quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Artista sacro nos EUA propõem retiro espiritual através da pintura de Ícones

O iconógrafo norte-americano Joseph Malham, artista católico de ascendência grega e assíria, publicou recentemente o livro 'Drawing Closer to Christ' (Desenhando mais próximo de Cristo ou Aproximando-se de Cristo, de acordo com o uso da expressão em inglês), no qual propõe a pintura de ícones como um cenário apropriado para um retiro espiritual pessoal. O ícone é "escrito" durante oito dias em um processo descrito passo a passo que envolve uma contemplação do mistério representado na obra.




"Você está empreendendo uma viagem", descreveu o artista em entrevista ao 'The Kyle Heimann Show'. "A Palavra de Deus, o Verbo de Deus, é a imagem de Deus, e você desenvolve uma relação". Em contraste com a aquisição de uma imagem religiosa já elaborada, a escrita de ícones é oferecida como uma maneira tangível de conectar-se com os mistérios de Deus. "É como os pais com seu bebê. Eles não o entregam às babás, eles os banham, e os vestem sozinhos. Há uma conexão íntima, um vínculo quando você literalmente suja as mãos. Creio que esse é o benefício, a relação, e a alegria do ato de criação, que é um ato de amor".

O artista descobriu o significado espiritual da iconografia quando era novato em um mosteiro, onde aprendeu a arte sacra da escrita de ícones. "Comumente se refere como 'escrever um ícone' devido a dimensão espiritual desta frase. Significa que você não expressa seus sentimentos subjetivos ou suas emoções para expressar realidades espirituais, mas você simplesmente está expressando uma verdade que já foi revelada na Escritura, então você está escrevendo a Sagrada Escritura de maneira visual".

Malham propõe que não se necessita de um talento especial ou uma formação em técnicas artísticas para poder viver a experiência da escrita de ícones: "Você tem que deixar o ego na porta quando entrar. Não se trata de nós, é o Espírito Santo que nos inspira a avançar nesta direção e a revelar o rosto de Cristo ou dos Santos ou de sua Mãe de maneira muito orante e contemplativa". O processo é descrito de forma detalhada para que o leitor não proceda a desenhar e pintar, mas siga as instruções ao acesso de qualquer pessoa.

O livro propõe a escritura do ícone de Cristo Pantocrator, durante sete dias inspirados nos sete dias da Criação de acordo com o livro do Gênesis. Um último dia, o oitavo, leva o leitor a refletir sobre como a obra reflete a personalidade do artista, que não é o pintor, mas Jesus Cristo, em quem o artista é chamado a transformar-se. (EPC)

Fonte: Gaudium Press

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