quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Restauro da Catedral de Salvador revela raridades do século 17

por Luciane Belin


© Mateus Morbeck/Iphan

Tombado como Patrimônio Cultural Mundial, o Centro Histórico de Salvador (BA), no coração do Pelourinho, é o endereço da Catedral Basílica da cidade, uma construção datada do século 17. Uma das mais importantes construções sacras do país, a basílica passou por um processo de restauração de três anos e oito meses que, mais do que trazer de volta ao público os itens de já faziam dela uma obra única, revelou espaços e peças cuja existência era até então desconhecida ou que se julgavam perdidas.

Quem for visitar a Catedral, reaberta ao público no dia 14 de setembro, poderá vislumbrar alguns destes segredos, agora revelados. De acordo com a arquiteta Laura Lima de Souza, que fez o acompanhamento técnico da restauração, o processo revelou, entre outras surpresas, uma escadaria que levava a uma antiga catacumba. “Nós restauramos todo o piso de mármore da igreja e ele contém muitas lápides. Ao remover os módulos e as pedras de lápide para fazer o restauro, descobrimos uma escada para o subterrâneo que levava a uma cripta que pertencia provavelmente a uma família rica de Salvador, que financiou a construção do altar-mor”.

Embora tenha sido fechado novamente por placas de mármore, já que, por questões de insalubridade, ela não poderia ser mantida aberta, o local da cripta é agora indicado aos visitantes.

No interior de uma das capelas que fazem parte da Catedral, a Santo Inácio de Loyola, foram também descobertas ossadas, incluindo 13 crânios humanos cujos donos não se sabe quem são. “É difícil precisar. Sabemos que a igreja foi construída no século 17, mas temos altares que datam dos séculos 18 e 19 e retábulos de todos os períodos desde então”, justifica a arquiteta.

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© Mateus Morbeck/Iphan

A prospecção realizada no período inicial da obra mostrou também uma grande proporção de pinturas originais. “Encontramos pintura original em praticamente todos os elementos restaurados, na parede, nas telas, nos retábulos. Quando são feitas as prospecções, nós normalmente encontramos várias camadas de tinta. Neste caso, conseguimos definir as pinturas originais, que tinham qualidade muito superior às que vieram depois”, explica.

Nas paredes e peças sacras descobertas, estão quadros com imagens de santos jesuítas escurecidos pelo tempo. Na capela do Santíssimo foram recuperados diversos elementos com folhas de prata, que estavam encobertas por camadas de repintura. “Em obras do período barroco, especialmente nas igrejas, o revestimento normalmente é de ouro. Nesse caso específico do Santíssimo, ele estava repintado com camadas de tinta, em alguns lugares havia até purpurina imitando ouro. Quando começou o processo de restauração, é que descobrimos que a prata estava ali em bom estado de conservação, praticamente na capela toda”.

Os elementos dourados, utilizados em várias partes do templo, foram recuperados com folhas de ouro importadas de Florença, na Itália.

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© Mario Vitor Bastos/Iphan

Além do que já estava na Catedral Basílica, 30 bustos relicários das Virgens e Santos Mártires que pertenciam a ela originalmente agora retornaram a seus lugares, depois de mais de 15 anos sob a guarda do Museu de Arte Sacra, que agora os devolveu restaurados.

Tudo isso poderá ser visto de perto agora, inclusive o altar-mor, que esteve fechado por anos devido a uma obra anterior inacabada. “Havia uma porta que estava emperrada há 50 anos e, com a restauração, conseguimos reabrir”, comemora a arquiteta.
Restauração milionária

Encabeçada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a intervenção custou R$17,8 milhões e incluiu a restauração das treze capelas, de toda a imaginária sacra, do átrio, de toda a fachada principal em cantaria e das torres de azulejos.

A obra também permitiu que a Basílica de Salvador fosse renovada, com a instalação de modernos equipamentos de sonorização, sistema de prevenção e combate a incêndio e segurança patrimonial. “Além da restauração artística, fizemos a revisão de todas as instalações, principalmente elétrica. Tudo foi completamente refeito: luminárias, tomadas, um moderno sistema de segurança, com câmeras, monitoramento, para-raios, prevenção e combate a incêndios. Temos mais de 100 sensores de incêndio, inclusive na cobertura, porque o telhado tem todo o madeiramento e, nos casos de incêndio, é lá que o fogo se propaga com mais tranquilidade”, detalha a arquiteta.

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© Mateus Morbeck/Iphan

Executado com o apoio da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, da Prefeitura Municipal de Salvador e do Governo do Estado da Bahia, o trabalho de restauro foi realizado por uma equipe multidisciplinar, formada por mais de 120 profissionais, que mesclou a utilização de técnicas e materiais tradicionais e contemporâneos.
Um tesouro do Brasil Colonial

Quarto templo construído pelos jesuítas na capital baiana, entre 1652 e 1672, a Catedral Basílica de Salvador é o último remanescente do conjunto arquitetônico do Colégio de Jesus. Com projeto arquitetônico do irmão Francisco Dias, possui 13 altares, sendo os dois primeiros construídos em estilo renascentista maneirista.

A fachada é toda em pedras de lioz, importadas de Portugal, e os nichos sob as portas representam Santo Inácio de Loyola, São Francisco Xavier e São Francisco de Borja. Com a saída dos jesuítas do país, a igreja foi abandonada e chegou a ser utilizada como hospital militar e a primeira Escola de Medicina do Brasil, instalada ali em 1833. Ainda em 1938, a igreja foi tombada individualmente pelo Iphan e a proteção inclui também todo o seu acervo, que inclui telas de diversos autores seiscentistas, móveis em jacarandá e diversos objetos sacros em ouro e prata.

Segundo o Iphan, a obra de restauração no local é parte de uma série de ações que vêm sendo realizados no Patrimônio Cultural baiano, totalizando recursos de mais de R$ 92 milhões de recursos do Governo Federal via Iphan. Cinco importantes obras já foram concluídas em Salvador, com as restaurações da Igreja da Ordem Terceira de São Domingos, da Igreja do Santíssimo Sacramento da Rua do Passo, da Igreja do Corpo Santo, do Forte de São Marcelo e do edifício anexo ao Plano Inclinado Gonçalves, onde foi instalada a Casa do Carnaval. Também estão em execução outras oito obras, incluindo ações nas cidades de Santo Amaro, Itaparica e Maragogipe.

Via Haus.
Fonte: Arch Daily

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Exposição: Igrejas Históricas do Litoral Paulista




A exposição das Igrejas Históricas do Litoral Paulista está no MASS até o próximo sábado (dia 29), das 10h às 17h. As obras de Angelo Gill são uma reverência à arquitetura das igrejas construídas pelos colonizadores portugueses, pintadas com técnicas de nanquim e aguadas. As visitas ao Museu custam $5,00, sendo meia entrada para professores, estudantes e pessoas acima de 60 anos. Custa pouco saber nossa história.
Foto: Isabela Carrari

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Extinção do Museu de Arte Sacra de Sorocaba é oficializada

Dom Julio diz que plano é fazer exposições em vários espaços da cidade. Acervo conta com 350 itens
Entre as peças do acervo estão 181 imagens sacras nacionais e europeias dos séculos 17 a 19. Crédito da foto: Divulgação

Sem perspectiva de ganhar uma nova sede, o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Sorocaba Comendador Luiz Almeida Marins (Madas-Lam) — cujas peças estão abrigadas no piso superior da Catedral Metropolitana de Sorocaba — será transformado em reserva técnica, como é chamado o espaço onde se abrigam os objetos de acervo museológico que não estão expostos. Na prática, a medida oficializa a extinção do museu fundado em 1975, cuja última exposição permanente aberta ao público ocorreu há 15 anos. O arcebispo metropolitano de Sorocaba, dom Julio Endi Akamine, diz que o atual espaço é inadequado para funcionar como museu, já que não oferece condições de acessibilidade e circulação dos visitantes. Uma nova sede para o Madas — que ano passado chegou a ser anunciada como parte do complexo arquitetônico da futura Igreja de São Pio de Pietrelcina, no Parque Campolim — não será mais construída.

Segundo o arcebispo, a orientação atual é a de que, em vez de limitar as exposições a um único espaço, o novo plano de ação é para ampliar o alcance do acervo por meio de exposições em vários espaços da cidade, como igrejas. “O plano de ação prevê que a parte superior da Catedral seja uma espécie de reserva técnica para a guarda do acervo e que vários espaços possam ser utilizados para exposições”, diz.

Peças estão acomodadas no andar superior da Catedral. Crédito da foto: Divulgação

Uma nova sede para o museu, no Campolim, chegou a ser anunciada em maio de 2017 pelo padre Wilson Roberto Silva, da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, durante o processo de venda e demolição da antiga capela da Comunidade Sagrada Família, na Vila Jardini. Até então, o imóvel era cogitado para abrigar a sede definitiva do Madas-Lam. Com a negociação do terreno da antiga capela, foi adquirida uma área com total de três mil metros quadrados situada na rua Antônio Perez Hernandez, no Campolim, onde deverá ser construída a Igreja de São Pio de Pietrelcina. “O complexo não terá mais o museu”, confirmou o padre Wilson, citando que o pré-projeto será apresentado à comunidade no final deste mês e obras devem começar em janeiro de 2019.

Dom Julio afirma que tem procurado tornar acessível as peças do museu de arte sacra à população e desde que assumiu a Arquidiocese, em fevereiro de 2017, já foram realizadas pelo menos quatro exposições na própria Catedral, todas organizadas em torno de determinada temática religiosa e litúrgica.

Nos últimos anos o Museu Arquidiocesano podia ser consultado apenas por estudantes e pesquisadores, mas as visitas foram suspensas em junho do ano passado, depois que o então diretor financeiro e administrativo, Pedro Benedito Paiva Júnior, foi afastado do cargo. Segundo dom Julio, que preside o corpo diretivo do museu, recentemente o cargo foi preenchido pelo voluntário João Paulo Rossi. “Esse afastamento deu oportunidade para uma série de ações importantes”, comenta o arcebispo, citando que o acervo passou por limpeza e reorganização. “Foi feita uma conferência minuciosa do cadastro das peças guardadas. Foi feita uma seleção de todos itens e uma separação das peças com verdadeiro valor artístico e histórico”, diz.
Museu funcionou na parte superior da Catedral e estava fechado há 15 anos. Crédito da foto: Arquivo JCS (18/8/1985)
Restrita

Apesar das ações descritas, o acesso da reportagem ao museu foi negado sob a alegação de que a reserva técnica do acervo permanece fechada para visitação. O arcebispo, no entanto, forneceu nove fotos que retratam a situação atual do acervo. A visitação se tornou restrita em 2013, já que o acesso ao piso superior é feito por uma escada em espiral, considerada perigosa para o público em geral.
Com base em matérias publicadas nos últimos anos no Mais Cruzeiro, o Museu Arquidiocesano possui em seu acervo mais de três mil fotos e 350 itens, sendo 181 imagens sacras nacionais e europeias dos séculos 17 a 19, bem como livros, partituras, missais e diversos objetos, entre os quais se destacam móveis usados por Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro, nos 11 meses em que ele morou em Sorocaba (em 1811, com a missão de fundar o Mosteiro de Santa Clara) e Estandartes de Misericórdia, que até meados do século 19 eram carregados por condenados em ritos de enforcamento em praça pública que ocorriam em frente ao Cemitério da Saudade.

PesquisaMóveis também são parte do acervo do museu que foi fundado em 1975. Crédito da foto: Divulgação

Pós-doutora em História, artista plástica e pesquisadora de artes sacras, Nancy Ridel Kaplan destaca que o acervo do museu possui peças de valor inestimável e o acesso irrestrito da população poderia se desdobrar também em uma série de pesquisas científicas e acadêmicas, não apenas centradas na arte sacra, mas também sobre a cultura e a história de Sorocaba. “Geralmente, quando se fala em arte sacra, isso gera um desconforto por pertencer à igreja católica, mas a história da gente está nessas peças, que fizeram parte de capelas de fazendas da região, que foram objeto de devoção de quem morava aqui. Além do valor enquanto obra de arte, popular ou erudita, tem um valor enquanto história da gente”, defende.

Dom Julio Endi Akamine reconhece a potência histórica do acervo e não descarta a possibilidade de firmar parcerias com instituições interessadas em revitalizar, organizar e manter essas obras expostas ao público. “O fato de ainda não ter feito tal parceria não significa que não o façamos. Estamos abertos para tais parcerias que favoreçam a exposição do nosso acervo sacro. Há diversas dificuldades jurídicas para fazer essas parcerias que precisam ser superadas, porque não há como celebrar parcerias sem contratos formais”, finaliza.

Química e História da Arte dos Vitrais- Curso em Curitiba




Inscrições abertas para o curso "Química e História da Arte dos Vitrais" em Curitiba! Corra e garanta já o seu lugar. Vagas limitadas! 

Maiores informações e inscrições: quimicaearte@gmail.com

Fonte: Bárbara Lopes Art

domingo, 23 de setembro de 2018

Seminário: Património religioso - preservar e comunicar a identidade local. (Portugal)



Seminário: Património religioso - preservar e comunicar a identidade local.

No dia 20 de outubro decorrerá o seminário Património religioso - preservar e comunicar a identidade local, numa organização conjunta do Município de Ourém, do Consolata Museu|Arte Sacra e Etnologia e do Departamento do Património Cultural da Diocese de Leiria-Fátima. 

Esta iniciativa encontra-se integrada nas Comemorações do Ano Europeu do Património Cultural e do Dia Nacional dos Bens Culturais da Igreja.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias até dia 12 de outubro.


https://www.facebook.com/events/1943257475731437/

Inscreva-se para os seguintes contactos: tel.: 249 540 900 (6831) | tlm: 919585003 | 910 502 917 | museu@mail.cm-ourem.pt


Fonte: Consolata Museu

sábado, 22 de setembro de 2018

46º Concurso Nacional de Presépios. Inscrições abertas



Estão abertas até o dia 30 de novembro as inscrições para o 46º Concurso Nacional de Presépios. Os interessados podem imprimir a ficha de inscrição que está disponível no link abaixo ou retirá-la na sede da FAOP do Rosário (Rua Getúlio Vargas, 185, bairro Rosário, Ouro Preto/MG).

O presépio, junto com a ficha, pode ser entregue pessoalmente ou enviado pelo correio, acompanhado dos documentos impressos e materiais solicitados, até o período de inscrição.

Link para o edital: https://goo.gl/53ZuJb
Link para a ficha de inscrição: https://goo.gl/y5qjah

Fonte: FAOP

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

OS ARTESÃOS E SEUS PRESÉPIOS II



Por acaso você é artesã ou artesão cadastrado na Sutaco e gostaria de expor seus presépios no #MASna nossa exposição de final de ano?
Ainda da tempo, o edital fecha em um mês! ☺️
Corre! 😱

Inscrições:
O(a) interessado(a) em participar da seleção deverá preencher o formulário (https://bit.ly/2OER80Y) de inscrição eletrônico, informar o número da Carteira SUTACO e o prazo da validade.


Deverá anexar no mínimo 3 (três) fotos de cada presépio que pretende expor, de diferentes ângulos, e as respectivas dimensões em centímetros (Altura X Largura X Profundidade), e o título do trabalho, no email: inscricao@sutaco.sp.gov.br com o assunto “OS ARTESÃOS E SEUS PRESÉPIOS II”.
As inscrições serão realizadas somente eletronicamente pelo portal www.sutaco.sp.gov.br(https://bit.ly/2Nt7UU0) no período de 12/09/2018 a 21/10/2018. 


Fonte: Museu de Arte Sacra de São Paulo

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

SÃO FRANCISCO NA ARTE DE MESTRES ITALIANOS NA CASA FIAT DE CULTURA



CASA FIAT DE CULTURA TRAZ PELA PRIMEIRA VEZ AO BRASIL A EXPOSIÇÃO SÃO FRANCISCO NA ARTE DE MESTRES ITALIANOS

Obras de importantes coleções italianas, que datam dos séculos XV a XVIII, traduzem as fases mais relevantes da representação de São Francisco. A mostra inclui um passeio virtual à Basílica Superior de Assis, na Itália

Séculos se passaram e as artes renascentista e barroca continuam encantando a humanidade. Obras de mestres como Tiziano Vecellio, Perugino, Orazio Gentileschi, Guido Reni, Guercino e os Carracci fazem, hoje, parte de importantes coleções italianas e chegam pela primeira vez ao Brasil. Este incomparável acervo poderá ser apreciado na Casa Fiat de Cultura, a partir do dia 8 de agosto, na exposição “São Francisco na Arte de Mestres Italianos”, que reúne 20 obrasrealizadas entre os séculos XV e XVIII. Com curadoria do especialista em História da Arte, Giovanni Morello – que idealizou e curou diversas exposições de arte antiga na Itália, no Vaticano e outros países e integra a comissão permanente de tutela dos monumentos históricos e artísticos da Santa Sé – e do professor Stefano Papetti, diretor da Pinacoteca Civica Di Ascoli, a mostra apresenta as fases mais relevantes da representação de São Francisco por meio de obras que se integraram à cultura local de toda uma época e que ainda encontram espaço na cultura ocidental por seus valores artístico, histórico e simbólico.

Entre as obras, o público conhecerá os quadros “San Francesco riceve le stimmate” (1570), de Tiziano Vecellio, “San Francesco sorretto da un Angelo” (primeira metade do séc. XVII), de Orazio Gentileschi, e “San Francesco confortato da un angelo musicante” (1607-1608), de Guido Reni, que também pintou a Bandeira de Procissão “Francesco riceve le stimmate (frente); San Francesco predica ai confratelli (verso)” (séc. XVII), “San Francesco d’Assisisi e quattro disciplinati” (1499), de Perugino, e “San Francesco riceve le stimmate” (1633), de Guercino. A exposição traz, ao todo, acervos de 15 museus de 7 cidades italianas: Galleria Corsini, Palazzo Barberini, Musei Capitolini, Museo di Roma, Museo Francescano dell’Istituto Storico dei Cappuccini (Roma); Pinacoteca Civica, Sacrestia della chiesa di San Francesco, Convento Cappuccini (Ascoli Piceno); Museo Nazionale d’Abruzzo (L’Aquila), Galleria Nazionale dell’Umbria (Perugia); Istituto Campana per l’Istruzione permanente (Osimo); Museo Civico (Rieti), Pinacoteca Nazionale (Bolonha) e Duomo di Novara (Novara). A mostra conta, ainda, com uma importante obra de Ludovico Cardi (conhecido como Cigoli), “St. Francis Contemplating a Skull”, propriedade do colecionador e ator ítalo-americano Federico Castelluccio. O quadro virá de Nova York para integrar a exposição de Belo Horizonte.

Proporcionando uma experiência imersiva e única, a mostra também inclui uma sala de Realidade Virtual que vai transportar o visitante da Casa Fiat de Cultura para a Basílica Superior de Assis(1228), na Itália, com o uso de óculos de tecnologia 3D. Será possível caminhar por uma das mais importantes e belas basílicas do país e conhecer obras-primas do pintor italiano Giotto (1267-1337), artista símbolo dos períodos medieval e pré-renascentista. Tradição, arte e tecnologia se encontram nesta exposição, que ficará aberta à visitação até 21 de outubro, com entrada gratuita.

ATENDIMENTO ACESSÍVEL SOB DEMANDA, MEDIANTE DISPONIBILIDADE DA EQUIPE.

PRAÇA DA LIBERDADE, 10 | FUNCIONÁRIOS | CEP: 30140-010 | BELO HORIZONTE / MG - BRASIL
TEL: +55 (31) 3289-8900 | FAX: +55 (31) 3289-8920
ADMINISTRAÇÃO: SEGUNDA A SEXTA - 8H ÀS 18H
EXPOSIÇÕES: TERÇA A SEXTA - 10H ÀS 21H | SÁBADO, DOMINGO E FERIADOS - 10H ÀS 18H

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Michelangelo: nas telas, a vida e a obra de um gênio




Michelangelo: nas telas, a vida e a obra de um gênio
De 27/09 a 3 de outubro nas telas dos cinemas italianos o novo filme de arte “Michelangelo – Infinito”, dedicado à vida e à obra do genial artista italiano Buonarroti.


Texto de Davide Dionisi e Roberto Piermarini - Cidade do Vaticano

Não só o Davi, a Pietà e a Capela Sistina, mas a história pessoal de um homem apaixonado, introvertido, pensativo, sensível e acima de tudo genial.

É preciso esperar ainda alguns dias para apreciar as surpresas que promete "Michelangelo - Infinity", o novo filme de arte dedicado ao artista toscano. Será exibido nas telas dos cinemas italianos a partir de 27 de setembro e promete ser o evento cinematográfico da temporada.

O filme traça um perfil pouco conhecido de Buonarroti e recria atmosferas e sensações comparáveis ​​àquelas de quem, em Florença, atravessa a porta da Via Ghibellina.

"Força do espetáculo do cinema que encontra a emoção da arte", um núcleo riquíssimo de material tão variado e cronologicamente completo para possibilitar um retrato biográfico inédito.

O projeto é uma produção original Sky com Magnitudo Film, distribuído pela Lucky Red. Foi realizado com a colaboração dos Museus Vaticanos e Vatican Media, com o reconhecimento do Mibac - Direção Geral de Cinema, em colaboração com o Conselho Regional da Toscana, com o patrocínio do Município de Florença e do Município de Carrara.

Michelangelo Buonarroti é interpretado por Enrico Lo Verso: "Eu pude descobrir um Michelangelo que não conhecia", explica o ator de Palermo. "Um homem de uma complexidade maravilhosa, sempre em busca da perfeição".

A narração se desenrola através da história dos dois protagonistas, Michelangelo Buonarroti (Enrico Lo Verso) e Giorgio Vasari (Ivano Marescotti), ambientada nas sugestivas Pedreiras de Mármore de Carrara. As tomadas em ultra definição (4K HDR) são inéditas e de forte impacto emocional.

A sessão de pré-estreia do filme será na próxima quarta-feira em Roma, na Casa do Cinema, e na próxima quinta-feira em Milão, no Castello Sforzesco.

Na ocasião, a imprensa encontrará com Enrico Lo Verso (Michelangelo Buonarroti), Ivano Marescotti (Giorgio Vasari), Emanuele Imbucci (diretor do filme), Cosetta Lagani (tema e direção artística) e Vincenzo Farinella (assessoria científica).

Fonte: Vatican News

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Inscrições abertas para o curso História da Arte Sacra na Bahia


Período: 24 a 28 de setembro, das 14h às 18h

Instituto Geográfico e Histórico da Bahia

Instrutora: Profa. Dra. Maria Helena O. Flexor




Desde o início de suas pesquisas, Maria Helena Flexor dedicou-se a buscar fundamentar seus estudos em documentação manuscrita, impressa e iconográfica, sobreviventes em arquivos ou museus, edifícios religiosos baianos, nacionais e portugueses, buscando desfazer equívocos ou estórias derivadas do imaginário de outros autores ou do folclore que o imaginário popular agregou à Arte Sacra, baiana e brasileira. É consenso que a Arte Sacra baiana teve influências europeias, através de Portugal, entretanto, na historiografia europeia se nota a ausência de citações sobre a arte sacra das Américas, bem como, nos estudos brasileiros, tampouco se estabelecem laços mais profundos com a arte sacra europeia, especialmente quanto às suas origens comuns, no caso, a Contrarreforma Católica do século XVI.

A docente, que propõe o Curso de História da Arte Sacra na Bahia, desde o início de sua carreira, dedicou-se ao ensino de História da Arte, tanto no Curso de História da UCSal, quanto no Curso de Arquitetura da UFBA. Ingressou, por concurso, na Escola de Belas Artes da mesma Universidade. Continuou a colaborar, em pesquisa, no Centro de Estudos da Arquitetura na Bahia, e se dedicou à pesquisas de História Urbana, razão pela qual foi convidada para colaborar no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social, na UCSal. Foi professora do Curso de Arquitetura e Urbanismo dessa mesma Universidade.

P R O G R A M A

Artistas e oficiais mecânicos, historiografia da arte sacra, autorias e atribuições

Concilio de Trento e as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia: Arquitetura e mobiliário

Pintura, autorias, restauros e normas canônicas, hagiografia das ordens religiosas

Escultura, imagens de roca e de vestir e relíquias

Cristo com sua Cruz e Calvário



Inscrição: https://www.eventbrite.com.br/e/curso-historia-da-arte-sacra-na-bahia-tickets-49171719938

Informações: ighbahia@gmail.com

IGHB – Avenida Joana Angélica, 43 – Piedade

Salvador – BA - 71 3329 4463

Fonte: IGHB

domingo, 16 de setembro de 2018

Quartas Italianas na Casa Fiat de Cultura




QUARTAS ITALIANAS – A TRAJETÓRIA ICONOGRÁFICA DE FRANCISCO NA ARTE BRASILEIRA – TALHA, ESCULTURA, PINTURA E CERÂMICA

São Francisco também é um tema presente na produção de obras de vários artistas brasileiros. Adalgisa Arantes Campos é professora de História da Arte na Escola de Belas Artes da UFMG, especialista em arte barroca e pesquisadora de arte sacra e irá falar sobre as produções do século XVIII e dos primeiros anos do século XIX. Espaço sujeito à lotação (200 lugares).

O tema da palestra será: A trajetória iconográfica de Francisco na arte brasileira – talha, escultura, pintura e cerâmica.

Dia: 19/setembro

Horários: 19h30 às 21h

Informações: (31) 3289-8900

200 lugares, sujeito à lotação

Inscrições antecipadas pelo Sympla, ou no dia do evento na recepção da Casa Fiat de Cultura, a partir das 18h30.

VII SEMINÁRIO DE CONSERVAÇÃO-RESTAURAÇÃO DA ACCR: PATRIMONIO MATERIAL EM RESTAURO.






VII SEMINÁRIO DE CONSERVAÇÃO-RESTAURAÇÃO DA ACCR: PATRIMONIO MATERIAL EM RESTAURO.



A Associação Catarinense de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais – ACCR vem realizando desde 2012, seminários anuais, para contribuir com o aperfeiçoamento técnico dos seus associados e do público interessado no tema da conservação e restauração do patrimônio cultural de natureza material.

Este ano, a ACCR está promovendo a VII Edição do Seminário, abordando o tema “Patrimônio Material em Restauro", apresentando conferência de abertura com especialista internacional, além de palestras e estudos de casos sobre a conservação-restauração de bens culturais imóveis, móveis e integrados.

No dia 01, após o encerramento do Seminário, será realizado o II Encontro de Conservadores e Restauradores da Região Sul, com a presença da Associação de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais do Paraná - Arco It e da Associação de Conservadores Restauradores do Rio Grande do Sul – ACOR/RS. Este Encontro oportunizará a discussão de temas relacionados aos conservadores-restauradores de bens culturais móveis e integrados, onde serão traçadas estratégias que visam o fortalecimento da classe.

Nos dias 02 e 03 de outubro será oferecida uma vivência profissional para capacitar e aprimorar a prática do conservador-restaurador na preservação de bens culturais na contemporaneidade. Neste ano, a prática oferecida está relacionada a conservação e restauração de vitrais.

Maiores informações, consulte a programação do VII Seminário de Conservação e Restauração da ACCR – “PATRIMONIO MATERIAL EM RESTAURO”.

Fonte: IHGSC

sábado, 15 de setembro de 2018

A Escola Beato Angelico e a Família Fra Angelico



O edifício da Escola Beato Angelico na Via San Gimignano em Milão


A ESCOLA Beato Angelico é uma fundação católica, fundada em 1921 por Mons. Giuseppe Polvara, um sacerdote da diocese de Milão, pintor e arquiteto, construída para o conhecimento, a preservação, melhoria, atualização e desenvolvimento do património artístico e artesanato a serviço da liturgia da Igreja Católica, como contribuição à oração e à catequese.

A instituição da Família Fra Angelico no espírito do Fundador

Na escola, há uma comunidade religiosa chamada "Beato Angelico" .
Por quase 70 anos, esta tem sido uma atividade artesanal e artística para a Igreja.

A família e os fiéis reuniram-se em oração na igreja.


A Comunidade oferece aos artistas e amantes da arte, italianos e de outras nações, a possibilidade de fazer uma experiência especial, compartilhando sua vida, de acordo com o programa beneditino, entre oração e trabalho, com a intenção de - desejado pelo Fundador - de uma fusão destas duas dimensões, para que o próprio trabalho, precisamente para o seu propósito litúrgico, também se torne oração. 

Na vida religiosa da Comunidade, a oração litúrgica ocupa o seu lugar principal, culminando na celebração eucarística.

As Irmãs da Família Fra Angelico com o Cardeal.


A actividade profissional carismática, por sua vez, consiste no planeamento e produção dos lugares e mobiliário da celebração litúrgica. 

A Escola Beato Angelico desde 1921 gerenciou um Curso Superior para a preparação de artistas para o culto; desde 1947, o liceu de artes por excelência; de 1968 a 2009, o Instituto de Arte Parcial para Decoração e Mobiliário de Igrejas.

Desde 2009, a convite do bispo da diocese de Albano, a família lançou o curso de dois anos de treinamento "Liturgia e Arte" e com a presença de seus professores, especializada em Liturgia, Iconografia, História da Arte Cristã, Património Cultural eclesiásticos e arquitetura para o culto.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Chega ao Molo Beverello em Nápoles: Feira de arte sacra




A partir da experiência da Koiné, a mais importante feira italiana de arte sacra, o evento para o centro-sul do Hiéros abre em Nápoles de 15 a 17 de setembro. O programa Hiéros, o negócio de três dias, rede e treinamento dedicado à Arte Sacra que abrirá suas portas no próximo dia 15 de setembro, em Nápoles, na Estação Marítima do Molo Beverello.

O modelo é o da Koinè, a mais importante feira italiana de arte sacra, organizada em Vicenza pelo Italian Exhibition Group. O evento, que em 2019 vai comemorar a 30ª edição, tem como objetivo a Hiéros crescer no mercado centro-sul da Península e reforçar suas fortes tradições de devoção popular e artesanato sagrado.

Na exposição, com inovações comerciais no litúrgica móveis, tecnologias para espaços comemorativos de itens de devoção religiosa e serviços para o clero será acompanhado por uma seção dedicada à formação profissional e pesquisa científica que irá propor idéias e propostas inovadoras com a contribuição de arquitetos, designers e liturgistas engajados no setor religioso.

Como Koine, a  Hieros é como um confronto entre fabricantes, artesãos, artistas, entidades económicas e fornecedores do mundo eclesiástico e comerciantes do setor, com particular atenção para a geração mais jovem que acaba de abrir em Nápoles terá um show dedicado a eles. Jovens e arte sacra. organizado pela Escola de Arte Sacra de Florença. 

O evento, sediado na Estação Marítima, será a ocasião para o lançamento das novas orientações sobre parques e redes culturais da Igreja, em que a Conferência Episcopal Italiana pretende preservar e valorizar o grande património artístico da Igreja. experiência de fé dos territórios que a produziram.
Para os operadores, haverá oficinas distribuídas ao longo da duração do evento em edifícios de culto, eficiência energética, acústica e ar condicionado e a promoção do ponto de venda com a ajuda das redes sociais.

Dois outros dias de estudo, em 16 e 17 de Setembro, será dedicado à devoção popular, por iniciativa da Escola Superior de Educação Arte e Teologia na Pontifícia Faculdade Teológica da Itália Meridional, em colaboração com l'ISSR Alberto Marvelli Rimini e ao cuidado das pessoas e do risco sísmico em colaboração com o Escritório Nacional para o patrimônio cultural eclesiástico e o culto da Conferência Episcopal Italiana.

Hieros vai oferecer o maior espaço público de arte com musical Ave Maria (no final de Sábado, dia 15) que evoca, em um moderno e alegre, a vida de Maria e com uma rica série de exposições: 30 rostos de ícones russos pela primeira vez na Itália; `A face do Nunzio', em que 10 artistas contemporâneos revisitar o rosto do jovem Sulprizio Nunzio, trabalhador nascido na província de Pescara, no século XIX, que o Papa Francisco fará santo em outubro por ocasião do Sínodo dos jovens; 'Há algo sobre o futuro', uma exposição na qual cinco artistas contemporâneos reinterpretam a coragem de algumas mulheres bíblicas; e duas exibições prévias, nos fios e nos vasos sagrados, que serão o lançamento das edições de 2019 do Koiné agendadas em Vicenza de 16 a 19 de fevereiro do próximo ano.

Hieros é organizado pelo italiano Exhibition Group SpA, sob o patrocínio do: Pontifício Conselho para a Cultura, Escritório Nacional do Patrimônio Cultural e do edifício de culto da Conferência Episcopal Italiana, Ministério Nacional do Turismo, Lazer e Ministério do Esporte Conferência Episcopal Italiana, Instituto de Liturgia Pastoral S. Giustina di Padova. Freqüência: anual. Acesso: reservado para operadores; acesso a exposições e eventos teatrais: aberto ao público. Horário: sábado e domingo das 9:30 às 18:30; Segunda: das 09: 30h às 16: 30h

Fonte: FarodiRoma

Catedral Basílica de Salvador (BA) reabre hoje depois de anos fechada!


Catedral Basílica de Salvador (BA) reabre suas portas revelando tesouros da história do Brasil



Uma preciosidade cravada no coração do Pelourinho está de volta à vida da capital baiana e de todo o mundo. Patrimônio Cultural Mundial, o Centro Histórico de Salvador (BA) recebe de volta sua Catedral Basílica, símbolo da arte sacra e da arquitetura religiosa no Brasil. No próximo dia 14 de setembro, uma solenidade celebrará a entrega da obra de restauração dessa, que é uma das mais importantes construções sacras do Brasil Colonial. Testemunho da história e do catolicismo no país, o templo possui, também um acervo de grande valor, com telas de diversos autores seiscentistas, móveis em jacarandá e diversos objetos sacros em ouro e prata.

Todo esse tesouro foi restaurado com recursos de mais de R$17,8 milhões do Governo Federal, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e agora voltará a fazer parte do dia-a-dia e da fé baiana. A intervenção contempla a restauração dos bens integrados, das imagens sacras, além da requalificação dos espaços internos e diversos outros serviços de conservação do monumento. Entre os destaques da intervenção estão a restauração das treze capelas, incluindo toda a imaginária sacra, a restauração do átrio, de toda a fachada principal em cantaria e das torres de azulejos.

A obra de restauração foi executada pelo Iphan, com o apoio da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, da Prefeitura Municipal de Salvador e do Governo do Estado da Bahia. Representantes de todas as instituições estarão presentes no evento de entrega da Basílica de Salvador, como a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, o diretor do Departamento de Projetos Especiais do Iphan, Robson de Almeida, o superintendente do Iphan na Bahia, Bruno Tavares, o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, e os ministros Sergio Sá Leitão, da Cultura; Vinicius Lummertz, do Turismo; e Ronaldo Fonseca, da Secretaria Geral da Presidência da República.

Os tesouros do Brasil Colonial
Diversas obras realizadas em todo o país sob a coordenação do Iphan têm revelado riquezas e preciosidades que estavam escondidas embaixo de camadas de tintas que, sem os devidos cuidados, eram feitas em reformas irregulares no decorrer dos séculos. A Catedral Basílica de Salvador é, certamente, um dos exemplos dos muitos tesouros que foram encontrados durante a realização das obras de restauração.

Debaixo do altar-mor, sob uma lápide de mármore, foi encontrada uma escadaria que levava a uma antiga catacumba. Já no interior de uma das capelas, ossadas foram descobertas, incluindo 13 crânios humanos. Também foram encontradas pinturas originais nas paredes e peças sacras, que revelaram quadros com imagens de santos jesuítas escurecidos pelo tempo e até purpurina nas áreas revestidas de ouro. Na capela do Santíssimo foram recuperados diversos elementos com folhas de prata, que estavam encobertas por camadas de repintura.

O próprio altar-mor é uma das preciosidades que prometem encantar fiéis e visitantes. Fechado por anos, devido a uma obra anterior inacabada, ele também será reaberto, completamente restaurado. Outros 30 bustos relicários das Virgens e Santos Mártires retornam à igreja, depois de mais de 15 anos sob a guarda do Museu de Arte Sacra, que agora os devolveu restaurados. Já os elementos dourados, utilizados em várias partes do templo, foram recuperados com folhas de ouro importadas de Florença, na Itália. A obra também permitiu que a Basílica de Salvador se renove, com a instalação de modernos equipamentos de sonorização, sistema de prevenção e combate a incêndio e segurança patrimonial. Todo esse trabalho foi realizado por uma equipe multidisciplinar, formada por mais de 120 profissionais, que mesclou a utilização de técnicas e materiais tradicionais e contemporâneos.

Um dos primeiros e mais importantes templos brasileiros

A Catedral Basílica de Salvador é considerada uma das igrejas mais importantes da Bahia. Monumento do século XVII, foi o quarto templo construído pelos jesuítas na capital baiana, entre 1652 e 1672, e é o último remanescente do conjunto arquitetônico do Colégio de Jesus. Com projeto arquitetônico do irmão Francisco Dias, possui 13 altares, sendo os dois primeiros construídos em estilo renascentista maneirista. A fachada é toda em pedras de lioz, importadas de Portugal, e os nichos sob as portas representam Santo Inácio de Loyola, São Francisco Xavier e São Francisco de Borja. Com a saída dos jesuítas do país, a igreja foi abandonada e chegou a ser utilizada como hospital militar e a primeira Escola de Medicina do Brasil, instalada ali em 1833. Ainda em 1938, a igreja foi tombada individualmente pelo Iphan e a proteção inclui também todo o seu acervo.

A obra de restauração no local é parte de uma série de ações que vem sendo realizados no Patrimônio Cultural baiano, totalizando recursos de mais de R$ 92 milhões investidos pelo Iphan. Cinco importantes obras já foram concluídas em Salvador, com as restaurações da Igreja da Ordem Terceira de São Domingos, da Igreja do Santíssimo Sacramento da Rua do Passo, da Igreja do Corpo Santo, do Forte de São Marcelo e do edifício anexo ao Plano Inclinado Gonçalves, onde foi instalada a Casa do Carnaval. Também estão em execução outras dez obras, incluindo ações nas cidades de Santo Amaro, Itaparica e Maragogipe.

Serviço:
Entrega da restauração da Catedral Basílica de Salvador (BA)
Data: 14 de setembro, 17h
Local: Largo Terreiro de Jesus, Pelourinho – Salvador/BA

Fonte: IPHAN

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

ANA ROCHA TROPIA

ANA ROCHA TROPIA


Natural de Mariana – primeira cidade colonial das Minas Gerais – Ana Rocha Tropia aproximou-se do ofício de Douramento e Policromia em Arte Sacra ainda muito jovem, em um momento em que fora convidada por consagrados mestres santeiros a renovar esta delicada tradição. Anos mais tarde, graduou-se em Arquitetura e Urbanismo pelas universidades de Ouro Preto (UFOP) e Técnica de Lisboa (UTL) desenvolvendo desde então, atividades paralelas em arte e arquitetura. No ano de 2017 abriu seu primeiro atelier em Ouro Preto – Cidade Patrimônio Mundial, iniciando também o curso de Conservação e Restauro na Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP).








FORMAÇÃO DE TURMAS

Temos como missão a continuação das técnicas tradicionais, garantindo não apenas a produção de acervo contemporâneo como também o acesso ao conhecimento às futuras gerações. Realizamos cursos semestrais, formando nos últimos anos mais de 50 pessoas de diferentes idades, profissões e regiões, todas unidas pelo interesse comum na arte sacra.

Para informações acerca de datas, cidades, valores e afins, por gentileza, nos envie um e-mail. (clique aqui)

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Conferência: A Arte, o Belo e a Liturgia






Informações: (86) 99801-4974
Fonte: Apostolado Alma Redemptoris Mater               




Ícone da arte sacra brasileira, Emeric Marcier, recebe mostra na Galeria Evandro Carneiro

A Galeria Evandro Carneiro Arte apresenta de 15 de setembro a 13 de outubro a exposição de Emeric Marcier.

Autorretrato (1990)

A mostra reúne vinte e oito obras, distribuídas em telas a óleo e aquarelas do artista. Parte do acervo é inédita ao público. Considerado um dos mais importantes pintores modernos no Brasil, o romeno, radicado no Brasil por quase meio século e naturalizado brasileiro, dedicou grande parte de sua vida e obra à produção de pinturas de arte sacra, retratos e paisagens mineiras. A exposição reúne recortes dessa trajetória, trazendo ao público obras como Autorretrato (1990) - uma das últimas telas produzidas por Marcier no ano de seu falecimento-, Cristo da cana verde (1956), Igreja São Francisco de Assis em São João Del Rey, MG (1948), Ouro Preto (1966), Mariana (1968) e Lava Pés (1968). Há também na mostra a obra Torre de Babel que foi um estudo para a Capela de Mauá (SP) e aquarelas de paisagens europeias.

As obras da exposição foram cedidas pelo filho do artista, Matias Marcier. A curadoria da mostra é de Evandro Carneiro.

Sobre o artista
Emeric Racz Marcier, nasceu em 21 de novembro de 1916, em Cluj, na Romênia. Judeu de origem, converteu-se ao catolicismo já no Brasil, por influência de seus amigos Murilo Mendes, Jorge de Lima e Lúcio Cardoso, que foi seu padrinho de batismo. De personalidade intensa, na primeira página de sua autobiografia, Deportado para a Vida, se declara um humanista, algo anarquista e a sua história confirma que a liberdade e a vocação artística sempre o guiaram.

Aos 20 anos deixou Bucareste para estudar em Milão – na Academia de Belas Artes de Brera, onde após realizar sua graduação, defendeu sua tese de final de curso sobre Picasso, em plena ascensão fascista. Com a deterioração das condições políticas na Itália, foi para a França em 1939 onde montou um atelier na Cité Falguière. Na época cursou uma cadeira de escultura na Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris.

Em Paris conheceu e conviveu com muitos artistas, alguns dos quais continuaram amigos pela vida inteira, tais como os conterrâneos surrealistas, Victor Brauner, Jacques Herold, Arpad Szenes e a mulher deste, Maria Helena Vieira da Silva, portuguesa de origem. Quando a França entrou na guerra, foi para Lisboa, hospedando-se na casa dos amigos Szenes e Vieira da Silva, com a intenção de seguir para os EUA, destino de muitos judeus naquele momento. Em Lisboa trabalhou no atelier do também surrealista António Da Costa. Relacionou-se com os escritores portugueses da época e ilustrou alguns números da Revista Presença, importante veículo de expressão dos intelectuais naquele momento. Com a negativa do visto para os Estados Unidos, resolveu partir para o Brasil. Em sua chegada ao Rio, em 1940, trouxe cartas de apresentação para José Lins do Rego, Mário de Andrade e Portinari. Logo nos primeiros momentos conheceu também Jorge de Lima, e Lúcio Cardoso que juntamente com José Lins do Rego, tornaram-se seus grandes amigos e o introduziram na vida intelectual carioca.

Ainda em 1940 surgiu a chance de sua primeira exposição individual, no tradicional Salão do Palace Hotel, sede da Associação de Artistas Brasileiros. Guignard desistira de apresentar-se por ter sido censurado pela presença de um fuzileiro naval negro em uma de suas telas e uma oportunidade grande se abriu para Marcier, recém chegado. A crítica foi muito favorável ao seu talento, ainda associado ao surrealismo europeu.

Em 1942 Marcier foi contratado pela Revista O Cruzeiro para fazer uma viagem às cidades históricas mineiras para uma reportagem ilustrada com suas telas. Uma edição histórica, com textos de Drummond, Aires da Matta Machado e outros. Desde então, retratou o Brasil, as suas pessoas e seus costumes. As paisagens de Minas, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro foram diversas vezes retratadas por ele e a expressão de nosso barroco o marcou desde sua primeira viagem a Minas. Marcier era o típico "pintor viajante", pintou muitos lugares da Europa, com foco importante na Itália, França e Portugal. Trazia sempre com ele sua caixa de aquarelas e seus blocos de papel especial para ir retratando os lugares que o marcavam e as pessoas que conhecia pelo mundo afora. Retornou várias vezes ao mesmo lugar, para repintá-los em diversas épocas, como por exemplo a Itália, sobretudo a Toscana, e a Normandia na França que são muito recorrentes, como demonstram as aquarelas ora expostas.

As suas famosas pinturas sacras (Marcier é considerado o mais importante pintor sacro do Brasil), iniciadas ainda em Santa Teresa, onde alugou de Djanira, no começo dos anos 40, uma sala enorme para pintar sua grande Crucificação de quatro metros que foi exposta com outras menores na sua grande exposição do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) em 1942. Em Penedo onde morou junto aos finlandeses adventistas (1942) fez grandes telas sacras e posteriormente os afrescos gigantes da Capela de Mauá, SP (Capela da JOC-1946/47) tendo sido a temática religiosa sempre recorrente ao longo de sua vida. A partir daí, em sua obra, há a confluência entre a história sagrada e a humana.

Cristo da cana verde (1956)



Marcier, em 1948, fixou residência no sítio de Barbacena, onde criou, com Julita, os sete filhos. Tempos felizes com a família e a casa que construiu para acalmar as dores do exílio e dedicar-se à sua arte. No ateliê rural de grandes proporções, investe com todo o empenho nas telas de grandes dimensões, com temas sacros, à luz do sofrimento da humanidade e realiza as suas espetaculares Paixões de Cristo e Via Sacras. Experimenta de forma ainda mais efetiva os seus estudos sobre a luz na obra de arte.

Sua obra mural é muito extensa tanto em afresco como em óleo. Diversas capelas, o grande painel da Guerra de Troia em Cataguases, os afrescos do Edifício Golden Gate na Av. Atlântica e o Painel Motivos do Rio de Janeiro pintado a pedido do Governador Carlos Lacerda, em 1963, para o BEG e que hoje está no Museu do Ingá, em Niterói, são bons exemplos da magnitude de sua obra.

Serviço
Exposição 'Emeric Marcier'
Galeria Evandro Carneiro Arte
Rua Marquês de São Vicente, 124 (Shopping Gávea Trade Center). Lojas 108 e 109.
Abertura: dia 15/9, sábado, das 17h às 20h
De 15 de setembro a 13 de outubro.
Visitação: de segunda a sábado, das 10h às 19h.
Telefone: (21) 2227.6894
Estacionamento no local

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Curso Prático: A Mandala




Expressões Na Arte Sacra: A Mandala

O Museu de Arte Sacra  de São Paulo promove nos dia 16 de setembro um curso prático sobre as Expressões Na Arte Sacra: A Mandalacom a Profª Especialista Silvana Borges.

A mandala é a elaboração de um desenho organizando em um círculo, e também em quadrados concêntricos, em uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o universo, resultando em uma imagem simbólica do cosmo.

Aula teórica (das 10h às 12h):
- As origens e representações do ciclo cósmico nas sociedades primitivas.
- O aspecto simbólico do círculo e da ligação cósmica dos templos às montanhas sagradas.
- As variações culturais da imagem ordenada das mandalas na arquitetura religiosa: nos círculos de pedras, nos labirintos, na cruz celta como símbolo da terra, nas rosáceas das catedrais cristãs, na roda medicinal e no apanhador de sonhos dos nativos americanos entre outras representações.
Intervalo - almoço
Oficina prática (das 13h às 16h):
- Confecção de uma mandala pessoal com a utilização de metodologias e materiais diversos.
Mais do que um resultado plástico, o trabalho artístico é um canal de expressão do indivíduo. Em um exercício de despertar a criatividade, liberando o criar artístico do rigor estético, a mandala sob o ponto de vista da psicologia junguiana no processo de individualização, promove uma experiência de autoconhecimento com a possibilidade de interpretação do resultado de cada trabalho.
Todo material está incluído no valor do curso.

Docente
Silvana Borges é artista plástica e arquiteta especialista em Conservação e Restauro nas áreas de Arte Sacra (pintura e imaginária) e Arquitetura (arte mural), profissional filiada ao International Council of Museums (ICOM), à Associação Brasileira de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais (ABRACOR) e ao Centro de Estudos da Imaginária Brasileira (CEIB). Ministra palestras e cursos sobre a preservação do patrimônio e técnicas artísticas. Seus trabalhos estão publicados em conceituados catálogos artísticos e coletâneas literárias, recebendo diversas premiações e troféus, presentes em exposições e acervos de países como México, Itália, EUA, França, Espanha, Holanda, Hungria, Portugal e China em uma trajetória de 30 anos de atividades artísticas e literárias.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8855905584185083

Data: 16 de setembro de 2018 (domingo)
Horário: das 10h às 16h
Carga horária: 6hs
Vagas: 25
Valor: R$ 150,00 a vista – 180,00 parcelado (02 vezes)
Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br
Informações: (11) 5627.5393
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 - Metrô Tiradentes.
Estacionamento gratuito no local: Rua Jorge Miranda, 43.
O Museu fornecerá certificado de participação.

“Concerto: O Legado Italiano na Música Barroca em Poemas de Amor” no MAAS-Campinas

Por Barbara Beraquet

O Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Campinas realiza, no dia 29 de setembro, às 14h00, o “Concerto: O Legado Italiano na Música Barroca em Poemas de Amor”, evento comemorativo a 12ª Primavera dos Museus, do Instituto Brasileiro de Museus. “Essa edição da Primavera dos Museus oferece às instituições museológicas e aos seus processos a oportunidade de celebrar a educação museal no Brasil. Os museus devem ser reconhecidos como espaços plurais que propiciam vivências diversas e trocas constantes de conhecimentos e experiências e, nesse sentido, a educação permeia todos os seus cantos. Assim, o tema desse ano vem celebrar a dimensão educativa dos museus, em todos os seus aspectos, e sua importância na dinamização dos espaços museais”. (fonte: IBRAM).


A 12ª Primavera dos Museus a coloca em evidência o papel educacional dos museus, em suas múltiplas variações. Afinal, os museus, representam um importante cenário, para a construção do conhecimento em diálogo direto com seus principais atores, ou seja, os seus públicos. Com base no tema proposto, o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Campinas, realiza o Concerto que evidencia a música barroca, com comentários dos músicos, explicando a tradução e os detalhes das músicas e históricos das peças de forma educativa, para que todos possam ainda mais sentir e compreender as peças. Como convidados para essa prazerosa tarde, temos o Contratenor e Barítono Fabiano Albuquerque, a Soprano Vanessa Spíndola, e o pianista Leandro Gouveia.


Serviço:

Concerto da Primavera: O Legado Italiano na Música Barroca em Poemas de Amor

Onde: Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Campinas Rua Doutor José Ferreira de Camargo. 844 – Nova Campinas
Ponto de Referência: Próximo a Igreja de Santa Rita
Quando: 29 de setembro
Horário: 14h00
Reserva de Convites e Informações: tel. (19)3790.3950, maascampinas@arquidiocesecampinas.com
Entrada: R$5,00
Redes Sociais: Facebook: facebook.com/museudeartesacracampinas Instagram: @maascampinas

Clique na imagem abaixo para conferir um breve currículo dos artistas.


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Moradora de povoado espanhol pinta obras sacras com cores berrantes

Seis anos após 'Ecce Homo', esculturas centenárias são 'restauradas' em Rañadoiro
Fotos de antes e depois da 'restauração' das imagens do povoado de Rañadoiro - DSF / AFP


POR COM AGÊNCIAS

Seis anos após a "restauração" feita pela pintora amadora Cecília Giménez, de 81 anos, do afresco do século XIX "Ecce Homo", assinado pelo pintor Elías García Martínez, em Zaragoza, a Espanha ganha um novo caso de intervenção mal feita sobre uma obra sacra.

Desta vez foi uma moradora do povoado de Rañadoiro, no município de Tineo, nas Astúrias, que pintou três esculturas de madeira dos séculos XV e XVI com cores berrantes. Os três entalhes em madeira retratando a Virgem Maria com o Menino Jesus e Santa Ana, outra de São Pedro, e outra da Virgem com o Menino Jesus, se encontram na capela de Rañadoiro.
Esculturas dos séculos XV e XVI pintadas na capela do povoado de Rañadoiro - DSF / AFP

Autora da "restauração", María Luisa Menéndez, que administra uma tabacaria na localidade vizinha de La Espina, disse ao jornal "El Comercio" que não era pintora profissional, mas as imagens precisavam de pintura: "Pintei as imagens como pude, e os moradores gostaram."

Professor da Escola Superior de Arte do Principado de Astúrias, o restaurador Luis Suárez Saro disse, em entrevista ao "El País", que esculturas poderiam voltar ao seu estado anterior “Se a moradora não tiver lixado a policromia original antes de pintá-las”.


— É preciso saber exatamente como foi o processo, aplicar técnicas de infravermelho e ver se ela simplesmente pintou por cima — observou Saro, que restaurou o conjunto de esculturas a pedido dos próprios moradores em 2003.

Fonte: O Globo

1º Encontro Nacional da Pastoral do Artista Sacro

1º Encontro Nacional da Pastoral do Artista Sacro, promovido pelo Setor de Espaço Litúrgico da CNBB. 
Realizado entre 07 e 09 de setembro em São Paulo - SP, estiveram reunidos diversos artistas do Brasil para refletir sobre arte litúrgica, para partilha de trabalhos e para juntos rezar.
Palestrantes: Wilma Tommaso e Dom Jerônimo Pereira Silva, OSB. 
Coordenação Pe. Thiago Faccini







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