segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A imagem da Virgem dos Desamparados e seu nicho será restaurada ao longo dos próximos cinco meses


De 1 de Outubro, na sequência de um acordo entre a Fundação Hortensia Herrero e a Confraria da Virgem







VALENCIA, 25 de setembro ( DIR ) - .



A Confraria de Nossa Senhora dos Desamparados e a Fundação Hortensia Herrero assinaram um acordo pelo qual a Fundação irá promover a intervenção e restauração da imagem principal da Virgem dos Desamparados na Basílica de Nossa Senhora dos Desamparados em Valência e na restauração da capela da Basílica, como expressou em um comunicado a própria Fundação.A intervenção será realizada pela Generalitat Valenciana , através do Instituto Valenciano de Conservação e Restauro de Bens Culturais , "que começou a realizar em abril passado um estudo aprofundado do estado de conservação atual e necessidade de intervenção", de acordo com o comunicado.
As obras terão início em 1 º de outubro e está programado para continuar por cinco meses "para que valencianos possam venerar a imagem original de sua patrona e acessar sua capela na basílica durante as festas de 2014".
"Depois da análise e estudo visual realizados, a intervenção da imagem, será destinada a travar o processo natural de deterioração causado pela passagem do tempo" e, para isso , " é esperado para fazer uma série de análise mais precisa da madeira, pigmentos e ligantes para que facilitem as decisões com garantias sobre as diferentes ações", segundo o comunicado. A intervenção "será realizada dentro da própria basílica, e cumprirá rigorosamente os princípios da intervenção mínima e máximo respeito para uma imagem tão querida ao povo de Valência e terá como objetivo sua consolidação e limpeza."
Quanto à restauração da capela da Basílica e do nicho da imagem, "as principais intervenções serão feitas nas pinturas murais, esculturas, capitéis e frisuras com rosetas e ouro " .
Durante o período da intervenção, ficará no o altar-mor da Basílica, a imagem peregrina de Nossa Senhora dos Desamparados, feita pelo escultor Carmelo Vicent em 1946.
Fundação Hortensia Herrero
Fundação Hortensia Herrero é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo incentivar, promover, impulsionar o desenvolvimento
, proteção e apoio de: educação, pesquisa científica e tecnologia, cultura, arte, esportes, saúde, a defesa dos direitos humanos, a cooperação para o desenvolvimento, a ação social e bem-estar, a proteção ambiental e a promoção da tolerância, civismo e voluntariado.
No ano passado, a Fundação promoveu na cidade de Valência, a reabilitação da Igreja de São Pedro Mártir e São Nicolau, Bispo e a Igreja de Santa Lucia. Com este novo acordo para restaurar a imagem da Virgem e do nicho, a fundação "reitera o seu compromisso com a promoção e proteção da arte e da cultura valenciana."
(Foto: Manolo Guallart )

Texto: Manuel Pellicer, porta-voz da Confraria

Texto original: Arquidiocese de Valência 

Imagem centenária deve ir para museu de arte sacra em Uberlândia


Protegida por grades e uma redoma de vidro, na Catedral Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, na praça Tubal Vilela, no setor central de Uberlândia, a imagem de Nossa Senhora do Carmo deve ganhar uma nova casa. A imagem, tombada como patrimônio histórico municipal, em 2007, pode se transformar no item mais importante do Museu De Arte Sacra da Diocese de Uberlândia (MAS), a ser inaugurado até o primeiro semestre de 2014.

(veja mais da imagem aqui)

Sob a direção do padre Rogério Antônio Alves, da paróquia de São Pedro, o MAS ainda não tem sede própria definida, mas mantém um escritório em funcionamento na cúria uberlandense, na praça Nossa Senhora Aparecida, no bairro Aparecida, também no setor central. Atualmente, o museu promove cursos, oficinas, exposições, estudos e catalogações dos bens móveis e imóveis das diversas paróquias uberlandenses.
Padre Olimar Rodrigues ao lado da imagem de N. Sra. do Carmo (foto: Cleiton Borges)
Padre Olimar Rodrigues ao lado da imagem de N. Sra. do Carmo (foto: Cleiton Borges)

O bem mais significativo do futuro museu, a imagem de Nossa Senhora do Carmo, foi construído por um ateliê espanhol, a Las Artes Religiosas, e provavelmente chegou à cidade na primeira década do século 20.
A primeira casa da imagem foi a Igreja de Nossa Senhora do Carmo de São Pedro de Uberabinha, construída no fim do século 19, onde hoje funciona a Biblioteca Pública Municipal Juscelino Kubitschek, no Fundinho. No fim da década de 40, quando a matriz histórica foi demolida, a peça foi transferida para a Capela de Nossa Senhora do Rosário, no distrito de Miraporanga.
O padre Olimar Rodrigues, pároco da matriz de Santa Teresinha, disse que, atualmente, na capela de Miraporanga, há uma réplica da peça. “Ficamos felizes, porque a imagem histórica de Nossa Senhora do Carmo deve se transformar em uma importante peça do museu de arte sacra de Uberlândia, cujo planejamento de implantação se encontra em fase avançada”, disse Rodrigues.

Ateliê espanhol escupiu imagem

A história da imagem de Nossa Senhora do Carmo tem origem em um ateliê de Olot, cidade do interior da Espanha conhecida pela presença de artesãos especializados na elaboração de imagens de santos e criação de novas técnicas de escultura e moldagem em pasta de madeira, resina e, atualmente, fibra de vidro.
A peça, que hoje se encontra na matriz de Santa Teresinha, foi confeccionada na primeira década do século 20, em resina, com técnica de modelagem em pasta de madeira. O hábito carmelita e os dois bentinhos, segurados pela santa e pelo Menino Jesus, são os destaques da imagem.
Em 2001, a imagem sofreu a primeira intervenção de conservação e restauração. Depois de passar pelo Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (MG) – onde foi analisada e periciada – a peça foi encaminhada para um segundo tratamento de conservação e restauro no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), em Belo Horizonte.

Da chegada ao tombamento

O núcleo urbano de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra de São Pedro de Uberabinha, nos arredores de onde hoje funciona a biblioteca municipal, no Fundinho, deu origem a Uberlândia que conhecemos e também foi o local de construção da capela de Nossa Senhora do Carmo, em 1846.
Em 1861, a capela foi transformada em matriz. No mesmo período, no fim do século 19, ao lado do prédio, os primeiros moradores do arraial eram sepultados no cemitério denominado Campo Santo.
A imagem de Nossa Senhora do Carmo, fabricada na Espanha, chegou à matriz na década de 10. Um século mais tarde, em 2007, a peça sacra foi tombada como patrimônio histórico municipal, pela riqueza artesanal e a importância simbólica no processo de formação da cidade.

domingo, 29 de setembro de 2013

I Colóquio SACRAE IMAGINES

cartaz sacrae imagines peqSACRÆ IMAGINES
Ciclos de Iconografia Cristã na Azulejaria
24, 25 e 26 de Outubro 2013
Universidade de Évora, Colégio do Espírito Santo (Sala 124)

Terá lugar nos próximos dias 24, 25 e 26 de Outubro de 2013, na Universidade de Évora (Colégio do Espírito Santo), o colóquio SACRAE IMAGINES: Ciclos de Iconografia Cristã na Azulejaria, uma iniciativa do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, organizada em parceria com o CHAIA - Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora.
Mais do que um simples revestimento arquitectónico, o azulejo constituiu-se como um repositório de expressões, ideias e modos de viver, dimensão que ganha particular significado nos grandes ciclos iconográficos de temática religiosa, pela relação que estabelecem com o restante programa decorativo e a arquitectura dos espaços que os integram. Mas também com o olhar do espectador, imaginado pelo artífice, ao qual a imagem pretende devolver uma projecção mais concreta e apreensível da sua religiosidade.
Identificando e analisando os grandes ciclos iconográficos de temática religiosa, reconhecendo os principais modelos, fontes, autores e encomendas, o presente colóquio pretende assim explorar esta relação determinante, entre imagem, espaço, criação e apreensão, tendo por base a especificidade e a riqueza da iconografia cristã em suporte azulejar, particularmente nos séculos XVII e XVIII.
Contando com a participação de destacados especialistas no estudo da azulejaria portuguesa, autores dos mais recentes trabalhos nesta área, a iniciativa destina-se a investigadores, docentes e estudantes, bem como a todos os interessados e profissionais nas temáticas em apreço, particularmente, nas áreas da História, História da Arte, Arqueologia, Artes Visuais, Arquitectura, Arquitectura Paisagista, Conservação e Restauro, Turismo, Património Cultural e Museologia.

PROGRAMA
24 Outubro (5ª feira)
09h30 Recepção dos participantes e entrega de documentação
10h00 Abertura

Moderação: Sandra Costa Saldanha
10h15 Imagines Carmelitarum: ciclos iconográficos da azulejaria dos conventos da Ordem do Carmo e da Ordem dos Carmelitas Descalços em Portugal
Suzana Carrusca
10h45 Espiritualidade e Misticismo de Santa Teresa de Jesus, da gravura à azulejaria
Lúcia Marinho
Debate
11h30 Café
Moderação: José Alberto Machado
11h45 As guarnições como elementos estruturadores da narrativa azulejar
Rosário Salema de Carvalho
12h15 O poder da música sacra: a figura de David na azulejaria portuguesa
Luzia Rocha
Debate
13h00 Almoço livre
Moderação: Alexandra Gago da Câmara
15h00 Hagiografias cerâmicas: o azulejo e a difusão do homem santo no universo religioso português no século XVIII. Abordagem a algumas encomendas às olarias de Coimbra
Diana Gonçalves dos Santos
15h30 Azulejos do século XVIII em Braga: abordagem à iconografia dos Padres Fundadores
Patrícia Roque de Almeida
Debate
16h15 Café
Moderação: Paulo Simões Rodrigues
16h30 Francisco Jorge da Costa e os ciclos iconográficos para o convento do Santíssimo Coração de Jesus
Sandra Costa Saldanha
17h00 Programas iconográficos em azulejo no convento da Madre de Deus
João Pedro Monteiro
Debate

18h00 Apresentação do projecto Rota do Azulejo no Alentejo | Alexandra Gago da Câmara

25 Outubro (6ª feira)
10h00 Recepção dos participantes

Moderação: Artur Goulart
10h15 Com a pena e com o pincel: a hagiografia de São Lourenço Justiniano e a defesa da Congregação de São João Evangelista nos azulejos de Arraiolos, Vilar de Frades e Évora
Celso Mangucci
10h45 O ciclo de S. Bernardo de Claraval no mosteiro de São Bento de Cástris em Évora
Teresa Verão
Debate
11h30 Café
Moderação: Celso Mangucci
11h45 O ciclo da vida de São José na igreja do Convento Novo, de Évora
Artur Goulart
12h15 Decoração e narrativa: o ciclo de São Jerónimo na Igreja do Convento de Nossa Senhora do Espinheiro em Évora
Alexandra Gago da Câmara
Debate
13h00 Almoço livre
Moderação: Alexandra Gago da Câmara
15h00 Os azulejos do mestre P.M.P. na sacristia da igreja de Santa Cruz da Ribeira de Santarém: um itinerário místico e eucarístico
Tiago Moita
15h30 "São rosas, senhor": a iconografia do rosário num conjunto azulejar do século XVIII de proveniência desconhecida
Alexandre Nobre Pais
Debate

16h15 Encerramento
            Sandra Costa Saldanha, Directora do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja
            Paulo Simões Rodrigues, Director do Centro de História da Arte e Investigação Artística
17h00 Visita ao laboratório HERCULES | Palácio do Vimioso
18h00 Concerto

26 Outubro (sábado)
09h45 Concentração junto à Igreja do convento dos Lóios de Évora
10h00 Visita guiada à Igreja do convento dos Lóios de Évora | Celso Mangucci
12h00 Saída de Évora em autocarro para Arraiolos
13h00 Almoço livre
14h30 Visita guiada à Igreja do convento dos Lóios de Arraiolos | Celso Mangucci
16h30 Saída de Arraiolos em autocarro para Évora
   
  Comissão científica 
Alexandra Gago da Câmara | CHAIA - Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora
Artur Goulart de Melo Borges | Inventário Artístico da Arquidiocese de Évora
D. Pio Alves | Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais
José Alberto Machado | CHAIA - Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora
Paulo Simões Rodrigues | CHAIA - Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora
Sandra Costa Saldanha | Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja
 Coordenação geral 
Alexandra Gago da Câmara
Sandra Costa Saldanha

 Secretariado executivo
Cármen Cangarato
Rui Almeida
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  Informações 
Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja
t. 218 855 481 | f. 218 855 461 | info@bensculturais.pt

  Inscrições 
30€      Público em geral
20€      Responsáveis e técnicos diocesanos de Bens Culturais da Igreja
            Docentes, investigadores e estudantes da Universidade de Évora

A inscrição no colóquio inclui a participação em todas as actividades programadas nos três dias
do evento, documentação, coffee-break, visitas guiadas e certificado de presença.

Fonte: Bens Culturais da Igreja - Conferência Episcopal Portuguesa

sábado, 28 de setembro de 2013

Pós-Graduação: História da Arte Sacra

A Faculdade Arquidiocesana de Mariana Dom Luciano Mendes de Almeida, FAM, abre inscrições para o curso de pós-graduação em História da Arte Sacra. O curso tem como objetivo aprimorar os conhecimentos relativos à arquitetura religiosa cristã e seu patrimônio móvel e integrado, promovendo o crescimento intelectual de pessoas interessadas no tema, bem como a capacitação profissional dos que atuam nas áreas de ensino e pesquisa, órgãos do patrimônio e gestão dos monumentos e seu acervo. As inscrições acontecem entre 1º de outubro e 10 de novembro. 

Maiores informações pelo site da FAM www.famariana.edu.br.
História da Arte Sacra – FAM

Fonte: Faculdade Arquidiocesana de Mariana

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Museu Arquidiocesano de Arte Sacra (Marechal Deodoro-AL)

O Museu de Arte Sacra de Marechal Deodoro, que há cinco anos passa por uma restauração, está aberto para visitação pública durante a Flimar (Festa Literária de Marechal Deodoro- Alagoas).

O museu estará aberto com entrada franca, sempre das 14h às 18h, até o próximo sábado, 28/09, quando encerra a Flimar. O público poderá conferir as obras sacras esculpidas e pintadas a partir do século XIV, além da arquitetura do local onde durante vários séculos funcionou um convento e originário de várias lendas.

O museu foi fechado para restauração patrocinada pelo Iphan, que firmou convênio com a ONG Sociedade Bom Conselho, executora do projeto.










Fonte: Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro

***

Praça Comendador Firmo Lopes, s/n
Telefone: (82) 3241-5230
Horário: Das 8:00 as 17:00 horas


O Museu de Arte Sacra de Marechal Deodoro está situado num impressionante e imponente convento franciscano, construído em estilo barroco entre 1684 a 1689.

O convento é por si uma atração. O madeirame do chão é original e as instalações muito bem preservadas são um relato vivo do cotidiano dos franciscanos do século XVII. A coleção exibida é surpreendentemente rica, com belos exemplos da iconografia religiosa do período colonial brasileiro.
São apresentadas imagens de santos em requintado estilo barroco, capelinhas, cálices e paramentos. Símbolo da riqueza destes dias há peças em ouro e pedras preciosas doadas por abastadas famílias.
A partir do museu pode-se também apreciar o interior da igreja anexa.
Aproveite a tranqüilidade do lugar para curtir cada peça com o cuidado que merece.


Fonte: Arquidiocese de Maceio - AL

Santuário de Aparecida se unirá em oração a outros santuários do mundo em outubro



APARECIDA, 20 Set. 13 / 03:53 pm (ACI).-

Segundo informação divulgada pelo portal A12, o Santuário Nacional de Aparecida participará da "Jornada Mariana" promovida nos dias 12 e 13 de outubro, pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização com o tema: "Bem-aventurada aquela que acreditou"

O evento faz parte das iniciativas do Vaticano para o Ano da Fé e reunirá os Santuários Marianos do mundo inteiro para a oração do rosário. No dia 12, às 14h (horário do Brasil) por meio de uma videoconferência, nove santuários se unirão em oração, entre eles, o Santuário de Aparecida.
Os fiéis poderão participar da oração do rosário no Santuário Nacional, realizada no Altar Central. Na programação, cada santuário deverá rezar dez “ave-marias” em sua língua local.

Ainda no dia 12, solenidade de Nossa Senhora Aparecida no Brasil, o Papa Francisco receberá na Praça de São Pedro, a imagem de Nossa Senhora de Fátima e fará uma catequese. Após o encontro com o papa os peregrinos se dirigirão ao Santuário do Divino Amor, em Roma. No dia seguinte, o Papa presidirá no Vaticano, às 10h, a Missa de encerramento da “Jornada Mariana”, que ocorre no Marco do Ano da Fé, convocado pelo bispo emérito de Roma, Bento XVI, recordando os 50 anos do Concílio Vaticano II, e que se estende até o dia 14 de novembro deste ano.

Fonte: ACI Digital

Exposição: Mestres do Renascimento




A Exposição está no

Centro Cultural Banco do Brasil - SP

São Paulo • Rua Álvares Penteado, 112 - Centro CEP: 01012-000 São Paulo (SP) (11) 3113-3651/3652 | ccbbsp@bb.com.br Horários: seg, qua, qui e sex de 10h às 22h sáb e dom de 08h às 22h


Prepare-se para se despedir dos ‪#‎MestresdoRenascimento‬.

O CCBB São Paulo ficará aberto das 7h de sábado (28/9) até as 22h de domingo (29/9).

Não perca esta oportunidade!

Exposição: "Quem é o homem do sudário?"

Eu Fui!

Como publicamos anteriormente aqui, a Exposição Internacional: "Quem é o homem do Sudário?" está no Santana Parque Shopping – Praça de eventos.
Rua Conselheiro Moreira de Barros, 2.780
Santana | São Paulo | SP | Brasil 


Confira algumas fotos:










Vale a pena conferir!
A Exposição vai até dia 29/09!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Igreja de Batatais (SP) vira ateliê para restauro de obras de Portinari


Mancha d´água no detalhe da tela "O Batismo", de Candido Portinari, na Igreja Senhor Bom Jesus da Cana Verde, de Batatais (SP). Edson Silva-16.fev.2012/Folhapress
Mancha d´água no detalhe da tela “O Batismo”, de Candido Portinari, na Igreja Senhor Bom Jesus da Cana Verde, de Batatais (SP). Edson Silva/Folhapress

A Igreja do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, em Batatais (352 km de São Paulo), vai se transformar num ateliê improvisado para que as 28 telas do pintor Candido Portinari sejam restauradas.

A Secretaria de Estado da Cultura anunciou que vai liberar R$ 374 mil para a prefeitura, por meio de um convênio, para o restauro.

Ao doar as telas à igreja, Portinari determinou que elas nunca saíssem do templo. Em razão dessa exigência, o restauro será feito na igreja.

A paróquia tem o maior acervo sacro do artista, mas as obras sofrem desde 2009 com a ação de cupins e infiltração. O impasse com o poder público para restaurar os quadros arrasta-se desde então e motivou até ação do Ministério Público Federal.

O início da restauração não foi confirmado pelo Estado, mas, segundo a prefeitura, deve começar até novembro.

Na avaliação da restauradora Florence White de Vera, escolhida para recuperar as obras, elas têm problemas sérios. “Há telas encaixadas na parede e o prédio sofre interferência climática”, afirmou.

“Mas o conjunto não corre grandes riscos”, disse ela, que já recuperou outras obras do artista, como as do Banco Central, em Brasília.
Iniciada a restauração, Florence estima que o trabalho dure cerca de um ano.

Segundo o advogado da igreja, Túlio de Carvalho, uma das razões para a demora desde que foram constatados os cupins era a necessidade do tombamento completo da obra pelo Condephaat, órgão estadual do patrimônio. Só 14 telas eram protegidas. O tombamento de todas foi concluído este ano.

Fonte: Folha de S. Paulo


Nossa Senhora do Rosário e sua relação com a cultura afro-brasileira


Fonte: Museu de Arte Sacra dos Jesuítas

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Música clássica nas comemorações pelos 15 anos do Museu de Arte Sacra

Extraído de: Governo/PA 

Uma das mais importantes instituições culturais do Pará, o Museu de Arte Sacra (MAS), comemora no próximo sábado (28), 15 anos de criação. A data será celebrada já na quarta-feira (25), às 19 h, na Igreja de Santo Alexandre, com a conferência “A importância do Museu de Arte Sacra para a História: 15 anos depois”. Em seguida, músicos da Fundação Carlos Gomes apresentarão músicas de “Handel e Bach”.
As comemorações pelo aniversário do MAS integram a programação da 7ª Primavera de Museus, uma ação conjunta entre as instituições museológicas de todo o país e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
Em Belém, a programação conta ainda com palestras, conferências, exposições de fotografias, exibição de filmes, oficinas e outras ações educativas, nos espaços do Sistema Integrado de Museus (SIM), vinculado à Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e em instituições de ensino, como a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Ecomuseu da Amazônia.

“A ideia dessa programação é chamar a atenção para o fato de os museus não estarem relacionados apenas à questão da conservação, mas também à valorização da nossa cultura. A programação da 7ª Primavera de Museus está trazendo uma ampla programação gratuita aos nossos museus”, disse o padre Ronaldo Menezes, diretor, em exercício, do Sistema Integrado de Museus (SIM).

O secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, anunciou um projeto de restauração para o MAS. “Quando inauguramos este museu conseguimos que ficasse aqui uma coleção importante de imagens e objetos sacros. Esse espaço passou por momentos difíceis, mas tive a feliz ideia de convidar o padre Ronaldo para dirigir esse museu, e que sempre cobrou a restauração do Museu de Arte Sacra. Por isso, temos a felicidade de comemorar esses 15 anos, do conjunto da Igreja e do Museu e, principalmente, daquilo que é extraordinário, a sua iluminação. Vamos ter a bênção de restaurá-la”, informou.

O espaço revitalizado foi inaugurado em 28 de setembro de 1998, no antigo Palácio Episcopal. Integrada ao Museu está a Igreja de Santo Alexandre, originalmente Igreja de São Francisco Xavier, construída pelos jesuítas com a participação de mão de obra indígena, entre o fim do século XVII e início do século XVIII, e inaugurada em 21 de março de 1719.

Dentre as várias modificações arquitetônicas e decorativas que sofreu, a Igreja herdou como estilo predominante o barroco. Com mais de 400 peças, o acervo do Museu é composto por imagens e objetos sacros dos séculos XVIII ao XX.

As coleções, em princípio formadas pelas peças da própria Igreja de Santo Alexandre, foram depois enriquecidas com imagens e objetos provenientes de outras igrejas do Pará e de coleções particulares.

INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS DE DOURAMENTO


Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura e Museu de Arte Sacra de São Paulo promovem o curso livre

INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS DE DOURAMENTO

DOCENTE: Regina Gierlember, odontóloga, artista plástica, conservadora-restauradora, consultora de técnicas. Fundadora e ex-presidente da Associação Paulista de Conservadores Restauradores de Bens Culturais (APCR).

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
  • Materiais e instrumentos – uso, receitas e preparos
  • Suportes – tipos e tratamentos específicos prévios
  • Técnicas de aplicação
  • Prática de “pastiglio”
  • Características do bolo de armênia
  • Aplicação do ouro nas técnicas à água, a mordente e a “mixtion” oleoso
  • Brunidura
  • Punção
  • Desenhos sulcados
  • Proteção e pátinas
Os alunos deverão trazer dois pincéis chatos de pelo de boi de 2 cm de largura (de boa qualidade) e um pincel redondo de pelo de marta nº 1 ou nº 2. Os demais materiais estão inclusos no valor.
O Museu fornecerá certificado de participação.

Período: 18 e 19 de outubro
Aulas: 9h00 às 16h30Carga horária: 12 horasVagas: 26Valor: R$ 360Inscriçõesmfatima@museuartesacra.org.br  
Informações: (11) 5627.5393Local: Sede Administrativa do Museu de Arte Sacra de São PauloEndereço: Rua São Lázaro, 271, Bom Retiro. Metrô Tiradentes.Estacionamento: Rua Jorge Miranda, 43 (gratuito)


Fonte: Museu de Arte Sacra de São Paulo

Museu de Arte Sacra de Uberaba-MG

 
Museu de Arte Sacra (MAS)
Exposição do acervo
Administrado pela Fundação Cultural
Horário de visitação: Terça a sexta das 12h às 18h e sábado e domingo das 8h às 12h – Igreja Santa Rita – Praça Manoel Terra, snº – Centro
Telefone: 3316-9886
Coordenador: Hélio Siqueira

masmuseusdeartedeuberaba@yahoo.com.br
*Visitas guiadas deverão ser agendadas com antecedência através do telefone do museu.

 
O Museu de Arte Sacra está instalado na Igreja de Santa Rita, construída em Uberaba, no ano de 1854, e tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1939.

O acervo, rico em peças barrocas dos séculos XVIII e XIX, conta a história da Igreja Católica na região. Muitas peças são provenientes de doações da Cúria Metropolitana, sobressaindo-se as seções de vestes sacras, estandartes de procissões, paramentos, alfaias, imagens e mobiliário. 

Um dos exemplos de seu valioso acervo é o Conjunto de Casula feito com tecido bordado com linha e fios de ouro, proveniente da França em 1909.   Depois de um longo período em que ficou fechada para restauração do local, a igreja retomou suas atividades normais, desta vez com um novo projeto para o acervo de obras sacras, com exposições temáticas.Após a restauração da igreja, o museu ficou fechado por um tempo para reorganização e limpeza do acervo e agora retorna com funcionamento de terça a sexta, das 12h às 18h e aos finais de semana das 8 às 12h.

Dentre as peças do acervo está a escultura em madeira policromada de Santa Rita de Cássia ou Santa Rita das Causas Impossíveis para os mais devotos, sendo a única imagem que restou da capelinha original, erguida pelo advogado Cândido Justiniano da Lira Gama em 1854. A base da imagem foi refeita após a criação do Museu de Arte Sacra, seguindo o modelo original apodrecido. No ano de 2003 a imagem foi devidamente restaurada.

Desde seu surgimento a igrejinha de Santa Rita se tornou ponto obrigatório de visitação e ao longo de sua história serviu de inspiração para fotógrafos, poetas e pintores do Brasil e do mundo. A igreja é o único prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural em todo o Triângulo Mineiro.

Recentemente passou por reforma da instalação de uma cerca ao redor da igreja e foi realizado pela Casa do Artesão, com incentivos de empresas da cidade, por meio da Lei Rouanet. O orçamento total do projeto de restauração do prédio foi de aproximadamente R$ 770 mil.

A Fundação Cultural informa que todos os meses os fieis podem se preparar para a missa em louvor a Santa Rita, sempre no dia útil mais próximo do dia 22, às 18h30. A celebração é realizada pelo pároco da Paróquia de São Domingos.

Museu de Arte Sacra
Nosso Senhor dos Passos
Madeira Entalhada e Policromada
Século XIX
Alt 176 cm
Proveniente da Catedral de Uberaba 



Igreja de Santa Rita – 159 Anos
Hélio Ademir Siqueira*
Os historiadores são unânimes em dizer que o período de maior prosperidade de Uberaba no século XIX, se deu em 1820 a 1859. Foi nessa época que a localidade, vencendo as etapas de dificuldades de sua fundação, alcançou as prerrogativas de vila e cidade.

Neste ambiente de comércio intenso e desenvolvimento constante, sob a proteção de seus padroeiros São Sebastião e Santo Antônio, a fé do povo se expandiu e mais uma capela foi erigida, dedicada a Santa Rita das Causas Impossíveis.

Cândido Justiniano da Lira Gama, devoto que era de Santa Rita, e em cumprimento de uma promessa para se livrar do vício da bebida, mandou construir em 1854 a pequena capelinha em louvor a Santa.
Em 1877, o tempo implacável com essa construção singela, solicita reparos urgentes que são providenciados pelo negociante Major Joaquim Rodrigues de Barcelos, também atendido por Santa Rita em seu pedido de se tornar pai. Em 1881, os padres dominicanos se estabeleceram em Uberaba realizando sua catequese na igreja de Santa Rita que se tornou pequena para tantos fiéis.
Os ritos sagrados são transferidos para a imponente Igreja de São Domingos inaugurada em 1904 e a igrejinha de Santa Rita permaneceu fechada ao culto religioso durante muitos anos, sofrendo com o desuso, mais uma vez, as consequências do tempo.

Enquanto outras igrejas mais imponentes eram construídas na cidade, Santa Rita se achava em ruínas, foi quando por volta de 1939, Gabriel Totti requisitou e conseguiu do recém criado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional "IPHAN" o título de Monumento Histórico para a graciosa construção.

A Igreja de Santa Rita, pela sua singela beleza, tornou-se ponto obrigatório de visitas e ao longo de sua história, motivo de inspiração de pintores, poetas e fotógrafos - Anatólio Magalhães, José Maria dos Reis Júnior, Almeida Carvalho, Genesco Murta, Ovídio Fernandes e Hélio Siqueira pintaram muitas vezes e em muitos estilos o monumento aninhado na impotente colina, e tendo como pano de fundo um rico paredão verde. Em ruínas ou restaurado, fotógrafos, tais como o imigrante Ângelo Prieto e tantos outros, exploraram a sensibilidade para registrá-la e guardá-la como documentos para a prosperidade.
Com a criação da Fundação Cultural de Uberaba, seu primeiro Diretor, o poeta Jorge Alberto Nabut, com empenho do Arcebispo Dom Benedito de Ulhôa Vieira da Cúria Metropolitana, inauguraram o Museu de Arte Sacra no dia 11 de maio de 1987.

Hoje, a Igreja de Santa Rita é um espaço respeitado por todos nós, onde religiosidade, beleza e cultura se mesclam, enchendo de orgulho e fé a alma do povo Uberabense.

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*Hélio Ademir Siqueira - Agente de Projetos Culturais da Fundação Cultural de Uberaba.
  
  



"ÍCONE" 
Pintura sobre madeira - Trípitico - Doação - Domitila Ribeiro Borges 

Histórico: "Ícone" é uma palavra grega que significa "imagem", representação. No ícone, a Igreja não vê apenas um aspecto qualquer do ensinamento cristão, mas a expressão do cristianismo em sua totalidade.

Por isso, é impossível compreender ou explicar a arte eclesiástica fora da Igreja e de sua vida. O ícone, como imagem sagrada, é uma das manifestações da Tradição da Igreja. A veneração dos ícones do Salvador, da Mãe de Deus, dos Anjos e dos Santos é um Dogma da fé cristã que foi formulado no II Concílio Ecumênico de Nicéia (787) - um dogma que emana da confissão fundamental da Igreja: a encarnação do Filho de Deus. O ícone de Nosso Senhor é o testemunho de sua encarnação, verdadeira, não ilusória. O significado dogmático do ícone foi claramente formulado durante o período iconoclasta.
Museu de Arte Sacra
CONJUNTO DE CASULA
Tecido bordado com linha e fios de ouro - Ano - 1909
Doação - Dom Benedito de Ulhôa Vieira

Histórico - Conjunto de Casula, Estola, Manípulo, Pala e Véu do Cálice. Peças encomendadas na França por Generosa Liberal Pinto para Ordenação Sacerdotal do filho Pe. Gastão Liberal Pinto, em São Paulo (1909) que as usou novamente em 1934 ao sagrar-se Bispo de São Carlos (SP). Foram doadas pela mesma em 1948, a Dom Benedito de Ulhôa Vieira quando ordenou-se Sacerdote. O Bispo Emérito de Uberaba usou-o pela segunda vez em agosto de 1978, doando-os então ao Museu de Arte Sacra, do qual é fundador.

A Casula é bordada em relevo com fios de ouro e outros materiais. Apresenta nas bordas desenho primoroso inspirado na vegetação, tendo ao centro grande cruz barroca, com raios, flores de lis estilizadas, botões de rosas e outros vegetais, numa exuberante alegoria ao Sagrado Coração de Jesus. Na tradição católica, as Missas eram rezadas pelo Sacerdote de costas para os fiéis e de frente para o Altar. Daí a tradição de enriquecerem os paramentos litúrgicos na face vista pelos fiéis.
 Santa Rita de Cássia
SANTA RITA DE CÁSSIA
Madeira Policromada - Ano - 1854 (aproximadamente) Acervo Museu de Arte Sacra
Esta escultura em madeira policromada de Santa Rita de Cássia, ou Santa Rita das Causas Impossíveis, é a única imagem que restou da Capelinha original erguida pelo advogado Cândido Justiniano da Lira Gama em 1854.

A imagem é caracterizada com o hábito das freiras Agostinianas - pintado de marrom escuro com pala branca e véu também marrom, cingindo a cintura uma cinta preta. Tem olhos de vidro. Santa Rita é representada com uma chaga na testa - segura na mão direita um Crucifixo (desaparecido) na esquerda uma palma entalhada e na cabeça um lindo resplendor de prata, raiado (não original). A base da imagem foi refeita após a criação do Museu de Arte Sacra, seguindo o modelo original apodrecido.
A imagem foi devidamente restaurada em novembro de 2003.

Histórico: Rita nasceu na pequena aldeia na região de Cássia/Itália, província da Úmbria, chamada Roccaporena, a 22 de maio de 1381, filha do casal Antônio e Amata. Os historiadores costumam afirmar que a Úmbria é terra de bandidos e Santos, dada a confusão em que vivia a Europa da época ameaçada principalmente pela invasão dos mulçumanos.

Foi nesse ambiente agitado que Rita viveu e deu seu testemunho de fé e santidade. Desde criança, convivendo numa família católica, Rita imaginava viver a felicidade dentro de um convento, único lugar reservado a paz e a meditação, mas muitos outros fatos vão se suceder antes que isso aconteça.
Aos 17 ou 18 anos Rita casa-se com o violento Paulo Ferdinando jovem famoso na região por suas mazelas e bebedeiras.

A região de Rita Contava com vários conventos dos frades agostinianos - famosos por sua santidade e pregadores do evangelho. Como provocação, Rita de Cássia perde o marido assassinado, e num curto espaço de tempo seus dois filhos que vão vingar a morte do pai.

Por amor a Deus Rita tenta colocar em prática sua decisão de infância, de tornar-se religiosa realizando seu antigo desejo de doação a Deus. Para que as rígidas regras do convento aceitassem a decisão de Rita, foi necessária muita persistência, pois os conventos não aceitavam viúvas.
Foi neste espaço de paz e fé cristã que Rita pode vivenciar tudo que aprendera com a doutrina de Santo Agostinho.

No ano santo de 1450, durante a celebração do Jubileu, Rita faz uma peregrinação a Roma e nesta caminhada penosa de Cássia até o centro do cristianismo, a chaga que Rita tinha aberta na testa, fecha-se como Milagre alcançado pela fé.

Santa Rita morreu no dia 22 de maio de 1457, contando 76 anos de idade.
A partir de sua morte cresceu a fama de sua santidade, manifestada através de vários milagres e o humilde convento das agostinianas de Cássia tornou-se ponto de peregrinação.

Por um privilégio singular Santa Rita nunca foi enterrada, seu corpo foi colocado em uma caixa de nogueira sob o Altar, permanecendo intacto até nossos dias na basílica a ela construída em 1925.
Rita foi beatificada em 1628 e a canonização foi realizada no dia de Pentecostes no ano santo de 1900. A devoção a Santa Rita se espalhou rapidamente pelo mundo e são muitas as homenagens que o povo lhe presta, através da construção de Igrejas, nomes de cidades, lojas e pessoas.

Relíquias
 "RELÍQUIAS"
Conjunto de relíquias com 63 peças - Doação - Dom Benedito de Ulhôa Vieira
Uma relíquia é um objeto preservado para efeitos de veneração no âmbito de uma religião, sendo normalmente uma peça associada a uma história religiosa. Podem ser objetos pessoais ou partes do corpo de um Santo. O culto das relíquias atingiu seu apogeu no catolicismo. As relíquias são usualmente guardadas em receptáculos próprios chamados relicários.

Histórico: O primeiro exemplo do culto de uma relíquia por crentes cristãos surge em 156 em Smyrna (atual Esmirna na Turquia), a propósito do martírio de São Policarpo relatado, por exemplo, nas obras de Eusébio de Cesaréia. Depois de ter sido queimado na fogueira, os discípulos do mártir recuperaram os ossos calcinados do seu mestre e acolheram-os com objetos sagrados. Mais tarde diversos milagres foram atribuídos a esta relíquia e a busca por objetos semelhantes tornou-se cada vez mais popular, conduzindo, por exemplo, à descoberta da Cruz da Crucificação de Jesus Cristo em cerca de 318 d.C.
As relíquias e o culto aos Santos sempre ocuparam lugar de destaque na Igreja Católica desde seus primórdios. Estes costumes foram acentuados no século XVI quando houve o grande cisma em que o monge Martinho Lutero da Igreja Alemã colocou em dúvida a venda das indulgências.

As relíquias eram usadas nas Igrejas nas cerimônias após a Missa do dia do Santo.
Ex: São Sebastião - 20 de janeiro, Santa Rita - 22 de maio, Santa Cecília - 22 de novembro. Os fiéis em fila beijavam respeitosamente a relíquia que era apresentada pelos padres que oficializavam a cerimônia.
Pietá
PIETÁ
Cerâmica Paulistinha
Século XVIII
Aquisição: Acervo do Museu de Arte Sacra
Na cronologia cristã "Pietá" significa "piedade". É a Mãe segurando o corpo do Filho morto momentos depois de retirado da Cruz.
É um tema recorrente de todos os artistas que sempre comunicam, através de suas obras, o momento dramático vivido por Maria.

Pesquisa: Hélio Siqueira
Auxiliar de Ação Cultural: Adriana Cristina Silva e Ozana Soares Durão


Fonte: Prefeitura de Uberaba-MG

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O Silêncio e o Canto

A participação dos fiéis no autêntico espírito da liturgia.

Mons. Guido Marini

“Introdução ao espírito da liturgia” é o tema da conferência que o Mestre das celebrações litúrgicas pontifícias pronunciou no dia 14 de Novembro, em Gênova (Itália), a um grupo diocesano de animadores musicais da liturgia. Publicamos alguns trechos da intervenção.
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É urgente reafirmar o autêntico espírito da liturgia, do modo como está presente na ininterrupta tradição da Igreja e tem sido testemunhado, em continuidade com o passado, no magistério mais recente: a partir do Concílio Vaticano II até Bento XVI. Usei a palavra “continuidade”. É um termo querido ao actual Pontífice, que fez dele competentemente o critério para a única interpretação correcta da vida da Igreja e, em particular, dos documentos conciliares, assim como dos propósitos de reforma a todos os níveis neles contidos. E como poderia ser diferente? Porventura, podemos imaginar uma Igreja antes e outra depois, como se tivesse sido produzida uma suspensão na história do corpo eclesial? Ou então, podemos afirmar que a Esposa de Cristo entrou, no passado, num tempo histórico no qual o Espírito não a tenha assistido, de modo que este tempo deva ser quase esquecido ou apagado?

E no entanto, às vezes, algumas pessoas dão a impressão de que aderem àquela que é justo definir como uma verdadeira ideologia, ou seja, uma idéia preconcebida, aplicada à história da Igreja e que nada tem a ver com a fé autêntica.

É fruto dessa ideologia, desviante, por exemplo, a repetida distinção entre Igreja pré-conciliar e Igreja pós-conciliar. Tal linguagem pode até ser legítima, contanto que não se compreendam deste modo duas Igrejas: uma – a pré-conciliar – que nada teria a dizer ou dar porque está irremediavelmente superada; e a outra – a pós-conciliar – que seria uma realidade nova nascida do Concílio e de um seu presumível espírito, em ruptura com o seu passado.

O que se afirmou até agora acerca da “continuidade” tem algo a ver com o tema que fomos chamados a enfrentar? Sim, de maneira absoluta. Porque não pode existir o autêntico espírito da liturgia se não nos aproximarmos dela com ânimo sereno, não polémico acerca do passado, quer remoto quer próximo. A liturgia não pode nem deve ser terreno de conflito entre quem encontra o bem só naquilo que estava antes de nós e quem, ao contrário, no que estava antes encontra quase sempre o mal. Só a disposição para olhar o presente e o passado da liturgia da Igreja como um património único e em desenvolvimento homogéneo pode conduzir-nos a haurir com júbilo e gosto espiritual o autêntico espírito da liturgia. Por conseguinte, é um espírito que devemos receber da Igreja e que não é fruto das nossas invenções. Um espírito, acrescento, que nos leva ao essencial da liturgia, ou melhor, à oração inspirada e guiada pelo Espírito Santo, na qual Cristo continua a vir até nós contemporâneo, a fazer irrupção na nossa vida. Deveras o espírito da liturgia é a liturgia do Espírito.

Na medida em que nos assemelhamos ao autêntico espírito da liturgia, tornamo-nos também capazes de entender quando uma música ou um canto podem pertencer ao património da música litúrgica ou sacra. Noutras palavras, capazes de reconhecer a única música que tem direito de cidadania no rito litúrgico, porque é coerente com o seu espírito autêntico. Então, se no início deste curso falámos sobre o espírito da liturgia, fizemo-lo porque só a partir dele é possível identificar quais são a música e o canto litúrgico.

Em relação ao tema proposto não pretendo ser cabal. Nem tratar todos os temas que seria útil enfrentar para um panorama completo da questão. Limito-me a considerar alguns aspectos da liturgia com referência específica à celebração eucarística, assim como a Igreja os apresenta e do modo como aprendi a aprofundá-los nestes dois anos de serviço ao lado de Bento XVI: um verdadeiro mestre de espírito litúrgico, quer através do seu ensinamento, quer do exemplo da sua celebração.

A participação activa

Os santos celebraram e viveram o acto litúrgico participando concretamente nele. A santidade, como êxito da sua vida, é o testemunho mais bonito de uma participação deveras viva na liturgia da Igreja. Portanto, de modo justo e providencial, o Concílio Vaticano II insistiu muito sobre a necessidade de favorecer uma participação autêntica dos fiéis na celebração dos santos mistérios, no momento em que recordou a chamada universal à santidade. Esta indicação competente encontrou confirmação e relançamento pontuais nos inúmeros documentos sucessivos do magistério até aos nossos dias.

Contudo, nem sempre houve uma compreensão correcta da “participação activa”, da maneira como a Igreja ensina e exorta a vivê-la. Certamente, participa-se activamente inclusive quando se realiza, dentro da celebração litúrgica, o serviço que é próprio a cada um; quando se tem uma compreensão melhor da Palavra de Deus ouvida e da oração recitada; quando se une a própria voz à dos outros no canto coral… Entretanto, tudo isto não significaria participação verdadeiramente activa se não conduzisse à adoração do mistério de salvação em Jesus Cristo morto e ressuscitado por nós: porque só quem adora o mistério, acolhendo-o na própria vida, demonstra ter compreendido o que se está a celebrar e, por conseguinte, ser autenticamente partícipe da graça do acto litúrgico.

A verdadeira acção que se realiza na liturgia é a acção do próprio Deus, a sua obra salvífica em Cristo a nós participada. Esta, entre outras, é a verdadeira novidade da liturgia cristã em relação às outras acções cultuais: o próprio Deus age e realiza o que é essencial, enquanto o homem é chamado a abrir-se à acção de Deus, com a finalidade de permanecer transformado nela. O ponto essencial da participação activa, consequentemente, é que a diferença entre o agir de Deus e o nosso seja superada, que nos possamos tornar um só em Cristo. Eis porque não é possível participar sem adorar. Escutemos ainda um trecho da Sacrosanctum concilium: “É por isso que a Igreja procura, solícita a cuidadosa, que os cristãos não assistam a este mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na acção sagrada, consciente, piedosa e activamente, por meio de uma boa compreensão dos ritos e orações; sejam instruídos na Palavra de Deus; se alimentem na mesa do Corpo do Senhor; dêem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer juntamente com o sacerdote, que não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada; que dias após dia, por Cristo Mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos” (n. 48).

Em relação a isto, o restante é secundário. Em particular, refiro-me às acções exteriores, não obstante importantes e necessárias, previstas sobretudo durante a Liturgia da Palavra. Cito-as porque se se tornarem o essencial da liturgia e forem reduzidas a um agir genérico, então o autêntico espírito da liturgia ficará subentendido. Consequentemente, a verdadeira educação litúrgica não pode consistir simplesmente na aprendizagem e no exercício de actividades exteriores, mas na introdução à acção essencial, à obra de Deus, ao mistério pascal de Cristo pelo qual se deixar alcançar, envolver e transformar. E não se confunda a realização de gestos externos com o justo envolvimento da corporeidade no acto litúrgico. Sem nada subtrair ao significado e importância do gesto externo que acompanha o acto interior, a Liturgia exige muito mais do corpo humano. De facto, requer o seu total e renovado empenho na quotidianidade da vida. É o que Bento XVI chama “coerência eucarística”. Justamente o exercício pontual e fiel dessa coerência é a expressão mais autêntica da participação inclusive corpórea no acto litúrgico, na acção salvífica de Cristo.

Acrescento ainda. Estamos certos de que a promoção da participação activa consiste em tornar tudo o mais possível e imediatamente compreensível? Será que o ingresso no mistério de Deus às vezes pode ser acompanhado melhor pelo que senibiliza as razões do coração? Em alguns casos, não acontece que se dá um espaço desproporcionado à palavra, maçadora e banalizada, esquecendo que à liturgia pertencem palavra e silêncio, canto e música, imagens, símbolos e gestos? E, porventura, a língua latina, o canto gregoriano e a polifonia sacra não pertencem a esta múltipla linguagem que introduz no centro do mistério e, portanto, na verdadeira participação?

Qual música para a liturgia

Não compete a mim aprofundar o que concerne à música sacra ou litúrgica. Outros, com mais competência, tratarão o temo no decurso dos próximos encontros.

Entretanto, oq eu gostaria de realçar é que a questão da música litúrgica não pode ser considerada independentemente do autêntico espírito da liturgia e, por conseguinte, da teologia litúrgica e da espiritualidade que deriva dela. Então, o que se afirmou – ou seja que a liturgia é um dom de Deus que a Ele nos orienta e que, mediante a adoração, nos permite sair de nós mesmos para nos unir a Ele e aos outros – não só procura fornecer alguns elementos úteis para a compreensão do espírito litúrgico, mas também elementos necessários ao reconhecimento do que música e canto verdadeiramente podem dizer à liturgia da Igreja.

A propósito, permito-me uma breve reflexão orientativa. Poder-se-ia perguntar o motivo pelo qual a Igreja nos seus documentos, mais ou menos recentes, insiste em indicar um determinado tipo de música e de canto como especialmente conformes com a celebração litúrgica. Já o Concílio de Trento inteviera no conflito cultural então em acto, restabelecendo a norma pela qual na música a aderência à Palavra é prioritária, limitando o uso dos instrumentos e indicando uma clara diferença entre música profana e música sacra. Com efeito, a música sacra nunca pode ser entendida como expressão de pura subjectividade. Ela está ancorada nos textos bíblicos ou da tradição, e deve ser celebrada na forma de canto. Em época mais recente, o Papa São Pio X interveio de modo análogo, procurando afastar a música operística da liturgia e indicando o canto gregoriano e a polifonia da época da renovação católica como critério da música litúrgica, para que fosse diferenciada da música religiosa em geral. O Concílio Vaticano II afirmou as mesmas indicações, assim como as intervenções magisteriais mais recentes.

Por que, então, a insistência da Igreja em apresentar as características típicas da música e do canto litúrgico, de tal modo que permaneçam distintos de todas as outras formas musicais? E por que o canto gregoriano como a polifonia sacra clássica resultam ser formas musicais exemplares, à luz das quais continuar hoje a produzir música litúrgica, inclusive popular?
A resposta a esta pergunta está exactamente naquilo que procuramos afirmar a propósito do espírito da liturgia. São precisamente aquelas formas musicais – na sua santidade, bondade e universalidade – que traduzem em notas, melodia e canto o autêntico espírito litúrgico: orientando para a adoração do mistério celebrado, favorecendo uma participação autêntica e integral, ajudando a compreender o sagrado e, portanto, a primazia essencial da acção de Deus em Cristo, permitindo um desenvolvimento musical não desligado da vida da Igreja e da contemplação do seu mistério.

Permiti-me uma última citação de Joseph Ratzinger: “Gandhi evidencia três espaços de vida dos cosmos e mostra como cada um destes três espaços vitais comunica também um modo próprio de ser. No mar vivem os peixes, que se calam. Os animais sobre a terra gritam, mas os pássaros, cujo espaço vital é o céu, cantam. Calar é próprio do mar; gritar, da terra; cantar, do céu. Contudo, o homem participa nos três: ele traz em si a profundidade do mar, o peso da terra e a elevação do céu; por isso são suas também as três propriedades: calar, gritar e cantar. Hoje (…) vemos que ao homem sem transcendência permanece apenas o gritar, porque quer ser só terra e procura fazer tornar-se terra inclusive o céu e a profundidade do mar. A verdadeira liturgia, a liturgia da comunhão dos santos, restitui-lhe a própria totalidade. Ensina-lhe de novo o calar e o cantar, abrindo-lhe a profundidade do mar e ensinando-lhe a voar, a essência do anjo; ao elevar seu coração, faz ressoar de novo nele aquele canto que se tinha quase adormecido. Aliás, podemos dizer até que a verdadeira liturgia se reconhece exactamente pelo facto que nos liberta do agir comum e nos restitui a profundidade e a elevação, o silêncio e o canto. A verdadeira liturgia reconhece-se pelo facto que é cósmica, não sob medida para um grupo. Ela canta com os anjos. Cala-se com a profundidade do universo em expectativa. E assim, redime a terra” (Cantate al Signore um canto nuovo, PP. 153-154)

Concluo. Já há alguns anos, na Igreja fala-se sobre a necessidade de uma renovação litúrgica. De um movimento, de qualquer modo semelhante ao que lançou as bases para a reforma promovida pelo Concílio Vaticano II, que seja capaz de actuar uma reforma da reforma, ou melhor ainda, um passo em frente na compreensão do autêntico espírito litúrgico e da sua celebração: levando a cabo dessa maneira a reforma providencial da liturgia que os Padres conciliares começaram, mas que nem sempre, na actuação prática, encontrou uma realização pontual e satisfatória.

Fonte: L’Osservatore Romano

domingo, 22 de setembro de 2013

Cristo morto de Mariano Benlliure para Crevillent (Alicante)

Artigo de Sergio Lledó Mas (05/09/2013)
 


 
 

 A iconografia de Jesus deitado no Sepulcro é um dos mais recorrentes no imaginário espanhol, existentes em nosso país grandes obras de arte que retratam este título. Artistas clássicos do porte de Gregorio Fernández, Juan de Juni ou Gaspar Becerra, e o próprio Mariano Benlliure, durante o século passado, fizeram esculturas retratando Jesus morto no sudário.

Sem dúvida, uma das representações da Paixão de Jesus que o prestigiado escultor valenciano cultivou com mais êxito foi o tema da deposição de Cristo, especificamente, Mariano Benlliure fez três criações sob essa invocação com poucas variações entre eles: uma para o município de Hellin, uma para a cidade valenciana de Ontinyent (Onteniente), e o último para Crevillent (Alicante).



 

 
 

A imagem que ocupa o nosso estudo é a de Crevillent, concebido para ser vista pelo espectador frontalmente. Ele tem a cabeça e do corpo que descansa sobre a blindagem a partir da parte dianteira, e os braços estendidos sobre a cama, separados a partir do tronco, formando uma figura completamente simétrica.

O Cristo deitado de Crevillent, obra talhada por Benlliure em 1946, e é considerado uma das obras-primas do escultor levantino. Representa o momento em que Cristo, crucificado e levado para o túmulo está em posição deitada sobre um lençol. Falamos, portanto, de uma estátua de Cristo, morto e retirado da cruz, coberto apenas com "pano da pureza".

Benlliure realiza uma imagem totalmente contrária ao conceito do barroco espanhol: um Cristo morto, sem enfatizar feridas visíveis ou ao rigor mortis. O escultor valenciano com grande realismo mostra uma simulação da divindade que apenas exibe sinais de dor de sofrimento, um corpo nu, equilibrado e sereno deitado em uma mortalha branca, em que destaca as dobras delicadas.

Ao mesmo tempo, Benlliure, um especialista sobre a funcionalidade devocional e procissional dessas obras, oferece muitos detalhes pungentes fiéis de grande impacto dramático, como sua cabeça caiu para o lado esquerdo e os olhos e a boca semi-aberta, com o dentes à mostra; representa neste caso da morte violenta de Jesus. Em seu rosto olhar escorre finas de sangue causado pela coroa de espinhos.


 
 


Existem várias histórias sobre a "Deposição de Cristo" de Crevillent, a mais famosa é que o próprio Benlliure professava uma grande devoção a ele, situado numa localização central em seu estudio-casa em Madrid Rua Abascal, a tal ponto que todas as manhãs, ao levantar, colocava um buquê de rosas aos pés da imagem, e coletá-los ao final do dia para o colocar em sua mesa de cabeceira.

Outra história diz que, para modelar essa imagem, o escultor realizada em várias visitas em Madri para um hospital de tuberculosos, tomando como modelo alguns pacientes da temida doença infecciosa, cujos sintomas, tais como características magros ou perda de peso, refletida na figura reclinada (deitada).

Como mencionado acima, este magnífico Benlliure "Deposição de Cristo" é a imagem da procissão e participar toda Sexta-feira Santa à noite na famosa Procissão do Cristo Morto da Semana Santa crevillentina. Ao longo do ano, é preservada no Museu da Semana Santa de Crevillent.

 
 


Nota: Sergio Lledó Mas é diretor do Museu da Semana Santa de Crevillent (Alicante).


Arquivo de fotografias do Museu da Semana Santa de Crevillent (Alicante)  

 Texto original em espanhol: La Hornacina
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