O Hiperrealismo, que permanece envolvido nos detalhes da realidade representada, aumentando assim o objeto sensual do consumo, não é capaz de expressar o cristianismo; surrealismo, que se deslocam entre o jogo e o sonho destrói todos os aspectos racionais da realidade, ele também se mostrar incapaz de representar a realidade criada e redimida pelo Senhor. Mesmo nas bobinas de um realismo histórico, ideológico, social ou tecnológico, parece impossível ver florescer a expressão da verdade do cristianismo. Muito menos no realismo deslumbrado pela luz artificial do futurismo se pode falar de tempo e eternidade.
O Cristianismo revela que a realidade é o trabalho da Providência de Deus, que a graça aperfeiçoa a natureza, o Verbo Divino se faz carne humana, o infinito se expressa no finito; isto implica a humildade de saber como trilhar pelo caminho da arte cristã, para colocar a Verdade no centro. Como na filosofia, o caminho do realismo moderado parece ser a mais adequada e seguro com certeza. A pintura realista figurativa deve evitar os excessos do materialismo e espiritualismo, de hiperrealismo e simbolismo. O realismo na arte cristã deve alimentar-se das palavras do Evangelho, na sua dimensão que é, em conjunto, histórico, simbólico, alegórico, moral e narrativa.
É importante para mostrar a "narrativa" dimensão da arte figurativa cristã. As histórias sagradas têm o poder de falar com o homem e as artes recordam precisamente, a partir deles, a capacidade narrativa. A narração, que é a primeira maneira de evangelizar, se transformou no coração da arte cristã. Na verdade a arte cristã soube tirar não só o rosto de Cristo, mas também suas palavras e, a partir de sua expressão narrativa, os modelos pelo qual se inspirar para construir, através da beleza, uma linguagem visual. Em seguida, ela aprendeu a inventar e desenvolver instrumentos adequados para que ela seja "em conformidade" com o seu primeiro "modelo".
Fonte: Il Naufrago
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