quinta-feira, 28 de abril de 2016

"Uma Mulher vestido de Sol: mantos de Nossa Senhora"



Mostra "Um Mulher vestida de Sol: mantos de Nossa Senhora" – de 1 de maio a 30 de junho de 2016

A mostra "Uma Mulher vestida de Sol: mantos de Nossa Senhora" apresentará parte do conjunto de vestes da imagem de Nossa Senhora, vestes litúrgicas marianas, além de peças gráficas pertencentes do Acervo Histórico-Artístico da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência da Cidade de São Paulo (VOTSFPCSP).

O destaque para o conjunto de mantos, originários de doações feitas por devotos (ex-votos) ou produzidos pela própria irmandade, com peças bordadas a fio de ouro, seda, entre outros materiais populares.

A mostra é o resultado dos estudos desenvolvidos pela Profª Me. Rosângela Aparecida da Conceição, parte das pesquisas "Paramentos litúrgicos em acervos eclesiásticos: estudo sobre a circulação de tecidos no Estado de São Paulo entre 1750-1830” e “A Escola de Arte de Beuron e o Mosteiro de São Bento de São Paulo: estudo dos motivos decorativos, suas possíveis contribuições e implicações nas artes decorativas na cidade de São Paulo no início do século XX”, realizadas no acervo e na documentação da VOTSFPCSP.

Esta mostra homenageia Wilson de Jesus Silva, idealizador da mostra ‘Iconografias de Maria’, cancelada pelo próprio curador em decorrência de problemas de saúde. Agradecimentos aos irmãos da VOTSFPCSP, em especial a Ministra Irmã Maria Nascimento Silva e aos membros do Conselho 2015 a 2018 e a Profª Tabatha Nascimento, Administradora da VOTSFPCSP pelas contribuições.

Local: Espaço expositivo da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência da Cidade de São Paulo
Visitação: 1 de maio a 30 de junho de 2016

Local: Largo de São Francisco, 173 – Sé - 01005-010 São Paulo – SP - Brasil
Mapa: https://goo.gl/maps/uMLzigMmfiS2

Visita monitorada ao acervo e dependências da Igreja: quintas-feiras às 14h
Agendamento e contato: votchagas@gmail.com


Fonte: Vestes e ornatos

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Cerâmica Sacra fica aberta ao público até dia 28

19ª edição da Goiás Mostra Artesanato instalada no hall de entrada do Palácio Pedro Ludovico Teixeira pode ser vista, em horário comercial, até 28 de abril. 
Denominada Cerâmica Sacra, a mostra reúne 40 peças em cerâmica de 18 alunos do curso de Arte Sacra. A exposição é uma realização da Secretaria de Desenvolvimento (SED), por meio da Gerência de Artesanato da Superintendência Executiva de Indústria e Comércio e Itego Basileu França.
Cerâmica Sacra exibe peças de diferentes tamanhos e composições que retratam com a sensibilidade de cada artista a força do universo religioso, valorizando com riqueza de detalhes imagens de anjos e arcanjos e demais figuras santificadas que povoam o mundo sacralizado.
Jovens artistas
Muitos dos trabalhos expostos são de jovens artistas que iniciaram suas atividades artesanais no curso de Arte Sacra do Itego Basileu França, sob a coordenação do professor Gabriel Machado, reconhecido como um dos maiores ceramistas do País, especializado em Arte Sacra.
A mostra Cerâmica Sacra dos alunos do Itego em Artes Basileu França marca a retomada das edições da Goiás Mostra Artesanato, que tem por objetivo destacar os profissionais artesãos do Estado e inseri-los no mercado, divulgando peculiaridades do trabalho de cada um deles. Segundo Thiago Falbo, superintendente de Micro e Pequena Empresa da SED, “a Goiás Mostra Artesanato é um projeto maravilhoso que contempla 50 exposições no Palácio Pedro Ludovico Teixeira em Goiânia, que culminará com a publicação pelo Governo de Goiás do livro Mestres do Artesanato Goiano em 2018”. ( Goiás Agora).

Obra de arte da igreja de Lavras retorna a Minas Gerais

Quadro Verônica passará por restauração sob a guarda do Iphan. Tela tinha sido doada ao Masp, mas negociação conduzida pelo Ministério Público garantiu devolução

Por Gustavo Werneck


Restauradores mostram a embalagem onde está o quadro em Belo Horizonte (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS)

Depois de dois anos de espera, um tesouro cultural retorna ao estado. Já está em Belo Horizonte, sob guarda do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o quadro Verônica, do século 18, devolvido a Minas pelo Museu de Arte de São Paulo (Masp). A superintendente da autarquia federal, Célia Corsino, informou ontem que a peça medindo 1,20 metro de altura por 60 centímetros de largura será restaurada e, para tanto, vai pedir orçamento a duas empresas especializadas e também ao Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Cecor) da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Por enquanto, a obra ficará na caixa de madeira na qual chegou da capital paulista, devendo ser aberta apenas na presença da equipe responsável pelo restauro. O local de armazenamento do quadro não será divulgado por questão de segurança.


Pertencente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, também do século 18, de Lavras, no Sul de Minas, a obra de autoria desconhecida ficou no acervo do Masp por mais de 12 anos e tem uma trajetória iniciada no fim da década de 1950, quando um estudante do Instituto Gammon, tradicional escola do município, a encontrou na Igreja de Santana, na comunidade do Funil. Certo de que o templo não oferecia condições de segurança, ele doou a tela ao Masp, uma das maiores instituições culturais do país, quando já era um músico de renome nos Estados Unidos.

A partir de denúncias de moradores de Lavras, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), via Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC), iniciou negociações com o Masp em 2009 e conseguiu a devolução. “A volta do quadro Verônica é um marco na recuperação dos bens culturais de Minas, principalmente por não ter sido necessário entrar com uma ação judicial para trazê-lo”, disse, ontem, o coordenador da CPPC, Marcos Paulo de Souza Miranda.

ÉTICA 

O retorno da tela está dentro de um contexto internacional referente à procedência ilícita de bens culturais. “Os museus têm um código de ética e o Masp agiu corretamente”, afirmou Souza Miranda, certo de que o caso vai abrir precedentes e nortear iniciativas semelhantes. Conforme o Conselho Internacional de Museus (Icom), a peça de origem ilícita que for encontrada no acervo de um museu deverá ser devolvida.
O quadro Verônica foi entregue ao Masp por um estudante, que não acreditava nas condições de segurança da Igreja de Santana, em Lavras, para abrigar a obra de arte (foto: Túlio Santos/EM/D.A PRESS/Reprodução)

Há exatos dois anos, Estado de Minas contou, com exclusividade, a trajetória da tela Verônica e os entendimentos entre a superintendência do Iphan em Minas e os advogados da instituição paulista. Na época, um dos maiores problemas era a segurança da igreja de Lavras, tombada pelo Iphan em 2 de setembro de 1948 – ainda não está definido para onde irá a relíquia depois de restaurada. De São Paulo a BH, a peça teve toda a segurança quanto ao transporte, uma das exigências do promotor de Justiça de Lavras, Carlos Alberto Ribeiro Moreira, e tal cuidado está sendo mantido, especialmente para garantir as condições adequadas de climatização.

Na tarde de ontem, os especialistas da superintendência do Iphan André Luís de Andrade, restaurador, e Vanessa Taveira, arquiteta e conservadora-restauradora, mostraram a embalagem recém-chegada à capital. Célia Corsino aguarda a presença dos restauradores, em especial do Cecor, para retirar a tela da embalagem, tendo em vista também a fragilidade da obra.

As autoridades envolvidas no processo de recuperação explicam que nada impede que, um dia, o quadro volte à igreja de origem, desde que haja condições absolutas de segurança. Outra alternativa é o Museu de Arte Sacra de São João del-Rei, na Região do Campo das Vertentes.

BENS CULTURAIS 

Se a devolução do quadro ocorre de forma tranquila, sem necessidade de ação na Justiça, o Ministério Público de Minas Gerais tem outra cruzada para reaver bens do seu patrimônio cultural e religioso. E, no alvo, está o governo de São Paulo, que mantém um acervo de 13 peças sacras: imagens – uma delas atribuída a Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1737-1814), quadro, oratório, fragmento de altar e mobiliário – nos palácios dos Bandeirantes, sede do Executivo estadual, na capital paulista, e Boa Vista, em Campos do Jordão. As peças teriam sido levadas de Minas na década de 1970.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que está à frente da investigação, entrou em contato com a autoridades do setor cultural para devolução do acervo do século 18 que pertenceria a igrejas de Mariana, Caeté e Santa Bárbara, conforme consta dos catálogos oficiais. O acervo é o seguinte: no Palácios dos Bandeirantes estão a imagem de São José de Botas; o quadro A flagelação de Cristo, de Manuel da Costa Ataíde; dois pares de anjos tocheiros; lampadário de prata e Menino Jesus e oratório.

Já no Palácio Boa Vista há duas poltronas de festa de reisado, de Diamantina; estante para lavanda e gomil e fragmento de coroamento de altar. Sem indicação de local, há um arcaz. Pesquisas do MP foram feitas nos livros Acervo artístico-cultural do Palácio do Governo de São Paulo e Arte Sacra –Gênese da fé no novo mundo – Coleção de arte no acervo do palácio do governo de São Paulo. Em Minas, continua a campanha de recuperação dos bens culturais iniciada em 2003 e quem tiver informações pode entrar em contato com as autoridades de defesa do patrimônio.


Saiba mais

Verdadeira imagem


O nome Verônica vem da junção das palavras “vero” e “ícone”, significando “verdadeira imagem”. Na semana santa, é tradição ver nas procissões uma mulher de rosto coberto por um véu entoando um cântico em latim e desenrolando um tecido com a face de Cristo. A tela devolvida pelo Museu de Arte de São Paulo (Masp) retrata a mulher piedosa de Jerusalém que, diante do sofrimento de Jesus ao carregar a cruz, enxugou o rosto dele, ficando impresso no pano a figura do Nazareno.

SERVIÇO

EM CONTATO


Quem tiver informações sobre peças desparecidas e quiser fazer denúncias pode acionar:

Ministério Público de Minas Gerais

E-mail: cppc@mpmg.mp.br e telefone (31) 3250-4620. Pode também enviar correspondência para Rua Timbiras, 2.941, Bairro Barro Preto, Belo Horizonte. CEP 30.140-062

Iphan

Para obter ou dar informações, basta acessar o site www.iphan.gov.br e verificar o banco de dados de peças desaparecidas. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone (61) 2024-6342 2024-6355 2024-6370, telefone do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam) e pelo e-mail depam@iphan.gov.br

Iepha/MG

Pelo site www.iepha.mg.gov.br ou pelo telefone (31) 3235-2812 ou 2813

Fonte: EM.com.br

terça-feira, 26 de abril de 2016

Curso de Extensão: História da Arte Sacra


O Museu de Arte Sacra de São Paulo promove um Curso de Extensão sobre o tema "História Da Arte Sacra: da Antiguidade a Contemporaneidade - Vespertino e Noturno".
O curso objetiva apresentar, de modo cronológico, as diferentes manifestações de arte sacra em seus diversos suportes, desde os primórdios da chamada arte paleocristã até os dias atuais. Para tanto, possui como metodologia a análise e a reflexão das produções imagéticas, em seus aspectos formais e iconográficos, permitindo, desta forma, a reconstrução de um percurso particular especialmente importante para a História da Arte ocidental. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
  • Apresentar o conceito de arte sacra, e compreendê-lo como uma produção inserida em um contexto histórico; 
  • Analisar as obras e as suas variações de representação, tendo como suportes a arquitetura, a escultura e a pintura; 
  • Refletir sobre o objetivo artístico de forma interdisciplinar, utilizando a Sociologia, a Antropologia, a Filosofia e demais áreas;
  • Compreender a obra de arte como um componente cultural.
JUSTIFICATIVA
Estudar a História da Arte Sacra significa estudar a história das relações entre a produção da imagem e o seu significado através do tempo, no contexto da fé. Deste modo, a imagem sacra remete ao universo específico da crença cristã, ao mesmo tempo em que ressoa visões de mundo de forma mais ampla, bem como permite visualizar a evolução das técnicas e da cultura material. Assim, o curso possui sua justificativa na possibilidade de levantar reflexões estéticas, sociais e históricas que permitem o contato dos participantes com a arte do passado e a sua vivência contemporânea.  

CONTEÚDO
  • 1ª AULA: 29 de abril - Apresentação do curso; Arte paleocristã: os primórdios de uma iconografia
  • 2ª AULA: 06 de maio - Arte sacra no Oriente: entre Deus e o imperador
  • 3ª AULA: 13 de maio - Arte sacra no Ocidente: a construção do espaço arquitetônico  
  • 4ª AULA: 20 de maio - A escultura sacra medieval
  • 5ª AULA: 03 de junho - A pintura sacra medieval
  • 6ª AULA: 10 de junho - A arte sacra no contexto da Contrarreforma: reconsiderações estéticas (arquitetura)
  • 7ª AULA: 17 de junho - A pintura e a escultura no Barroco 
  • 8ª AULA: 24 de junho - Visita a cripta da Catedral da Sé
  • 9ª AULA: 01 de julho- Renascimento: Humanismo e fé
  • 10ª AULA: 08 de julho - Arte sacra no Brasil: arquitetura
  • 11ª AULA: 15 de julho - Arte sacra no Brasil: pintura e escultura
  • 12ª AULA: 22 de julho - A arte sacra e a estética contemporânea: reflexões sobre o intangível

PÚBLICO
O conteúdo do presente curso está voltado para estudiosos de arte, historiadores, profissionais ligados à literatura e comunicação social, pesquisadores, estudantes e demais profissionais que utilizem a imagem em suas atividades, bem como interessados em geral.

PROFESSOR
Vanessa Beatriz Bortulucce é Pós-doutora pelo Departamento de Letras Modernas da FFLCH-USP. Graduada em História pela Universidade Estadual de Campinas (1997), Mestra em História da Arte e da Cultura pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e Doutora em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (2005), é   docente nas seguintes instituições: Centro Universitário Assunção (UNIFAI), Universidade São Judas Tadeu e Museu de Arte Sacra de São Paulo. Tem experiência na área de História da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: Arte Sacra, Arte Moderna, Arte Contemporânea, Futurismo Italiano, Umberto Boccioni, Estética dos regimes totalitários, História em Quadrinhos, História do Design, Teoria da Comunicação, Cinema, Indústria Cultural, tradução. Pesquisadora independente possui em seu currículo artigos e livros que abordam a análise da imagem, em seus mais variados contextos.

Período: 29/04 a 22/07 (sextas-feiras)
               12 dias de aulas (03 meses)
Horário vespertino: 15h às 17h30
Horário noturno: das 19h30 às 22h00
Carga horária: 36 horas
Valor: R$ 550 à vista ou R$ 600 (03 vezes)
Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br 
Informações: (11) 5627.5393
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Av. Tiradentes, 676 - Luz | Metrô Tiradentes
Estacionamento gratuito: Rua Jorge Miranda, 43
No final do curso o aluno receberá o certificado.

Thesaurus em pdf

O Frei Roger, nos deixa um recado muito importante:
"Amigos, a boa notícia chegou para quem trabalha com arte sacra. Tenho a sorte de ter o livro impresso e como é muito bom estou compartilhando com vocês.
O 'Thesaurus: Vocabulário de objectos do culto católico', publicado em 2004 e esgotado há já vários anos, está agora disponível em formato digital e acessível a todos os interessados.
Faça o download e divulgue esta boa notícia do secretariado nacional dos bens culturais da igreja"



Segue link para download: https://drive.google.com/file/d/0B7xgTMCrAWKfWVp3bV9GV3o5TkE/view

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Para além da fé, coleção de Ex-votos e Santos de Casa é registro antropológico

Congonhas (MG) 

domingo, 24 de abril de 2016

Itália acha quadros roubados por nazistas

Todas os três quadros precisam passar por restauração porque apresentam partes que estão “frágeis” e as cores perderam o brilho.

sábado, 23 de abril de 2016

Expressões na Arte Sacra



Curso Livre: Expressões na Arte Sacra

O Museu de Arte Sacra de São Paulo promove um Curso Livre da Oficina "Expressões na Arte Sacra" sobre o tema "O Manuscrito Medieval: pintura em tempera a ovo de uma iluminura".

As oficinas "Expressões na Arte Sacra" objetivam o estudo do objeto de arte na sua simbologia (iconografia) e materialidade (técnicas artísticas), aproximando o público do entendimento da importância da salvaguarda do patrimônio artístico.


Conteúdos

Teoria:


Introdução histórica da iluminura;

O esquema do manuscrito medieval;

Tipos de manuscritos;

As iniciais e seus ornatos: filigranadas, fitomórficas, floreadas, historiadas, vinhetas e cercaduras;

O Codex Manesse;

A iluminura no Oriente e na América;

A iluminura no Brasil no século VXIII.



Prática:

Pintura de um modelo de iluminura do Codex Manesse sobre papel pergaminho com aplicação de douração com manufatura da tempera ovo com pigmentos artísticos.

Cada participante deve trazer um pincel redondo fino numero zero.


Docente: Silvana Borges - Arquiteta, Artista plástica, Conservadora-restauradora de bens culturais com especialização em Conservação e Restauração de Arte Sacra, Arquitetura (pintura mural) e Pintura de Cavalete.

Quando: 30/04 (sábado)
Horário: 14h às 17h
Carga horária: 3h
Vagas: 25
Valor: R$110
Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br
Informações: (11) 5627.5393
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Av. Tiradentes, 676 - Luz | Metrô Tiradentes
Estacionamento gratuito: Rua Jorge Miranda, 43.

O Museu fornecerá certificado de participação.

A ciência discreta de preservar a exuberância da arte (Portugal)




LUCÍLIA MONTEIRO

Criado em 2001, o Centro de Conservação e Restauro da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto trabalha na preservação e recuperação do património cultural e artístico. Quinze anos depois, o Expresso foi conhecer as rotinas e processos de quem combate a erosão do tempo


Abriu-se a porta. O cheiro a verniz e a tintas propaga-se pelo corredor. Encostadas à parede estão algumas radiografias, não de corpos humanos, mas antes de obras escultóricas. Ali, no Centro de Conservação e Restauro (CCR) da Universidade Católica, os objetos artísticos são examinados e as patologias identificadas. Cura-se a arte. Impede-se a sua morte.

As obras que são sujeitas a intervenções de restauro no CCR podem ser das mais variadas tipologias e estilos, desde arte sacra até objetos contemporâneos, como foi o caso da reabilitação dos painéis monocromáticos do Ângelo Sousa, no Teatro Rivoli.

Neste centro, tudo pode ser revitalizado. Pintura, escultura, cerâmica, mobiliário ou os mais de 30 tocheiros que estão a ser trabalhados numa das oficinas. “Nós somos operadores anónimos da história”, afirma a diretora Carla Felizardo, que há 25 anos trabalha na área e há dez integra o Centro de Conservação e Restauro.

A equipa é pequena, mas versátil, e acolhe vários alunos que concluem os estudos em Conservação e Restauro na Universidade Católica do Porto. Esta é uma área onde cada projeto exige desafios e conhecimentos díspares, o que faz com que o CCR agregue técnicos especializados em várias vertentes. Enquanto Carla Felizardo explicava que “as equipas são sempre formadas em função do trabalho”, ao seu lado, a professora e diretora da Escola das Artes Laura Castro enaltecia que ali se “cruzam químicos, biólogos, historiadores de arte, especialistas em iconografia e os restauradores propriamente ditos”.




LUCÍLIA MONTEIRO

TRATA-SE DE UMA CIÊNCIA E NÃO DE ARTESANATO

Carla Felizardo conta que esta é uma disciplina científica “relativamente recente”, com cerca de 20 anos, e que, antigamente, os técnicos de restauro eram vistos como artesãos, por se tratar de “uma atividade muito estética, muito decorativa, muito ligada aos santeiros… Não era propriamente encarada como uma disciplina científica”. O maior desafio tem sido, por isso, a mudança de “entendimento do que é verdadeiramente a conservação e restauro e quem é que deve realizar essas intervenções”.

Na opinião da diretora do CCR, durante os anos 90 e até ao início do milénio, foram feitas em Portugal várias intervenções de restauro significativas, mas a crise e a recessão económica vieram “travar” um pouco o avanço do setor.

A visita prossegue a sua marcha e numa sala de extração, devidamente isolada, a aluna de mestrado em Conservação e Restauro Marta Freches faz a limpeza química de algumas obras. Bem resguardados, são desinfestados e consolidados objetos artísticos com um maior estado de degradação. No interior, Marta usa luvas e uma máscara, que a protegem dos níveis altos de toxicidade.



LUCÍLIA MONTEIRO


Ao lado, na oficina, encontramos peças de mobiliário, que são fielmente reparadas por Paulo Magalhães, responsável pelos trabalhos estruturais. Mais alguns passos e, numa outra sala, vemos uma escultura de São Pedro na qual Cristina, uma das mais antigas funcionárias, retoca a fixação da policromia após uma limpeza exaustiva.

De forma imponente, encontramos suspensa uma pintura de rolo (representação da Última Ceia), também a ser intervencionada e que em breve regressará para um trono de altar. “Em Portugal há uma enorme quantidade de pinturas com esta tipologia e em termos de conservação da pintura, tecnicamente falando, é um desafio”, salientou Carla Felizardo.

LUCÍLIA MONTEIRO

ENVERNIZAR O MUNDO E RADIOGRAFAR A ARTE



Mais à frente, dispostos sobre uma enorme mesa encontram-se mais de 30 tocheiros em talha dourada e, ao lado, dois globos de grandes dimensões, do início do século XX e pertencentes à Associação Comercial do Porto, estão a ser envernizados por Joana, que após terminar o curso começou a trabalhar no Centro de Conservação e Restauro


Todo o processo de intervenção é devidamente documentado através de fotografias de luz visível, de fluorescência ultravioleta, com fotografias e refletografias de infravermelhos e ainda com o uso de raio X. “Consegue-se perceber questões de patologias, mas também de execução. É um contributo para a História de Arte e mesmo a nível de intervenção de restauro ajuda imenso”, destacou Carla Felizardo.


Para a diretora do CCR, a área da Conservação e Restauro é ainda pouco apoiada e entendida em Portugal. “Há uma expectativa de que o restauro ponha aquelas peças como novas. Coloridas e brilhantes para a festa. Mas restauro não é sinónimo de colocar como novo. Há valores que se perdem, além do estético. Há valores históricos e artísticos que também têm de ser preservados”, frisa. 

Laura Castro defende que esta é uma área que “poderia empregar muita gente por gerar, com muita frequência, pequenos negócios em redor”, mas admite que a universidade tem de se ajustar à realidade do mercado de trabalho, razão que leva a que, anualmente, apenas se abrem14 vagas para o curso de Conservação e Restauro. 

A responsável adiantou que até ao final deste ano letivo ou início do próximo a Escola das Artes passará a ter um espaço de exposição para alguns projetos desenvolvidos no centro, aberto também a trabalhos de artistas exteriores.


LUCÍLIA MONTEIRO (foto)

Texto de: ANDRÉ MANUEL CORREIA

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Curso Livre: Iniciação à peritagem de prataria religiosa no Brasil


O Museu de Arte Sacra promove um Curso Livre sobre o tema "Iniciação à peritagem de prataria religiosa no Brasil", com o Prof. Doutor Gonçalo de Vasconcelos e Sousa.

Resumo e objetivos:
Pretende-se analisar em conjunto a prataria dos séculos XVIII a XX, portuguesa e brasileira, a partir da rica coleção de peças do Museu de Arte Sacra de São Paulo, na sua dimensão formal e técnica. Na parte teórica-prática, haverá o contato com a dimensão estilística e técnica, recorrendo a imagens dos objetos, a vídeos elucidativos e a indicações para distinguir centros produtores, por meio da análise das punções. 
Na parte prática, a partir da visualização in loco dos objetos de prata do museu, participarão do processo de peritagem individual de forma a poder, no tempo disponível, aprender a datar e a identificar os objetos deste período e os seus elementos identitários.
DOCENTE: Prof. Doutor Gonçalo Vasconcelos e Sousa - Professor Catedrático da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, onde dirige o Departamento de Arte e Restauro, o CITAR (Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes) e o Centro Interpretativo da Ourivesaria do Norte de Portugal (CITAR-EA/UCP). Autor de diversos livros sobre Artes Decorativas; leccionou dezenas de cursos livres sobre temáticas ligadas às Artes e Ambientes Decorativos Históricos.

PROGRAMA
I. Parte teórica
1 – QUESTÕES INTRODUTÓRIAS
1.1. Conceito de peritagem 
1.2. Peritagem em prataria: conceito e instrumentos de trabalho
1.3. Conceitos introdutórios ao estudo da prataria luso-brasileira
2 – OS “AGENTES DA PRATA” E A DISTINTA LIGAÇÃO À PEÇA: DO COLECIONADOR AO ANTIQUÁRIO, DO MUSEOLÓGO AO ACADÊMICO, DO LEILOEIRO AO OURIVES; DO CONSERVADOR AO AVALIADOR.
3 – DESCRIÇÃO DE PEÇAS DE PRATARIA (SOBRETUDO RELIGIOSA)
4 – TIPOLOGIAS DE PRATARIA RELIGIOSA NO BRASIL
5 – CENTROS PRODUTORES E SUAS DIFERENCIAÇÕES
5.1. São Paulo
5.2. Rio de Janeiro
5.3. Salvador da Bahia
5.4. Lisboa e Porto
5.5. Braga e Guimarães
6 – IDENTIFICAÇÃO ESTÉTICA NA PRATARIA RELIGIOSA EM NO BRASIL E EM PORTUGAL
6.1. Estilo Românico
6.2. Estilo Gótico
6.3. Estilo Manuelino
6.4. Estilo Renascença
6.5. Estilo Maneirista
6.6. Estilo Barroco
6.7. Estilo Rococó
6.8. Estilo Neoclássico
6.9. Estilo Naturalista 
6.10 Revivalismos
6.11. Eclectismos
6.12. Arte Nova
6.13. Art Déco
6.14. Correntes pós Arte Nova
6.15. Prataria contemporânea
7 – MARCAS DE POSSE, HERÁLDICA DE FAMÍLIA E RELIGIOSA, ETC.
8 – TÉCNICAS UTILIZADAS EM PEÇAS DE PRATARIA
9 – MARCAS: ENSAIO (ENSAIADOR E CONTRASTARIA), OURIVES, CASA DE OURIVESARIA E POSSE. OS “PSEUDO-CONTRASTES” DO BRASIL E O SEU ENQUADRAMENTO
II. Parte Prática
Com base no estudo e observação de peças do Museu de Arte Sacra de São Paulo:
  1. DISTINÇÕES ESTILÍSTICAS E TIPOLÓGICAS
  2. PEÇAS RELIGIOSAS E SUAS FUNÇÕES
  3. APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS
  4. MARCAS DE ENSAIO E DE OURIVES
  5. APRECIAÇÃO CONSTRUTIVA TIPOLÓGICA (ESTUDOS DE CASO)
  6. COMO DATAR QUANDO NÃO HÁ MARCAS?
  7. ENTRE A PEÇA E A BIBLIOGRAFIA CIENTÍFICA
O alunos deverão trazer um conta-fios (ou lupa de bom poder de aproximação) para a atividade.

Quando: dias 9, 10 e 11/05
Horários: (10 vagas cada turma)
                • 1ª turma: 9h30 às 12h30 
                • 2º turma: 14h às 17h 
Carga horária: 09 horas
Valor: R$ 300 (à vista) ou R$ 350 (02 vezes) 
Inscrições: mfatima@museuartesacra.org.br 
Informações: (11) 5627.5393
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676 - Luz | Metrô Tiradentes
Estacionamento gratuito (ou alternativa de acesso): Rua Jorge Miranda, 43
No final do curso o aluno receberá o certificado.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Orquestra Arte Barroca




DATA: 16/04/2016
HORÁRIO: 20h
NOME DA SÉRIE: Fau em Concerto
INTÉRPRETE: Orquestra Arte Barroca
PROGRAMA: Barroco Francês - suites de óperas
LOCAL: FAU Maranhão 
ENDEREÇO: rua Maranhão 88, higienópolis. São Paulo/SP
TEL: 3091-4801
INGRESSOS: entrada franca


DATA: 17/04
HORÁRIO: 11h30
INTÉRPRETE: Orquestra Arte Barroca
PROGRAMA: Barroco Francês - suites de óperas
LOCAL: SAB - Sociedade Antroposófica no Brasil
ENDEREÇO: rua da Fraternidade, 156 , Alto da Boa Vista. São Paulo/SP
TEL: 5687-4252
INGRESSOS: entrada franca 

DATA: 19/04
HORÁRIO: 21h
INTÉRPRETE: Orquestra Arte Barroca 
PROGRAMA: Barroco Francês - suites de óperas 
LOCAL: Casa de Portugal 
ENDEREÇO: av. Liberdade 602, Liberdade . São Paulo/SP
TEL: 3273-5555
INGRESSOS: entrada franca

Direção artística: Paulo Henes. 
Músico convidado: André Cortesi  (traverso barroco)

Fonte: Bia Ribeiro

Desenho: Pietá








Mostro aqui o processo que realizei para o desenho inspirado na Pietá, escultura de Michelangelo.
Encomenda de Sueli Cavalcanti.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

“Paulistinhas” ganham exposição e catálogo

Exposição “Paulistinhas” apresenta um oratório e mais 22 peças, do artista plástico Geraldo Magela. Foto: Alex Brito/PMJ

O Museu de Antropologia de Jacareí realiza até 5 de maio a exposição “Paulistinhas – Importante acervo do MAV”. A abertura na quinta-feira (7) marca o lançamento do catálogo, que traz o mesmo título da exposição, do artista plástico Geraldo Magela.

A exposição apresenta um oratório e mais 22 peças, feitas a partir de barro cozido policromado e popularmente conhecidas como “paulistinhas”, que representam imagens de santos como São Bento, São Gonçalo e São Benedito.

O catálogo – Beneficiado pela LIC (Lei de Incentivo à Cultura) da Fundação Cultural de Jacarehy José Maria de Abreu, o catálogo “Paulistinhas – Importante acervo do MAV” é resultado de uma pesquisa realizada pelo artista plástico Geraldo Magela sobre os métodos utilizados nessa produção artística.

“Notei que o MAV (Museu de Antropologia do Vale do Paraíba) não possuía nenhum material que trata sobre a origem das paulistinhas. Foi quando propus o projeto com linguagem didática e poética sobre o fazer das paulistinhas, os santeiros e as cidades onde aconteceu essa arte”, diz Magela.

Foram impressos 3 mil exemplares do catálogo que, além do Museu, será distribuído para professores da rede municipal de ensino e bibliotecas públicas de Jacareí e fundações culturais da região. “É importante que as pessoas tenham conhecimento dessa arte popular”, destaca Magela.

Serviço – Museu de Antropologia do Vale do Paraíba, 143, Centro. Aberto de terça a sexta, das 8h às 14h e sábado e domingo, das 11h às 17h. Entrada gratuita.

(Rosana Antunes/PMJ)

terça-feira, 12 de abril de 2016

Comunidade busca recursos para restaurar igreja histórica em MG

Matriz de São José das Três Ilhas teve projeto aprovado na Lei Rouanet. Igreja feita em Belmiro Braga no final do séc.19 tem trincas e rachaduras.

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