domingo, 13 de março de 2016

Bragança (Portugal). Centro de restauro de arte sacra quer evitar intervenção de “curiosos” ou “santeiros"

Texto de  Olímpia Mairos

O centro de restauro de arte sacra da diocese de Bragança-Miranda completa um ano de existência e assinalou o aniversário com uma formação em conservação preventiva.
Centro de Arte e Restauro em Sendim, Miranda do Douro. Foto: DR


Nasceu da vontade de assegurar uma resposta “transversal e pluridisciplinar”, para conservação e inventariação do património religioso, e neste primeiro ano de actividade, o centro de restauro de arte sacra da diocese de Bragança-Miranda já restaurou cerca de três dezenas de peças de arte sacra.

“O destaque vai para recuperação de altares e a escultura. No entanto, já foram feitas intervenções em pintura ou tectos policromados, sendo que as intervenções são sempre efectuadas por técnicos especializados”, refere a directora do centro, Lília Pereira da Silva.

Não foram apenas as unidades pastorais da diocese a recorrer aos serviços do Centro de Arte e Restauro sediado em Sendim, no concelho de Miranda do Douro. Também particulares aproveitaram para restaurar e conservar diversas peças.

A unidade está dotada um colégio científico que, segundo os seus impulsionadores, é “pioneiro” a nível nacional.

Lília Pereira da Silva nota que “cada vez mais, os responsáveis pela arte sacra estão sensibilizados para a intervenção especializada, o que faz com que a peça dure mais tempo”, garantindo que no centro “todas as intervenções seguem os preceitos enumerados pela ética da conservação e restauro, evitando a intervenção de curiosos ou santeiros”.

A unidade de restauro e conservação diocesana serve também de apoio e aconselhamento aos sacerdotes e comissão fabriqueiras, sempre que seja necessário, no âmbito de intervenções nas igrejas ou na estatuária.

“Pretendemos que as comunidades tenham confiança em quem entregam as peças para restaurar”, afirma o presidente da Comissão de Arte Sacra da diocese de Bragança-Miranda, padre António Pires, realçando que “sobram avisos de intervenções que não foram bem executadas num passado recente”.

Para assinalar o primeiro aniversário do centro, teve lugar na quinta-feira uma acção de formação em conservação preventiva que conta com diversos especialistas, que explicarão “técnicas básicas de conservação de acervos históricos e artísticos”. A iniciativa contou com mais de uma centena de pessoas inscritas.

Fonte: Sapo PT

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