A Rota Missões apresenta agora uma das mais belas imagens do Estado. A nossa parada hoje é na capital missioneira, Santo Ângelo. O destaque é a Catedral Angelopolitana.
Uma verdadeira obra de arte. Um detalhe mais bonito que o outro.
Tudo segue uma perfeição que conta a história missioneira. Os santos mártires em alto relevo, a oratória dedicada à Nossa Senhora de Guadalupe. A capelinha ao lado do altar. Estamos na Catedral Angelopolitana, considerada uma das mais belas igrejas do Rio Grande do Sul. Um espaço onde a arte revela os fatos e o povo, a fé.
Grandiosidade. Essa palavra define muito bem este lugar. A Catedral Angelopolitana tem hoje espaço para acomodar 800 pessoas aqui. Pra isso, as dimensões chegam a 50 metros de comprimento. Mas esta já é a terceira igreja construída neste local. A antiga era ainda maior. O altar, por exemplo, ficava 31 metros além de onde está hoje.
Dentro, a riqueza e o detalhamento são o maior destaque. Nas colunas, nas paredes, as pinturas e os ornamentos. Dom Estanislau Kreutz, bispo emérito da Diocese de Santo Ângelo conhece os 30 povos e diz que esta é a mais bela igreja de todas.
_Artisticamente e também pela simbologia das reduções, ela traz pro presente a riqueza histórica do passado. E tendo estes símbolos na fachada, com os padroeiros dos Sete povos aqui, mais a Cruz Missioneira e a parte interna tão linda, de maneira que não temos outra igual_explica Dom Estanislau.
Como janelas, vitrais com desenhos e símbolos. Ao todo são 86. Em cima do altar, representam cada um dos padroeiros dos Sete Povos. Pela igreja, também as 12 lamparinas que nunca se apagam, representando os 12 apóstolos. E um dos maiores símbolos, a escultura em madeira do Cristo morto, confecionada por índios na época da antiga redução de san angel custódio.
_Esta imagem é preservada aqui e é levada na sexta-feira santa pelas ruas, e aí vem tanta gente para acompanhar o Cristo Morto, para depois celebrar a Páscoa do Ressuscitado. De maneira que é a única relíquia que sobrou aqui em Santo Ângelo_diz Kreutz.
Com quase 90 anos de idade, seu Rudá é um dos responsáveis pela bela fachada da catedral. Ele conta que do projeto à construção, o trabalho levou em torno de sete anos para ficar pronto.
Dom Estanislau explica que o espaço católico é aberto a qualquer pessoa, independente a religião. Todos são bem -vindos à casa de Deus. Um acolhimento também retratado nesta escultura. Uma peça inteira de madeira que pesa em torno de 800 quilos. Representa o anjo da guarda protegendo brancos, índios e negros, sem discriminação.
Fonte: clic RBS
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