Características típicas do barroco brasileiro e da história do país, em Salvador (BA), já podem ser contempladas por moradores e visitantes. Nesta sexta-feria, 18 de novembro, a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, entregou à comunidade duas obras restauradas com recursos do PAC Cidades Históricas, a Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Domingos Gusmão e o Forte São Marcelo. Também participam das inaugurações o diretor do PAC Cidades Históricas, Robson de Almeida, o superintendente do Iphan-BA, Bruno Tavares, o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, além do arcebispo Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.
Além da restauração completa da Igreja, as obras com recursos da ordem de R$ 11 milhões do PAC Cidades Históricas, recuperaram também peças raras, como a pintura no forro da nave com 173 metros quadrados, de concepção ilusionista barroca, que teria sido executada por volta de 1781, atribuída a José Joaquim da Rocha, o maior pintor brasileiro do período barroco.
A última grande intervenção na Igreja de São Domingos Gusmão foi em 1967, quando o Iphan realizou obras de estabilização e restauração parcial dos telhados. Depois de cinco décadas, esta foi a mais completa que o templo recebeu. Foram restaurados os bens integrados e o importante acervo de arte sacra. Os espaços internos foram requalificados com a promoção de melhorias para garantir acessibilidade universal ao monumento. As obras promoveram, também, a adaptação dos salões laterais do pavimento superior da Igreja e a área de dois casarões vizinhos, criando uma área para a realização de cerimônias e eventos, visando proporcionar a sustentabilidade econômica do monumento.
Além do teto de José Joaquim da Rocha, as obras do PAC Cidades Históricas descobriram também outras pinturas, de artistas diversos, nas paredes dos corredores laterais, nas paredes da nave, na parte alta próxima ao forro e nas paredes da capela-mor. Na sacristia foram descobertas pinturas que imitam mármore nas tábuas da cimalha do forro com frisos em prata (considerado muito raro) em todas as cercaduras das portas e das janelas e nas molduras das telas. Revelaram também o uso de folha de prata em elementos decorativos, prática singular e descoberta de grande valor histórico.
Sob o signo da defesa
Símbolo de Salvador e da Bahia o Forte de São Marcelo foi edificado em alvenaria em 1623, com 19 armamentos de defesa. Em 1650, começaram a execução de obras que lhe deram o formato circular, o único das Américas. A fortificação é patrimônio histórico e cultural brasileiro, tombado pelo Iphan desde 1938. Nesta primeira etapa de restauração do forte foram investidos cerca de R$ 7,5 milhões, com recursos do PAC Cidades Históricas, com a reconstituição das fundações, estabilização da estrutura e conservação dos seus ambientes internos.
Situado em ambiente agressivo de alta salinidade, o Forte do Mar, como também é conhecido, sofre com a ação da natureza, principalmente com a força da variação das marés que, continuamente, atua sobre a base da sua muralha causando sérios danos e permitindo a fuga de material do seu interior. Todo o perímetro da muralha estava comprometido e as intervenções vão proporcionar maior vida útil ao monumento.
Na área interna foram executados serviços de manutenção e conservação, como a restauração do reboco, dos pisos, esquadrias e de outros elementos arquitetônicos característicos como o frontão de pedra, ornatos e cercaduras.
PAC Cidades Históricas
O programa é um avanço nas políticas culturais no Brasil, atuando em 44 cidades, de 20 estados da federação, com a disponibilização de R$ 1,6 bilhões para obras públicas. O PAC Cidades Históricas vai além da recuperação de monumentos, utilizando a preservação do patrimônio como eixo indutor para geração de renda, agregação social e afirmação da identidade cultural.
Na Bahia, 40 obras estão previstas, com investimento previsto de R$ 202 milhões. Em Salvador, além da Igreja de São Domingos e do Forte São Marcelo, estão sendo recuperados a Catedral Basílica, o anexo ao Plano Inclinado Gonçalves, a Igreja do Passo e dos casarões vizinhos à Igreja da Conceição da Praia. Outras cidades baianas beneficiadas com o PAC Cidades Históricas são Itaparica, Maragogipe e Santo Amaro.
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Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Domingos Gusmão, em Salvador (BA)
Com recursos do PAC Cidades Históricas, a Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Domingos Gusmão passou pela mais completa restauração, desde 1967. Depois de cinco décadas, esta foi a mais completa que o templo recebeu. Foram restaurados os bens integrados e o importante acervo de arte sacra. Os espaços internos foram requalificados com a promoção de melhorias para garantir acessibilidade universal ao monumento. As obras promoveram, também, a adaptação dos salões laterais do pavimento superior da Igreja e a área de dois casarões vizinhos, criando uma área para a realização de cerimônias e eventos, visando proporcionar a sustentabilidade econômica do monumento.
A Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Domingos Gusmão, em Salvador (BA) guarda importantes relíquias do barroco brasileiro.
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