quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Última audiência geral de Bento XV: “Houve momentos em que as águas estavam agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor parecia dormir”.

do Fratres in Unum

Renúncia não é regresso à vida privada.
A Praça de São Pedro tomada pelos fiéis.
A Praça de São Pedro tomada pelos fiéis.
Cidade do Vaticano, 27 fev 2013 (Ecclesia) — Bento XVI concedeu hoje a última audiência pública do seu pontificado, que se conclui esta quinta-feira, e explicou que a sua renúncia se aplica ao “exercício ativo do ministério” do Papa, sem implicar um regresso à “privacidade”. “Não regresso à vida privada, a uma vida de viagens, encontros, receções, conferências, etc. Não abandono a cruz, mas fico de uma forma nova junto do Senhor crucificado; deixo de levar a potestade do ofício para o governo da Igreja, mas no serviço da oração permaneço, por assim dizer, no recinto de São Pedro”, declarou, na sua catequese em italiano, perante mais de 150 mil pessoas, segundo estimativas do Vaticano. Segundo Bento XVI, “amar a Igreja significa ter a coragem de fazer escolhas difíceis, sofridas, tendo sempre diante de si o bem da Igreja e não a si próprio”. “Quem assume o ministério petrino já não tem qualquer privacidade ['privacy' no original]. Pertence sempre e totalmente a todos, a toda a Igreja, na sua vida é totalmente cortada a dimensão privada”, precisou. Agradecendo a presença “tão numerosa” de fiéis nesta audiência semanal, que ao longo dos anos do pontificado reuniu 5,1 milhões de pessoas, o Papa declarou recolher “tudo e todos na oração” para os confiar a Deus. “Neste momento, há em mim uma grande confiança, porque sei, sabemos todos nós, que a Palavra de verdade do Evangelho é a força da Igreja, a sua vida”, prosseguiu, ao som das palmas dos presentes, agradecendo o dia de sol numa “manhã de inverno”. Bento XVI recordou o momento da sua eleição, a 19 de abril de 2005, e falou da “presença” de Deus que sentiu todos os dias neste ministério. “Foi uma parte do caminho da Igreja que teve momentos de alegria e de luz, mas também momentos nada fáceis”, confessou. “Houve momentos em que as águas estavam agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e o Senhor parecia dormir, mas sempre soube que nessa barca está o Senhor e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas é sua e a não deixa afundar”, acrescentou. O Papa declarou que não se sentiu “só” ao longo dos anos em que viveu a “alegria e o peso” do pontificado, deixando palavras de agradecimento aos cardeais, pela sua “amizade”, aos seus colaboradores, à Diocese de Roma e ao “mundo inteiro”. “Gostaria de agradecer do fundo do coração às várias pessoas de todo o mundo que nas últimas semanas me enviaram sinais comoventes de atenção, de amizade e de oração. Sim, o Papa nunca está só, experimento-o agora de novo de um modo tão grande que toca o coração”, revelou. O Papa falou das cartas das “pessoas simples” que lhe escrevem como “irmãos e irmãs ou filhos e filhas”, porque a Igreja não é “uma organização”, uma “associação para fins religiosos ou humanitários, mas um corpo vivo”. “Deus guia a sua Igreja, levanta-a sempre, também e sobretudo nos momentos difíceis. Não percamos nunca esta visão da fé, que é a única verdadeira visão do caminho da Igreja e do mundo”, concluiu. Bento XVI apresentou a sua renúncia no último dia 11, com efeitos a partir de quinta-feira, por causa da sua “idade avançada”, abrindo caminho à eleição do seu sucessor. A última renúncia de um Papa tinha acontecido há quase 600 anos, com a abdicação de Gregório XII. OC

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Mosteiro cisterciense do século XII renasce na Califórnia

Abadia de New Clairvaux, Califórnia
Abadia de New Clairvaux, Califórnia
No norte da Califórnia renasceu um mosteiro medieval cisterciense.

A notícia caiu como um raio em céu sereno, pois nunca se diria que o progressista estado californiano acolheria um dos símbolos mais opostos à modernidade.

Além do mais, trata-se de um autêntico mosteiro medieval espanhol do século XII.

Como?

O magnata William Randolph Hearst havia comprado e levado para a Califórnia no início do século XX as ruínas do mosteiro de Santa Maria de Óvila, da Espanha, desmontou-o, mas não conseguiu restaurá-lo.

A cidade de San Francisco se opôs e as pedras ficaram por décadas no Golden Gate Park. Veio depois a Grande Depressão, a Segunda Guerra Mundial e pareceu que o projeto estava totalmente morto, segundo o “The New York Times”.

Sinal dos tempos, monges cistercienses apelaram à população, reuniram fundos e realizaram no século XXI o que foi impossível no século XX: a reconstrução do prédio gótico de Santa Maria de Óvila, do século XII.

Abadia de New Clairvaux, Califórnia
Abadia de New Clairvaux, Califórnia
“O que parecia morto, ou quase morto, ergue-se de novo”, disse sobre a restauração o padre Paul Mark Schwan, abade do mosteiro restaurado com o nome de New Clairvaux,

Após a conclusão de grande parte das obras, a abadia foi aberta à visitação pública em 2012.

Dois terços das pedras são originais, mas foram necessários reforços modernos para resistir aos terremotos. Rodeada de vinhedos, a abadia fica num campo distante duas horas do norte de Sacramento.

O mosteiro de Santa Maria de Óvila, na província de Guadalajara, foi fundado em 1167 pelo rei Afonso VIII de Castela em terras recuperadas dos mouros.

A abadia entrou em decadência e foi fechada por um governo anticlerical em 1835.

O magnata Hearst ouviu falar das ruínas e, segundo a revista “American Heritage”, contratou agricultores e trabalhadores espanhóis dos vilarejos próximos para desmontar e transportar as peças mais importantes.

Foi necessário construir trilhos de trem, estradas e uma ponte para mover as imensas pedras que foram carregadas por 11 barcos até San Francisco.

Porém, Hearst passou a enfrentar dificuldades econômicas e abandonou o projeto, doando as pedras do mosteiro à cidade de San Francisco.

Mas os planos da prefeitura dessa cidade não deram em nada; os caixotes que continham as pedras pegaram fogo algumas vezes e as relíquias ficaram ao relento. A prefeitura nunca levantou o dinheiro necessário para concluir o projeto.

Abadia de New Clairvaux, Califórnia
Abadia de New Clairvaux, Califórnia
Em 1994, alguns monges cistercienses convenceram a prefeitura a doar-lhes as pedras, sob a condição de iniciarem a restauração dentro de uma década.

Tendo os monges arrecadado US$ 7 milhões, os trabalhos tiveram início em 2004. Para reatar com um costume medieval, os religiosos também passaram a produzir cerveja premium estilo trapista, chamada Óvila. Na Europa as cervejas produzidas pelas abadias estão entre as melhores.

As obras ainda não foram completadas, mas a arte principal da abadia já pode ser usada como na Idade Média.

Vendo a decadência do século XIX, quem teria dito que o sacral e austero mosteiro dos cistercienses renasceria para a vida no século XXI? E logo na Califórnia!?

Isto é matéria para sérias reflexões para interpretar bem o presente e o futuro mais ou menos próximo.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

À Venda




Imagem restaurada de Santa Rita - 50 cm -Valor a Combinar
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A Cátedra de Pedro: as medalhas contam a História

Museu de Arte Sacra apresenta ao público alguns exemplares de seu acervo de medalhas papais
 

Após a renúncia do Papa Bento XVI, situação inédita em 600 anos, o Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, equipamento da Secretaria de Estado da Cultura, exibe um recorte de seu acervo de medalhas papais, apresentando 100 peças em ouro, prata e cobre. A exposição, A Cátedra de Pedro: As Medalhas contam a História, tem curadoria de Maria Inês Lopes Coutinho e consultoria de Padre José Arnaldo Juliano. As medalhas selecionadas para a mostra fazem parte de uma coleção de mais de mil medalhas papais, que, por sua vez, pertencem à coleção de numismática do MAS, que conta com aproximadamente nove mil peças. 
 
Por definição, essas medalhas são cunhadas anualmente desde o século XV e exibem eventos e diretrizes relativos ao papa em questão, além de prestar homenagem a papas do passado e destacar acontecimentos históricos, servindo como uma espécie de linha do tempo que marca pontos cruciais da história da humanidade.
 
A Cátedra de Pedro: As Medalhas contam a História apresenta ao público uma grande variedade de peças, onde se encontram representações de diversos papas, de Antero (que ocupou o cargo em 235 e faleceu no ano seguinte, apenas um mês e dez dias após ter assumido) a Paulo VI (que assumiu em 1963 e permaneceu até 1978, ano de sua morte).
 
A exposição será oficialmente inaugurada pelo cardeal Dom Odilo Scherer (nomeado arcebispo São Paulo em 2007 por Bento XVI), em seu último evento público no Brasil antes da ida a Roma para a despedida do papa e para a participação do Conclave.
 
Exposição: A Cátedra de Pedro: As Medalhas contam a História
Curadoria: Maria Inês Lopes Coutinho
Consultoria: Padre José Arnaldo Juliano
Abertura: 22 de fevereiro de 2013 – sexta-feira – às 17h
Período: 23 de fevereiro a 07 de abril de 2013
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo – www.museuartesacra.org.br
            Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo
            Tel.: (11) 3326.5393 – agendamento para visitas monitoradas
Horário: terça a domingo das 10h às 18h (bilheteria até 17h30)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

À Venda






Desenho da Sagrada Família
Grafite sobre canson- A3 - 50c m X 40cm
Valor a Combinar

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“Capelinha Senhor Bom Jesus”


tela de maria gomes villiA Capela da Enseada está localizada entre a praia e a estrada, na Costa Norte do Município, sendo uma das capelas “de bairro”, no principal acesso de entrada ao município pela Costa Norte, por aonde chegam à alta temporada e durante todo o ano, há uma estimativa de mais de 1.550.000 turistas do Brasil e todo o mundo.
Apesar dos anexos e reformas pode-se reconhecer nesta capela o modelo utilizado nas demais construções religiosas da região do “século XX” – caracterizada por uma fachada – tipo frontão triangular que acompanha as duas águas do telhado, pináculos no fechamento deste frontão e sineiro central.
A proposta de restaurar e revitalizar a Capela da Enseada em espaço Cultural e Turístico, fundamentada na Lei Municipal nº 943/94 que dispõe sobre a preservação das capelas caiçaras e dá outras providências, visa sanar tal carência aproveitando a vista para o mar e a localização privilegiada, margeando a Rodovia Rio-Santos, sendo passagem obrigatória para os que se deslocam para as demais cidades do Litoral Norte e Vale do Paraíba.
Por diversas vezes, tentaram restaurar a “Capelinha”, assim chamada carinhosamente pela comunidade local. E ultimamente a AMBE (Associação de Moradores do Bairro da Enseada) e o ITM (Instituto Terra & Mar) fizeram reuniões para ver o que realmente a comunidade deseja e concluíram que o restauro é a vontade da comunidade, pelo menos da maioria consultada.
Estamos organizados e discutindo a melhor forma de restaurar sem infringir a Lei Municipal n°943/94. Os Profissionais voluntários fizeram vários projetos de restauração para que a comunidade pudesse participar ativamente do restauro depois que a mesma participasse de um Workshop.
Mas estamos aguardando o período das eleições terminarem para retomar as atividades com a comunidade e realizar novas reuniões para decidir alguns itens pendentes. Portanto, o mais importante a ser destacado é que quando há uma comunidade organizada podem-se reivindicar muitas melhorias para o bairro sem que seja necessário partir para a politicagem.

Texto: Cristiane Godoy e Jacqueline Vieira
Pintura feita pela moradora Maria Gomes Vill.
Fonte: Navega Litoral

***



 
Após, um tempo aguardando ansiosamente a resposta do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional sobre o abandono da Capelinha Sr. Bom Jesus tivemos a resposta de que este abandono segundo técnicos do instituto é um desrespeito à cultura e a identidade da comunidade local, uma vez que sua história está sendo deteriorada junto com a capelinha. E que não aconselham réplica, porque segundo os especialistas do IPHAN e os estudos comprovam que não há mais ligação entre a história do povo sem a construção original, perdendo assim, toda a identificação e a memória de um povo.
E agora, o próximo passo, será tentar fazer com que as autoridades reconheçam este parecer do IPHAN e que medidas de restauro sejam realizadas através do corpo técnico da Departamento Histórico de São Sebastião/SP, pois já provamos que a comunidade deseja o restauro, cabe aos nossos representantes se sensibilizarem e tomarem atitudes de verdadeiros representantes dos nossos interesses. Afinal, o que será do futuro sem o passado bem conservado?
 
 

Texto:

Jacqueline Vieira

Membro Voluntário do Instituto Terra e Mar

e do

Movimento Restauro da Capelinha Sr. Bom Jesus

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

À Venda





 Sagrada Face - Pano da Verônica
50 cm X 40 cm
Valor a Combinar

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

À Venda




1. Ascensão

2. Crucifixão

3. Epifania

4. Ego sum

5. Natal

6. Ressurreição
 Gravuras antigas restauradas
25 cm X 18 cm - com ou sem moldura
Valor a Combinar

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Capela Sistina vai ficar fechada ao público


Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - A Capela Sistina vai ficar aberta ao publico até o dia 28 de fevereiro, ultimo dia de Pontificado de Bento XVI, declarou o Diretor dos Museus Vaticanos, Antonio Paolucci. O diretor disse também não saber “o que vai acontecer após aquela data”, pois estão aguardando que sejam os cardeais a dar disposições para o Conclave.
“Quando vai ser estabelecida a data certa para o Conclave, a área da Capela Sistina vai ser fechada ao publico”. “Os visitantes deverão passar da parte oposta. Não é pensável que transitem pela parte onde é realizado o Conclave. No entanto, a ideia de poder se encontrar a algumas dezenas de metros do local onde está se cumprindo o destino da Igreja vai atrair um grande número de turistas”, disse Paolucci. (SP)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

À Venda




 Gravura da Santa Ceia
24 cm X 16 cm
com ou sem molduraValor a combinar
 
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Artista parnaibano faz arte sacra para o Brasil e o mundo

Imagem: Proparnaiba.com
A vontade de possuir um presépio no Natal de 1985 despertou em Charles Castro da Silva, o Charles do Delta, algo bem maior: senão um dom divino, certamente a descoberta de um talento excepcional. Desde então o parnaibano tornou-se escultor, sobretudo de arte sacra.
Gesso, argila, fibra e cimento, sendo esta última a principal, são as matérias primas na confecção de imagens, as quais se encontram espalhadas pelos quatro cantos de Parnaíba, do Piauí e outros estados do Brasil. As peças já foram inclusive enviadas para outros países.



Apesar de tudo, Charles diz considerar que seu trabalho seja pouco reconhecido, mesmo podendo ser facilmente encontrado.  A estátua de Nossa Senhora da Graça, na entrada da cidade, e a de Simplício Dias, na frente do gabinete do prefeito, são alguns dos exemplos.

“Temos trabalhos em inúmeras paróquias, como São Sebastião, Igreja de São Francisco da Guarita, Capela de Nossa Senhora Do Carmo, além de Picos, Piracuruca, região do baixo Parnaíba no Maranhão e também fizemos um santuário em Maceió – Alagoas”, lembra.


O artista ressalta ainda que cada obra é única e não aleatória, ou seja, toda escultura retrata um momento de sua carreira e tem um significado ímpar dentro do contexto geral. Os preços variam de R$ 50 a R$ 50 mil, dependendo das exigências do cliente e da dimensão do serviço.
Seu ateliê fica situado na Rua Paraíba números 400 e 393, no bairro Do Carmo, próximo da Beira Rio e o telefone para contato é o (86) 3322-4758.

Daniel Saturnino para o Proparnaiba.com

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Fevereiro de 2013: Oficina de escultura em argila


Durante o mês de fevereiro, das 13h às 16h, o MAS-SP oferece uma oficina de escultura em argila que aproxima o público das peças exibidas na mostra  459 Paulistinhas, em cartaz no Museu. A exposição mostra esculturas típicas do Estado de São Paulo, confeccionadas em barro, uma produção artística singular que fundamenta a oficina.



O ingresso para participação na atividade é isento, mediante entrada do Museu.
 
Datas: De 8 a 28 de fevereiro (exceto às segundas)
Horários: das 13h às 16h
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676, Luz
Estacionamento: Rua Jorge Miranda, 43, Luz
Informações: (11) 3326.3336, ramal 2024

Programa do Idoso: Narrativas e Imagens

Entre as peças da coleção do MAS-SP, encontramos diversas esculturas representando São Jorge, Nossa Senhora da Luz, São Miguel Arcanjo, entre outras, cujas histórias, muitas vezes, são transmitidas pela tradição oral. Para refletir sobre esta questão, o MAS-SP oferece visita temática que trabalha memórias individuais e coletivas, por meio de mediação com o acervo e dinâmica de iconografias. 

Oferecida ao longo do mês de fevereiro, a atividade tem ingresso isento, mediante entrada do museu.

Datas:  De 8 a 28 do fevereiro (exceto às segundas)
Horários: 10h às 16h (terça a sexta); 14h às 16h (finais de semana)
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Avenida Tiradentes, 676, Luz
Estacionamento: Rua Jorge Miranda, 43, Luz
Informações: (11) 3326.3336, ramal 2024

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Espanha: Universidade Complutense de Madri pretende acabar com as capelas do campus

Site MásLibres.org retruca ao reitor: ''A única cruzada nesta universidade é da reitoria contra as capelas'

Madri, (Zenit.org)

O reitor da Universidade Complutense de Madri (UCM), na Espanha, voltou a confirmar a intenção de extinguir as capelas do campus. José Carrillo, conforme denúncia da plataforma de cidadania Maslibres.org, “esquentou o clima para o encontro previsto com a arquidiocese nesta semana”, ao afirmar que “existe uma ‘cruzada’ em defesa de tais espaços”.
O porta-voz da MasLibres.org, Miguel Vidal, contesta: “A única cruzada que existe é a de Carrillo contra a liberdade religiosa na universidade. Mais especificamente, contra as capelas católicas instaladas por um convênio com a arquidiocese de Madri”.
A proposta de salas multiconfessionais não convence a MasLibres. “Essa ideia é tão excêntrica quanto incompatível com a prática da liberdade religiosa. Cada religião tem seus ritos, sua configuração de espaços, etc. É tão disparatado quanto propor que as provas de filosofia sejam feitas nos laboratórios de química. A verdadeira intenção é fazer de tudo para acabar com a identidade católica de alguns setores da universidade. Parece que a reitoria está pensando: ‘Se não fecharmos as capelas, pelo menos vamos obstaculizar ao máximo o desenvolvimento das atividades delas’”.
Carrillo reafirmou que “o arcebispado está por trás do site Hazteoir.org”, o que lhe rendeu esta resposta de Vidal: “Eles [a reitoria, ndr] continuam pensando como nos tempos da Internacional comunista. Eles acham que os conspiradores somos nós. Estão com a cabeça cheia de fantasmas do mesmo passado de onde eles vêm. E a Espanha não é a terra de Ceaucescu”.
De acordo com Vidal, “os sites MasLibres.org e HazteOir.org se limitaram a dar apoio às mobilizações dos estudantes e dos funcionários da UCM em defesa da liberdade religiosa. Carrillo deve saber que vamos continuar trabalhando, conforme acharmos mais conveniente, com absoluta independência”.
Para saber mais (em espanhol): http://www.hazteoir.org/noticia/50743-nica-cruzada-que-hay-ucm-é-próprio-carrillo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Bento XVI: “Senti quase fisicamente, nestes dias nada fáceis para mim, o amor que tendes mim”.

do Fratres in Unum

O Papa na audiência de hoje.
O Papa na audiência de hoje.
“Caros irmãos e irmãs, como sabeis, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou em 19 de abril de 2005. Eu o fiz com plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter rezado bastante e tendo examinado a minha consciência diante de Deus, bem consciente da gravidade de tal ato, mas ciente também de não ser mais capaz de exercer o ministério petrino com a força que ele requer. Senti quase fisicamente, nestes dias nada fáceis para mim, o amor que tendes mim. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa, o Senhor nos guiará. [...] Me sustenta e ilumina a certeza de que a Igreja é de Cristo, o qual não deixará faltar a sua orientação e o seu cuidado. Agradeço a todos por seu amor e oração com me tendes acompanhado”.
Interrompido por um longo aplauso, Bento XVI agradeceu aos fiéis “por vossa simpatia” e concluiu: “Converter-se significa não fechar-se na busca do próprio sucesso, do próprio prestígio, da sua própria posição, mas fazer, verdadeiramente, que cada dia, nas pequenas coisas, a verdade, a fé em Deus e o amor se tornem as coisas mais importantes. Obrigado”.

Arte e Moral

A profunda atualidade do decreto conciliar Inter merifica

Roma,  (Zenit.org).

Frequentemente escutam-se ou leem-se afirmações que descrevem as artes como atividades desvinculadas de qualquer regra e, sobretudo, como independentes de qualquer princípio moral, e, às vezes, estas visões vêm abraçadas também por artistas (pintores, escultores, músicos, arquitetos...) que se declaram católicos. Porém, de vários modos pode ser argumentado e compreendido que o fazer da arte è sempre vinculado ao agir moral.
Bastariam boas noções de filosofia para resolver facilmente a questão[2], mas é também muito interessante e enriquecedor recorrer à leitura de partes dos documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II, para afugentar a perniciosa convicção que os "direitos da arte" não tenham alguma relação com as "normas da lei moral".
Leiamos, portanto, atentamente o artigo n. 6 do Decreto sobre instrumentos de comunicação social Inter Merifica promulgado a 4 de dezembro de 1963, que textualmente diz: «Uma segunda questão diz respeito às relações entre os chamados direitos da arte e as normas da lei moral. Dado que, não raras vezes, as controvérsias que surgem sobre este tema têm a sua origem em falsas doutrinas sobre ética e estética, o Concílio proclama que a primazia da ordem moral objetiva deve ser repeitada absolutamente por todos, porque é a única que supera e coerentemente ordena todas as demais ordens humanas, por mais dignas que sejam sem excluir a arte. “Só a ordem moral, de fato, atinge o homem na totalidade, criatura de Deus dotada de inteligência e chamada a um fim sobrenatural; e a mesma ordem moral, se integral e fielmente observada, leva o homem a chegar à perfeição e á plenitude da felicidade» (IM,6)
Portanto, o Decreto Conciliar afirma que é preciso guardar-se das falsas doutrinas em matéria de ética e de estética, porque a primazia da ordem moral objetiva deve ser repeitada absolutamente por todos. É muito fácil compreender como a questão seja interconexa aos meios de comunicação social, porque frequentemente falsas doutrinas em matéria de ética são veiculadas através de fiction, film, talkshow, tanto que a atenção crítica no confronto das mensagens televisivas e telemáticas é já compartilhada e difusa. O fato, porém, que dentro do mesmo horizonte moral se coloquem também as questões em matéria de estética, é um aspecto ainda de certo modo não compreendido e é também tudo o que torna o Decreto Inter Merifica um texto absolutamente extraordinário, capaz ainda de dizer coisas novas.
De fato, o verdadeiro centro do parágrafo 6 está no colocar o problema estético no contexto dos meios de comunicação social, e analisar os direitos da arte nas questões morais. O Concílio decididamente não afirma que a Igreja se deva submeter às imposições do mundo contemporâneo no campo moral e nem no estético, antes afirma com firmeza o contrário, isto é, que deve guardar-se das falsas doutrinas nos dois campos, perscrutando-os com atenção e tomando distância de tudo aquilo que  resulta falso, errôneo e perigoso.
Existe um imenso patrimônio de pesquisa, de estudo e de reflexões sobre problemáticas éticas no mundo contemporâneo: basta pensar nas questões concernentes à moral sexual, ou as aplicações tecnológicas, ou os problemas bioéticos ou aqueles relacionados aos direitos jurídicos da pessoa desde a concepção até a morte. Talvez, ainda há muito que cumprir em âmbito de estudo e reflexão sobre questões estéticas e artísticas, para compreender quais são na contemporaneidade as falsas doutrinas em matéria de estética. Antes, como aludimos ao início, muitos absolutamente excluem que possam existir falsas doutrinas em matéria de estética.
As virtudes praticadas e cultivadas são instrumento eficaz na edificação do homem e a arte está entre as atividades humanas que, na prática das mesmas virtudes, tem o dever de mostrar o esplendor da verdade mediante a beleza. Muitas vezes se confunde o plano dos direitos da arte com a liberdade de sair do plano dos princípios morais; porém, a arte - porque tem por seu específico dever e interesse a beleza - de consequência não pode não interessar-se pelas relações com a verdade e com o bem. Nesta perspectiva o Decreto Inter Merifica afirma que a ordem moral objetiva supera e coerentemente ordena todas as demais ordens humanas, por mais dignas que sejam, sem excluir a arte. É a ordem do bem a unificar cada atividade humana, a arte não pode constituir uma exceção, antes de certo modo é a máxima exemplificação.
Sobre este ponto também o Catecismo da Igreja Católica, na terceira parte, segunda sessão, capítulo segundo, quando afronta os Mandamentos, analisando o oitavo "Não levantar falso testemunho", oferece uma profunda reflexão pondo em relação este mandamento moral com a verdade afirmada e a beleza, mostrando a ligação entre a verdade e o bem, e entre a arte e a verdade afirmada. Diz: «A prática do bem é acompanhada por um prazer espiritual gratuito e pela beleza moral”. Do mesmo modo, a verdade se aproxima da alegria e ao esplendor da beleza espiritual. A verdade é bela por si mesma. Ao homem, dotado de inteligência, é necessária a verdade da palavra, expressão racional do conhecimento da realidade criada e incriada; mas a verdade pode também encontrar outras formas de expressão humana, complementares, sobretudo quando se trata de evocar tudo o que esta comporta de indizível, as profundidades do coração humano, as elevações da alma, o mistério de Deus».[3]
E depois ainda: « O homem exprime a verdade do seu relacionamento com Deus Criador também mediante a beleza das próprias obras artísticas [...] Como cada atividade humana, a arte não tem em si o próprio fim absoluto, mas é ordenada ao fim último do homem e por este enobrecida»[4]
Daqui descende que não pode existir um direito absoluto da arte, que possa permitir qualquer coisa em nome das necessidades artísticas, e, portanto ainda deriva, como afirma o Decreto Inter Merifica, que existem teorias estéticas falsas e que a elas não se deve submeter. Aliás, é evidente como este discurso tem uma particular validade na aplicação ao âmbito da arte sacra.
O Catecismo da Igreja Católica aprofunda o discurso sobrequestão artística, chegando a dar as indicações precisas sobre coisa seja a arte sacra. Diz: «A arte sacra é verdadeira e bela, quando, na sua forma, corresponde à vocação que lhe é própria: evocar e glorificar, na fé e na adoração, o mistério transcendente de Deus, Beleza Escelsa  de verdade e de amor, resplandecida em Cristo "irradiação da sua glória e sinal de sua essência" (Heb 1,3), no qual "habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Col. 2,9), beleza espiritual refletida na Santíssima Virgem Maria, nos anjos e nos santos. A autêntica arte sacra conduz o homem à adoração, à oração, ao amor de Deus Criador e Salvador, Santo e Santificador»[5]
E muito oportunamente se dispõe que «os Bispos, pessoalmente ou por meio de delegados, devem cuidar de promover a arte sacra, antiga e moderna, em todas as suas formas, e de ter longe, com o mesmo zelo, a partir da Liturgia e dos edifícios de culto, tudo aquilo que não está conforme à verdade da fé e à autêntica beleza da arte sacra».[6]

[1] Especialista no XIII Sínodo do Biscopos, professor de História das teorias estéticas na Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma, Artista, Acadêmico Pontifício. Website: www.rodolfopapa.it Blog: http://rodolfopapa.blogspot.com e-mail: rodolfo_papa@infinito.it.
[2] Cfr. PAPA, R., Discorsi sull'arte sacra, Cantagalli, Siena, 2012, pg. 167-184.
[3] CIC, 2500
[4] CIC, 2501
[5] CIC, 2502
[6] CIC, 2503

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Curso de Extensão em Arte Sacra

Uma oportunidade única!
Um Experiência emocionante!
Um Encontro de arte e fé!


Continuam as Inscrições para o Curso de Extensão da Faculdade São Bento da Bahia.

A canção de Bernadette


Em 1858, em pleno apogeu das ideias racionalistas, uma pequena camponesa chamada Bernadette, da cidade de Lourdes, França, recebe a visita de uma senhora "vinda do céu". Os moradores da cidade acreditam que a senhora seja a Virgem Maria, as autoridades locais, uma fantasia criada por uma menina doente. A gruta onde ocorrem as aparições logo torna-se um lugar de peregrinações e de grandes milagres. Quando questionada sobre quem seria, a Senhora responde: "Eu sou a Imaculada Conceição".
Essa é a história contada em "A canção de Bernadette", uma super-produção de 1943, vencedora de 4 Oscars, que narra as aparições de Nossa Senhora à pequena Santa Bernadette Soubirous, em Lourdes, na França. Assista ao filme e conheça um pouco mais a respeito dessa importante devoção católica.

Veja:





veja também:



Fonte: Christo Nihil Praeponere

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Igreja de São Pedro dos Clérigos, em Recife-PE, começa a ser restaurada


 
Igreja Sao Pedro
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Pernambuco (IPHAN-PE) inicia as obras de conservação e restauração da igreja de São Pedro dos Clérigos, no bairro de São José,  em Recife. O templo é tombado pelo IPHAN desde 1938. Construída em 1728, a Igreja é uma das mais significativas obras da arquitetura religiosa  em Pernambuco. Possui  uma rica fachada bastante verticalizada, com a imagem de são Pedro nicho do tímpano. Chamam a atenção de fiéis e visitantes o altar-mor e a pintura do forro da nave principal, de João de Deus Sepúlveda.
A obra  terá duração de 24 meses com orçamento de R$ 3,2 milhões. Serão realizados serviços de conservação e restauração da cobertura, estruturas, esquadrias, cantarias, instalações elétricas e hidro-sanitárias, pisos e pintura. A Igreja ficará aberta a visitação, seguindo uma programação que ainda será divulgada.
Fonte: IPHAN-PE

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Dom Adelbert Gresnicht (1877-1956)


(Monge artista responsável pela ornamentação interna da Basílica de Nossa Senhora da Assunção – Mosteiro de São Bento de São Paulo) 
Charles Louis Gresnicht nasceu à 4 de Novembro de 1877 em Utrecht (Holanda). Iniciou seus estudos em desenho com o Prof. Van Geldorp, ainda muito jovem.

Em 1893 se apresentou na Abadia de Maredsous na Bélgica, para se tornar monge, onde desenvolveu seu gosto artístico. Depois de um ano foi enviado à Abadia de Beuron (Alemanha), onde trabalhou sob direção de Dom Desiderius Lenz.

No ano seguinte partiu para Praga (atual Republica Tcheca), onde os monges da “Escola Artística de Beuron” começavam a ornamentar a igreja dos Beneditinos de São Gabriel. Teve aí então, a oportunidade de se aperfeiçoar na arte religiosa e nas diferentes técnicas da profissão. Após uma aprendizagem de dois anos, aos 19 anos de idade, executou suas primeiras pinturas murais e, neste meio tempo, aprendeu modelagem. Retornou ao Mosteiro de Maredsous em 1896 para fazer o noviciado sob o nome de irmão Adelbert, sendo admitido à profissão monástica em 15 de Agosto de 1898.

Após os estudos filosóficos em seu mosteiro, estudou teologia no Colégio Santo Anselmo, em Roma, quando conheceu os tesouros artísticos da “Cidade Eterna” e das demais regiões da Itália.

Foi nesta época que Dom Didier Lenz, o mestre da “Escola Artística de Beuron” convidado pelo Abade Krug para ornamentar a cripta de São Bento em Montecassino, pediu ao padre Abade de Maredsous a autorização para que Dom Adelbert o acompanhasse, e a ele é confiada, na cripta uma parte importante do trabalho que consistia em uma frisa de mármore com cerca de trinta metros de comprimento e 1,30m de altura na qual deveriam ser esculpidas personagens ilustres da Ordem Beneditina que se dispunham em procissão ao túmulo de São Bento. Dom Adelbert se ocupou também da ornamentação geral da cripta que foi inaugurada solenemente no final do ano de 1913.

O então Abade do Mosteiro de São Bento de São Paulo, Dom Miguel Kruse, após admirar a obra de Dom Adelbert em Montecassino, solicitou sua colaboração para desenhar os planos de ornamentação geral da igreja abacial que acabara de construir em São Paulo. O jovem artista deveria consagrar dois anos a este trabalho, mas poucos meses após sua partida estourava a 1ª guerra mundial. O Abade de Maredsous, então, lhe determina ficar no Brasil e executar ele próprio as ornamentações previstas.

São Também de sua autoria a ornamentação da igreja de Santo Anselmo em Nova York (Estados Unidos da América), os planos para construção dos seminários regionais para a Universidade Católica de Pequin (China) e o monumento funerário do Papa Pio XI, nas criptas vaticanas.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Onda de saques em igrejas provoca reação da comunidade no México

Roubo de arte sacra colocou em alerta os moradores de Cholulo, a 130 quilômetros da capital do país

Onda de saques em igrejas provoca reação da comunidade no México Rodrigo Cruz/NYTNS
Na Igreja de Santa Maria Acuexcomac, uma moldura dourada imponente fica pendurada na parede da entrada, vazia, exceto pelas bordas recortadas da pintura onde os ladrões passaram suas facas 
 
Foto: Rodrigo Cruz / NYTNS
Karla Zabludovsky - ZERO HORA

Cholula, México — Três homens, trabalhadores rurais durante o dia, se acomodam em um banco de praça conforme a noite cai, com um monte de garrafas vazias de bebidas alcoólicas fortíssimas por perto. Outro homem relembra como tocar o sino em caso de emergência. Um deles escuta com atenção as ordens de seu líder.

É hora de tomar conta das igrejas de Cholula.

Dizem que Cholula tem uma igreja para cada dia do ano. Há, na verdade, cerca de 80 ao todo, muitas datando do século XVII e repletas de pinturas e esculturas daquele tempo. É o suficiente para atrair hordas de adoradores — e ladrões.

Roubo de arte sacra não é novidade por aqui, mas um roubo elaborado em outubro passado — ao menos uma dúzia de imagens foram levadas, algumas com a ajuda de andaimes — tirou a comunidade do sério. Some-se a isso o aumento de atividades de gangues em toda a cidade e as autoridades, em grande parte, indiferentes e subequipadas, e os cidadãos daqui, conhecidos por seu fervor religioso, chegaram a uma resposta popular: aumentar a vigilância por si próprios.

Um sistema de vigilância humana para igrejas existe em Cholula desde os tempos coloniais, mas conforme os roubos foram aumentando nas redondezas, algumas igrejas dobraram os voluntários, colocaram turnos noturnos e armaram seus protetores.

— Passou de uma cidade tranquila para o completo oposto disso — disse Rufino Arenas, desviando o olhar para baixo em direção a um notebook com instruções de como tocar o sino. Ele estava trabalhando na Cidade do México, mas voltou no começo de janeiro para ajudar a proteger Santa Maria Acuexcomac, sua igreja da infância.

Fidela Quia Torres é voluntária na igreja durante o dia. Ela vigia os visitantes atrás de comportamentos suspeitos, como tirar fotos, com a preocupação de que as fotografias serão compiladas em um catálogo para traficantes de arte.

Por perto, na Igreja da Santíssima Trindade, saqueada em 2008, Herminio Toxqui mudou sua família para um quarto minúsculo atrás do altar, deixando-o pronto para tocar o sino e convocar a comunidade a qualquer hora em que ele detectasse atividades suspeitas.

E na Igreja de San Gregorio Zacapechpan, saqueada em 2010, turnos obrigatórios para todos os homens capacitados do bairro têm sido colocados em prática. Espera-se que eles apareçam preparados para lutar contra bandidos armados.

— As pessoas sabem que quando vêm para fazer a vigilância, elas trazem suas próprias armas — disse o Reverendo Patricio Solis Soriano, o padre da igreja.

Mesmo migrantes de Cholula vivendo nos Estados Unidos se envolveram nos esforços de proteção da comunidade. Depois que um punhado de pinturas, que poderiam ter 400 anos, foram roubadas, um grupo de expatriados nos Estados Unidos organizou uma arrecadação de fundos. Eles compraram e mandaram câmeras de vídeo que se misturam, quase com sucesso, aos arcos aparados de ouro na San Gregorio Zacapechpan

Ainda assim, os esforços dos cidadãos podem parecer fortuitos e desorganizados. Nas várias igrejas que montaram sistemas de circuito interno de câmeras, incluindo a San Gregorio Zacapechpan, ninguém parece saber quem tem a chave do centro de monitoramento, ou, às vezes, onde ficam esses cômodos.

Na Igreja de Santa Maria Tonantzintla, cuja arte barroca do século XVI faz dela a joia da coroa entre as igrejas de Cholula, um monitor que recebe um feed contínuo de imagens das câmeras no lado de dentro está sempre ligado, mas está trancado — de modo que ninguém pode olhar para ele.

Muitos membros da comunidade que se envolveram nesses esforços dizem que o fazem para provar sua devoção religiosa e não estão cientes de quanto valem as obras de arte que guardam.

— Nem mesmo nossos avós sabiam — disse uma mulher que assistia à missa de domingo na Santa Maria Acuexcomac.

Os envolvidos nos roubos, obviamente, têm uma ideia mais clara do quão lucrativo esse negócio pode ser. Um grupo de pinturas com temas religiosos do século XVIII do artista mexicano Miguel Cabrera foi vendido por 362.500 mil dólares em 2010, de acordo com uma listagem online da Sotheby's.

Especialistas em arte dizem que é impossível saber quantas das pinturas mexicanas vendidas fora do país são roubadas, mas o interesse global na arte mexicana foi despertado nos anos 90, depois da exposição México: Esplendores de 30 Séculos, exibida no Metropolitan Museum of Art.

Clara Bargellini, investigadora da Universidade Nacional Autônoma do México, diz que há uma forte demanda por esse tipo de arte no sudeste dos Estados Unidos. No último outubro, o departamento de Alfândega e Imigração dos Estados Unidos devolveu mais de quatro mil artefatos culturais saqueados ao México, incluindo peças de cerâmica que datam de 1.500 anos atrás.

Mas os esforços das autoridades mexicanas, norte-americanas e internacionais para achar pinturas religiosas e devolvê-las ao seus lugares de origem geralmente falham, já que poucas obras de arte foram catalogadas. Apesar dos planos do Instituto Nacional de História e Antropologia e da promotoria geral de criar catálogos abrangentes, a documentação desse tipo de arte continua incompleta e descentralizada.

Os voluntários em ao menos uma dúzia de igrejas em Cholula reclamaram que o instituto ainda precisava visitá-los. A maioria não tem acesso a computadores e câmeras para documentar suas obras de arte; nem, em caso de roubo, ajuda nas investigações.

A situação não apenas deixou as paredes das igrejas nuas, mas também espalhou melancolia e ceticismo sobre comunidades onde antes imperava a confiança.

— Muitas vezes, os ladrões já estão dentro. Algumas vezes eles são os mesmos que têm a chave da igreja — disse Jorge Segovia, que é o encarregado de um projeto para catalogar artes para a Arquidiocese do México.

Agora, quando rostos novos entram nas igrejas aqui, eles atiçam desconforto, uma perda de confiança que as pessoas aqui lamentam. Os ladrões, segundo frequentadores da igreja, levaram mais do que apenas arte.

— Eles estão roubando até a nossa fé — disse Arenas.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Gravuras à venda





Interessados entrem em contato!

Basílica Nossa Senhora do Rosário, dos Arautos

PoR E. Marçal/ Direto da Sacristia
Com informações da página dos Arautos do Evangelho e fotos da agência Gaudium Press
No dia 24 de maio de 2012, quinta-feira, memória da Virgem Maria Auxílio dos Cristãos, é declarado o título de basílica menor da Igreja Nossa Senhora do Rosário, dos Arautos do Evangelho, localizada na cidade de Caieiras (SP).

Imagem recente do aspecto frontal da igreja
É vista a atual fase dos trabalhos de acabamento externo da igreja

A mencionada igreja situa-se na Casa Thabor, casa generalícia da sociedade Clerical de Direito Pontífico Virgo Flos Carmeli. O complexo compreende a igreja, o Instituto teológico São Tomás de Aquino e o Instituto Filosófico Aristotélico Tomista. Estão dentro da circunscrição da diocese de Bragança Paulista, na Paróquia Nossa Senhora das Graças, paróquia sob a responsabilidade dos Arautos do Evangelho. O seu projeto foi orientado por Mons. João Scognamiglio Clá Dias e desenhado pelo arquiteto espanhol Baltazar González Fernández, já falecido. Foi construída em estilo gótico; Por sua estrutura e sua decoração, lembra propositalmente a Saint-Chapelle em Pais, capela do palácio real, construída por São Luis IX, Rei de França para guardar as relíquias da coroa de Epinhos e os cravos da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Também a ornamentam pinturas de santos e dos mistérios de nossa fé; assim como, se sobressaem por sua quantidade as inúmeras flores-de-lis douradas afixadas nas paredes, e com estrelas gravadas no teto disposto em ogivas.
Com 1.125 m² de área construída, altura interna de 24 metros e com capacidade para 1.100 pessoas sentadas, a igreja foi solenemente dedicada em 24 de fevereiro de 2008 por Sua Em.cia o Cardeal Franc Rodé, então Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, quando recebeu em seu altar-mor relíquias de 360 santos venerados de acordo com o calendário romano. À época, o acabamento interno já permitia perfeitamente a execução de cerimônias litúrgicas; contudo, a sua fachada ainda não estava construída. Hoje as suas torres que alcançam uma altura de 60 metros e guardam um carrilhao de sete sinos é um presente que os Arautos do Evangelho oferecerem à população de da diocese de Bragança Paulista. A fachada, ainda em acabamento, receberá em breve pintura, apliques e algumas imagens de santos e anjos para  ornamentação; querendo que nos recordar aquela passagem da Escritura “Eis a Igreja de uma beleza perfeita, alegria do mundo inteiro”.

Ogivas do teto
Sacrário da capela da adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento,
em metal e pedras, confeccionado pelo setor artístico dos Arautos do Evangelho
Altar da capela do Santíssimo Sacramento que, como todos os demais das capelas laterais,
é disposto para celebração
versus Deo segundo a forma ordinária do rito romano.

O sacrário do altar-mor é modelo para aqueles usados nos altares laterais e nas capelas das Casas espalhadas pelo mundo.
Por que o título de Basílica menor?
São conhecidos os motivos pelos quais uma igreja, com grande privilégio, é condecorada com o título de Basílica menor: historicidade, centro de peregrinações ou algo fato miraculoso. Mas, o motivo que não foi listado e também é requisitado e que fez com que fosse aprovada a concessão do título à igreja é a sua singular beleza artística, possivelmente a única no Brasil.
Ala lateral da igreja
O mais importante são os favores espirituais que lucrarão aqueles que executarem as disposições estabelecidas para as indulgências aplicadas às basílicas menores, sabendo que o título da igreja será agregado à Basílica Papal de Santa Maria Maggiore (à qual já era afiliada, mas em dignidade muito menor à de agora) e, portanto, visitando a Igreja Nossa Senhora do Rosário, os fiéis lucrarão benefícios espirituais tal como estivesse na Basílica Liberiana.
Como reza a tradição, serão concedidas à igreja as insígnias próprias de sua mais nova dignidade: o tintinnabulum e o conopoeum ou umbracullum.
A missa é presidida por Sua Ex.cia Dom Sérgio Aparecido Colombo, bispo diocesano de Bragança Paulista.
Mais fotos quando de sua construção, também como mais recentes:
* * *
A Missa foi iniciada às 17h do dito dia 24 de maio. O bispo de Bragança Paulista, os concelebrantes e os diáconos trajavam paramentos dourados: ainda era Páscoa e a ocasião exigia uma cor ainda mais festiva do que o branco. Em uma das paredes, o brasão papal, o do bispo diocesano e as chaves pontifícias, estavam oportunamente velados por um tecido.
No Breve Apostólico assinado pelo Cardeal Bertone e entregue por S.E.R. Dom Sérgio Aparecido Colombo a Mons. João Clá Dias, estão definidos a origem do pedido de elevação à dignidade de basílica menor e as razões de sua aprovação. Não obstante, a assinatura do Cardeal-Secretário de Estado torna próprio do Sumo Pontífice qualquer ato aprovado; é o seu vigário. É também a Secretaria de Estado que expede as titulações dadas a presbíteros honrados com os graus da dignidade do monsenhorato. Eis os termos do Breve:
________________
Bento, Bispo,
Servo dos Servos de Deus
ad perpetuam rei memoriam
[grifo nosso: literalmente, para que a coisa se perpetue]

Entre os templos sagrados da Diocese de Bragança Paulista no Brasil, destaca-se, merecidamente, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, erigida na cidade de Caieiras, à qual os fiéis da região costumam dirigir-se a fim de implorar o poderoso auxílio daquela que é a Cheia de Graça, para que conduza a existência deles segundo os preceitos do Evangelho. Por esta razão, uma vez que o Venerável Irmão Sérgio Aparecido Colombo, Bispo da referida Sede, com carta do dia 1 de Março deste ano, em nome do clero e também do povo, pediu que honrássemos este templo com o título e dignidade de Basílica Menor, Nós, desejando dar provas de especial benevolência, com sumo agrado pelas fervorosas preces, julgamos que deva ser concedido. Atendidos totalmente os requisitos que a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com as faculdades por Nós concedidas, estabeleceu nesta matéria, com o sumo poder Apostólico, em virtude desta carta e perpetuamente, elevamos a Igreja mencionada ao grau e dignidade de Basílica Menor, conferidos todos os direitos e concessões litúrgicas, que devidamente competem aos edifícios sagrados honrados com este título, observado o que determina o Decreto “De titulo Basilicae Minoris“, promulgado no dia 9 de Novembro de 1989.
Estamos certos de que a honra concedida incitará o coração dos fiéis a venerar cada vez mais a Santíssima Mãe de Deus e da Igreja.
Desejamos que esta carta produza efeito a partir de agora e para a posteridade, sendo revogadas quaisquer disposições em contrário.
Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 21 de Abril do ano de 2012, oitavo do Nosso Pontificado.
________________
Ao fim da missa, os ministros e o povo saíam e se posicionavam foram da igreja, onde os símbolos da nova basílica eram desvelados – sobre cada uma das colunas laterais da inconclusa fachada, os brasões; do lado externo da igreja e sobre a Porta Santa, as Chaves, em dimensões consideráveis. Todas as Basílicas, maiores e menores, configuram-se também com a classificação de “Santa” de uma de suas portas, que é solenemente aberta na proclamação dos Anos Santos e Jubilares, extraordinários ou não, e por onde os fiéis que fazem peregrinação devem ingressar para cumprirem os costumes indulgenciados desses tempos de graça e perdão.
Na mais nova Basílica ocorre perpetuamente a adoração solene e perpétua ao Santíssimo Sacramento. Aos domingos, às 9h, acontece a recitação do Ofício de Leituras, das Laudes e da Hora Média (cerimônias da Liturgia das Horas), em gregoriano; às 11h é cantada Missa solene. Às 17h, é cantada outra Missa solene com a recitação das II Vésperas, com canto gregoriano novamente.
A pia batismal foi construída há pouco. A igreja também faz uso da balaustrada, a grade de comunhão, como pode ser visto no vídeo  com cenas da cerimônia de ereção do título de basílica. Ainda serão finalizados a umbrela e o tintinabullum, insígnias próprias.

Soma-se às três basílicas da Grande São Paulo: Nossa Senhora da Penha, do clero secular; Nossa Senhora do Carmo, dos frades carmelitas calçados; e Nossa Senhora da Assunção, dos monges beneditinos. Ademais, une-se também às mais de 1.559 contadas até 30 junho 2009, ou seja, um número muito desatualizado, mas que permite uma noção de como o mundo está pontilhado de igrejas que se sobressaem ou por sua beleza artística ou por sua antiguidade ou por feitos extraordinários dos quais foram cenário.
Por fim, a beleza da igreja e a admiração de todos quantos a conhecem demonstram que ainda sim a arquitetura eclesiástica gótica fala aos nossos tempos e solidifica aquelas sensações transmitidas pela Liturgia fielmente celebrada que nos remetem a Deus e, pelos instantes que acontecem, são capazes de sossegar aquela busca empreendida por toda a vida pelo coração humano.
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