Restauro de igreja está em análise, diz órgão federal
A igreja, que foi construída no século 18 e abriga o túmulo do artista barroco Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, está com as portas fechadas desde fevereiro.
A medida foi tomada pelo pároco Luiz Carlos Carneiro à revelia do Iphan, o órgão federal do patrimônio.
Sem saber quando haverá recursos para a restauração, o pároco fechou também o Museu do Aleijadinho, que funcionava na antiga sacristia, no consistório e no porão.
A decisão de fechar a igreja, segundo o padre, baseou-se no laudo de uma empresa de arquitetura e engenharia que avaliou problemas descobertos por um funcionário do templo. A análise recomendou o fechamento "imediato", afirma o pároco.
Quatro estruturas de apoio do telhado, chamadas tesouras, estão comprometidas, segundo o chefe do escritório do Iphan em Ouro Preto, João Carlos Cruz de Oliveira.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Embora o laudo sobre as condições de segurança da igreja oriente "fazer o escoramento e intervenção de urgência", o problema é conseguir os mais de R$ 6 milhões estimados pelo Iphan para fazer uma restauração total.
Projeto de restauro feito em 2010 foi entregue em março ao governo federal pela Prefeitura de Ouro Preto, que busca recursos por meio do PAC Cidades Históricas.
Ativista da conservação do patrimônio, padre Carneiro diz que as dificuldades para a restauração o deixam, às vezes, "cansado". "Não podemos perder nem o patrimônio nem a história nem a memória do nosso povo."
A construção da igreja começou em 1724, comandada pelo pai de Aleijadinho, Manuel Francisco Lisboa. Desde 1949, é tombada pelo patrimônio nacional.
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