quinta-feira, 12 de junho de 2014

3º Colóquio Ibero-Americano


Nos últimos anos tem se acentuado a discussão em torno da categoria “paisagem cultural”, apesar dela ter sido incluída há mais de vinte anos na Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO e de dezenas de paisagens já terem sido nela inscritas, inclusive o Rio de Janeiro em 2012. Uma das controvérsias principais, que tem agitado o mundo da preservação gira em torno da introdução pela UNESCO da ideia da “paisagem histórica urbana” (Historic Urban Landscape, HUL), vista por muitos como desnecessária e redundante.

Ao mesmo tempo em que essa categoria dá margem à polêmica, ela tem sido cada vez mais utilizada ao redor do mundo por pesquisadores, profissionais e órgãos de preservação. O fato é que a ideia de “paisagem cultural” tem aberto novas possibilidades para a área do patrimônio, combinando aspectos materiais e imateriais do conceito, muitas vezes pensados separadamente, indicando as interações significativas entre o homem e o meio ambiente natural. Com isso, recoloca-se o próprio campo do patrimônio cultural, abrindo-se uma perspectiva contemporânea para, ao lado das novas contribuições se pensar também de forma mais integrada diversas ideias tradicionais do campo da preservação.

É frente a este quadro que acontece em 2014 a terceira edição do já tradicional “Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, patrimônio e projeto”, promovido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pela Universidad Politécnica de Madrid (UPM), pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto de Estudos de Desenvolvimento Sustentável (IEDS).

Nesse colóquio vão se aprofundar as discussões iniciadas nas edições anteriores, fazendo-se uma avaliação das diversas dimensões da ideia da paisagem cultural, tanto aquelas de natureza conceitual, metodológicas e projetuais, quanto suas implicações para as políticas de valorização e intervenção.

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