Palácio Ducal em colunas que decoram a porta central da fachada oeste da Basílica, quase como um arco de triunfo, ou no Cantos da fachada, como delimitando um espaço real.
Os únicos elementos dentro do pórfiro encontrados no "púlpito" originalmente arquibancada Doge, outro símbolo de poder. Às vezes, quando não há pórfiro, Iassense de mármore, vermelho escuro com veias brancas que são usadas especialmente em revestimentos de parede, mas com uma intenção decorativa única foi usada.
Outro belo mármore com tons violetas e raios avermelhados era o Docimeum de mármore ou pavão, sempre usado em uma posição privilegiada como as colunas da abside.
Campanário
A torre sineira de São Marcos é uma imponente torre quadrada de 99 metros de altura, encabeçada por uma torres foi uma vez um farol de navegação. É o protótipo de todas as torres na área da lagoa. Foi construído pela primeira vez no século XII no local provavelmente ocupado por uma torre de vigia e reconstruído a sua forma atual no início do século XVI com a adição de uma torre de sino com agulha de cobre e coberto por uma espécie de plataforma giratória uma estátua do arcanjo Gabriel, que trabalhou como uma vara do tempo.
Dos cinco sinos originais, apenas o maior é preservado. O outro, que foi substituído, foi destruído quando a torre entrou em colapso em 1902. Contra a base do campanário é a varanda construída por Jacopo Sansovino entre 1537 e 1549 e decorada com mármores e bronze.
IV. - Referências
Wikipedia - Basilica de São Marcos / Veneza / Palio d'oro
Wiki architeture - Places = Italia, St. Marcus Basilica
5 curiosidades sobre a Basílica de São Marcos - italiaperamore.com
Em forma de cruz grega e coroada com cinco enorme domos, esta basílica foi inspirada na Igreja dos Apóstolos de Constantinopla e construída, e decorada, ao longo dos séculos. A partir de 1075, os navios que voltavam do exterior eram obrigados por lei a trazer um presente precioso para enfeitar a casa de São Marcos. OS mosaicos do interior que ocupam 4.240 m2, são, na maioria. dos séculos 12 e 13. Alguns foram substiruídos mais tarde por obras de Ticiano e Tintoretto.
Por dentro, as paredes foram recobertas com mosaicos, numa mistura dos estilos bizantino e gótico; o piso, do século XII, é uma mistura de mosaico e mármore em padrões geométricos e desenhos de animais. Os mosaicos contêm ouro, bronze e uma grande variedade de pedras.
Os Cavalos de São Marcos foram acrescentados à basílica em torno de 1254. São obra da Antiguidade Clássica; alguns creem que antes adornaram o Arco de Trajano. Foram enviados para Veneza em 1204 pelo Doge Enrico Dandolo, como parte do saque de Constantinopla na Quarta Cruzada. Foram retirados por Napoleão em 1797, mas devolvidos à basílica em 1815, onde permaneceram até os anos 1990. Encontram-se atualmente numa sala de exposições, havendo sido substituídos por réplicas em fibra de vidro.
Até 1807, San Marco era a capela particular do doge, usada para cerimônias oficiais. Depois sucedeu San Pietro de Castello como catedral de Veneza.
IV. - Arquitetura de São Marcos
Descrição
O projeto arquitetônico é muito articulado e repete um único módulo pela cúpula central que é suportada através das abóbadas grandes em quatro pilares. Os dois braços da cruz são divididos em uma nave e dois corredores.
Planta
A organização geométrica é regular e o posicionamento observa os princípios da simetria, na medida do possível.
A nave possui grandes decorações de sequência bastante lineares. Perto da entrada está uma grande haste retangular decorada que inclui um retângulo central menor com decoração semelhante. Mais tarde, em direção à capela, há um segundo retângulo grande contendo duas fileiras de diamantes e memórias policromas pontuadas por quatro quadrados alternados com três diamantes.
Acesso
A entrada principal do oeste tem uma porta de madeira do final do século X, coberta com uma folha de cobre e grelhas de bronze antigas. Esta entrada é flanqueada pela entrada de São Clemente à direita e São Pedro à esquerda e Portão Norte da Virgem ou São João.
Fachada
A fachada, tem cinco varandas abertas, que são decoradas com esplêndidos mármores e mosaicos e divididas em duas secções por um terraço onde estão os "Quatro Cavalos" em cobre dourado trazidos de Constantinopla para o Duque Enrico Dandolo em 1204. Os cavalos expostos na fachada são cópias. Os originais são armazenados no Museu da Basílica.
Esboço da Fachada,
A Magnífica fachada vista da Praça de São Marcos
Vista da Fachada da Basílica de San Marco
Interior
A organização espacial é rica em evocações não encontradas em outras igrejas bizantinas. O interior tem uma seqüência unitária subdividida em arranjos espaciais individuais cuja continuidade é assegurada pelos mosaicos dourados do fundo.
A planta, na forma de uma cruz grega, é rica em pinturas e esculturas. O átrio está decorado com mosaicos que contam a história da Bíblia.
Particularmente interessantes são os mosaicos da origem veneto-bizantina, parcialmente reconstruídos por Ticiano, Tintoretto e Veronese.
Os eventos relatados no Pentateuco, o nome dado aos cinco primeiros livros da Bíblia e atribuídos a Moisés, são mostrados no átrio. O primeiro evento, representado na cúpula, é a criação do mundo, Hexaemeron, em seis dias seguido da história de Adão e Eva. É uma das obras-primas da arte que descreve a criação. Siga as histórias de Caim e Abel, Noé, o Dilúvio, a Torre de Babel, Abraão e as histórias de José, que ocupam três pequenas cúpulas do braço do norte, terminando com os principais eventos da vida de Moisés até o cruzamento da Mar Vermelho.
Piso / Mosaicos
O piso da igreja de São Marcos é um tapete de mármore espalhado por nada menos que 2100 metros quadrados.
Este tapete apresenta arranjos de mármore de diferentes tamanhos e cores para criar várias formas geométricas. Outros arranjos existentes são feitos de pequenos pedaços de mármore ou vidro que criam figuras florais ou animais. Existe uma clara predominância da primeira técnica.
Iconostase / Altar
Além do transepto, delimitado pela iconostase, a área do braço oriental é ocupada pelo presbitério no centro e nos lados, pelas capelas de São Pedro norte e São Clemente ao sul.
Retábulo do altar
O retábulo de São Marcos, "Pala d'Oro" é universalmente considerado como a expressão mais bela e refinada do gênio bizantino, com a sua luz e seu brilho entendido como a elevação do homem para Deus. Este altar contém relíquias do evangelista.
O retábulo é composto por duas partes, o Pala d'Oro e o recipiente de madeira que está por trás. Desde as suas origens só foi aberto durante as celebrações litúrgicas na Basílica, uma tradição que continua até hoje. O resto do tempo é coberto por outro retábulo conhecido como "justo", uma pintura em madeira. A mais antiga dessas pinturas foi feita por Paolo Veneziano entre 1343-1345 e representa a história de São Marcos e outros santos. Esta pintura foi mantida no Museu da Igreja e, em vez disso, o trabalho de um mestre do gótico tardio, que data da primeira metade do século quinquenal, pode ser admirado na parte de trás do altar.
Cúpulas
Cada uma das cúpulas do teto descansa em quatro grandes abóbadas cujo peso é suportado por quatro pilares. A maior cúpula da Ascensão, repousa no cruzeiro e as outras quatro nos braços da cruz. As cúpulas consistiam em meia-esferas com grandes apoios de alvenaria.
Mosaicos da Fachada
A decoração em mosaico de S. Marcos tem uma área de mais de 8 mil metros quadrados, ilustrando principalmente temas bíblicos no Antigo Testamento e no átrio do Novo Testamento dentro da Igreja.
Na fachada externa de São Marcos apenas um dos mosaicos está na sua forma original. É o relacionado com a procissão que leva o corpo de São Marcos até a basílica. Todos os outros foram refeitos, conservando o plano original, no período entre os séculos XVII e XIX.
Estátua de São Marcos e Leão de Veneza
O Leão alado é o símbolo de São Marcos. Podemos encontrar essa marca por toda Veneza. Na Basílica, uma estátua de São Marcos com um leão abaixo está colocada no topo da Igreja.
Estrutura
A planta na cruz grega cria uma estrutura na parte longitudinal do nave conhecida por certos motivos arquitetônicos. A perna vertical da cruz é maior que os transeptos e o altar está na área da abside. Os dois braços da cruz são subdivididos em três naves.
Tem três absides que se abrem em absidiolos em forma de lobo, estabelecendo-se em pilares perfurados por arcos. Em alguns desses pilares, a tribuna se senta. Acima do solo, foram construídas cinco cúpulas, de acordo com o modelo oriental, como símbolo da presença de Deus.
Materiais / Mármore e pedras
Os elementos decorativos de mármore utilizados na basílica são de grande interesse tanto do ponto de vista dos revestimentos quanto do mobiliário litúrgico. A maioria desses mármores foi obtida principalmente dos edifícios nas regiões de Constantinopla.
Na decoração de S. Marcos, o critério da antiguidade tardia continuou, levando em conta as diferentes funções simbólicas do templo para usar cores ou composições.
Detalhes no mármore
A pedra mais preciosa era o pórfiro vermelho, ligado ao simbolismo imperial do período da antiguidade tardia associado ao púrpura. No período em que os venezianos construíram San Marcos, púrpura e, portanto, por pórfiro, estavam ligados ao poderoso império e ao próprio simbolismo divino do Império Bizantino.
Pilastri Acritani: "São duas colunas na lateral da Basílica decoradas com folhas e parreiras em estilo persa, mas o único consenso sobre elas é de que foram roubadas. Não se sabe exatamente de onde, (Síria ou Constantinopla) nem para que serviam e nem por qual motivo foram colocadas ali. Além de que encravadas nelas estão duas escritas em hieróglifos ainda hoje não decifradas."
http://www.aquelelugar.com.br/basilica-sao-marcos-veneza/
Tetrarcas
Em São Marcos, o uso do pórfiro está associado a soluções destinadas a destacar a grandeza política de Veneza e sua glória, sem quaisquer implicações religiosas. A pedra desta cor pode ser vista no grupo de Tetrarcas no canto do Tesouro, destacando a entrada do Palácio Ducal em colunas que decoram a porta central da fachada oeste da Basílica, quase como um arco de triunfo, ou no Cantos da fachada, como delimitando um espaço real.
Os únicos elementos dentro do pórfiro encontrados no "púlpito" originalmente arquibancada Doge, outro símbolo de poder. Às vezes, quando não há pórfiro, Iassense de mármore, vermelho escuro com veias brancas que são usadas especialmente em revestimentos de parede, mas com uma intenção decorativa única foi usada.
Outro belo mármore com tons violetas e raios avermelhados era o Docimeum de mármore ou pavão, sempre usado em uma posição privilegiada como as colunas da abside.
Campanário
A torre sineira de São Marcos é uma imponente torre quadrada de 99 metros de altura, encabeçada por uma torres foi uma vez um farol de navegação. É o protótipo de todas as torres na área da lagoa. Foi construído pela primeira vez no século XII no local provavelmente ocupado por uma torre de vigia e reconstruído a sua forma atual no início do século XVI com a adição de uma torre de sino com agulha de cobre e coberto por uma espécie de plataforma giratória uma estátua do arcanjo Gabriel, que trabalhou como uma vara do tempo.
Dos cinco sinos originais, apenas o maior é preservado. O outro, que foi substituído, foi destruído quando a torre entrou em colapso em 1902. Contra a base do campanário é a varanda construída por Jacopo Sansovino entre 1537 e 1549 e decorada com mármores e bronze.
IV. - Referências
Wikipedia - Basilica de São Marcos / Veneza / Palio d'oro
Wiki architeture - Places = Italia, St. Marcus Basilica
5 curiosidades sobre a Basílica de São Marcos - italiaperamore.com
Fonte: História com gosto
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