


Uma
imagem mais tardia é a representação de Deus, primeira pessoa da
Trindade Santa, temporal e antropomorfa. Em alguns ícones Ele é mostrado
como um Ancião, enfatizando o aspecto simbólico da sabedoria (mesmo
havendo um ícone próprio da Santa Sabedoria), nesse caso os ícones assim
representados se chamará de ícone da Paternidade; mas, em outros casos,
um mesmo Ancião é o próprio Filho, prefigurado pelo Profeta Daniel (cf.
Dn 7, 9-10), assim o Filho também é chamado de “Antigo de Dias”, para
melhor explicação sobre esse tema busco, em Gharib, as palavras de
Dionísio Aeropagita quando diz, depois de ter explicado o significado do
Pantocrator:
“É
celebrado também como Antigo de Dias, pelo fato de ser a eternidade e o
tempo de todas as coisas e ao mesmo tempo preceder os dias, a
eternidade e o tempo... Por isso, também nas sagradas aparições das
visões místicas, Deus assume a figura de um Ancião e a de um jovem: a
primeira significa que é o princípio e que existe desde o princípio; a
segunda, que escapa a toda mudança; as duas visões nos ensinam que ele
procede, do início ao fim, através de todas as coisas” (Gharib, p. 121).

Fonte bibliográfica:
A BÍBLIA DE JERUSALÉM. Tradução de Euclídes Martins Balancin et al. 5 ed. São Paulo: Paulinas, 1991;
GHARIB, Georges. Os ícones de Cristo: História e Culto. São Paulo: Paulus, 1997
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