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O Arcanjo Gabriel anuncia à Santa Maria que ela conceberá e dará luz a Jesus de Nazaré, Filho do Altíssimo. Arte sacra cristã: Pintura em madeira por Robert Campin, c. 1420-1440, Bruxelas. |
O
Advento (do latim
Adventus: "chegada", do verbo
Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal.
Origem
A primeira referência ao "Tempo do Advento" é encontrada na Espanha, quando no ano 380, o Sínodo de Saragoça prescreveu uma preparação de três semanas para a Epifania, data em que, antigamente, também se celebrava o Natal. Na França, Perpétuo, bispo de Tours, instituiu seis semanas de preparação para o Natal e, em Roma, o Sacramentário Gelasiano cita o
Advento no fim do século V.
Há relatos de que o Advento começou a ser observado entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal.
No final do século IV, na Gália (atual França) e na Espanha, tinha caráter ascético com jejum, abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecumenos para o batismo na festa da Epifania.
Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor, passando a ser celebrado durante 5 domingos.
Surgido na Igreja Católica, este tempo passou também para as igrejas reformadas, em particular à Anglicana, à Luterana, Metodista e a Batista dentre várias outras. A igreja Ortodoxa tem um período de quarenta dias de jejum em preparação ao Natal.
O tempo do advento e suas características
O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística
cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e
vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma
noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.
O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de
Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando
quatro domingos.
Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo,
Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas
semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação
para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por
isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. Uma
das expressões desta alegria é o canto das chamadas "
Antífonas do Ó".
O início do advento é conhecido tradicionalmente como o dia certo para montar a árvore de natal.
Teologia do advento
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo.
Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se
na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor, Jesus, que de
fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15).
O Advento recorda também o Deus da Revelação.
Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando
a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final
dos tempos.
O caráter missionário do Advento manifesta-se na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria
são exemplos concretos da vida missionária de cada cristão, quer
preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o
santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem
em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais
visível do Reino de Deus.
A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável
para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus
como referência e fundamento, dispondo-nos a "perder" a vida em favor do
anúncio e instalação do Reino.
Espiritualidade do advento
A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores
essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a
esperança, a pobreza, a conversão. Deus é fiel a suas promessas: o
Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só
ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com
certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado,
mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a
esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará
definitivamente na parusia (volta) do Senhor. Por isso, o brado da
Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!
O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa
esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na
libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna,
esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e
tribulações da vida, diante das perseguições, etc.
O Advento também é tempo propício à conversão.
Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a
esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o
caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente
contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da
pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a
confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens
terrenos. Pobreza que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que
conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.
As figuras do advento
Isaías
Isaías é o profeta
que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a
consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos
40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e
glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim os
exilados.
As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo
do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os
tempos. Ele que no capítulo 7 do seu livro já anuncia a vinda do Senhor
João Batista
É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um
profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que
veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua
vinda (Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento
da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).
A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta como
presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do
Advento. Por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em
especial no segundo e no terceiro domingo.
João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no
mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profetisas do reino,
vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na
própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo,
levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.
José
São José com Cristo nos braços
Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José,
esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o
pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de
Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se
cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".
José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.
A celebração do advento
O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria.
Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e
entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação
que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.
Os paramentos litúrgicos(casula, estola, dalmática, pluvial, cíngulo, etc) são de cor roxa, bem como o véu que recobre o ambão,
a bolsa do corporal e o véu do cálice; como sinal de recolhimento e
conversão em preparação para a festa do Natal. A única exceção é o
terceiro domingo do Advento, Domingo
Gaudete ou da Alegria, cuja
cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para
revelar a alegria da vinda do Salvador que está bem próxima. Também os
altares são ornados com rosas cor-de-rosa. O nome de
Domingo Gaudete
refere-se à primeira palavra do intróito deste dia, que é tirado da
segunda leitura que diz: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito,
alegrai-vos, pois o Senhor está perto"(Fl 4, 4). Também é chamado
"Domingo mediano", por marcar a metade do
Tempo do Advento, tendo analogia com o quarto domingo do
Tempo da Quaresma, chamado
Laetare.
No dia do início do Advento são montados o Presépio, a Árvore de Natal e a Coroa do Advento. Tradicionalmente este é o dia correto para montagem do Presépio e da Árvore de Natal, apesar de o dia de montar as decorações natalinas variar em alguns países.
Símbolos do Advento
Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento.
Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo,
no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do
Advento. A coroa pode ser, colocada ao lado do altar ou em qualquer
outro lugar visível. A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma,
no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4°
domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo
Salvador e Luz do Mundo,
brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa
alegria pelo Deus que vem. A cor roxa das velas nos convida a purificar
nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de
cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes
dourados prefiguram a glória do Reino que virá.
A coroa de advento
A coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:
A forma circular
O círculo
não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem
princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que
nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma ideia de “elo”, de
união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.
As ramas verdes
Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua
graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de
nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua
primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada,
aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta. O ramos
dos pinheiros permanecem verdes apesar dos rigorosos invernos, assim
como os cristãos devem manter fé e a esperança apesar das tribulações da
vida.
A fita vermelha
A fita e o laço vermelho que envolvem a grinalda simbolizam o Amor de
Deus ou o próprio Espírito Santo a embalar toda criação que é remida
com a chegada de Jesus.
As bolas
As bolas simbolizam os frutos do Espírito Santo que brotam no coração de cada cristão.
As quatro velas
As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento
. No início, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Nos recorda a
experiência de escuridão do pecado. A medida em que se vai aproximando o
Natal, vamos ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as
quatro velas representando assim a chegada, em meio de nós, do Senhor
Jesus, luz do mundo, quem dissipa toda escuridão, trazendo aos nossos
corações a reconciliação tão esperada. A primeira vela lembra o perdão
concedido a Adão e Eva. A segunda simboliza a fé de Abraão e dos outros
Patriarcas, a quem foi anunciada a Terra Prometida. A terceira lembra a
alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança
eterna. A quarta recorda os Profetas que anunciaram a chegada do
Salvador. O mais adequado é que todas as velas da coroa do Advento sejam
roxas, com exceção de uma que pode ser rosa para lembrar o Domingo
Gaudete.
Neste ponto, temos que fazer uma cuidadosa distinção: as velas roxas
são usadas na coroa do Advento, mas não fazem partes das velas para
celebração do Santo Sacrifício da Missa, uma vez que a coroa do Advento
surgiu da piedade popular. O segundo ponto é que as velas para a
celebração da Missa não seguem a cor usada pelo celebrante. Portanto, é
errado usarmos velas verdes durante o tempo Comum, ou vermelhas no
Domingo de Ramos. As velas, como nos orientam os documentos da Igreja,
devem ser de cera amarela ou de parafina branca, independente da cor
litúrgica do dia. Somente o sacerdote manifesta a cor litúrgica do dia.
Outra razão para não serem usadas as velas coloridas é que todos os
símbolos da liturgia devem ser naturais, assim como a água, o vinho e
etc.
Wikipédia
Desde
a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente
religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças,
preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em
comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que
nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é
família.
Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa
(guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços
vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais.
Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto
ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está
presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças.
Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de
Advento sem a coroa com suas quatro velas.
Simbolismo da Coroa de Advento (7)
Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de
Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas.
Desde a sua origem ela possui um forte apelo de compromisso social, de
promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e
cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a
Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que
vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer
as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da
verdadeira Vida.
A mensagem da Coroa de Advento é percebida a partir do simbolismo de cada um de seus elementos.
O Círculo
A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do
tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da
história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem
jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo
de Cristo.
Desde a Antigüidade, a coroa é símbolo de vitória e do prêmio pela
vitória. Lembremos a coroa de louros, a coroa de ramos de oliveira, com a
qual são coroados os atletas vitoriosos nos jogos olímpicos.
Os ramos verdes
Os ramos verdes que enfeitam o círculo constumam ser de abeto ou de
pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno.
É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de
vitória sobre a morte.
Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso,
problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no
início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da
natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros
elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores,
raízes, nozes, espigas de trigo.
Para
ornar a coroa usam-se também laços de fitas vermelhas ou rosas, símbolo
do amor de Jesus Cristo que se torna homem, símbolo da sua vitória
sobre a morte através da sua entrega por amor.
Deste modo, nas guirlandas penduradas nas portas das casas, os laços ocupam o lugar das velas.
Lembram os pontos cardeais, a cruz de Cristo, que irradia a luz da salvação ao mundo inteiro.
As velas
As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro
fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro
pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o
mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas
significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a
progressiva vitória da luz sobre as trevas.Originariamente, a velas eram
três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.
O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e o rosa como
sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus, usada no 3º domingo
do Advento, chamado de Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos).
Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
- a primeira vela é do profeta;
- a segunda vela é de Belém;
- a terceira vela é dos pastores;
- a quarta vela é dos anjos.
Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:
- a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
- a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
- a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
- a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.
Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas
de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu
Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
- o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
- o tempo dos patriarcas;
- o tempo dos reis;
- o tempo dos profetas.
(6) BECKHÄUSER, Frei Alberto, Coroa de Advento – história, simbolismo e celebrações, Vozes, 2006.
- See more at: http://www.franciscanos.org.br/?p=5850#sthash.ZjO6sMgE.dpuf
Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa
(guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços
vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais.
Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto
ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está
presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças.
Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de
Advento sem a coroa com suas quatro velas.
Simbolismo da Coroa de Advento (7)
Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de
Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas.
Desde a sua origem ela possui um forte apelo de compromisso social, de
promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e
cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a
Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que
vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer
as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da
verdadeira Vida.
A mensagem da Coroa de Advento é percebida a partir do simbolismo de cada um de seus elementos.
O Círculo
A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do
tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da
história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem
jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo
de Cristo.
Desde a Antigüidade, a coroa é símbolo de vitória e do prêmio pela
vitória. Lembremos a coroa de louros, a coroa de ramos de oliveira, com a
qual são coroados os atletas vitoriosos nos jogos olímpicos.
Os ramos verdes
Os ramos verdes que enfeitam o círculo constumam ser de abeto ou de
pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno.
É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de
vitória sobre a morte.
Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso,
problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no
início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da
natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros
elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores,
raízes, nozes, espigas de trigo.
Para
ornar a coroa usam-se também laços de fitas vermelhas ou rosas, símbolo
do amor de Jesus Cristo que se torna homem, símbolo da sua vitória
sobre a morte através da sua entrega por amor.
Deste modo, nas guirlandas penduradas nas portas das casas, os laços ocupam o lugar das velas.
Lembram os pontos cardeais, a cruz de Cristo, que irradia a luz da salvação ao mundo inteiro.
As velas
As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro
fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro
pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o
mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas
significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a
progressiva vitória da luz sobre as trevas.Originariamente, a velas eram
três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.
O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e o rosa como
sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus, usada no 3º domingo
do Advento, chamado de Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos).
Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
- a primeira vela é do profeta;
- a segunda vela é de Belém;
- a terceira vela é dos pastores;
- a quarta vela é dos anjos.
Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:
- a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
- a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
- a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
- a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.
Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas
de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu
Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
- o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
- o tempo dos patriarcas;
- o tempo dos reis;
- o tempo dos profetas.
(6) BECKHÄUSER, Frei Alberto, Coroa de Advento – história, simbolismo e celebrações, Vozes, 2006.
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Desde
a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente
religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças,
preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em
comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que
nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é
família.
Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa
(guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços
vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais.
Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto
ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está
presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças.
Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de
Advento sem a coroa com suas quatro velas.
Simbolismo da Coroa de Advento (7)
Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de
Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas.
Desde a sua origem ela possui um forte apelo de compromisso social, de
promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e
cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a
Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que
vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer
as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da
verdadeira Vida.
A mensagem da Coroa de Advento é percebida a partir do simbolismo de cada um de seus elementos.
O Círculo
A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do
tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da
história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem
jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo
de Cristo.
Desde a Antigüidade, a coroa é símbolo de vitória e do prêmio pela
vitória. Lembremos a coroa de louros, a coroa de ramos de oliveira, com a
qual são coroados os atletas vitoriosos nos jogos olímpicos.
Os ramos verdes
Os ramos verdes que enfeitam o círculo constumam ser de abeto ou de
pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno.
É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de
vitória sobre a morte.
Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso,
problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no
início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da
natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros
elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores,
raízes, nozes, espigas de trigo.
Para
ornar a coroa usam-se também laços de fitas vermelhas ou rosas, símbolo
do amor de Jesus Cristo que se torna homem, símbolo da sua vitória
sobre a morte através da sua entrega por amor.
Deste modo, nas guirlandas penduradas nas portas das casas, os laços ocupam o lugar das velas.
Lembram os pontos cardeais, a cruz de Cristo, que irradia a luz da salvação ao mundo inteiro.
As velas
As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro
fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro
pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o
mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas
significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a
progressiva vitória da luz sobre as trevas.Originariamente, a velas eram
três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.
O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e o rosa como
sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus, usada no 3º domingo
do Advento, chamado de Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos).
Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
- a primeira vela é do profeta;
- a segunda vela é de Belém;
- a terceira vela é dos pastores;
- a quarta vela é dos anjos.
Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:
- a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
- a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
- a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
- a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.
Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas
de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu
Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
- o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
- o tempo dos patriarcas;
- o tempo dos reis;
- o tempo dos profetas.
(6) BECKHÄUSER, Frei Alberto, Coroa de Advento – história, simbolismo e celebrações, Vozes, 2006.
- See more at: http://www.franciscanos.org.br/?p=5850#sthash.ZjO6sMgE.dpuf
Desde
a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente
religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças,
preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em
comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que
nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é
família.
Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa
(guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços
vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais.
Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto
ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está
presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças.
Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de
Advento sem a coroa com suas quatro velas.
Simbolismo da Coroa de Advento (7)
Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de
Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas.
Desde a sua origem ela possui um forte apelo de compromisso social, de
promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e
cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a
Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que
vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer
as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da
verdadeira Vida.
A mensagem da Coroa de Advento é percebida a partir do simbolismo de cada um de seus elementos.
O Círculo
A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do
tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da
história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem
jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo
de Cristo.
Desde a Antigüidade, a coroa é símbolo de vitória e do prêmio pela
vitória. Lembremos a coroa de louros, a coroa de ramos de oliveira, com a
qual são coroados os atletas vitoriosos nos jogos olímpicos.
Os ramos verdes
Os ramos verdes que enfeitam o círculo constumam ser de abeto ou de
pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno.
É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de
vitória sobre a morte.
Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso,
problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no
início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da
natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros
elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores,
raízes, nozes, espigas de trigo.
Para
ornar a coroa usam-se também laços de fitas vermelhas ou rosas, símbolo
do amor de Jesus Cristo que se torna homem, símbolo da sua vitória
sobre a morte através da sua entrega por amor.
Deste modo, nas guirlandas penduradas nas portas das casas, os laços ocupam o lugar das velas.
Lembram os pontos cardeais, a cruz de Cristo, que irradia a luz da salvação ao mundo inteiro.
As velas
As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro
fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro
pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o
mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas
significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a
progressiva vitória da luz sobre as trevas.Originariamente, a velas eram
três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.
O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e o rosa como
sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus, usada no 3º domingo
do Advento, chamado de Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos).
Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
- a primeira vela é do profeta;
- a segunda vela é de Belém;
- a terceira vela é dos pastores;
- a quarta vela é dos anjos.
Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:
- a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
- a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
- a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
- a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.
Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas
de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu
Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
- o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
- o tempo dos patriarcas;
- o tempo dos reis;
- o tempo dos profetas.
(6) BECKHÄUSER, Frei Alberto, Coroa de Advento – história, simbolismo e celebrações, Vozes, 2006.
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Desde
a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente
religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças,
preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em
comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que
nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é
família.
Além da coroa como tal com as velas, é uso antigo pendurar uma coroa
(guirlanda), neste caso sem velas, na porta da casa. Em geral laços
vermelhos substituem as velas indicando os quatro pontos cardeais.
Entrou também nas igrejas em formas e lugares diferentes, em geral junto
ao ambão. Cada domingo do Advento se acende uma vela. Hoje está
presente em escolas, hotéis, casas de comércio, nas ruas e nas praças.
Tornou-se mesmo enfeite natalino. Já não se pode pensar em tempo de
Advento sem a coroa com suas quatro velas.
Simbolismo da Coroa de Advento (7)
Pelo fato de se tratar de uma linguagem simbólica, a Coroa de
Advento e seus elementos podem ser interpretados de diversas formas.
Desde a sua origem ela possui um forte apelo de compromisso social, de
promoção das pessoas pobres e marginalizadas. Trata-se de acolher e
cuidar da vida onde quer que ela esteja ameaçada. Podemos dizer que a
Coroa de Advento constitui um hino à natureza que se renova, à luz que
vence as trevas, um hino a Cristo, a verdadeira luz, que vem para vencer
as trevas do mal e da morte. É, sobretudo, um hino à vida que brota da
verdadeira Vida.
A mensagem da Coroa de Advento é percebida a partir do simbolismo de cada um de seus elementos.
O Círculo
A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do
tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da
história. O círculo indica o sol no seu ciclo anual, sua plenitude sem
jamais se esgotar, gerando a vida. Para os cristãos este sol é símbolo
de Cristo.
Desde a Antigüidade, a coroa é símbolo de vitória e do prêmio pela
vitória. Lembremos a coroa de louros, a coroa de ramos de oliveira, com a
qual são coroados os atletas vitoriosos nos jogos olímpicos.
Os ramos verdes
Os ramos verdes que enfeitam o círculo constumam ser de abeto ou de
pinus, de ciprestes. É símbolo nórdico. Não perdem as folhas no inverno.
É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de
vitória sobre a morte.
Para nós no Brasil este elemento é um tanto artificial e, por isso,
problemático, menos significativo, visto que celebramos o Natal no
início do verão e com isso não vivenciamos esta mudança da renovação da
natureza. Por isso, a tendência de se substituir o verde por outros
elementos ornamentais do círculo: frutos da terra, sementes, flores,
raízes, nozes, espigas de trigo.
Para
ornar a coroa usam-se também laços de fitas vermelhas ou rosas, símbolo
do amor de Jesus Cristo que se torna homem, símbolo da sua vitória
sobre a morte através da sua entrega por amor.
Deste modo, nas guirlandas penduradas nas portas das casas, os laços ocupam o lugar das velas.
Lembram os pontos cardeais, a cruz de Cristo, que irradia a luz da salvação ao mundo inteiro.
As velas
As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro
fases da História da Salvação preparando a vinda do Salvador, os quatro
pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o
mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas
significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a
progressiva vitória da luz sobre as trevas.Originariamente, a velas eram
três de cor roxa e uma de cor rosa, as cores dos domingos do Advento.
O roxo, para indicar a penitência, a conversão a Deus e o rosa como
sinal de alegria pelo próximo nascimento de Jesus, usada no 3º domingo
do Advento, chamado de Domingo “Gaudete” (Alegrai-vos).
Existem diferentes tradições sobre os significados das velas. Uma bastante difundida:
- a primeira vela é do profeta;
- a segunda vela é de Belém;
- a terceira vela é dos pastores;
- a quarta vela é dos anjos.
Outra tradição vê nas quatro velas as grandes fases da História da Salvação até a chegada de Cristo. Assim:
- a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva, que de mortais se tornarão seres viventes em Deus;
- a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida;
- a terceira é a vela da alegria de Davi pela sua descendência;
- a quarta é a vela do ensinamento dos profetas que anunciam a justiça e a paz.
Nesta perspectiva podemos ver nas quatro velas as vindas ou visitas
de Deus na história, preparando sua visita ou vinda definitiva no seu
Filho Encarnado, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
- o tempo da criação: de Adão e Eva até Noé;
- o tempo dos patriarcas;
- o tempo dos reis;
- o tempo dos profetas.
(6) BECKHÄUSER, Frei Alberto, Coroa de Advento – história, simbolismo e celebrações, Vozes, 2006.
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