terça-feira, 5 de dezembro de 2023

A Obra de Antônio Landi no Brasil

 A Obra de Antônio Landi no Brasil

Giuseppe Antonio Landi, conhecido como Antônio José Landi no Brasil e em Portugal, foi um arquiteto bolonhes com marcante atuação na Amazônia.
Tinha o título honroso de membro da Academia Clementina, eleito em 16 de fevereiro de 1743. Aluno do mestre Fernando Galli Bibiena, foi premiado em 1731 e em 1734. Deixou, trabalho de Bolonha, estampas e gravuras de portas e janelas por ele próprios criadas ou de monumentos arquitetônicos na Itália. Professor de arquitetura e de perspectiva em Bolonha, foi contratado por Dom João V de Portugal como desenhista para a Expedição Demarcadora dos Territórios Portugueses no Norte do Brasil.
Landi partiu para o Pará a 2 de junho de 1753 com os demais membros da comissão técnica. A comissão permaneceu um ano em Belém antes de subir para o alto rio Negro, teatro das futuras operações. Ficaria entretanto conhecido pelo plano urbanístico da cidade de Belém, traçando fachadas, prédios, porto, praças e demais desenhos arquitetônicos. Durante seus 40 anos de vida no Brasil, Antônio Landi realizou mais de 15 obras arquitetônicas no Centro Histórico de Belém do Pará:
a Catedral Metropolitana de Belém, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo a Capela da Ordem Terceira do Carmo a Catedral de Nossa Senhora da Graça o antigo Hospital Real de Belém, o Colégio de Santo Alexandre, o Palácio dos Governadores, a Capela de São João Batista, a Capela Pombo, a Igreja de Santana, a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, e a Igreja de São João Batista (Cametá).
Estabeleceu-se em Belém e tornou-se membro da Ordem Terceira de São Francisco , adesão restrita a membros de riqueza e prestígio. Conduziu novas expedições científicas nos rios da região Norte do Brasil e conheceu os povos indígenas da Amazônia. Se casou com a Paraense Sebastiana Maria, filha do Capitão Mor João Baptista de Oliveira, com quem teve 3 filhas, falecendo na Capital do Grão Pará em 1791
Seu manuscrito sobre a história natural da Amazônia , “Descrizione di varie piante, frutti, animali, passeri, pesci, biscie, rasine, e altre simili cose che si ritrovano in questa Cappitania del Gran Parà” (ca. 1775), foi anotado pelos zoólogos Nelson Papavero , Dantes Teixeira , e pelo botânico Paulo Cavalcante e publicado pelo Museu Emilio Goeldi do Pará. Landi é referido como Antônio José Landi na maioria das publicações brasileiras.
Sua presença no Brasil, e no Brasil mais tropical que é a Amazônia - significou a introdução de novas formas e conceitos técnicos e artísticos na região naquela época, e a feliz convergência de estilos em voga na Itália e em Portugal, sem esquecer a íntima correlação entre arquitetura e meio ambiente, fenômeno que Landi teve a sensibilidade de perceber.
Algumas obras de Landi em Belém foram demolidas ou perdidas. Incluem a Capela de Santa Rita (Capela de Santa Rita), situada na Rua dos Mercadores, hoje Rua João Alfredo. Foi construído como oratório para presidiários da cadeia municipal.











































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