sábado, 31 de dezembro de 2016

Feliz Ano Novo!


Um 2017 repleto de paz, saúde e prosperidade à todos os amigos, clientes e seguidores do blog!




segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Papa nomeia Barbara Jatta nova Diretora dos Museus Vaticanos






Setor dos Museus Vaticanos após restauração - ANSA

A partir de 1º de janeiro de 2017 os Museus Vaticanos terão nova direção. Trata-se da Dra Barbara Jatta, até agora Vice-Diretora, nomeada esta terça-feira pelo Papa Francisco. Ela substituirá ao historiador de arte italiano, Antonio Paolucci.

Nascida em Roma em 6 de outubro de 1962, formou-se em Letras na Universidade “La Sapienza” de Roma, em 1986. No ano sucessivo obteve o Diploma de Arquivista na Escola Vaticana de Paleografia, Diplomática e Arquivística.

Em 1991 especializou-se em História da Arte na Escola de Especialização da Universidade de Estudos de Roma, passando a lecionar História da Gráfica e das Técnicas de Incisão, publicar artigos, ensaios e catálogos de mostras especializadas.

Desde 1994 é a Docente Encarregada pelo ensino de “História das Artes Gráficas” na Universidade de Nápoles, Instituto Irmã Ursula Benincasa, no âmbito do Curso de Bacharelado em Letras, ênfase em Conservação dos Bens Culturais.

Tendo entrado na Biblioteca Vaticana em 1996, foi responsável pelo Escritório de Impressões até sua nomeação, em 2010, a Curadora da Gráfica do Departamentos de Impressões.

Em junho passado foi transferida da Biblioteca Apostólica Vaticana à Direção dos Museus Vaticanos, com o cargo de Vice-Diretora.

Fonte: Radio Vaticana

sábado, 24 de dezembro de 2016

Feliz e Santo Natal!



Aos amigos que acompanham o blog, somos sinceros desejos de paz e fraternidade nesta Noite Santa!


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Nápoles – A Terra dos Presépios

Por Dayse Regina Ferreira


Artistas e artesãos fazem das figuras do presépio em Nápoles uma arte maior (foto: Divulgação)
Quem anda pela rua de San Gregorio Armeno durante o período natalino em Nápoles,tem a impressão de que o tempo parou. Que tudo nesta ruazinha caótica próxima ao monastério de Santa Chiara nunca foi diferente. Desde os tempos dos antigos romanos, que por lá construíram uma estátua votiva para a deusa Cerere (a Demetra dos gregos), divindade ligada à fertilidade e aos grãos que alimentam a vida. A pequena escultura dos romanos talvez não tenha ligação direta com os presépios de hoje. Mas as semelhanças são bastante sugestivas.
A célebre “via dei presepi”é um pedacinho de rua que parte da velha arcada na via dei Tribunali, e desce até a San Gregorio Armeno, lotada de lojinhas, até chegar ao cruzamento com SanBiagio dei Livrai. É uma verdadeira casbah cheia de vida e quem passa por ali deve dar uma olhada no interior das lojas, onde a magia impera e os personagens se movimentam fora do tempo. É a “sancta sanctorum”da criatividade, onde trabalham os artistas, escultores e artesãos, curvados sobre pincéis, pedaços de pano, fios de ferro, olhos de vidro, materiais esperando ganhar vida ao reproduzirem um personagem. Uma tradição secular napolitana perpetuada desde o rei Carlo III di Borbone, mas que tem suas raízes em tempos mais remotos.
Na igreja de Nápoles eram realizados presépios desde fins dos anos Mil, mas foi nos anos 500 que começaram a surgir em cena o Nascimento de Cristo com figuras em tamanho natural. Em 1530 San Gaetano da Thiene realizou no oratório da Santa Maria delle Stellete o primeiro presépio com estátuas vestidas segundo a tradição. Mas foi preciso esperar até 1627 para que Michele Perrone criasse os primeiros pastores com estrutura de fios de arame, braços de madeira e cabeça de terracota. Da simples reprodução do Nascimento, o presépio passou a ser a representação de uma maneira de fazer homenagem ao pequeno Jesus com pastores, pescadores, mercadores, notáveis e nobres, gente do povo e sapateiros. Todo um povo em cena, diante de casas e lojas,com cestos de frutas e verduras, bancas de peixes e instrumentos de trabalho.
Uma representação que na verdade tinha muito pouco de religião, mas que em pouco tempo se transformou na paixão napolitana, em torno da qual nasceu uma renomada escola de artistas e artesãos, empenhados em realizar uma verdadeira obra de arte, com direito a distinções para os que projetavam roupas exóticas com tecidos preciosos, construíam cabeças e membros de terracota e faziam jóias em prata. Claro que os trabalhos mais elaborados eram destinados ao Palácio Real e às residências dos nobres e poderosos. Todos queriam, no período natalino, aproveitar da beleza tipicamente barroca e os mais afortunados da sorte abriam as portas de seus palácios para que o povo também pudesse ter uns momentos de maravilha.

Figuras retratam o dia a dia do povo, vestidas com tecidos preciosos e adornos feitos em joalherias
Populares também faziam seus presépios, bem diferentes daqueles da aristocracia. Tinham apenas algumas figuras da Natividade, arrumadas no interior da “sacarabattola”, uma caixa de madeira e vidro colocada na parede ou sobre um móvel. Em fins do Sttecento, tanta habilidade e arte acabaram se perdendo, com a falência da revolução napolitana. Acabava a era de ouro dos presépios. Hoje, para ver um autêntico presépio, é preciso percorrer os museus. Que não são muitos na cidade. Os mais importantes são os do Banco di Napoli, o de Santa Chiara e uma rara coleção no museu de San Martino, onde se destaca um maravilhoso presépio doado para a instituição em 1879 pelo escritor e colecionador Michele Cuciniello.
Claro que sobraram alguns artistas, para salvar a tradição. Foi assim com os irmãos Scuotto, mestres de fama internacional, que criaram um presépio com 146 pastores por encomenda da Casa Real espanhola. Sempre trabalharam manualmente, com Salvatore esculpindo as cabeças com barro da Toscana e Anna costurando os trajes amplos, bordados, dos pastores. Tudo quanto é detalhe continua sendo feito em joalherias: fivelas, botões, punhais. Os tecidos são obtidos de retalhos de antigos paramentos que a igreja coloca em leilão.

Os mais belos presépios do mundo são os centenários conjuntos napolitanos, hoje vistos em museus
A capacidade de produção sempre foi pouca: de 20 a 25 figuras ao mês. E a modernidade chega sempre, com figuras de destaque no mundo social ou artístico, já que nem só de presépios e pastores vive um artesão. Charlie Chaplin, Totò, Sophia Loren, Berlusconi, Maradona já tiveram imagens reproduzidas. Nos presépios, ter seu rosto como os Reis Magos, figuras ilustres, pastores, é sinal de prestígio. De acordo com os artistas, “o presépio nada mais é do que o Evangelho traduzido em dialeto napolitano”.
Ficaram famosas as lojinhas e ateliers dos mestres artesãos como La Scarabattola, dos irmãos Scuotto; Giuseppe Cesarini, onde pai e filho restauravam peças antigas de madeira e terracota, trabalhando também papier maché; Corcione Rosaria, no laboratório artístico de arte sacra e presépios; Fratelli Capuano, especializados em presépios; Fratelli Lebro, restauradores de obras de arte sacra popular; Lucio Ferrigno, personagens modelados em tamanho natural e também flores de seda e papelão com antigas estampas; Loffredo Emilia, com figuras modernas; Ulderigo Pintildi, laboratório de cerâmica artística, com figuras tradicionais. Procure mais em www.presepenapoletano.it

Apenas uma hora e meia com trens de alta velocidade para a ligação entre Roma e Nápoles. Visitar o tradicional mercado local é indispensável
PARA QUEM VAI
O serviço Eurostar AV, liga Roma a Nápoles em uma hora e 27 minutos. Como em todos os trens de alta velocidade, os passageiros têm uma área reservada na estação ferroviária e bilheterias especiais em Roma, Napoles, Milão e Torino. Da estação Napoli Centrale é fácil ao centro histórico com o metrô, parada Cavour e Montesanto ou utilizar bonde ou ônibus. Para informações, acesse www.trenitalia.com
Quem gosta de cor local, pode se hospedar no Hotel Il Convento, no coração do bairro espanho. Ou optar pelo Hotel Toledo,central, instaldo em um palácio histórico do Settecento. Na hora da fome, provar pasta e fagioli, pasta e patate com provola, alici frite. Ou pasta e ceci, polpette in úmido, baccalà frito e pesce fresco.

Famosos, ou simplesmente ricos, procuram ter seus rostos copiados nas figuras dos presépios
Fonte: Bem Paraná

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Justiça determina ao Iphan e a União prazo para restauração do Convento de Cairu (BA)




Acatando pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus (BA), a Justiça Federal determinou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (Iphan) e a União apresentem, no prazo de 120 dias, plano de trabalho, com especificação das obras a serem executadas, visando a restauração e a conservação do Convento e Igreja de Santo Antônio de Cairu, no município de Cairu, no Baixo Sul Baiano. A restauração deve ser concluída em até seis meses.

A ação civil pública foi ajuizada pelo MPF em junho desse ano. Datada de 10 de novembro, a decisão judicial, se não cumprida, poderá resultar na aplicação de multa de R$ 1.000,00 (mil reais) por dia de atraso. Foi marcada, ainda, audiência de conciliação para o dia 15 de fevereiro de 2017.

O Convento de Cairu foi construído no ano de 1654. Tombado pelo Iphan há mais de setenta anos, ele representa um perfeito exemplar da arquitetura franciscana dos séculos XVII e XVIII e importante patrimônio histórico da região sul da Bahia. Por solicitação do MPF, vistorias da Controladoria Geral da União (CGU) e do próprio Iphan identificaram o precário estado de conservação do Convento.

Apesar de contar com verbas de patrocínio da Petrobras destinadas à sua restauração, a obra nunca foi concluída. “Dada a situação de risco em que se encontra o Convento, a sua imediata proteção se faz necessária, sob o risco de perecer, causando graves danos ao patrimônio histórico-cultural e às pessoas que frequentam o local” – afirma o procurador da República Tiago Modesto Rabelo, responsável pela ação.

Improbidade administrativa – O MPF já havia também ingressado com uma ação de improbidade administrativa contra as empresas – e seus sócios – responsáveis por executar as obras de restauração e contra os agentes da Petrobras responsáveis pelo patrocínio do projeto, por meio da Lei Rouanet (Lei nº 8.313/91), uma vez que, entre outras ilegalidades, os recursos públicos foram liberados e, apesar disso, um terço do projeto não foi executado. Embora não terminada a restauração do bem tombado, a obra foi indevidamente recebida pela Petrobras como concluída.

Nessa outra ação, decisões da Justiça Federal de Ilhéus e do Tribunal Regional Federal da 1a Região determinaram a indisponibilidade, em mais de R$ 2,6 milhões, dos bens de todos os réus, entre eles os então diretores nacional e regional-nordeste da Comunicação Institucional da estatal, Wilson Santarosa e Rosemberg Evangelista Pinto.

Fonte original da notícia: Toda Bahia  / Defender

EXPOSIÇÃO “PRESÉPIOS DO IMAGINÁRIO LÚDICO DE CELSO OLIVA”





A exposição apresenta a arte belenista do engenheiro e arquiteto Celso Oliva. Este herdou de seu pai a tradição em montar presépios e decorava-os utilizando diversos materiais, além de objetos pessoais e de valor afetivo inestimável como cartas de amor escritas para sua esposa Lya, fotografias e poemas. Foi também o criador do Museu do Presépio, que funcionava no bairro do Rio Vermelho. 

A mostra ficará aberta à visitação no Museu de Arte Sacra da UFBA no período de 19 de dezembro de 2016 a 31 de janeiro de 2017.

Fonte: Agenda UFBA

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Pela primeira vez a associação europeia de arte sacra tem liderança portuguesa


O especialista em arquitetura e arte sacra José António Falcão é o novo e primeiro português presidente da Europae Thesauri - Associação Europeia dos Tesouros e Museus da Igreja.
Foto: Orlando Almeida / Global Imagens

O também conservador de museus e professor universitário foi eleito para o cargo na mais recente assembleia geral da Europae Thesauri, refere o Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja em comunicado, frisando tratar-se da "primeira vez" que um português preside à associação.

José António Falcão, que também é técnico superior do Ministério da Cultura e, desde 1984, diretor do DPHA, escolheu "a emergência de uma visão transversal e ecuménica sobre a herança religiosa" como a "prioridade número um" para o seu mandato de três anos como presidente da Europae Thesauri.José António Falcão foi entrevistado pela jornalista Sónia Santos Silva

A "luta contra o abandono" do património religioso nas zonas rurais é outro dos projetos de José António Falcão, que, para tal, conta com uma "frente ibérica" para Portugal e Espanha alertarem "em conjunto" as entidades europeias para o "potencial" do setor e os problemas que enfrenta em diferentes estados da União Europeia, refere o DPHA.

Segundo o mesmo departamento, José António Falcão "tem assumido a defesa da abertura do património religioso à sociedade, a valorização do seu papel no desenvolvimento dos territórios de baixa densidade e uma estratégia conjunta para a salvaguarda dos lugares de culto do Cristianismo, do Judaísmo e do Islão".

A Europae Thesauri, com sede na catedral de Liège, na Bélgica, é uma associação europeia sem fins lucrativos que visa a preservação e a valorização do património religioso na Europa.

A associação reúne os principais museus e monumentos religiosos da Europa e assume "particular presença" em vários países europeus, como Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, Roménia e Suíça.

Fonte: TSF Noticias

Das góticas às supercontemporâneas, conheça a arquitetura de igrejas emblemáticas

Templos dos mais diversos períodos da história lançam mão do poder da arte para impressionar e emocionar seus fiéisFoto: Bigstock


por Annalice Del Vecchio*

Quando se pensa em um lugar sagrado, logo vem à mente uma construção arquitetônica, um templo, destinado à oração ou à meditação. Mas, nem sempre foi assim. As sociedades mais arcaicas atribuíam sacralidade a elementos da natureza como uma montanha, uma gruta, uma árvore ou até mesmo uma sepultura – algo que ainda pode ser percebido em muitas religiões. “É assim que temos o rio Ganges na Índia e o monte Uluru (Ayers Rock) na Austrália”, exemplifica o professor do mosteiro de São Bento (SP), Gabriel Frade, mestre em Teologia pela PUCSP e autor do livro Arquitetura Sagrada no Brasil (Ed. Loyola).

O templo, como construção arquitetônica, surge posteriormente nesses lugares onde se manifesta o transcendente. “As primeiras construções surgem como uma expressão do desejo humano de recortar, de delimitar o local onde a irrupção do sagrado se fez mais forte”, diz Frade. O grande eixo de pedras de Stonehenge, no sul do Reino Unido, por exemplo, parece indicar essa dinâmica: os arqueólogos encontraram ali indícios de construções rudimentares mais antigas, sinalizando que o lugar já era importante para aqueles povos. O professor cita ainda a estrutura cúbica construída para abrigar a famosa pedra negra, provavelmente um meteorito, na cidade de Meca, e o Templo de Jerusalém, erguido para substituir a tenda que abrigava a Arca da Aliança.


Notre Dame, São Franscisco de Assis, Igreja do Jubileu e Pampulha: os diversos estilos arquitetônicos impressionam e emocionam seus fiéis.

A mesma lógica fez nascer a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP). “Primeiro aparece a imagem de Nossa Senhora nas águas do rio Paraíba e, após ser encontrada pelos pescadores, a imagem é colocada numa capelinha humilde. Somente após algumas experiências por parte dos fiéis em relação aos milagres, é que surge a necessidade de uma construção mais apropriada: primeiro de uma igreja e, depois, da grande basílica com sua planta em forma de cruz grega, o atual Santuário Nacional de Aparecida”, explica.

Com o surgimento da arquitetura, os templos são erigidos como microcosmos do universo: as árvores transformam-se em pilares, as paredes são os quatro pontos cardeais, a pedra se torna altar, o telhado representa o céu. O homem pode, então, experimentar a transcendência ao abrir, por exemplo, a porta de uma mesquita, atravessando do universo profano ao sagrado.

Os primeiros templos foram concebidos para abrigar a divindade. Por isso, ainda que muitas vezes monumentais, como são os templos gregos, não foram pensados para receber os fiéis em seu interior. “Mesmo no grande Templo de Jerusalém, sabemos que na parte mais íntima, o sancta sanctorum, apenas o sumo sacerdote podia penetrar no dia da expiação, o yom kippur”, explica Gabriel Frade.
O gótico sublime

Igrejas como a Notre Dame e a Sainte-Chapelle, em Paris, dispensaram as maciças paredes de pedra dos templos românicos ao empregar pilares leves e “costelas” estreitas nas arestas da abóboda, possibilitando a abertura de grandes janelas de vitrais. Para o historiador E. H. Gombrich, a fachada da Notre-Dame é, talvez, a mais perfeita: “Tão lúcida e desenvolta é a disposição dos pórticos e janelas, tão ágil e gracioso o rendilhado do trifório, que esquecemos o peso dessa montanha de pedra e toda a estrutura parece elevar-se diante de nossos olhos como uma miragem”.


Foto: Bigstock
Barroco brasileiro

No período da reforma católica, São Carlos Borromeu vai popularizar a presença do tabernáculo sobre o altar-mor das igrejas – o elemento, aponta Gabriel Frade, é expressão artística bem conhecida das igrejasbarrocas brasileiras, com seus retábulos “rendilhados” com ricas talhas. Exemplo é a Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, uma das mais celebradas criações de Aleijadinho e parte do Patrimônio da Humanidade.


Foto: Bigstock
Sagrado modernista

Alguns dos mais belos exemplares da arquitetura sagrada são os templosmodernistas construídos pelo brasileiro Oscar Niemeyer: a Igreja de SãoFrancisco de Assis, na Pampulha, inaugurada em 1943 em Belo Horizonte, e a Catedral de Brasília, construída entre 1959 e 1970. As linhas sinuosas da igreja da Pampulha, que assumem as formas das montanhas mineiras, tornaram-se marco da arquitetura modernista e escandalizaram o acanhado ambiente cultural da cidade, à época.


Fotos: Divino Advíncula/Miguel Aun/Aglaia Oliveira
Supercontemporânea

Com projeto ousado do arquiteto americano Richard Meier, a Igreja doJubileu veio a se somar, em 2003, às inúmeras igrejas históricas de Roma, no bairro de Tor Ter Testa, periferia da capital italiana. As três conchas do espaço, inteiramente branco, fazem discreta alusão à Santíssima Trindade. Os intervalos entre elas, vedados com vidro, permitem que a luz natural invada o templo durante o dia; durante a noite, a luz de seu interior pode ser vista de fora.


Foto: Picasa/Divulgação
Revolução na arquitetura

Mudanças na concepção litúrgico–teológica e nos elementos culturais, o surgimento de novos materiais e de novas técnicas são fatores que definem verdadeiras revoluções na arquitetura dos templos ao longo do tempo. No período da baixa Idade Média, por exemplo, assistimos ao surgimento do estilo gótico, que “fez as igrejas normandas e românicas parecerem desgraciosas, pesadas e obsoletas”, como descreve o historiador E. H. Gombrich no livro A História da Arte.

Os artistas italianos do século 14 inauguraram uma nova arte apoiada na harmonia e beleza das ruínas clássicas – é o caso de Michelangelo e Filippo Brunelleschi, pioneiro da arquitetura da Renascença. “Basta lembrar da extraordinária cúpula de Santa Maria del Fiore, em Florença: ela não teria sido possível sem a inventividade e as pesquisas de Brunelleschi, que a construiu sem necessidade de cimbramento algum. Por meio dessa técnica, Brunelleschi ofereceu a base para a construção posterior da grandiosa cúpula de São Pedro, idealizada por Michelangelo”, conta Gabriel Frade.

Já o estilo barroco, no século 16, despreza as chamadas regras da arquitetura clássica em nome de variedade e de efeitos mais imponentes. Em resposta à Reforma protestante, a Igreja convocaria arquitetos, pintores e escultores para transformar igrejas em exibições grandiosas de esplendor e glória – utilizando, assim, como escreve Gombrich, o poder da arte para impressionar pela emoção.

Atualmente, muitas igrejas católicas já não apresentam mais um espaço para se “assistir à missa”, separado do espaço reservado ao clero, como conta Gabriel Frade: “Nessa intuição atual, a ação litúrgica se desenrola não mais apenas na área do presbitério, mas em toda a assembleia, como é o caso da capela papal Redemptoris Mater, no Vaticano.

Fonte: Gazeta do Povo

Presépio com cinco níveis exige até habilidades de engenheiro

O presépio que enfeita a casa de dona Maria José cresce desde 1959 e tem hoje cinco níveis. A homenagem ao Menino Jesus exige ajuda especializada do filho engenheiro e encanta o neto
texto de: Gustavo Werneck


Tablado de três metros de comprimento e um de largura sustenta o cenário com 44 casinhas e trenzinho de Maria José e sua "equipe": Mário Sérgio e o pequeno Raphael (foto: Fotos: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Na véspera do Natal, a professora aposentada Maria José Caldas Teixeira mantém um costume que a acompanha desde 1959, ano em que se casou e montou o primeiro presépio para celebrar a chegada do Menino Jesus. Moradora do Bairro do Carmo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, ela conta que, pouco antes da meia-noite do dia 24, vai ao fogão, põe água numa panela com cravo e canela e deixa ferver. “É muito bom, o aroma invade toda a sala, o clima fica mais gostoso e acolhedor”, conta a simpática senhora de 84 anos, mãe de quatro filhos – “um por ano”, faz questão de dizer – e avó quatro vezes. Ao lado do filho Mário Sérgio e do neto Raphael, de 3 anos e meio, Maria José, viúva, confessa que sua maior alegria, nesse período, é realmente o presépio: “Muito precioso para todos nós.”

Tudo começou com as figuras da sagrada família (José, Maria e Jesus, na manjedoura), os reis magos, os pastores, a vaquinha e o burrinho. “Comprei as peças na Casa Cor que havia no Centro da cidade. Depois, eu mesma restaurei o conjunto de imagens, embora não tenha mais todas”, recorda a aposentada natural de Paracatu, na Região Noroeste de Minas, e que chegou à capital aos 18 para estudar no Instituto de Educação e depois se formar em pedagogia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Curioso é que na casa dos meus pais não tinha presépio, mas eu gostava muito de ver os grupos de pastorinhas nas ruas. Sempre achei bonito”, afirma.

Na grande vila, a gruta de Belém ainda exibe peças do primeiro presépio montado pela professora aposentada e restauradas por ela (foto: Fotos: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O tempo passou e o cenário do nascimento de Jesus, na casa da família em BH, foi crescendo, até ocupar, hoje, um tablado de 3 metros (m) de comprimento por 1m de largura, com cinco níveis. Só para montar, são dois meses de trabalho. Há 15 anos, Mário Sérgio, engenheiro civil e professor universitário, assumiu o comando e recebe a ajuda do pequeno Raphael. Da recriação inicial da gruta de Belém, o presépio se tornou uma vila iluminada, com suaves canções natalinas, 44 casinhas, trem de ferro em movimento, cachoeira, catedrais, igrejas, além de todos os equipamentos que põem uma cidade para funcionar.


OUTROS TEMPOS

Ouvir as histórias do presépio de Maria José é também viajar em outros tempos da capital e escutar nomes de antigos estabelecimentos comerciais. Além da Casa Cor (pronunciava-se cór), especializada em artigos religiosos, ela se lembra da Sears, na Rua da Bahia, na qual adquiriu as casas de uma pracinha. Nos primeiros anos, a professora comprava “balaios de musgos por 250 cruzeiros”, que iam compor as montanhas feitas de papel camurça e hoje de veludo verde.

Mário Sérgio ouve as explicações da mãe com atenção, dá uma ajeitada numa luz lateral e se mostra entusiasmado com o presépio. Onde quer que vá, ele traz peças e vai compondo ambientes. No canto esquerdo, pode-se ver uma pequena praia com um farol; no outro, ponte, floricultura, ruas com postes, dois meninos tocando o sino da igreja, entre tantas outras cenas representativas do Natal. “Já fiz até um making of , fotografei tudo, mas de um ano para outro sempre há diferenças, não tem jeito”, conta ao lado de Raphael, que, no pula-pula das crianças, garante que vai manter a tradição familiar.

BARULHINHO BOM
Maria José revela que a pior parte, lá pelo fim de janeiro, é desmontar o presépio. Para facilitar, ela e o filho mantêm todas as peças numeradas, cadastradas num caderno, para que nada se perca. Sentada no sofá da sala, ela diz que o período de contemplação do presépio é muito especial. “Gosto de ficar aqui, à noite, olhando, ouvindo o barulhinho da água caindo”. Agora é esperar pela ceia do dia 24, pôr o Menino Jesus na manjedoura e receber o carinho dos filhos Mário Sérgio, Marina, psicanalista e professora, Mário Lúcio, comerciante, e Letícia, fonoaudióloga e professora da UFMG. No porta-retrato, ela olha com saudade o marido, o português Mário Teixeira, falecido em 2009.

Bem perto da manjedoura, Maria José põe uma imagem de São Francisco de Assis, numa homenagem àquele que fez o primeiro presépio. Ele iniciou a tradição em 1223, nas redondezas de Greccio, Itália, para celebrar o Natal da maneira mais realista possível.


Iepha mapeia folias de reis

Depois de um ano de pesquisas, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) vai apresentar ao Conselho Estadual do Patrimônio (Conep), no dia 6, um estudo que identificou, no estado, cerca de 1,5 mil grupos de folias de reis, pastorinhas, terno, charola e outros. Os grupos de 285 municípios foram cadastrados, abrangendo todos os 17 territórios estaduais demarcados pela atual gestão. Com 106 grupos, Uberaba, na Região do Triângulo, é o município com maior número de grupos cadastrados. Em seguida, João Pinheiro, na Região Noroeste do estado, aparece com 34. As folias existem em Minas desde os tempos coloniais, encontrando terreno fértil primeiro nas fazendas, depois no meio urbano, sempre no período natalino.

Fonte: EM

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Taubaté prorroga inscrições para 26ª edição de concurso de presépios

Inscrições agora seguem abertas até o dia 30 de dezembro.
Seletiva irá eleger cinco presépios, com direito a troféu como premiação.



Do G1 Vale do Paraíba e Região


Concurso de presépio em Taubaté (Foto: Divulgação/Prefeitura de Taubaté)

As inscrições para o 26º Concurso de Presépios de Taubaté foram prorrogadas até 30 de dezembro. A seletiva irá eleger cinco presépios, com direito a troféu como premiação.

Para participar é necessário ser morador de Taubaté. Os presépios inscritos serão avaliados por uma comissão. Os melhores presépios receberão troféus de primeiro a quinto colocados no dia 5 de fevereiro de 2017, às 09h, no Centro Cultural.

Interessados podem fazer a inscrição de segunda a sexta-feira, das 8 às 12h e das 14 às 17h, no Centro Cultural, na praça Coronel Vitoriano, 1, no Centro. Os requisitos para participar do concurso estão presentes no edital, que pode ser acessado clicando aqui.

Vila Velha (ES) recebe restauração de uma das igrejas mais antigas do país


Mais um Patrimônio Cultural do Brasil será devolvido à sociedade totalmente restaurado. No próximo dia 18 de dezembro, a comunidade de Vila Velha (ES) recebe a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, após quase um ano de obras, realizadas pelo Governo do Estado em parceria com a Prefeitura Municipal e a Vale. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Espírito Santo (Iphan-ES) fez o acompanhamento técnico em todo o processo, desde a elaboração do projeto até a execução das obras no monumento, tombado pelo Iphan em 1950.

Durante os trabalhos, foram realizados reparos na estrutura, tratamento de reboco, adaptações de acessibilidade, recuperação de adornos e elementos decorativos. A comunidade também poderá conferir o resgate histórico das pinturas artísticas, o retorno do coro em estrutura de madeira, além de uma reforma completa no telhado da igreja.

Um bem precioso para a história do país
Considerada a mais antiga do Brasil em funcionamento, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário é reconhecida como um símbolo da colonização do solo espírito-santense. Com uma singela estrutura original, foi erguida logo após o desembarque do primeiro donatário do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, em 1535.

Ainda no século XVII, sua estrutura principal sofreu intervenção após um colapso, sendo edificada com alvenaria estrutural em pedras e coberta por telhas capa-canal de barro. Em documentos históricos, após a visita de D. Pedro II à província do Espírito Santo, em 1860, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário é citada no relatado do estado de abandono e penúria da paróquia, recebendo doação de recurso do imperador para sua manutenção e reforma.

Em 1908 foram instalados os altares atuais e em 1912, com a implantação da linha de bonde no entorno da edificação, a estrutura foi reforçada. Na década de 1980 a Igreja do Rosário sofreu a intervenção mais impactante, quando foram removidos componentes originais, como toda a estrutura de madeira do coro que foi subtituída uma nova em concreto armado.

Fonte: IPHAN

Profanan 50 imágenes católicas en Alemania

Por Almudena Martínez-Bordiú
20 diciembre, 2016


Cuerpos decapitados, miembros amputados y caras desfiguradas, así han aparecido al menos 50 estatuas en la región de Münster, al oeste de Alemania. Un hecho se une al alarmante historial de profanaciones y ataques a cristianos en Europa.

Alemania ha sido víctima de una ola de profanaciones llevadas a cabo en diferentes zonas del país. Alrededor de 50 estatuas de Cristo, la Virgen María y varios santos han sido desfigurados, según ha informado la emisora estatal Westdeutscher Rundfunk (WDR) el pasado 8 de diciembre.





Cuerpos decapitados, miembros amputados y caras desfiguradas. Así han aparecido al menos 50 imágenes católicas en la región de Münster, al oeste de Alemania. Las estatuas han sido el blanco de un ataque anticristiano perpetrado durante meses, ante la pasividad de las autoridades y sorpresa y temor de los ciudadanos.

Este hecho se une al alarmante historial de profanaciones y ataques a cristianos en Europa. Mirko Stein, miembro de la policía de Münster, ha señalado que “basado en la intensidad de los actos del perpetrador, ya se puede concluir que este acto tiene un origen religioso” y que “un gran número de personas del barrio donde se encuentran las esculturas dañadas, están sorprendidas y asustadas”.
‘Alguien que detesta la Iglesia’

Según ha informado el portal de información religioso AciPrensa, el criminalista Christian Pfeifer ha asegurado que los autores de este ataque han sido cometidos por alguien “que esa furioso y detesta la Iglesia”.

Asimismo, el semanario alemán Junge Freiheit ha informado que 40 capillas y estatuas también fueron atacadas en el distrito vecino de Steinfurt hace ya dos años, un hecho que, al igual que el cometido el pasado 8 de diciembre, pasó desapercibido ante el gran silencio mediático. Cabe destacar que la policía, que estimó un daño de decenas de miles de euros, estaba investigando a seis hombres con presuntos vínculos con extremistas islámicos.

Por su parte, el representante permanente de la Santa Sede ante la OSCE, Mons. Janusz Urbanczyk, instó a las autoridades estatales a “actuar resueltamente” para proteger a los cristianos de todos los casos de “intolerancia, discriminación, crímenes de odio e incidentes violentos contra individuos, comunidades y lugares de culto cristianos”. Además añadió que es necesario “contribuir a crear un ambiente pacífico donde los cristianos, así como todos los demás grupos religiosos, puedan profesar y practicar libremente su fe”.

Estas agresiones se han dado a conocer escasos días antes de que este lunes 19 de diciembre un camión irrumpiera en un mercado de Navidad en Berlín, dejando al menos 9 muertos y unos 50 heridos. Según afirman diversos medios, el terrorista es un refugiado paquistaní de 23 años.

Fonte: Infovaticana

domingo, 18 de dezembro de 2016

Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba

Compartilhando as belíssimas fotos do blog: Fotografando Curitiba

Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba

Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba

Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba

Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba

Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba

Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba

O Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba, desde 1981, está localizado junto à Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, no Largo Coronel Enéas.

Reune obras antigas de diversas igreja da cidade e é um daqueles museus da cidade que merece ser visitado. O acervo é de mais de 800 peças (nem todas expostas de forma permanente).

Em publicações futuras falarei de algumas obras individualmente.

A entrada fica naquela porta sob a torre da igreja e o ingresso é gratuito.

sábado, 17 de dezembro de 2016

CATEDRAL BASÍLICA DE NOSSA SENHORA DO PILAR – SÃO JOÃO DEL REI, MINAS GERAIS

A devoção a Nossa Senhora do Pilar é antiquíssima, originando-se no século I da Era Cristã. A tradição relata que o apóstolo Santiago (Tiago Maior, filho de Zebedeu) havia se deslocado para a Península Ibérica, e estava evangelizando na cidade de ‘Cæsaraugusta’ – atual Zaragoza – local onde as conversões eram raras. Em determinado dia, ele teve uma visão de Maria, a Mãe de Jesus, que ainda era viva e morava em Jerusalém: Ela veio até ele acompanhada de anjos que carregavam uma coluna de jaspe. Os espíritos celestes colocaram no chão essa coluna, e sobre ela a Virgem pousou, prometendo aos cristãos uma série de auxílios sobrenaturais, e garantindo que essa coluna permaneceria ali até o fim do mundo, como um símbolo visível da fortaleza que deveriam ter na fé. Após esse dia, São Tiago e seus discípulos ergueram uma pequena edícula para abrigar o pilar, que com o tempo se tornou destino de peregrinação – atualmente é o local onde está a Basílica do Pilar de Zaragoza.

Da Espanha essa devoção se estendeu para Portugal, e posteriormente veio para o Brasil, trazida pelos aventureiros que chegavam em busca de novas oportunidades. Em Salvador e Recife foram construídas igrejas dedicadas a Nossa Senhora do Pilar, e na região de Minas Gerais esse orago também não tardaria a aparecer.

* * * *

No princípio do século XVIII, o paulista Lourenço Costa descobriu ouro em um ribeirão próximo à Serra do Lenheiro, na região central da província de Minas. Essa descoberta atraiu pessoas, e fez surgir pequenos núcleos de povoamento, dos quais o maior era o “Arraial Velho do Rio das Mortes”.

Após 1707, devido a divergências referentes à posse das terras, os paulistas insurgiram-se contra os “forasteiros”, que eram pessoas que chegavam lá oriundas de outras capitanias. Esses não-paulistas eram chamados de “emboabas”, e foram os responsáveis pelo surgimento do ‘Arraial Novo do Rio das Mortes’, onde construíram uma singela capela dedicada a Nossa Senhora do Pilar. No entanto, durante um cerco ocorrido na dita ‘Guerra dos Emboabas’, essa capela teria sido incendiada pelos paulistas.

Com a divisão das Capitanias de São Paulo e Minas do Ouro (por volta de 1711), os ‘emboabas’ se restabeleceram no arraial primitivo, o qual foi elevado à condição de ‘vila’ (1713), recebendo o nome de ‘São João d’el Rei’, em homenagem a Dom João V, rei de Portugal. Ali foi construída uma segunda igreja em honra a Nossa Senhora do Pilar, que foi utilizada como matriz até 1724, ocasião em que foi substituída por uma outra igreja definitiva, situada mais próxima do núcleo da vila.

A autorização para a nova construção foi emitida em 1721 pelo bispo do Rio de Janeiro, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento, como de costume, assumiu os principais encargos para conduzir as obras.

Consta que a fachada original dessa matriz era obra do português Francisco de Lima Cerqueira, e provavelmente era bela, uma vez que esse esse arquiteto atuou na fachada da igreja de São Francisco de Assis, da mesma cidade, conhecida por ter um dos mais belos frontispícios do Brasil. No entanto, nada sobrou acerca desse antigo exterior. A atual fachada é resultado de uma ampliação frontal da nave, realizada entre 1820 e 1844, e teria sido desenhada pelo alferes Manuel Vitor de Jesus, ficando mais sóbria e tendente ao neoclássico, lembrando matrizes encontradas bem mais ao sul, em cidades situadas ao longo do Vale do Rio Paraíba.








Sobre o belo interior dessa igreja, quase nenhum documento restou. Sabe-se que a talha da capela mor é de cerca de 1745, mas os altares que ornam a nave principal parecem ser mais antigos. São seis altares secundários, cada um elaborado por uma irmandade distinta: São Miguel, Nossa Senhora do Rosário, Nosso Senhor dos Passos, Nossa Senhora da Boa Morte, Santa Ana e Nossa Senhora da Conceição.







O teto é rococó, de autoria de Venâncio José do Espírito Santo, e é considerado a maior superfície pintada do barroco mineiro. Representa no medalhão central a Virgem com o Menino Jesus, os Quatro Evangelistas, e quatro Doutores da Igreja. Abaixo do medalhão de Nossa Senhora, anjos seguram pergaminhos com os dizeres “Tota pulchra es Maria, et macula originalis non est in te” (Toda formosa sois, Maria, e não há a mácula original em vós).



Mas o que mais encanta nessa igreja é a sua capela mor, que, na opinião de German Bazin, é uma das mais belamente entalhadas em Minas Gerais. Seu teto é em formato ogival, e suas paredes laterais são ornadas por duas grandes telas, vindas de Portugal em 1732, representando a Última Ceia e a visita de Jesus à Casa de Simão.



No trono, uma imagem mais recente de Nossa Senhora do Pilar, que foi executada no Rio de Janeiro, em 1922, pelo escultor espanhol Cyriaco da Costa Tavares.




Acima, altar da capela do Santíssimo Sacramento

Em 1960 foi criada a Diocese de São João del-Rei, e a matriz foi elevada a catedral. Cinco anos depois, em 1965, recebeu o título de basílica.

A Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar ainda sedia irmandades surgidas no século XVIII: a do Santíssimo Sacramento, São Miguel e Almas, Senhor dos Passos e Nossa Senhora da Boa Morte. Elas são responsáveis pela continuidade de diversas cerimônias e ofícios religiosos, nesta cidade que, embora bastante crescida, ainda é uma das que mais preserva tradições católicas no Brasil.







__________

REFERÊNCIAS:

– BAZIN, German, L’Arquitecture Religieuse Baroque au Brésil, Tome II, Paris: Librairie Plon, 1958

– MOURÃO, Paulo Kruger Correa, As igrejas setecentistas de Minas, Belo Horizonte: Itatiaia, 1986

– GUIMARÃES, Geraldo. São João del-Rei – Século XVIII – História sumária. 1996, pág. 52, 54.

– SOBRINHO, Antônio Gaio. Catedral de Nossa Senhora do Pilar. Disponível em: www.sjdr.com.br

Basílica del Pilar – Zaragoza

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

O resgate da beleza sagrada.

Uma história de sucesso.
O resgate da beleza sagrada.

Na pequena cidade de Fennimore, Wisconsin, o Pe. Miguel Galvez da Companhia de Jesus implementou a restauração da Igreja de St. Mary, o objetivo: deixar a Igreja como há um século atrás. 

Saiba mais em:
http://www.madisoncatholicherald.org/news/around-diocese/4725-fennimore-restoration.html

Imagens da Igreja restaurada: https://madisoncatholicherald.smugmug.com/EventsheldintheMadisonDiocese/St-Mary-Church-Fennimore-Atlar/i-8HxVGnd


Fonte: Adriana Ap. Borges

Um olhar de fé

Foto: Victor Hugo Barros

"Um olhar de fé": exposição retrata momentos únicos de fé e devoção no Santuário de Aparecida


Trinta e oito imagens escolhidas a dedo, compõem a exposição do fotógrafo Thiago Leon, aberta aos visitantes do Santuário Nacional de Aparecida na terça-feira (7).

A exposição, que já passou pelo Hotel Rainha do Brasil e pelo Memorial da Devoção, está agora no subsolo do Santuário Nacional, e já está gerando grande movimentação dos devotos que passam pela Basílica.

São registros únicos que mostram o olhar do fotógrafo de diversos ângulos, proporcionando àqueles que visitam a exposição um misto de curiosidade e emoção.

Os registros foram feitos entre os anos de 2007 e 2016. Segundo o fotógrafo, que hoje trabalha no Santuário Nacional, os gestos das milhares de pessoas que passam pela Basílica, denotam um turbilhão de emoções: "pessoas com seus desafios buscando inspirações nas coisas do céu", enfatiza.

As lições desses gestos, segundo Leon, os motivam, em sua vida pessoal. "Cada vida que você fotografa tem uma história".


A visitação à exposição é gratuita e é mais um atrativo àqueles que visitarão o Santuário no período de férias, já que permanece no espaço até o final do mês de janeiro. Depois desse período ela será desmontada.


"Um olhar de fé" pode ser visitada de segunda a sexta-feira das 7h às 18h, sábados das 5h às 19h e domingo das 5h às 18h. A exposição fica no corredor de acesso da Secretaria de Batismo em direção ao Espaço do Devoto, no subsolo do Santuário. Acesso pela rampa atrás da Tribuna bento XVI.


Fonte: Santuário Nacional



quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Czestochowa: artista italiano prepara tiaras para a Madona Negra

O trabalho confiado ao Prof. Michele Affidato, por ocasião do 300º aniversário da primeira coroação da Virgem

michele-dada-in-poland
Em 1656 Giovanni Casimiro, rei da Polônia, definiu a Virgem Negra de Czestochowa como "Rainha da Polônia". Em 1717 veio a primeira coroação da imagem milagrosa da Virgem Maria de Czestochowa. Em 8 de setembro do mesmo ano, na verdade, por ocasião da festa da Natividade de Maria, a imagem foi coroada pelo Bispo Szembek, trazido para a basílica, colocado sobre o tabernáculo e sob um dossel. Na ocasião religiosa participaram do evento cerca de 200.000 pessoas. A Madona Negra de Czestochowa é o símbolo da Polônia, amada especialmente por S. João Paulo II, que levou a devoção em várias ocasiões. A 300 anos desta coroação, foi encomendado para criar as novas tiaras, ao professor Michele Affidato (ourives). ZENIT decidiu entrevistar o artista para saber como é viver essa "tarefa" particular.
***
Por ocasião do 300º aniversário da primeira coroação da Virgem Negra de Czestochowa foi confiado a você a tarefa de criar novas tiaras. Como e por que as autoridades religiosas polonesas de Czestochowa se voltaram para um artista da Calábria? 
Eu sou de uma família de Czestochowa e que agora vivo na Itália, que me colocou em contato com os líderes do santuário, depois de ver meus outros trabalhos. E os gerentes decidiram me confiar o projeto de construção de novas tiaras. O meu percurso artístico tem me ajudado muito nesta questão, pois já tive várias chances para realizar obras de arte sacra. Tive várias reuniões com o Papa polonês (S. João Paulo II) que disse que Nossa Senhora de Czestochowa que haveria de ajudar muito.
Quando foi encomendado o trabalho como você reagiu?
Esperava tudo, exceto que fosse confiado a mim um projeto dessa magnitude. O ícone de Czestochowa é uma imagem de Nossa Senhora das mais famosas do mundo, então eu estava honrado. A alegria foi imensa. Comecei um caminho espiritual artístico e muito particular.
S. João Paulo II, o papa polonês, havia repetidamente visitado a Virgem de Czestochowa. Era simbolico ver ele ir rezar no lugar mariano por excelência da Polônia. É um lugar visitado em peregrinação por uma multidão de fiéis, como está vivendo neste momento particular de atenção especial?
Meu conhecimento da Virgem Negra de Czestochowa nasceu de uma reunião no Vaticano com João Paulo II. Um encontro que permanece indelével em minha memória. Estava com algumas tiaras para Nossa Senhora do Carmelo de Crotone para serem abençoadas, e nessa reunião que eu dei ao Santo Padre uma imagem da Madonna di Capo Colonna, ele, em troca, me deu uma imagem de Nossa Senhora de Czestochowa. Fiquei impressionado a partir desse dia, além de admirar a beleza dessa imagem, a devoção do Papa (que é um ponto de referência na minha oração) eu tive o prazer de encontrá-lo seis vezes, e para mim ele era um homem muito especial com quem eu permaneço espiritualmente ligado.
Você foi pessoalmente à Polônia? Se sim, como você se sentiu quando você visitou o lugar?
Eu já fui três vezes para o Santuário. É um lugar onde se pode sentir uma sensação especial. A última vez que também tive a honra de tocar na pintura, para tomar medidas para o seu desenvolvimento.
Imagino não ser só pelo trabalho... se sente investido de uma "missão" especial?
Agradeço a Nossa Senhora por me dar esta oportunidade. Eu vivo desta vez com uma carga espiritual muito particular. Quando um artista é convidado a recontar um culto, uma história deste tamanho, só pode se excitar.
Qual é o modelo que pretende usar para fazer a coroa? 
Referencio-me à tiaras doados pelo Papa Clemente XI nos 300 anos atrás. Tomando uma sugestão de que tento revisitar o tempo e contexto, mas em um tom diferente. O gráfico será apresentado quinta-feira, 15 de Dezembro, no Palace Hall Crotone do arcebispo.
Quando começou a trabalhar como ourives?
Eu comecei com a idade de 12 anos. Eu estava no seminário e estudava na parte da manhã, enquanto a tarde ia me dedicar a loja. Quando terminei a terceira classe da escola secundária, decidi dedicar-me inteiramente à arte de ourives. Depois de dez anos abri minha oficina. Quando criança, eu era fascinado pelo sagrado. Realizei obras muito importantes para prêmios nacionais e internacionais. Mas quando eu faço obras de arte sacra que me dá algo mais do que eu imaginar em uma jóia clássica de um determinado valor. Eu estava sempre perto da Igreja. Eu também participei de um curso de teologia da Fondazione Centesimus Annus, da qual pertenço. Fiz grinaldas para os Madonna "Regina Pacis" em Ostia, o brasão papal de armas na ocasião da visita de Bento XVI na Calábria, e também para o Papa Francisco. Fiz também várias obras para as autoridades eclesiásticas, como as cruzes peitorais e assim por diante.

Exposição: E o Verbo se fez carne...


Museu de Arte Sacra de Santos recebe exposição sobre o nascimento de Cristo

O Museu de Arte Sacra de Santos recebe até o dia 29 de janeiro a exposição temporária “E o verbo se fez carne”, que enfatiza o simbolismo contido na cena do nascimento de Jesus Cristo.

A exposição acontece sempre de terça-feira a domingo, das 10 às 17 horas. O museu fica na Rua Santa Joana D’arc, 795, no Morro São Bento. Outras informações pelo telefone (13) 3219-1111.

Fonte: Mais Santos

Agenda de concertos dos Órgãos Históricos de Minas Geras - Dezembro de 2016



Órgão da Matriz de Santo Antônio - Tiradentes/MG


16/12 - sexta-feira
20h – Thiago Tavares

23/12 - sexta-feira
20h – Elisa Freixo

30/12 - sexta-feira
20h – Elisa Freixo (órgão) e Elenis Guimarães (soprano)

31/12 - sábado
20h – Elisa Freixo (órgão) e Elenis Guimarães (soprano)

Ingressos a partir de R$ 35,00 (inteira) e R$ 20 (meia)



Órgão da Matriz de Santo Antônio - Tiradentes
Exemplar do século XVIII, o órgão daMatriz foi encomendado em 1785 ao organeiro português Simão Fernandes Coutinho, na cidade do Porto. A Vila de São José do Rio das Mortes, nossa atual Tiradentes, vivia a efervescência musical do período barroco e o órgão acompanharia a liturgia e as celebrações familiares. Restaurado agora de modo pleno, o órgão da Matriz de Santo Antônio é motivo de orgulho. Voltou a ser um dos centros da vida comunitária, religiosa, cultural e musical da cidade de Tiradentes

Toda essa história continua viva por causa do trabalho incansável da organista Elisa Freixo, responsável pela manutenção dos instrumentos.

Fonte: Converso Comunicação
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...