sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Igreja das Dores passa por restauro e busca abrir museu de arte sacra

Restauração e implantação do PPCI devem ficar prontos em novembro.
Obra dará base para construir primeiro museu de arte sacra de Porto Alegre.

texto de :Rafaella Fraga Do G1 RS

Cartão-postal de Porto Alegre e referência arquitetônica na paisagem da cidade, a Igreja Nossa Senhora das Dores passa por uma nova fase de restauração. O trabalho, quando pronto, abrirá caminho para concretizar um antigo sonho de historiadores, museólogos, artistas e da comunidade local: a construção do primeiro museu de arte sacra da capital gaúcha.

A ideia é expor ali os cerca de 2 mil itens que hoje estão quase escondidos em pequenas salas, estimulando o turismo e atraindo interessados no assunto. Mesmo com as obras em andamento, o local segue aberto aos visitantes. O acesso é gratuíto.

É fácil se impressionar com a imponência da edificação. Situada na Rua dos Andradas, quase às margens do Guaíba, é a igreja mais antiga da cidade ainda de pé e levou quase 100 anos para ser erguida. Teve sua construção iniciada no ano de 1807, com uma pequena capela. Em 1846 ganhou formato, mas só foi concluída em 1904.

Cercado por três portões de ferro, a entrada do templo é antecedida por 63 degraus. A famosa escadaria é frequentemente disputada para ser cenário de vídeos publicitários, filmes e ensaios fotográficos. Inclusive, há fila para casamentos.
Famosa escadaria da Igreja das Dores, de Porto Alegre, tem 63 degraus (Foto: Rafaella Fraga/G1)

Na parte interna da igreja, também chama atenção a grandiosidade da arquitetura, de estilo barroco português, com elementos neoclássicos. O templo é o único tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) de Porto Alegre, e é um dos primeiros tombamentos no estado, em 1938.

O acervo documental hoje é o que torna a Igreja das Dores esse museu vivo. A igreja tem mais de 200 anos e faz parte da história de Porto Alegre. Vai ser o primeiro museu de arte sacra da cidade,
mas também vai contar parte da história da cidade"
Caroline Zuchetti, museóloga

A estrutura já foi restaurada em anos anteriores. Entre 2001 e 2006, com verba captada junto à Lei de Incentivo à Cultura (LIC-RS) do Estado, houve a troca de fiação e a reparação do espaço central da igreja, entre as fileiras.

As obras da nova fase servirão de base para futuros empreendimentos, como o museu. Além disso, com a conclusão da reforma, iniciada em dezembro de 2016 e prevista para ficar pronta até novembro deste ano, os visitantes poderão acessar as duas torres do templo. Do alto de mais de 60 metros, será possível vislumbrar uma vista panorâmica do Centro Histórico.

“A Igreja das Dores é o primeiro bem tombado de Porto Alegre, e é de extrema importância a preservação dela por este fato, mas também pelo elemento arquitetônico que representa pra paisagem da cidade. Essa restauração prevê que se mantenha por muitos mais anos esse monumento”, observa o arquiteto Lucas Volpatto, responsável pela obra.
Igreja das Dores, em Porto Alegre, é um dos
cartões-postais da cidade (Foto: Rafaella Fraga/G1)

Aprovado em 2015 também pela LIC, o atual projeto, com custo de R$ 1,6 milhão, prevê o restauro da estrutura ornamentada que fica atrás do altar na capela suplementar, de bens integrados da capela principal, como altar, pinturas, portas, tribunas, além de reparos no telhado.

“A primeira intervenção feita foi no telhado, de madeira. Parece de pouca importância, porque ninguém vê, mas o telhado é fundamental para qualquer edificação histórica”, explica Volpatto.

Aberta diariamente, a igreja recebe visitas de escolas e turistas, além de pesquisadores e acadêmicos, mas os passeios são limitados. Um dos pontos mais importantes do projeto é a implantação do Plano de Prevenção de Incêndios (PPCI), que é o que vai permitir o acesso às duas torres.

“A gente entende que para a visitação, para o conforto das pessoas que frequentam, seja turista ou fiel, é interessante que se tenha essa prevenção contra incêndio, com equipamentos adequados, e que não interfiram no patrimônio histórico do local”, sustenta o arquiteto.

Museu de arte sacra precisa de recursos
Orçado em R$ 2,5 milhões, o projeto do museu foi aprovado pela Lei Rouanet do Ministério da Cultura, também em 2015. No entanto, para sair do papel, ainda precisa encontrar apoiadores e alcançar o valor até o fim deste ano.

“É um acervo que começou a ser organizado desde a década de 1970. Mas só a partir de 1990 é que se preocupou em ter um profissional preservando esse material”, explica a museóloga Caroline Zuchetti, responsável pelo acervo.

“Esse projeto do museu vai vir de encontro com essa preservação adequada que a gente tanto precisa. Infelizmente, por falta de recursos, nem sempre a gente consegue cuidar de tudo da forma exigida. A gente faz dentro do possível, dentro das nossas condições de armazenamento atuais”, completa ela.

"A gente precisa cuidar das questões de clima, por exemplo. Tem muita umidade aqui e a gente não pode instalar um desumidificador na parede porque não pode modificar a estrutura física, é um patrimônio tombado", exemplifica.
Museóloga mostra acervo de cerca de 2 mil itens da Igreja das Dores (Foto: Rafaella Fraga/G1)

Dentro da igreja, já há um espaço escolhido para sediar o museu. Por enquanto, ele ainda é um ateliê improvisado da restauradora Susana Cardoso. É ali que ela trata e recupera os bens.

O projeto prevê que o local seja uma sala de exposição permanente, mas com recursos interativos, a exemplos de outros museus mais modernos. O subsolo será o espaço das exposições temporárias e de eventos, como vernissages.

O acervo, de cerca de 2 mil itens, é composto de têxteis, como paramentos e vestimentas religiosas, além de livros, estátuas, castiçais e capelas talhadas em madeira, entre outros objetos. Para a museóloga, esse material é o que torna a Igreja das Dores por si um “museu vivo”.

Ela reconhece, porém, que um espaço organizado é fundamental para conservar as peças e dar a visibilidade adequada e necessária ao material. “O acervo documental hoje é o que torna a Igreja das Dores esse museu vivo. A igreja tem mais de 200 anos e faz parte da história de Porto Alegre. Vai ser o primeiro museu de arte sacra da cidade, mas também vai contar parte da história da cidade”, frisa.

Qualquer pessoa pode ajudar a financiar o projeto. O valor que for investido será abatido no imposto de renda do próximo ano.
Após implantação do PPCI, torres da Igreja das Dores poderão ser visitadas (Foto: Rafaella Fraga/G1)
Reforma vai reparar pintura e outros detalhes do altar da Igreja das Dores (Foto: Rafaella Fraga/G1)
Igreja está em fase de restauro, que tem previsão de ser concluída em novembro (Foto: Rafaella Fraga/G1)

Fonte: Do G1 RS

As Ordens Religiosas e sua identidade arquitetônica e artística no Brasil Colonial



CURSOS DE EXTENSÃO 2017 - INSCRIÇÕES ABERTAS

As Ordens Religiosas e sua identidade arquitetônica e artística no Brasil Colonial

Profa. Dra. Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira

Doutora em História da Arte

De 09 de março a 06 de abril de 2017
Quintas-feiras, das 15h às 17h30
15 horas/aula

Objetivos: Destacar as identidades arquitetônica e artística das Ordens Religiosas no Brasil Colonial e seu papel na formação da nacionalidade

Programa

1. A implantação das ordens jesuíta, franciscana, beneditina e carmelita no Brasil nos séculos XVII e XVIII. Tradução arquitetônica e artística de espiritualidades e objetivos específicos.
2. Missões e Colégios jesuítas na faixa litorânea. O projeto utópico no Brasil Central, do Amazonas ao Prata.
3. Franciscanos e carmelitas na religião urbana das vilas litorâneas.
4. Tradições do cristianismo medieval na concepção e utilização dos espaços arquitetônicos dos mosteiros beneditinos.
5. Visitas ao Convento de Santo Antônio e Mosteiro de São Bento.

Confere certificado mediante 75% de presença nas aulas.
Investimento: R$ 60,00 (inscrição) e 2 parcelas de R$ 190,00

Confira a página do curso: http://www.faculdadesaobento.org.br/extensao-detalhes.aspx?id=qTDIldGdkFw%3D
e inscreva-se: http://www.faculdadesaobento.org.br/pre-inscricao-extensao.aspx

Imagem: Convento de São Francisco – Salvador / Bahia


Fonte: Página da Faculdade São Bento do Rio de Janeiro

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Ainda sobre o X Congresso Internacional CEIB

Essa Semana tivemos mais informações do Congresso Internacional CEIB desse ano, veja outra postagem aqui

Foram definidos os nomes dos quatro conferencistas participantes do X Congresso Internacional do Ceib que será realizado no período de 24 a 28/10/2017 na cidade de Salvador/BA. 

Os participantes serão:
DOM CARLOS ALBERTO DE PINHO MOREIRA AZEVEDO: Português, bispo auxiliar de Lisboa e delegado do Pontifício Conselho para a Cultura. Doutor em História Eclesiástica pela Universidade Gregoriana de Roma, autor, do livro “Estudos da Iconografia Cristã”, recentemente publicado (2016), em que apresenta um conjunto de dezesseis ensaios em torno da temática iconográfica cristã. Apresentará no X Congresso Internacional do Ceib uma conferência com tema relacionado ao conteúdo das suas recentes pesquisas e que deu origem a sua ultima publicação.
GABRIELA SILVANA SIRACUSANO: Argentina, doutora em História da Arte pela Universidade de Buenos Aires. Professora de Teoria e História das Artes Plásticas na Universidade de Buenos Aires. Estudiosa das artes (pintura e escultura) e da imaginária dos países hispânicos na América Latina. No X Congresso Internacional do Ceib apresentará um panorama da escultura religiosa na Argentina.
NADIA BERTONI CREN: Franco italiana, conservadora e restauradora (pintura e escultura em madeira policromada), doutora em História da Arte pela Universidade de Borgonha, vive atualmente na França onde possui um ateliê de restauração. Estudiosa da imaginárias, fará uma conferência sobre a escultura em madeira policromada dos séculos XI e XII na Borgonha-França, objeto de estudo de seu doutorado.
TADEU MOURÃO DOS SANTOS LOPES: Doutor em Arte e Cultura Contemporânea pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Professor no Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Atua em pesquisas no campo da cultura e das artes, com foco na teoria das artes africanas e afro-brasileiras e pelas relações entre mitos, ritos e produção artística. A escultura doméstica popular dos santos Cosme e Damião no Brasil será o tema da sua conferência na abertura do X Congresso Internacional do Ceib.

Fonte: Prof. Beatriz Ramos de Vasconcelos Coelho

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Projeto Descobrindo Embu no Museu: 10 anos redescobrindo o Embu!


Projeto Descobrindo Embu no Museu: 10 anos redescobrindo o Embu!

Em 2017, nosso projeto de educação patrimonial, vencedor da 5ª Edição do Prêmio Darcy Ribeiro (IBRAM/MinC), completa 10 anos!

Venha fazer parte dessa história! O Encontro Pedagógico de Formação, que visa a auxiliar o professor na condução do Projeto, acontecerá nos dias 04/03 e 25/03, das 10h às 16h.

As inscrições estão abertas. Faça a sua através do link: https://goo.gl/forms/jbBJvFZLcnbdVxSp2

Para saber mais sobre o Projeto, acesse nosso site: https://www.pateodocollegio.com.br/cultura/atividades/descobrindo-embu-no-museu/

Mais informações: masj@pateodocollegio.com.br ou por telefone: (11) 4704-2654



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Segundo Simpósio sobre Música Sacra em Los Angeles (EUA)

26 à 30 de junho

Por DAVID CLAYTON

Agradeço ao Dr. Alfred Calabrese por me chamar a atenção. O simpósio, que é patrocinado conjuntamente pela Fraternidade Sacerdotal de São Pedro, será na igreja de Santa Teresa em Alhambra, Califórnia. Para obter mais informações, vá para a página no site do Corpus Christi Watershed, aqui .




sábado, 18 de fevereiro de 2017

Túmulo de Michelangelo Buonarroti

Depois de sua morte, em 18 de fevereiro de 1564, num princípio Michelangelo Buonarroti foi enterrado na Basílica Romana dos Santos Apóstolos (Santi Apostoli). No entanto, três semanas depois, já no mês de março, seu sobrinho Leonardo, embora com a permissão do papa, e por ordem do Duque Cosme de Médici, transladaram em segredo seus restos mortais até a Basílica de Santa Cruz de Florença, tal como era desejo do artista. Todavia, solenes funerais foram celebrados na igreja em sua memória, sendo homenageado por inúmeros florentinos. 

O gênio deixava um importante legado artístico, principalmente nas cidades de Roma e Florença. Passando a se converter no "Artista mais completo" de todos os tempos.


O sepulcro de Michelangelo Buonarroti foi planejado pelo seu amigo, arquiteto e biógrafo Giorgio Vasari, quem se encarrego de todo o projeto, além Pietá (pintada no afresco) que está sobre o busto do artista. A execução da obra foi confiada a Giovanni Battista Lorenzi, grande escultor Florentino, quem, além de esculpir o busto de Michelangelo (desenvolvido a partir da sua máscara funerária), se encarregou também da escultura da esquerda, que simboliza a pintura. A estátua central, que simboliza "a pintura" foi realizada por Valerio Cioli, e a da direita, que simboliza "a arquitetura", foi esculpida por Giovanni dell'Opera.


O conjunto do monumento em si de composto por dois triângulos equiláteros dispostos sobre uma fachada clássica de ordem romano decorada com belíssimos afrescos cheios de anjos que zelam pela alma do artista e que recordam enormemente os afrescos da Capela Sistina, pintada por Michelangelo .
Texto de Reis González







Fonte: Página Por Amor Al Arte

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Nossa Senhora no Carnaval.

Carta de uma Católica entristecida.

Texto de Aline Castilho originalmente publicado no site: Fratres In Unum

Em 1940, Irmã Lúcia escreveu ao Cardeal Patriarca de Lisboa: “Em reparação e súplica por si e pelas outras nações, Nosso Senhor deseja que em Portugal sejam abolidas as festas profanas nos dias de carnaval e substituídas por orações e sacrifícios com preces públicas pelas ruas”. Se assim era na década de 40, o que pensa a Mãe de Deus das loucuras cometidas no carnaval de hoje, desgraçadamente chancelada pelos homens da Igreja? Rezemos em desagravo.

* * *

Já ganhou as manchetes de todo o Brasil a notícia de que Nossa Senhora Aparecida será usada durante os desfiles de uma escola de samba no Carnaval de São Paulo em 2017.

Estou perplexa, triste, ao pensar que nossa mãezinha está exposta a tamanha profanação, e com o consentimento de nossa Igreja. Pedem para compreendermos, argumentam, rebaixam nosso sentimento religioso, mas não há como entender.

Como o mais alto símbolo da santidade no Brasil será jogado no mais baixo símbolo da vulgaridade, do pecado, da imoralidade, do sincretismo, da maior de todas as nossas vergonhas?…

Será que não percebem que o carnaval é a festa da depravação, que durante esses quatro dias milhares de pessoas morrem embriagadas, contaminam-se com doenças venéreas, roubam, matam, esquecem-se de Deus e da fé, destroem famílias e pervertem os nossos filhos?

Como colocar a Mãe de Jesus na festa máxima da usurpação da dignidade feminina, em que mulheres são expostas à cobiça como num grande açougue? Maria Santíssima não pode ocupar esse espaço! Isso agride a nossa fé, agride a nossa dignidade. E ainda colocarão uma dessas dançarinas paramentada de Nossa Senhora Aparecida!

Dizem por aí que Nosso Senhor esteve com os pecadores… Mas Ele esteve para convertê-los, para com amor lhes mostrar o seu pecado. Quando lhe perguntaram porque ele comia com os publicanos, ele respondeu que “não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mt 9,12). Cristo sabia que eram doentes e ia lá para sará-los.

No caso, ninguém estará naqueles carros alegóricos pregando contra o pecado e exortando alguém à penitência. Ali estarão legitimando aquele acontecimento horroroso, e usando a imagem de Nossa Senhora para referendá-lo, com o pretexto de homenageá-la pelos 300 anos de sua aparição.

O problema não é o lugar, se é o sambódromo ou a cracolândia. O problema é o que se fará ali. O desfile de uma escola de samba é muito diferente de uma procissão, ainda mais da procissão santíssima de Corpus Christi. Nem toda homenagem é honrosa, ainda mais quando é feita no contexto contrário daquilo que Nossa Senhora pede, que é a conversão. Fico pensando… Se esses padres tivessem que receber uma homenagem num prostíbulo será que aceitariam como ocasião de evangelizar? Por que querem submeter Nossa Senhora a essa vergonha?

Nós, católicos, estamos ofendidos por esse grave desrespeito à nossa Mãe Santíssima, estamos entristecidos pela cegueira de alguns de nossos pastores. Falta apenas agora sabermos se esses órgãos da Igreja vão lucrar dinheiro com isso e, pior, se ainda estarão padres desfilando na avenida, talvez até com batina, dando um péssimo escândalo para os fieis que procuram se manter em santidade, sobretudo os jovens, que lutam para abandonar as drogas, o álcool, o sexo desenfreado e todo tipo de desordem.

Não sei o que vocês farão, mas eu ficarei em minha casa, unida espiritualmente aos milhares de retiros organizados por todo o Brasil, e com a minha televisão desligada, rezando o rosário para que essa vergonha passe logo e cause pouco dano à alma de nossas famílias.

Um dia, um protestante quebrou a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Hoje são os nossos pastores que a estão jogando novamente na lama!

Deus tenha misericórdia do Brasil!
Nossa Senhora Aparecida nos perdoe.

***


Abaixo Assinado: Contra a profanação da Virgem Maria no carnaval de 2017

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Antigo Altar da Igreja Matriz de São José dos Campos - SP, do início do século XX.

Altar antiga da Igreja
Novo Altar da Igreja - foto de Virgínia Costa

Foto da Igreja matriz - Foto Vale Mais Lazer

Antigo altar da igreja matriz de São José dos Campos - SP deste antigo retábulo restou apenas a imagem do padroeiro (São José) feita em gesso e estuque que foi restaurado e recolocado no presbitério da igreja matriz no ano de 2006.


Também é original deste retábulo a imagem do sagrado coração de jesus que esta disposta na entrada do templo, esta readequação ocorreu na década de 70 logo após o concilio Vaticano II, toda pintura decorativa do interior da matriz é também da década de 1971 a 1972 de autoria de Alvaro Pereira artista plástico português que decorou diversas igrejas com pinturas parietais na região do Vale do Paraíba, nota se que o arco cruzeiro foi rebaixado para dar lugar a um cômodo na parte de cima provavelmente extensão da casa paroquial pois nesta época o cônego João ainda morava em uma casa em anexo a igreja, onde esta a tela do presépio, existe uma trinca bem nítida no local onde delimitava o antigo arco cruzeiro.

Informação de Wagner Ribeiro - Fonte: São José dos Campos Antigamente


***
 Um pouco da História:


A Igreja Matriz foi a primeira capela de São José dos Campos, construída na época que ainda existiam índios na cidade, por volta de 1643. Em 1831, houve uma forte chuva e esta capelinha desmoronou, restando apenas o altar. Foi reconstruída em taipa de pilão (paredes feitas de barro amassado e calcado). Como a taipa também não era um material muito resistente foi construída em 1934 uma nova igreja, feita de alvenaria, que é a Igreja Matriz atual.

A Igreja Matriz fica na Pça. Cônego João M. Guimarães,69 – Centro – 12209-650 – SJCampos-SP
Sec.: Av. Castelo Branco, 26 – Centro – 12209-002 – SJCampos-SP
Tel.: (12) 3921-5516 / 3921-1942

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Curso de Conservação e Restauro de Pintura sobre Cavalete



 NAR - Núcleo de Artes, Conservação e Restauro, em parceria com o Museu de Arte Sacra de São Paulo, promove um curso de Conservação e Restauro de Pintura sobre Cavalete.

As aulas terão início no dia 04 de Março, sendo aos sábados aulas práticas e aos domingos aulas teóricas. Serão realizadas no primeiro final de semana de cada mês durante 10 meses.
Clique aqui para baixar a grade completa do curso.

METODOLOGIA
A didática do NAR – Núcleo de Artes, Conservação e Restauro, é a apresentação de aulas teóricas expositivas, com apresentações de Power Point e aulas práticas.
O conteúdo engloba e aborda os procedimentos adotados no restauro de pinturas sobre cavalete, nas diversas fases de intervenção. Desde a avaliação preliminar de danos e retirada da obra, passando por documentação, ética profissional, restauro, até a entrega da obra ao local de origem.
Em busca de nosso objetivo, que é formação e informação acadêmica, introduzimos no mercado cursos com aulas práticas e teóricas. Entendemos que restauração se aprende na prática e em nosso curso os alunos aprendem a restaurar, restaurando.

CORPO DOCENTE
  • Professora Doutora Taís Cabrera Galvão Rojas – Biologia
  • Professor Doutor José Wilson C. Carvalho – Química
  • Professora Mestre Eva Kaiser More – Artes e Técnicas
  • Professora Especialista Tiana Chinelli – Fotografia Básica  
  • Professora Especialista Josy Morais – Práticas de Laboratório

Período: de 04 de março a 03 de dezembro de 2017 (primeiro final de semana de cada mês)
Horário: sábados (das 9 às 13h) e domingos (das 9 às 17h)
Carga horária: 12 horas/mês (10 meses)
Valor promocional: R$ 350/mês
Inscrições: nar.contato@gmail.com
Informações: (21) 98179-1033 (WhatsApp)
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Av. Tiradentes, 676 – Luz | Metrô Tiradentes
Estacionamento gratuito (ou alternativa de acesso): Rua Dr. Jorge Miranda, 43

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Igrejas de Arquitetura Gótica

Texto de Paulo Elísio


I - A Arquitetura Gótica

Arquitetura gótica é um estilo arquitetónico caracterizado como a evolução da arquitetura românica e precedente à arquitetura renascentista. Foi desenvolvida no norte da França durante a Alta Idade Média (900–1300) entre os anos 1050 e 1100, originalmente se chamava "Obra Francesa" (Opus Francigenum).

O termo 'gótico' só apareceu na época do Renascimento como um insulto estilístico, já que para os Renascentistas a arte gótica é bárbara, sendo tipicamente Medieval. A palavra gótico é em referencia aos godos, povo bárbaro-germano.

Com o gótico, a arquitetura ocidental atingiu um dos pontos culminantes da arquitetura pura, ou seja, sem influencia externa que não seja a própria matriz romana ancestral. As abóbadas cada vez mais elevadas e maiores, não se apoiavam em muros e paredes compactas e sim sobre pilastras ou feixes de colunas.

Uma série de suportes que eram constituídos por arcobotantes e contrafortes possuíam a função de equilibrar de modo externo o peso excessivo das abóbadas. Desta forma, imensas paredes espessas foram excluídas dos edifícios de género gótico e foram substituídas por vitrais e rosáceas que iluminavam o ambiente interno.


II - Elementos da Arquitetura Gótica

a) Fachada



foto de TTStudio

As igrejas românicas apresentavam unicamente um portal de entrada, As igrejas góticas apresentam três portais, um central e dois laterais. Geralmente em cima do portal central tem uma rosácea. Os portais laterais normalmentes são continuados por duas torres simétricas.

Na foto mostramos a Igreja de São Vito em Praga em foto de TTstudio.

b) Planta

A planta de uma catedral com arquitetura gótica tem sempre uma aparência de uma cruz latina (crucifixo), onde situa-se a nave, os transeptos e o coro; na parte inferior da "cruz" fica localizada a nave central circundada por naves laterais; na faixa horizontal havia os transeptos e o cruzeiro;

b) Arcos de Ogiva

Os arcos de meia circunferência que haviam sido usados em igrejas e catedrais de arquitetura românica faziam com que todo o peso da construção fosse descarregado sobre as paredes, obrigando um apoio lateral resistente como pilares maciços, paredes mais espessas, poucas aberturas para fora tornando, consequentemente, o interior das estruturas eclesiásticas mais escuras e cada vez menos agradável.

Este arco foi substituído pelos arcos ogivais (também chamados de arcos cruzados e arcos quebrados). Isso dividiu o peso da abóbada central, consequentemente, descarregando-a sobre vários pontos.

c) Abóbadas ogivais ou abóbada de nervuras


Abadia de Beverley, Inglaterra,
foto de Matana, Wikimedia

Como o estilo arquitetônico gótico seguia as doutrinas religiosas da época, era necessário que as catedrais fossem exuberantemente altas, grande luminosidade e uma plena continuidade entre o início de seus pilares e o cume de suas abóbadas. Durante o auge da arquitetura gótica uma das principais características deste estilo arquitetônico foram as abóbadas ogivais, ou seja, com formato pontiagudo.

d) Pilares

Dispostos em espaços regulares, os pilares dispensam as grossas paredes romanicas que sustentavam a estrutura.

Arcos botantes e contrafortes

O contraforte fica posicionado em um ângulo reto em relação à estrutura gótica contra a parede lateral e eleva-se a uma altitude considerada alta, em um enorme grau de perfeição. O peso do contraforte neutraliza a pressão causada pelas abóbadas. O arcobotante possui uma caixilharia diagonal de pedra, escorado ao lado pelo contraforte posicionado próximo à parede e por outro lado pela claraboia da nave. Deste modo, o arcobotante dirige o peso lateral das abóbadas e associado aos contrafortes possui uma força enorme. Graças à estes dois suportes, foi possível construir catedrais, basílicas, igrejas e capelas exuberantemente altas, com muitos vitrais e rosáceas

Iluminação



Vitral Notre Dame, Paris

Considerada uma arquitetura 'de paredes transparentes, luminosas e coloridas', a arquitetura gótica considera o vitral um importante elemento, pois cria uma atmosfera mística que deveria sugerir, na visão do povo medieval, as visões do Paraíso, a sensação de purificação. Os raios solares são filtrados pelos vitrais e rosáceas, criando no interior da estrutura gótica, um ambiente iluminado e colorido e também, transmitindo aos fiéis religiosos uma sensação de êxtase. Os vitrais apresentavam simples formas geométricas ou mesmo imagens de santos ou passagens bíblicas. Para obter-se um vitral na época, era necessário que um artesão realizasse um processo de coloração da peça de vidro. Durante este processo, o vidro cru era misturado a outros componentes químicos que determinavam a respectiva tonalidade, durante a fase de derretimento. Este processo mantinha o vidro com um tom de cor sem que bloqueasse os raios solares. Após este procedimento o vidro era aquecido e moldado

Verticalismo

Outra característica importante das estruturas eclesiásticas góticas é o verticalismo, ou seja, sua elevada altitude. No interior e exterior das construções góticas, os elementos arquitetônicos apontam para o céu. Um exemplo conhecido são os arcos ogivais, que são pontiagudos e possuem a impressão de uma seta apontada para cima.

Esculturas

Além das gárgulas e esculturas grotescas, existem outras esculturas religiosas presentes na arquitetura gótica. Através destas, eram expressadas a fé e religiosidade que o povo europeu sentia. Os caracteres esculturais seguem o fundamento gótico do verticalismo e são, majoritariamente, encontrados em portais e colunas. As esculturas, muitas vezes, representam personagens bíblicos como a Virgem Maria e alguns santos.


Escultura em pórtico da catedral de Notre Dame, Paris, foto de HistoriacomGosto


III - Exemplos de Igrejas de Arquitetura Gótica

a) Saint Dennis - Paris

Fundada no século VII por Dagoberto I onde São Dinis, um santo padroeiro da França, foi sepultado, a igreja se tornou um local de peregrinação e o mausoléu dos reis franceses. A maioria dos reis franceses do século X ao XVIII foi sepultado lá.

No século XII o Abade Suger reconstruiu partes da abadia usando inovadas características estruturais e decorativas. Ao fazer isso, ele criou o primeiro edifício verdadeiramente gótico. A nave do século XIII da basílica também é o protótipo do estilo gótico radiante, e forneceu um modelo de arquitetura para catedrais e mosteiros do norte da França, Inglaterra e outros países.

A Basílica de Saint Denis é um marco arquitetônico. Tanto estrutural quanto estilisticamente ela introduziu a mudança da Arquitetura românica para a Arquitetura gótica. Na época não se usava o termo "gótico", esse estilo de construção ficou conhecido como "Estilo Francês" (Opus Francigenum).

a) Fachada e Nave




St. Denis, foto de Beckstet em wikimedia


Interior da Basílica de Saint Denis, foto photogolfer em Shutterstock.com

b) Vitrais e abóbadas


Interior da Basílica de Saint Denis, foto de photogolfer em Shutterstock.com


b) Notre Dame de Paris

A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo , situa-se na praça Paris, na pequena ilha "Île de la Cité" em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.

A catedral surge intimamente ligada à ideia de gótico no seu esplendor, ao efeito claro das necessidades e aspirações da alta sociedade, a uma nova abordagem da catedral como edifício de contacto e ascensão espiritual.

Esquema de construção de Notre Dame



Visão em 3D da Catedral de Notre Dame, Paris, foto de aurielaki


Fachada e Vista Lateral


Notre Dame, foto HistoriacomGosto


Vista lateral da Catedral de Notre Dame, foto de Anna Kucherova


A arquitetura gótica substituiu as paredes grossas das igrejas românicas por colunas altas e arcos capazes de sustentar o peso dos telhados. Como consequência, os edifícios góticos ganharam um aspecto mais leve, e as janelas, mais amplas e altas, foram decoradas com belos vitrais coloridos que filtravam a luz natural, e com isso, criavam um "clima" de misticismo em seu interior.

Nave central


Interior da Catedral de Notre Dame, foto de HistoriacomGosto


c) Catedral de Colonia - Alemanha

A Catedral de Colônia, localizada na cidade alemã de Colônia, é uma igreja de estilo gótico, o marco principal da cidade e seu símbolo não-oficial.

É a terceira igreja mais alta do mundo e é considerada patrimônio da humanidade. O símbolo da cidade atrai seis milhões de turistas por ano, sendo o local turístico mais visitado da Alemanha. Em 1164, foram trazidas de Milão as supostas ossadas dos Três Reis Magos. Elas estão atrás do altar, numa arca de ouro e prata, ornamentada com pedras preciosas.


Catedral de Colonia, foto de Mikhail Markovskiy em fotolia.com


Visão lateral da Catedral de Colonia, foto de kranendonk / Shutterstock


A construção da igreja gótica começou no século XIII (1248) e levou, com as interrupções, mais de 600 anos para ser completada. As duas torres possuem 157 metros de altura, com a catedral possuindo comprimento de 144 metros e largura de 86 metros. Quando foi concluída em 1880, era o prédio mais alto do mundo. A catedral é dedicada a São Pedro e a Nossa Senhora


Interior da Catedral de Colonia, foto de Yury Dmitrienko / Shutterstock, Inc.

Na Segunda Guerra Mundial, a catedral acabou recebendo 14 ataques por parte de bombas aéreas e não caiu; a reconstrução foi completada em 1956.

d) Catedral de Santo Estevão - Viena

A Catedral de Santo Estêvão é uma das mais antigas catedrais do estilo gótico europeu, está situada na Stephansplatz, no centro da cidade Viena, Áustria.

Trata-se de uma obra mundialmente conhecida e um exemplo da arquitetura do século XII. A também denominada "Steffl" é uma das mais importantes catedrais góticas do mundo.

Foi renovada no estilo gótico entre 1304 e 1433. Sua torre norte, elevada à altura de 70 metros, foi renovada de acordo com a estética renascentista em 1579 e seu interior adquiriu uma tendência barroca.


Catedral de Santo Estevão, foto de dbrnjhrj
em fotolia.com


Torre, foto de HistoriacomGosto


Interior, foto HistoriacomGosto


Interior da Catedral

A parte construtiva da Catedral como os pilares, abóbada, torres, tudo permanece no estilo gótico no qual foi renovado entre e 1304 e 1433. Entretanto, a decoração, os altares laterais, as esculturas já estão mais adaptadas ao estilo barroco.


Nave principal da Catedral de Santo Estevão em Viena, foto de HistoriacomGosto

e) Catedral de Milão

A Catedral de Milão (em italiano: Duomo di Milano) situa-se na praça central da cidade de Milão, na Lombardia, no norte da Itália. É a sede da Arquidiocese de Milão e uma das mais célebres e complexas edificações em estilo gótico da Europa.


Visão frontal da Catedral de Milão, foto de Marco Saracco em fotolia.com


interior da Catedral em foto de Luca Santilli

A catedral é imensa, com 157 m de comprimento e 109 m de largura. O interior tem cinco naves com uma altura que chega aos 45 metros, divididas por 40 pilares. Possui um transepto com três naves. O estilo predominante da catedral é o gótico flamejante, relativamente pouco comum na Itália.

A construção do edifício começou em 1386 sob a iniciativa do arcebispo Antonio da Saluzzo, em um estilo gótico tardio de influência francesa e centro-europeia, distinto ao estilo corrente na Itália de então. Os trabalhos foram apoiados pelo senhor da cidade, o duque Gian Galeazzo Visconti, que impulsionou a obra através de facilidades fiscais e promoveu o uso do mármore de Candoglia como material de construção. A obra avançou rápido, e em 1418 o altar-mor da catedral foi consagrado pelo Papa Martinho V. Já em meados do século XV a parte leste (abside) da igreja estava completa. A partir desta data, porém, as obras prosseguiram lentamente até fins do século XV.


Interior da Catedral de Milão, foto de Stocksnapper / Shutterstock, Inc


IV - Referências
Wikipedia: Arquitetura Gótica / Catedral de Saint Denis / Catedral de Notre Dame / Catedral de Colonia /

domingo, 12 de fevereiro de 2017

A história da imagem da Divina Misericórdia que dará boas-vindas nesta cidade


Por Giselle Vargas



Imagem da Divina Misericórdia na cidade de Artigas (Uruguai) / Foto: Captura YouTube

No final de fevereiro deste ano, uma gigantografia da imagem da Divina Misericórdia dará as boas-vindas a todas as pessoas que entrarem na cidade de Artigas, localizada aproximadamente a 600 quilômetros de Montevidéu (Uruguai), na fronteira com o Brasil.

A bela imagem será colocada em um edifício particular no quilómetro 197 da rota 4, caminho a Artigas. Assim, buscaram evitar que se origine um debate pela sua instalação, como aconteceu com a Virgem dos 33, no país mais secularizado da América Latina.

De acordo com a história contada pelo uruguaio Fernando Arbiza, esta é uma “prova de que o Senhor quer que a sua devoção seja difundida” no país.

Em janeiro de 2016, quando Arbiza estava angustiado por problemas pessoais, no trabalho e por conflitos de fé, recebeu um folheto da imagem do casal missionário formado por Inés e Francisco. Eles comentaram que havia uma gigantografia na cidade de Salto e também queriam colocar uma em Artigas.


Embora Arbiza não tenha se comprometido em ajudar, surgiu uma inquietação em seu coração.

Nove meses depois, o empresário viajou a Salto e decidiu percorrer a região, quando encontrou a gigantografia da Divina Misericórdia. Sentiu que deveria fazer algo, por isso, chamou ao casal e eles o colocaram em contato com a Paróquia San Eugenio del Cuareim, em Artigas.

O pároco, Pe. Miguel Olivares, o escutou atentamente e acolheu a sua inquietação. Depois de um mês, o sacerdote o apoiou organizando uma equipe de trabalho formada por oito paroquianos, encarregados de conseguir financiamento, contratar o artista, procurar o lugar de instalação, entre outros detalhes importantes para a realização desta obra.

Depois de serem realizados os primeiros propósitos, a imagem de seis metros de altura e um metro e meio de largura com a frase “Jesus, eu confio em Vós” começou a ser pintada em janeiro pelo artista Walter Blanco.

A equipe encarregada espera que a imagem seja instalada e, em seguida, inaugurada no final deste mês.

Em conversa com o Grupo ACI, Fernando Arbiza expressou que se sente profundamente abençoado e tocado pela misericórdia de Deus.

“Eu medito no meu templo e estou grato porque sinto que sou cem por cento guiado pelo Pai que se manifesta em mim através da minha voz, e eu confio”, manifestou e convidou os uruguaios a acreditar e se deixaram ser tocados por Jesus.

O Pe. Olivares disse ao Grupo ACI que Arbiza é um sinal da “escravidão de amor” que Deus necessita, daquela “Igreja em saída”, à qual o Papa Francisco nos convida através do Espírito Santo.

“A instalação da imagem revolucionou o povo de Artigas, pois Jesus está batendo na porta de todos e as pessoas estão com tanta fome e sede de Deus que estão abrindo as portas para Ele. Não podemos deixar o ser humano tanto tempo longe de Deus”, destacou o sacerdote.

Fonte: ACI Digital

sábado, 11 de fevereiro de 2017

A história do Brasil contada pela Igreja Católica

O arquivo da Arquidiocese de Olinda e Recife guarda documentos preciosos para a história do País, produzidos pela Igreja Católica



Arquidiocese de Olinda e Recife está em busca de parceiros para continuar a organização do arquivo
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Texto de Cleide Alves

O arquivo da Arquidiocese de Olinda e Recife tem, por enquanto, mais de 350 metros lineares de documentos. Desde o século 17 – quando a Coroa portuguesa autorizou a Igreja Católica a criar núcleos religiosos no Brasil colonial – até os dias atuais. Nas estantes do arquivo eclesiástico repousam histórias de povoados e de seus habitantes, que precisavam da permissão dos padres para tudo na vida.

“São documentos importantes para o conhecimento da nossa história porque traçam o perfil da nação brasileira. Alguns deles, do século 18, ainda estavam em prédios de igrejas e nunca foram consultados por nenhum historiador, é um material inédito em leitura”, destaca a restauradora Débora Mendes, contratada pela arquidiocese para fazer a organização do acervo eclesiástico.


Arquivo da Arquidiocese de Olinda e Recife está sendo organizado e higienizado pela Igreja Católica


A Igreja Católica administrava a vida dos cidadãos desde o nascimento até a morte, com emissão de certidões de batismo, casamento, divórcios perpétuos e justificativa de solteiro, autorização para casamento de pessoas viúvas e para o ingresso no seminário. Também avaliava os pedidos de viagens de brasileiros para além-mar e dos estrangeiros para entrar na colônia, diz Debora.

“Ela dividia esse poder com a Coroa portuguesa, funcionava como o nosso cartório civil na época”, afirma Débora Mendes. O arquivo preserva relatos de violência contra mulheres, de doenças que matavam a população e da higiene nas localidades. “A importância da Igreja era tanta que as vilas se desenvolviam em volta de um monumento religioso, construído em cima de uma colina e fortificado por muros altos.”

A localização dos templos era estratégica, para garantir a vista do horizonte e para os religiosos vigiarem possíveis invasões de inimigos, observa Débora. “Moradias e comércio surgiam nessa região protegida pela Igreja Católica e pela Coroa portuguesa. Documentos que determinam essa movimentação encontram-se nesse arquivo, são preciosidades para conhecimento do Brasil colônia.”

Em meio às 559 mil páginas já organizadas, higienizadas e acondicionadas da forma correta em estantes, há material produzido em papel artesanal, encadernação especial (livro de tombo da Irmandade das Almas, 1887-1888, com encadernação francesa encomendada pela Igreja do Manguinho), a Bula Papal em pergaminho (papel feito de couro de animal) de 1918 com a nomeação da Arquidiocese de Olinda e Recife assinada pelo papa Pio XI e o sinete que atesta a originalidade da carta pontifícia.

veja mais aqui


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Canto Gregoriano é promovido em escolas e paróquias dos EUA

 
No próximo mês de março, o Seminário de São José em Yonkers, localizado em Nova York (EUA) celebrará o Congresso Nacional de Canto Gregoriano no Ministério Pastoral e na Educação Religiosa. O evento, que conta com o apoio da 'Cardeal Newman Society', terá cerca de 40 palestrantes, que motivarão os educadores e paróquias a trabalharem em uma aproximação maior com a música litúrgica.



De acordo com a diretora do Congresso, Jennifer Donelson, com essa iniciativa espera-se "que as pessoas sejam inspiradas pelas belas liturgias do Congresso, assim como pelas apresentações e discussões com outros sobre o que podem fazer para construir programas e estruturas que apoiem a excelência musical".

Segundo os organizadores, a doutrina da Igreja e seu patrimônio de música sacra tem um importante atrativo para elevar as mentes e os corações até Cristo, assim como para cumprir um papel positivo na vida espiritual. "Esperamos também que aqueles que participem vejam o importante papel que a beleza musical pode jogar na formação da identidade católica, a educação catequética e a aproximação dos distanciados e sem Igreja", comentou Donelson.

Dentre os temas que serão abordados no Congresso estão a formação litúrgica nas escolas católicas, a 'Schola Cantorum' como parte integral da escola católica, os requerimentos para iniciar um programa extracurricular de Coro de Crianças, entre outros.

A lista de palestrantes inclui a Dom Robert Skeris, diretor do 'Center for Ward Method Studies' da Universidade Católica da América, o Padre Christopher Smith e Mark Langley, fundador do 'Lyceum', una escola católica clássica localizada em Ohio. (EPC)

Fonte: gaudiumpress.org,

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Buriano mostra seus tesouros de arte sacra: inauguração da sala de exposições da paróquia

Castiglione della Pescaia (Itália)

Neste próximo domingo, após a Santa Missa às 10h em honra de S. Guglielmo di Malavalle, presidida por Dom Rodolfo, haverá inauguração da sala de exposições na presença do prefeito e do vereador Farnetani Lorenzini.





Buriano - Foi um sonho há muito embalado, o que exigiu empenho, dedicação, paciência, e que é o resultado, em grande parte, da tenacidade de Don Giovanni Tumiatti,  86 anos, pároco de Buriano.

Domingo, 12 de fevereiro, na região montanhosa, na cidade de Castiglione della Pescaia, vai ser um grande dia de festa para a inauguração da sala de exposições da paróquia de Santa Maria Assunta. É um exemplo único na Diocese de Grosseto, porque nenhuma freguesia pode gabar-se de uma estrutura deste tipo, em que expor objetos sagrados e mobiliário que datam de diferentes períodos históricos, e que a partir de agora se tornar uma herança de história, arte e fé que todos podem contemplar.

A cerimônia de inauguração do pavilhão de exposições será após a missa das 10h, presidida por Dom Rodolfo, no dia em que a paróquia celebra a festa do patrono S. Guglielmo di Malavalle, que é lembrado com precisão no domingo mais próximo do dia 10 de fevereiro (dia de sua memória litúrgica) deste santo eremita, que se exilou em Maremma e morreu na ermida de Malavalle em meados de 1100.

A cerimônia contará com a presença do prefeito de Castiglione della Pescaia, Giancarlo Farnetani, com a conselheira para a cultura Susanna Lorenzini. A administração da cidade acreditou desde o início no projeto da paróquia de Buriano, a fim de maximizar a riqueza ambiental, histórico, cultural, artístico de todo o distrito Castiglionese, como um importante instrumento de promoção territorial.

A cidade tem, assim, dada a sua contribuição direta para a realização da sala expositiva, não só na utilização da lei Bucalossi, mas também dando a paróquia três dos cinco trechos de exposição instalados no pequeno museu paroquial.

Após a inauguração, será oferecido um coquetel nas instalações da paróquia. Na parte da tarde, então, a tradicional procissão em honra de s. Guglielmo di Malavalle ruas da cidade.

O salão de exposição é resultado do trabalho de Don Giovanni Tumiatti, que foi acolhido na comunidade de Buriano, há 18 anos, e que em breve irá celebrar seus 60 anos de sacerdócio no final de junho.

A sala de uma das instalações ao longo da Via del Corso, era anteriormente utilizada como um apartamento pelas freiras que por muitos anos trabalharam no setor educativo da cidade, e foi recuperada uma parte do perímetro da capela Santa Ana, que ainda existe, e onde são celebradas missas nos dias de semana. É, portanto, um ambiente elegante e acolhedor, onde estão expostos turibulos, custódias, relicários, cálices, galhetas, navetas e muitos outros objetos sagrados, que têm séculos de história.

A reconstrução dos ambientes começou em 2012, seguido pela arquitecta Barbara Fiorini e a colega Laura Caselli, que em conjunto e em colaboração com o escritório de patrimônio cultural eclesiástico diocesano e da Superintendência, que supervisionaram a construção do corredor.

"É realmente uma grande satisfação - diz o Bispo Rodolfo - inaugurar este espaço de exposição, um sinal tangível de apego e paixão com que Don Giovanni Tumiatti continua a sua zelosa missão como sacerdote. Eu digo que graças a ele e a toda a comunidade de Buriano, que sob a atenção de seu pároco, caminhou e continua caminhando com seriedade na fé da Igreja. Eu realmente espero que muitos visitantes podem desfrutar desse trabalho".


Foi um trabalho árduo que Don Tumiatti levou ao menos em vinte anos: "A ideia de um salão de exposição - diz ele - nasceu com a minha chegada em Buriano em 1999. Eu achei, de fato, tanta riqueza que precisava ser recuperada e reciclada, porque representava uma extraordinária e importante testemunha da história cristã deste povo. E assim, com a ajuda de tantos, comecei a trabalhar. Eu digo graças à Providência, que nunca nos abandonou, e todos aqueles que - instituições, leigos comuns e toda a paróquia - tem dado por causa deste sonho e que pode ser realizado".

O espaço de exposição, de fato, é o ponto de desembarque de uma viagem que, a partir da igreja paroquial, permitiu nestes anos para voltar ao seu antigo esplendor do culto, obras de arte, objetos de que Buriano é rico. E a idéia é de oferecer aos turistas e expectadores uma viagem da arte e da fé que, a partir da igreja paroquial, passando no santuário de Nossa Senhora de Romitorio, a capela de Badiola e, de fato, o salão de exposição, em que uma parte do e objetos sagrados de culto foi  recuperada nos últimos anos, estão em exibição.

"Para a cidade de Castiglione della Pescaia - comenta o prefeito Giancarlo Farnetani - é uma honra ter sido capaz de colaborar com esse salão de exposição, em que não são apenas exibe os itens que têm um valor artístico e sagrado, mas eles são claramente visíveis as raízes de uma comunidade. É por isso que apoio o projeto com convicção".

"Castiglione della Pescaia é uma terra cujas belezas são declinados sob vários pontos de vista - observa a Conselheira de Cultura, Susanna Lorenzini - pelo menos a beleza das pedras e lugares que marcaram a história religiosa deste território. A Administração está fortemente empenhada em dar pernas a um projeto que, concentrando-se em turismo religioso que hoje desperta um forte apelo para uma parcela significativa de turistas, melhora todos esses testemunhos de fé e cultura, que vieram a nós com o passado e que define o nossa identidade. O salão de exposição de Buriano é parte deste processo e estamos muito satisfeitos".

Fonte: Il Giunco

Por que os atos de Deus dificilmente prejudicam as catedrais góticas

texto de Alexandra Gajewski
Postado em 24 DE JANEIRO DE 2017


A rosácea oeste da catedral de Saint-Gervais-et-Saint-Protais, em Soissons, em 13 de janeiro de 2017, depois de ter sido destruída por uma tempestade durante a noite no norte da França. Foto: François Nascimbeni / AFP / Getty Images

Durante a noite de 12/13 de janeiro, uma violenta tempestade rasgou a rosácea oeste da catedral de Saint-Gervais-et-Saint-Protais em Soissons, no norte da França, deixando um buraco na fachada da igreja medieval. O oculus central da vasta rosácea de pedra foi soprado e dos 16 arcos radiais, ou pétalas, apenas algumas frágeis permanecem suspensas no ar, enquanto o vitral fica pendurado em farrapos. A destruição deste vitral de 800 anos de idade é infeliz e intrigante.

A rosácea de Soissons, no meio do século XIII, pertence a um período de dramáticos desenvolvimentos estruturais na arquitetura ocidental, quando os arquitetos, estimulados pelos patronos, empurraram as possibilidades estruturais da construção de pedra à seus limites. Sem poder calcular cargas, mas armados com geometria e conhecimento de observação, os arquitetos reduziram a alvenaria a uma estrutura para vitrais, transformando assim as paredes em superfícies luminosas. As janelas de rosáceas, parte fundamental da fachada da igreja de duas torres desde o século XII, foram agora ampliadas para tamanhos acima de 10 metros de diâmetro, como em Soissons. Os padrões da rosácea para a adequação a luz solar deixaram cada vez mais finas barras de pedra e deram o nome do estilo de seu período: Rayonnant, francês para irradiar.

Apesar de sua audácia, os arquitetos medievais não eram temerários. Foram utilizadas várias estratégias para salvaguardar a estrutura. As barras finas de entrelaçamento, por exemplo, foram mantidas juntas por cavilhas invisíveis de ferro inseridas no núcleo dos elementos. Em Soissons, algumas das cavilhas de ferro podem agora ser vistas projetando-se das colonnettes fraturadas. Acima da rosácea, um arco de sustentação assegurou que os elementos esbeltos das pétalas carregasse tão pouco do peso da fachada quanto possível.


O grande órgão e a rosácea oeste da Catedral de Soissons. Wikimedia Commons

Graças a estas precauções, a rosácea de Soissons sobreviveu não só a uma explosão quando, em 1815, explodiu uma banca em frente à fachada, mas também os bombardeios pesados ​​durante a Primeira Guerra Mundial. Ambas as vezes, o vitral da rosácea precisava ser substituído, mas a pedra sobreviveu. O fato de que, na noite de quinta-feira, a rosácea não poderia resistir a tempestade devido a uma combinação de circunstâncias. Excepcionalmente fortes rajadas de vento teriam empurrado os painéis de vidro, empurrando para dentro o oculus grande, em particular, no centro da rosácea teria agido como um cone, puxando-o com sua baixa resistência à tração. Enfraquecida pela idade e danos anteriores, a pedra finalmente, invadiu a igreja e danificando o órgão dos anos 50.

Embora as perdas durante as duas guerras mundiais fossem comuns, os danos causados ​​pelo vento às rosáceas eram raros, mas não sem precedentes. Geralmente, apenas o vitral é quebrado, como em 1768 em Reims, quando uma tempestade exigiu a desmontagem e re-colocação da rosácea da fachada. No entanto, em 1580 em Reims um vento excepcionalmente forte soprou tanto o vidro e o transcepto da rosácea. Enquanto isso, em Soissons tem se colocado andaime e os pensamentos se voltam para reparar o que alguns chamaram de um ato de "vandalismo santo".

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