sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Basílica Nossa Senhora do Rosário, dos Arautos

PoR E. Marçal/ Direto da Sacristia
Com informações da página dos Arautos do Evangelho e fotos da agência Gaudium Press
No dia 24 de maio de 2012, quinta-feira, memória da Virgem Maria Auxílio dos Cristãos, é declarado o título de basílica menor da Igreja Nossa Senhora do Rosário, dos Arautos do Evangelho, localizada na cidade de Caieiras (SP).

Imagem recente do aspecto frontal da igreja
É vista a atual fase dos trabalhos de acabamento externo da igreja

A mencionada igreja situa-se na Casa Thabor, casa generalícia da sociedade Clerical de Direito Pontífico Virgo Flos Carmeli. O complexo compreende a igreja, o Instituto teológico São Tomás de Aquino e o Instituto Filosófico Aristotélico Tomista. Estão dentro da circunscrição da diocese de Bragança Paulista, na Paróquia Nossa Senhora das Graças, paróquia sob a responsabilidade dos Arautos do Evangelho. O seu projeto foi orientado por Mons. João Scognamiglio Clá Dias e desenhado pelo arquiteto espanhol Baltazar González Fernández, já falecido. Foi construída em estilo gótico; Por sua estrutura e sua decoração, lembra propositalmente a Saint-Chapelle em Pais, capela do palácio real, construída por São Luis IX, Rei de França para guardar as relíquias da coroa de Epinhos e os cravos da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Também a ornamentam pinturas de santos e dos mistérios de nossa fé; assim como, se sobressaem por sua quantidade as inúmeras flores-de-lis douradas afixadas nas paredes, e com estrelas gravadas no teto disposto em ogivas.
Com 1.125 m² de área construída, altura interna de 24 metros e com capacidade para 1.100 pessoas sentadas, a igreja foi solenemente dedicada em 24 de fevereiro de 2008 por Sua Em.cia o Cardeal Franc Rodé, então Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, quando recebeu em seu altar-mor relíquias de 360 santos venerados de acordo com o calendário romano. À época, o acabamento interno já permitia perfeitamente a execução de cerimônias litúrgicas; contudo, a sua fachada ainda não estava construída. Hoje as suas torres que alcançam uma altura de 60 metros e guardam um carrilhao de sete sinos é um presente que os Arautos do Evangelho oferecerem à população de da diocese de Bragança Paulista. A fachada, ainda em acabamento, receberá em breve pintura, apliques e algumas imagens de santos e anjos para  ornamentação; querendo que nos recordar aquela passagem da Escritura “Eis a Igreja de uma beleza perfeita, alegria do mundo inteiro”.

Ogivas do teto
Sacrário da capela da adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento,
em metal e pedras, confeccionado pelo setor artístico dos Arautos do Evangelho
Altar da capela do Santíssimo Sacramento que, como todos os demais das capelas laterais,
é disposto para celebração
versus Deo segundo a forma ordinária do rito romano.

O sacrário do altar-mor é modelo para aqueles usados nos altares laterais e nas capelas das Casas espalhadas pelo mundo.
Por que o título de Basílica menor?
São conhecidos os motivos pelos quais uma igreja, com grande privilégio, é condecorada com o título de Basílica menor: historicidade, centro de peregrinações ou algo fato miraculoso. Mas, o motivo que não foi listado e também é requisitado e que fez com que fosse aprovada a concessão do título à igreja é a sua singular beleza artística, possivelmente a única no Brasil.
Ala lateral da igreja
O mais importante são os favores espirituais que lucrarão aqueles que executarem as disposições estabelecidas para as indulgências aplicadas às basílicas menores, sabendo que o título da igreja será agregado à Basílica Papal de Santa Maria Maggiore (à qual já era afiliada, mas em dignidade muito menor à de agora) e, portanto, visitando a Igreja Nossa Senhora do Rosário, os fiéis lucrarão benefícios espirituais tal como estivesse na Basílica Liberiana.
Como reza a tradição, serão concedidas à igreja as insígnias próprias de sua mais nova dignidade: o tintinnabulum e o conopoeum ou umbracullum.
A missa é presidida por Sua Ex.cia Dom Sérgio Aparecido Colombo, bispo diocesano de Bragança Paulista.
Mais fotos quando de sua construção, também como mais recentes:
* * *
A Missa foi iniciada às 17h do dito dia 24 de maio. O bispo de Bragança Paulista, os concelebrantes e os diáconos trajavam paramentos dourados: ainda era Páscoa e a ocasião exigia uma cor ainda mais festiva do que o branco. Em uma das paredes, o brasão papal, o do bispo diocesano e as chaves pontifícias, estavam oportunamente velados por um tecido.
No Breve Apostólico assinado pelo Cardeal Bertone e entregue por S.E.R. Dom Sérgio Aparecido Colombo a Mons. João Clá Dias, estão definidos a origem do pedido de elevação à dignidade de basílica menor e as razões de sua aprovação. Não obstante, a assinatura do Cardeal-Secretário de Estado torna próprio do Sumo Pontífice qualquer ato aprovado; é o seu vigário. É também a Secretaria de Estado que expede as titulações dadas a presbíteros honrados com os graus da dignidade do monsenhorato. Eis os termos do Breve:
________________
Bento, Bispo,
Servo dos Servos de Deus
ad perpetuam rei memoriam
[grifo nosso: literalmente, para que a coisa se perpetue]

Entre os templos sagrados da Diocese de Bragança Paulista no Brasil, destaca-se, merecidamente, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, erigida na cidade de Caieiras, à qual os fiéis da região costumam dirigir-se a fim de implorar o poderoso auxílio daquela que é a Cheia de Graça, para que conduza a existência deles segundo os preceitos do Evangelho. Por esta razão, uma vez que o Venerável Irmão Sérgio Aparecido Colombo, Bispo da referida Sede, com carta do dia 1 de Março deste ano, em nome do clero e também do povo, pediu que honrássemos este templo com o título e dignidade de Basílica Menor, Nós, desejando dar provas de especial benevolência, com sumo agrado pelas fervorosas preces, julgamos que deva ser concedido. Atendidos totalmente os requisitos que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com as faculdades por Nós concedidas, estabeleceu nesta matéria, com o sumo poder Apostólico, em virtude desta carta e perpetuamente, elevamos a Igreja mencionada ao grau e dignidade de Basílica Menor, conferidos todos os direitos e concessões litúrgicas, que devidamente competem aos edifícios sagrados honrados com este título, observado o que determina o Decreto “De titulo Basilicae Minoris“, promulgado no dia 9 de Novembro de 1989.
Estamos certos de que a honra concedida incitará o coração dos fiéis a venerar cada vez mais a Santíssima Mãe de Deus e da Igreja.
Desejamos que esta carta produza efeito a partir de agora e para a posteridade, sendo revogadas quaisquer disposições em contrário.
Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 21 de Abril do ano de 2012, oitavo do Nosso Pontificado.
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Ao fim da missa, os ministros e o povo saíam e se posicionavam foram da igreja, onde os símbolos da nova basílica eram desvelados – sobre cada uma das colunas laterais da inconclusa fachada, os brasões; do lado externo da igreja e sobre a Porta Santa, as Chaves, em dimensões consideráveis. Todas as Basílicas, maiores e menores, configuram-se também com a classificação de “Santa” de uma de suas portas, que é solenemente aberta na proclamação dos Anos Santos e Jubilares, extraordinários ou não, e por onde os fiéis que fazem peregrinação devem ingressar para cumprirem os costumes indulgenciados desses tempos de graça e perdão.
Na mais nova Basílica ocorre perpetuamente a adoração solene e perpétua ao Santíssimo Sacramento. Aos domingos, às 9h, acontece a recitação do Ofício de Leituras, das Laudes e da Hora Média (cerimônias da Liturgia das Horas), em gregoriano; às 11h é cantada Missa solene. Às 17h, é cantada outra Missa solene com a recitação das II Vésperas, com canto gregoriano novamente.
A pia batismal foi construída há pouco. A igreja também faz uso da balaustrada, a grade de comunhão, como pode ser visto no vídeo  com cenas da cerimônia de ereção do título de basílica. Ainda serão finalizados a umbrela e o tintinabullum, insígnias próprias.

Soma-se às três basílicas da Grande São Paulo: Nossa Senhora da Penha, do clero secular; Nossa Senhora do Carmo, dos frades carmelitas calçados; e Nossa Senhora da Assunção, dos monges beneditinos. Ademais, une-se também às mais de 1.559 contadas até 30 junho 2009, ou seja, um número muito desatualizado, mas que permite uma noção de como o mundo está pontilhado de igrejas que se sobressaem ou por sua beleza artística ou por sua antiguidade ou por feitos extraordinários dos quais foram cenário.
Por fim, a beleza da igreja e a admiração de todos quantos a conhecem demonstram que ainda sim a arquitetura eclesiástica gótica fala aos nossos tempos e solidifica aquelas sensações transmitidas pela Liturgia fielmente celebrada que nos remetem a Deus e, pelos instantes que acontecem, são capazes de sossegar aquela busca empreendida por toda a vida pelo coração humano.

2 comentários:

  1. Estive lá! Achei incrível!!!

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  2. Por foto é belíssima , pessoalmente a gente entende o que quer dizer a palavra lindíssima !!! Sem palavras , só estando lá para se compreender toda a extensão do apostolado e o bem espiritual que faz às pessoas tão abençoada Igreja !!!

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