sexta-feira, 29 de junho de 2012

Silva Jardim lança o 'Inventário da Arte Sacra Fluminense' no dia 30/06


“Inventário da Arte Sacra Fluminense” é o título do livro que a Prefeitura de Silva Jardim em parceria com a secretaria estadual de Cultura e a paróquia Nossa Senhora da Lapa lançará no próximo dia 30/06, às 10h30min, no hall do Teatro Zezé Macedo. De acordo com a coordenadora do teatro, Márcia Goes, o evento contará com uma exposição de painéis ilustrativos sobre o assunto que ficará até o dia 07/07 sempre das 10 às 18 horas. O teatro fica na esquina entre a Avenida Oito de Maio e a Rua Sansão Pedro David, no Centro da cidade.

Coordenado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), órgão da Secretaria de Cultura, o trabalho é patrocinado pelo Sesc Rio e apoiado pelo Mosteiro de São Bento. Para produzir a publicação, foram visitados 28 municípios das regiões Norte, Noroeste e das Baixadas Litorâneas (Silva Jardim fica nesta última).

O Inepac registrou mais de mil objetos em sete meses de trabalho. O inventário foi coordenado pelo museólogo Rafael Azevedo, diretor do Departamento de Apoio a Projetos de Preservação Cultural do Inepac, e teve a consultoria de dois especialistas religiosos: frei Róger Brunorio e dom Mauro Fragoso.
A secretária de Cultura, Adriana Rattes, destaca que com a publicação destes dois volumes o Governo do Estado inaugura um novo capítulo na política fluminense de preservação de obras de arte. Segundo ela, “Iniciativas como este inventário são de grande importância, tanto para a democratização do acesso aos nossos bens culturais, como também para estimular nossos municípios e a população em geral a empreender ações zelosas em defesa do patrimônio cultural fluminense”.

A publicação inclui aproximadamente 700 peças das três regiões pesquisadas. Cento e quinze monumentos, incluindo igrejas, capelas, fazendas e museus, tiveram suas coleções catalogadas, que serviram de inspiração para três artigos inéditos, incluídos no primeiro volume da obra. Os dois primeiros volumes foram lançados em 29 de setembro do ano passado, no Parque Laje, no Rio de Janeiro.

Fonte: Nova Saquerema

Coral Ars Mvsica Sacra de Sorocaba

O CORAL ARS MVSICA SACRA foi criado em janeiro de 2004 com a aprovação do projeto do músico Lucio Roberto Martini pela AABS.




Coral da AASB-Coral Ars Música Sacra
  A proposta do projeto para a formação de um Coral para a AABS (Associação Amigos de São bento) tem como objetivos difundir as obras de restauração do complexo do Mosteiro de São Bento e da difusão da música sacra erudita. Com isso, atrair a atenção do público tanto para preservação do patrimônio histórico sorocabano assim como para um vasto repertório de músicas que fizeram parte dos ritos e cerimônias religiosas que são desconhecidas das novas gerações.

Para tanto, o CORAL ARS MVSICA SACRA desenvolve um repertório com obras de alto valor religioso e histórico de grandes compositores dos diferentes períodos da história da música, procurando também resgatar uma prática antiga quando alguns concertos eram realizados nas igrejas exclusivamente para que os fiéis apreciassem a musica sacra como meio de se aproximar da essência divina.

O CORAL ARS MVSICA SACRA é composto essencialmente por cantores amadores que, segundo o dicionário quer dizer "aquele que se dedica a uma arte ou ofício por prazer", oferecendo, dessa forma, ao maior número de interessados a oportunidade de cantar num grande coral e, assim, elevar sua formação cultural e proporcionar enriquecimento pessoal.

O primeiro ensaio aconteceu no dia 1° de março de 2004 com 32 pessoas inscritas, e realizou seu primeiro concerto no dia 10 de outubro do mesmo ano a Igreja de Sant'Ana do Mosteiro de São Bento com o repertório dedicado a obras do devocionário mariano. Desde sua fundação o Coral é regido por Lucio Roberto Martini e conta com o acompanhamento ao órgão de Paulo César Leister. O Coral está aberto à participação de todos os interessados em qualquer época não sendo necessário ter conhecimento musical ou experiência em outros corais.

Crédito-Lucio Roberto Martini
Maria Voss - Associação Amigos de São Bento - Mosteiro São Bento de Sorocaba

***
Mesmo com pouco tempo de existência, o Coral Ars Mvsica Sacra de Sorocaba já desenvolveu repertório com obras de mestres da música erudita como “Beatus Vir”, de Antonio Vivaldi, “Magnificat”, de Antonio Caldara, “Missa em Honra a Nossa Senhora Aparecida”, de Benedito Julio Barreto, “Te Deum” de W. A. Mozart, “Missa Pastoril para a Noite de Natal”, de José Maurício Nunes Garcia, “Stabat Mater”, de Joseph Reimberger, “Missa em Fá Maior”, de Joseph Haydn.




Fonte: Facebook/museudeartesacrados.jesuitas

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Obra de Cimbaue emprestada à Rieti


Comunicado da Assessoria de Imprensa dos Frades Menores de Assis
ROMA, (ZENIT.org

Uma mostra importante – intitulada “Francisco o Santo”. Obra prima de séculos e da região de Rieti – sobre São Francisco e seu impacto histórico, artístico e espiritual na cultura da Itália Central está acontecendo em Rieti, nos museus cívicos e eclesiásticos ali presentes. Inaugurada dia 16 de junho, a mostra, que continua até 4 de novembro, pretende exaltar a figura de um homem capaz de manter intacta a força de sua personalidade no decorrer dos séculos.

Cimabue: San Francesco (1277-1280 ca)
tempera su tavola
Museo della Porziuncola, Assisi (perugia)

“São poucos, dizem os curadores, aqueles que têm a capacidade não só de ser lembrado, mas de continuar a impactar decisivamente nas escolhas dos nossos contemporâneos, mesmo muitos séculos depois; a permanecerem protagonistas indiscutíveis da vida para aqueles que não pensam da mesma forma ou para aqueles que, mesmo apreciando o pensamento, não tem a força e a determinação para implementar as suas regras e o pensamento”.
O Museu da Porciúncula participou do projeto colocando à disposição, durante todo o período da exposição, a famosa pintura atribuída a Cimabue retratando São Francisco. Embora a autoria tenha sido muitas vezes discutida, cada vez mais, estudiosos do artista Toscano atribuem com segurança a paternidade: teria sido feita pouco antes da “Maestá” do transepto direito da Basílica Inferior de São Francisco.


Para mais informações: www.francescoilsanto.it | www.porziuncola.org 
(Trad.MEM)

Margarito d'Arezzo: San Francesco (metà sec XIII)
tempera su tavola
Museo Statale d'Arte Medievale e Moderna, Arezzo

Niccolò Gerini: San Francesco (1380-1385)
tempera su tavola
Galleria dell'Accademia, Firenze

Correggio: Sacra Famiglia e San Francesco (1520 ca)
olio su tela
Galleria degli Uffizi, Firenze

Novo espaço do Museu de Arte Sacra de Iguape é inaugurado


Mudou de endereço um dos mais importantes acervos sacros do Brasil. Agora o Museu de Arte Sacra fica na Basílica do Bom Jesus de Iguape, em sala ao lado do altar da imagem Santa, no pavimento superior do lado da Sacristia. No Brasil existem apenas 13 Museus de Artes Sacras, um deles aqui em Iguape.
 
Rico em peças raras como pratarias, imagináro, documentos e relíquias, o Museu de Arte Sacra de Iguape facilita, com a mudança de endereço a visitação de centenas de milhares de peregrinos que todos os anos recorrem a visita à imagem santa do Bom Jesus. Com isso a igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (antiga sede) volta à sua rotina antiga com missas e cerimônias. Mais um novo espaço de congregação em cenário privilegiado, com peças e altar de mais de três séculos de conservada beleza e arte. A inauguração do novo espaço, amplo e bem arejado, aconteceu no sábado (23/06) com a presença das pessoas da sociedade, da prefeita Maria Elizabeth Negrão Silva, dos padres, Joy John Thalachira, Reitor do Santuário, Jaime Maria Gato, Pároco da Paróquia de Nossa Senhora das Neves e Pe. Georges Tete, do diretor do Departamento de Cultura, Turismo, Esportes e Eventos, Carlos Jr. e da Diretora do Grupo Técnico de Coordenação Sistema Estadual de Museus - SISEM/SP, Renata Motta. "É mais uma forma de melhor preservar nosso acervo e nossa Cultura e também atrair e dar mais atrativos para nossos visitantes", ressaltou a prefeita. Para Renata Motta o novo local e os cuidados com o acervo são referências para o setor. "Todos os cuidados no transporte e nas acomodações das peças nos deixa tranqüilos quanto ao futuro desta importantíssima coleção. Iguape está de parabéns pela forma profissional como encara a preservação de seu patrimônio atraindo não só a curiosidade de visitantes que têm oportunidade única de enriquecer seus conhecimentos e cultura, como também presta à história nacional riquíssima contribuição", ressaltou.
 

Madeira e barro ganham vida pelas mãos de artesãos de Petrolina


A cidade de Petrolina, em Pernambuco, fica às margens do Rio São Francisco e desfruta de paisagens naturais ricas e marcantes, que servem de inspiração para artistas de toda a região. Junto com Juazeiro, na Bahia, a cidade forma o maior aglomerado urbano do semiárido nordestino, segundo dados do Censo 2010. Essa característica atraiu, ao longo dos anos, migrantes de toda a região em busca de melhores condições de vida. Para aqueles em que o talento artístico se manifestou, a Oficina do Artesão Mestre Quincas serviu como ponto de partida para abraçar o artesanato como forma de sobrevivência.

A oficina existe há 22 anos e reúne artesãos que trabalham com madeira, tecido e também pintura. É um espaço democrático, coordenado com a doçura e a firmeza de uma mãe por Maria da Paz Araújo, 68 anos. Há 55 trabalhando com bordado e costura, Da Paz, como é chamada, foi uma das primeiras artesãs do espaço. “Eu morava em Souza, na Paraíba, quando fiquei viúva. Tinha cinco filhos para criar”, relembra.

A vida acabou levando-a até Petrolina e o artesanato vem sendo seu sustento desde então. “Hoje, me sinto realizada de ver quantas famílias sobrevivem da arte aqui nesse espaço”, conta. A oficina foi fundada por um grupo de 40 artesãos que se mobilizaram para criar, na cidade, um espaço para trabalhar e expor sua arte.

No começo, as peças não podiam ser vendidas no local, que era apenas para produção das obras, mas os artistas conquistaram o direito a comercializar seus produtos lá mesmo. Só que para poder vender na oficina, Da Paz avisa: tem que ter preço e qualidade. “Eu sou firme no meu trabalho, temos que zelar por nosso nome”, defende.

O espaço reservado para os artesãos de madeira é dividido em nove áreas, onde cada um trabalha em suas obras. Roque Gomes da Rocha, o Roque Santeiro, foi um dos que encontrou na oficina um lar e no São Francisco, uma inspiração. “Eu vim de Afrânio [cidade vizinha], com 15 anos, para estudar aqui em Petrolina. Tive que fazer um trabalho sobre o São Francisco e então conheci as carrancas”, relembra Roque.

Depois disso, o então estudante procurou um artesão e começou a trabalhar lixando as peças, até aprender a fazê-las. “Trabalhei dez anos com carrancas, mas eu queria mais. A missão do artista é fazer algo que ninguém nunca fez”, acredita. A partir daí, Roque se encantou com a arte sacra, que lhe rendeu o nome pelo qual hoje é conhecido.

Defensor de que o maior mestre da vida é a necessidade, Roque sabe que a vida de escultor não é fácil, mas ao longo dos anos conquistou seu espaço e uma parede inteira de fotos, certificados e locais por onde já passou. “A emoção de um escultor é realizar um sonho, eu venho realizando o meu”, filosofa.

A necessidade foi o motivo que levou José Nildo da Silva a deixar o Crato, no Ceará, em busca de emprego nas lavouras de Petrolina. Porém, não era ser agricultor que Nildo, como assina suas obras, queria ser. “Desde criança eu fazia brinquedos para mim e meus irmãos. Eu já estava há cinco anos trabalhando como agricultor, quando me disseram que eu seria acolhido aqui no Mestre Quincas. Me encontrei aqui e resolvi sobreviver da minha arte”, explica.

Fazendo de tudo um pouco, as obras de Nildo passam pelas tradicionais carrancas, fauna e flora da região, mas um dos xodós do ex-agricultor são os brinquedos, em especial carros e aeronaves em miniatura, que respeitam proporções e modelos. A riqueza de detalhes dos trabalhos impressiona. “Tem colecionador que me procura”, conta, orgulhoso. Outro trabalho são as representações de São Francisco. “Eu busco retratar diferentes fases da vida dele, pesquiso bastante. Tento fugir do cotidiano”, ensina.

Uma das coisas que a oficina preza, e isso com o olhar atento de Da Paz, é a questão da sustentabilidade. Nada se perde, tudo se reaproveita, inclusive madeiras não aproveitadas em obras. “Aprendemos a saber a reconhecer as madeiras e saber como cuidar delas. Não queremos que ninguém saia daqui dizendo que comprou algo que veio com cupim”, avisa Nildo.

Os visitantes da Oficina do Artesão Mestre Quincas têm a oportunidade de acompanhar o trabalho dos artesãos, fazer encomendas e negociar as peças diretamente com seus autores. O local funciona de segunda a sábado, de 8h às 18h, e aos domingos, com agendamento.

Fonte: Patrício Nunes

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Restauro de um anjo


Anjo, de Isolina Petronilho:












Brilho dourado. O gótico internacional em Florença 1375-1440

Gentile da Fabriano (Gentile di Niccolò, detto) 
(Fabriano 1370 circa - Roma 1427) 
Adorazione dei Magi Cristo giudice, 
Annunciazione, Profeti e cherubini (cimasa) 
Fiori e piante (pilastri laterali) 
Natività, Fuga in Egitto e Presentazione al Tempio (predella) 
Tempera su tavola 
Firenze, Galleria degli Uffizi

As salas do primeiro andar da Galeria Uffizi vão sediar de 19 de junho até 04 de novembro de 2012 uma grande exposição que tem como objetivo reconstruir o panorama de Florença, no período maravilhoso e fundamental que vai aproximadamente de 1375 a 1440.

Le sale del primo piano della Galleria degli Uffizi ospiteranno dal prossimo 19 giugno fino al 4 novembre 2012 un’importante esposizione che vuole ricostruire il panorama dell'arte fiorentina nel periodo mirabile e cruciale che approssimativamente va dal 1375 al 1440.
Paolo Uccello (Paolo di Dono) 
(Firenze 1397 - 1475) 
Il disarcionamento di Bernardino Ubaldini della Carda, 
comandante delle truppe senesi (Battaglia di San Romano), 1438-1440 circa 
Tempera su tavola 
Firenze, Galleria degli Uffizi

Para restituir o clima capturado e precioso deste longo período, estarão expostos, juntamente com quadros muito valiosos e celebradas durante séculos, outros até agora pouco conhecidos do público em geral, bem como esculturas em madeira e mármore, manuscritos iluminados, obras sacras e seculares da arte: todas as criações de alto valor e significado histórico, de prestigiados museus públicos e coleções particulares italianas e estrangeiras.

Per restituire il clima colto e prezioso di quella lunga stagione, verranno esposti accanto a dipinti celebrati da secoli altri pregevolissimi ma finora poco conosciuti al grande pubblico, così come sculture lignee e marmoree, codici miniati, lavori d'arte sacra e profana: creazioni tutte di sommo pregio e di assoluta rilevanza storica, provenienti da prestigiose istituzioni museali pubbliche, nonché da collezioni private italiane e straniere.

Paolo Uccello (Paolo di Dono) 
(Firenze 1397 - 1475) 
Annunciazione, 1415 - 1420 
Tempera su tavola 
Oxford, Ashmolean Museum

De acordo com a cronologia, o percurso terá como base as obras dos maiores artistas da última fase da tradição do século XIV. 


Secondando la cronologia, il percorso prenderà le mosse dalle opere degli interpreti massimi dell’ultima fase della tradizione trecentesca.


Giovanni di Francesco Toscani 
(Firenze 1372 - 1430) 
Annunciazione, 1425 circa 
Tempera e oro su tavola 
Washington (D.C.), Georgetown University, Art Collection

E poderão ser admiradas obras de Agnolo Gaddi, Spinello Aretino, Antonio Veneziano, Gherardo Starnina e Lorenzo Monaco. Este último artista continua a ser após a morte de Stamina o maior pintor florentino a propor uma variante do pessoal gótico extremo, até mesmo estranha ao naturalismo refinado de Gentile da Fabriano, testemunha lírico desses anos, ele também presenta na mostra com quadros famosos por sua beleza deslumbrante


E si ammireranno opere di Agnolo Gaddi, Spinello Aretino, Antonio Veneziano, Gherardo Starnina e Lorenzo Monaco. Artista, quest’ultimo, che dopo la morte dello Starnina rimane il maggior pittore fiorentino a proporre del gotico estremo una variante personalissima, estranea perfino al naturalismo raffinato di Gentile da Fabriano; testimone lirico di quegli anni, lui pure presente in mostra con tavole famose per la loro bellezza struggente.


Antonio Veneziano (Antonio di Francesco) 
(Toscana, notizie 1369-1388) 
Madonna col Bambino in trono e angeli, 1384-1386 circa 
Tempera su tavola 

Poderão ser admiradas as obras dos hábeis artesãos de Florença entre os séculos XIV e XV, incentivados por uma disposição cultural a observação da recente tradição artística do século XIV tardio e no entanto, interessada nas inovações disruptivas da nova doutrina humanista, com as recuperações fervorosas que o antigo sugeria.

Si vedranno i lavori di artefici operosi a Firenze fra Trecento e Quattrocento, animati da una disposizione culturale volta all’osservanza della recente tradizione artistica tardo trecentesca e nel contempo però interessata alle dirompenti novità della nuova dottrina umanistica, con i fervidi recuperi dell’antico che suggeriva.
Masolino da Panicale (Tommaso di Cristoforo di Fino) 
(Panicale di Renacci? 1383/84 - documentato fino al 1435) 
Madonna dell’Umiltà, 1415 circa 
Tempera su tavola 

Obras que estarão lá para representar o nível mais alto, os artistas merecedores de um conhecimento mais amplo: Lippo d'Andrea, Mariotto di Cristofano, Giovanni Toscani, Ventura di Moro, Antonio e Francesco d'Arcangelo di Cola.

Opere che staranno lì a rappresentare, al più alto livello, pittori meritevoli di una più diffusa conoscenza: Lippo d’Andrea, Mariotto di Cristofano, Giovanni Toscani, Ventura di Moro, Francesco d’Antonio e Arcangelo di Cola.

Domenico Veneziano 
(Venezia 1400/1410 circa - Firenze 1461) 
Madonna col Bambino, 1430-1437 circa 
Tempera su tavola 

Juntamente, poderão ser experimentadas as virtudes poéticas de Lorenzo Ghiberti, dentre as personalidades mais eminentes do gótico tardio florentino, através das portas do Batistério, durante a fase inicial de suas atividades, onde se formaram quase todos os hábeis artistas proeminentes de Florença.

Insieme, però, si sperimenteranno le virtù poetiche di Lorenzo Ghiberti, personalità fra le più eminenti del tardogotico fiorentino, nel cui cantiere per la prima porta del Battistero, durante la fase iniziale della sua attività, s’erano formati quasi tutti gli artisti di spicco operosi a Firenze.

Lorenzo Monaco (Piero di Giovanni, poi Don Lorenzo) 
(Firenze 1370 circa - post 1422) 
Adorazione dei Magi 
Tempera su tavola 

Na mostra, será possível observar a maneira suave de Fra Angelico, artista emblemático - juntamente com Michelozzo - de uma linha expressiva que aspirava a combinar o legado da linguagem artística do passado recente com o que se estava produzindo de novo com Brunelleschi e Masaccio . Linha que teve o conforto de alguns grandes humanistas, que orbitavam em torno de Cosimo il Vecchio de’ Medici.

E lì accanto sarà dato osservare la maniera soave del Beato Angelico, artista emblematico – insieme a Michelozzo – di una linea espressiva che aspirava a coniugare l’eredità del linguaggio artistico del recente passato con quanto d’inedito stava maturando in città con Brunelleschi e Masaccio. Linea che aveva il conforto di alcuni grandi umanisti, che orbitavano intorno a Cosimo il Vecchio de’ Medici.
Lorenzo Ghiberti 
(Firenze 1378/80 -1455) 
San Giovanni Battista, 1413-1416 
Bronzo 
Firenze, Orsanmichele

Um período particular da arte, articulado e variado como ilustrado pela exposição. "Enquanto as propostas artísticas inovadoras percorriam o seu caminho não sem dificuldades (só de pensar nos sofrimentos do escultor Brunelleschi, arquiteto e engenheiro), e as linhas pré-existentes da criatividade foram coexistindo pacificamente no gosto dos mecenas públicos e privados por excelência, sem rupturas, mas com aperfeiçoamentos e desenvolvimentos de experiências nobres e reinterpretadas.


Un periodo artistico particolare, articolato e variegato quello illustrato dalla mostra. “Mentre le proposte artistiche innovative si facevano strada non senza fatica (si pensi anche soltanto alle tribolazioni di Brunelleschi scultore, architetto e ingegnere), linee preesistenti e coesistenti di creativita trovavano tranquillamente il gradimento di committenti pubblici e privati d’eccellenza, procedendo senza “rotture”, ma con affinamenti e sviluppi di nobili esperienze tramandate e reinterpretate.
Bottega di Lorenzo Ghiberti (attiva nella seconda metà del xv secolo) 
Croce, 1425 circa 
Argento fuso, cesellato, sbalzato, dorato, smalti traslucidi su argento
Impruneta (Firenze) 
Museo del Tesoro della Basilica di Santa Maria all’Impruneta

Uma pluralidade de artistas e estilos, foi o composto notável efeito de um mapa de comissões da mesma forma variadas "(Cristina Acidini).

Una pluralita di artisti e di stili fu il composito e mirabile effetto di una mappa di committenze altrettanto varia” (Cristina Acidini).

Gentile da Fabriano (Gentile di Niccolò, detto) 
(Fabriano 1370 circa - Roma 1427) 
Adorazione dei Magi Cristo giudice, 
Annunciazione, Profeti e cherubini (cimasa) 
Fiori e piante (pilastri laterali) 
Natività, Fuga in Egitto e Presentazione al Tempio (predella) 
Tempera su tavola 

Finalmente, "a exposição termina com a Batalha de San Romano, de Paolo Uccello, que - recentemente restaurada e, assim apresentada - que oferece ao visitante como uma síntese admirável da complexidade espiritual e intelectual de uma época especial da 'arte florentina, quando o rigor matemático e fantasias exageradas viveram juntos, às vezes se cruzando "(Antonio Natali).

Infine “la mostra si chiuda con la Battaglia di San Romano di Paolo Uccello, che – appena restaurata e, anzi, presentata in anteprima dopo l’intervento – si offre al visitatore come sintesi mirabile della complessità intellettuale e spirituale d’una speciale stagione dell’arte fiorentina, quando rigore matematico e sperticate fantasie convissero; intersecandosi talora” (Antonio Natali).


Masolino (Tommaso di Cristofano Fini) 
(Panicale di Renacci? 1383/84 - documentato fino al 1435) 
e Masaccio (Tommaso di ser Giovanni) 
(San Giovanni Valdarno 1401 - Roma 1428) 
Sant’Anna, la Madonna col Bambino e cinque angeli (“Sant’Anna Metterza”), 1424-1425 circa 
Tempera su tavola 
Firenze, Galleria degli Uffizi

A exposição - com curadoria de Antonio Natali, Enrica Neri Lusanna, Angelo Tartuferi como o catálogo publicado pela Giunti - foi promovida pelo Ministério da Cultura Património e com a Direcção Regional do Património Cultural e Paisagem da Toscana, o Superintendente Especial para o. Histórico, Artístico e Etno-antropológicos e os Museus de Florença, a Galeria Uffizi, Florença Museus e Instituições de Poupança Banco de Florença


La mostra - a cura di Antonio Natali, Enrica Neri Lusanna, Angelo Tartuferi così come il catalogo edito da Giunti - è stata promossa dal Ministero per i Beni e le Attività Culturali con la Direzione Regionale per i Beni Culturali e Paesaggistici della Toscana, la Soprintendenza Speciale per il Patrimonio Storico, Artistico ed Etnoantropologico e per il Polo Museale della città di Firenze, la Galleria degli Uffizi, Firenze Musei e l’Ente Cassa di Risparmio di Firenze.

Masolino da Panicale (Tommaso di Cristoforo di Fino) 
(Panicale di Renacci? 1383/84 - documentato fino al 1435) 
San Giuliano, 1420-1425 
Tempera su tavola 
Firenze, Museo Diocesano di Santo Stefano al Ponte

Filarete (Antonio Averlino) 
(Firenze 1400 circa - 1469) 
Croce processionale, 1449 
Lamina d’argento dorato inciso e cesellato su anima in legno, argento fuso 
Bassano del Grappa, Museo Civico
Donatello (Donato di Niccolò di Betto Bardi)
(Firenze 1386 - 1466) 
Crocifisso, sesto-settimo decennio del Quattrocento 
Legno di pero 
San Piero a Sieve (Firenze), convento di San Bonaventura a Bosco ai Frati
Paolo Uccello (Paolo di Dono)
(Pratovecchio, Arezzo 1397 - Firenze 1475) 
Santa monaca con due fanciulli oranti, 1431-1435 circa 
Tempera su tavola 
Firenze, Galleria degli Uffizi
 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Figuras Geométricas no Ícone

Numa composição de um esquema iconográfico também está presente as figuras geométricas e, cada uma, com um simbolismo específico. Neste ícone abaixo podemos notar a presença de, pelo menos, quatro: o círculo, o quadrado, o triângulo e o losango.



a) O círculo
O círculo possui uma simbologia específica e muito abrangente, sendo o segundo símbolo fundamental, no mesmo grupo a que pertencem o centro, a cruz e o quadrado. O círculo é uma estensão do centro. "O círculo pode simbolizar a divindade considerada não apenas em sua imutabilidade, mas também em sua bondade difundida como origem, substância e consumação de todas as coisas; a tradição cristã dirá: como o alfa e o ômega."

O círculo pode ser encontrado nos ícones da Ascensão de Cristo; Descida ao Hades; Filho Unigênito; Transfiguração; Nimbos ou Auréolas e outros.

b) O quadradro

Em contrapartida ao círculo, o quadrado é o símbolo da terra por oposição ao céu, mas é também, num outro nível, o símbolo do universo criado, terra e céu por oposição ao incriado e ao criador; é a antítese do transcendente.

O quadrado está representado neste ícone do Cristo na Glória acima.

c) O triângulo

Está intimamente ligado ao número três, à Trindade e, consequentemente, à Divindade. O triângulo equilátero, na tradição judaica, simboliza Deus, cujo nome não se pode pronunciar, enquanto que, representado com a ponta invertida (para baixo), simboliza a comunicação da divindade com a humanidade, o diálogo.

O triângulo pode ser percebida nas contruções iconográficas dos ícones da Trindade (de Rublev), da Transfiguração e dos ícones de meio busto.

d) O losango

Símbolo feminino por excelência e, por conseguinte, matriz da vida. Algumas formas apresentam "dois triângulos isósceles adjacentes na base, assim, significariam os contatos e os intercâmbios entre o céu e a terra, entre o mundo superior e o mundo inferior".

Também neste ícone do Cristo na Glória pode ser observado a figura do losângo perfeitamente.


A Deus seja a Glória! Δόξα τω Θεώ!
 

Catedral de Campinas busca R$ 7 milhões para restauração

Ministério autoriza captação pela Lei Rouanet para a segunda fase dos trabalhos

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Créditos: Leandro Ferreira/AAN
 
O Ministério da Cultura autorizou a Arquidiocese de Campinas a captar R$ 7,1 milhões utilizando a lei de incentivos fiscais (lei Rouanet) para a segunda fase do restauro da Catedral Metropolitana de Campinas.

Nessa fase serão recuperadas a cúpula, torre, as quatro fachadas, além dos sistemas elétrico e hidráulico e de comunicação.

O restauro é parte de um projeto que pretende tornar a Catedral um complexo religioso e cultural e prepará-la para ser a âncora turística da cidade do grandes eventos que ocorrerão em 2014 e 2016, com a Copa do Mundo e a Olimpíada.

Assim que a decisão for publicada no Diário Oficial da União, informou o arquiteto Ricardo Leite, responsável pelo projeto, começará o trabalho de convencimento junto ao empresariado e empresas estatais para doarem parte do imposto de renda à recuperação desse patrimônio de Campinas. O arcebispo d. Airton José dos Santos e o pároco da Catedral, Álvaro Ambiel, iniciaram contatos com políticos e empresários na tentativa de obter a verba necessária.


O projeto já havia sido anteriormente aprovado, mas perdeu validade porque a Arquidiocese não conseguiu, durante três anos, captar os recursos. O projeto foi então reapresentado e aprovado na reunião da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic) da última quarta-feira. Na primeira fase do restauro foi captado pela lei Rouanet R$ 1,58 milhão e destinado à troca do telhado do templo para eliminar as infiltrações que, em dia de chuva, permitiam a entrada de água que acabavam danificando altares e chão do centenário templo.


O telhado foi construído em três lances. Um, sobre a nave central, outro, do altar-mór e Capela do Santíssimo e outro que atravessa a igreja em frente ao altar-mór. Também foi feita a restauração do teto, com reformas na parte hidráulica e elétrica. Os três imensos lustres de cristais também passaram por restauro.

Não há previsão para o início das obras, porque dependerá da formação de um caixa para que o restauro possa ter início. Pelas regras do ministério, a obra só começa quando 20% do valor global estiver depositado em conta específica. A equipe da Catedral não tem conseguido sucesso na busca de verbas. Para o arquiteto Ricardo Leite, falta compreensão da comunidade de que a Catedral não é apenas um templo religioso, mas uma obra de arte, um patrimônio que é referência de Campinas.

Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), a Catedral é uma referência histórica, pois sua monumentalidade e excelência arquitetônica, presentes na talha do Mestre Vitorino dos Anjos e na elaboração dos vitrais, simbolizam a fase de grande desenvolvimento urbano vivido pela cidade de Campinas ao longo do século 19, graças à economia cafeeira.

Catedral Metropolitana de Campinas é feita de taipa, uma técnica construtiva em barro, de tradição centenária em São Paulo. Foi justamente na fachada que a técnica apresentou problemas e foi preciso fazer novo acabamento com a intervenção do engenheiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo. A partir do projeto do arquiteto Cristóvam Bonini, foi edificada uma nova estrutura de tijolos, capaz de sustentar os "apliques" decorativos. Nesta nova estrutura foram criados três planos decorativos em estilo clássico.

O primeiro é composto de colunas de inspiração jônica e uma parte central saliente coroada por um frontão triangular e uma série de quadros em relevo com a gravação das principais datas históricas do templo. O segundo plano é formado por duas janelas em arcada, de inspiração coríntia, e um grande relógio. O terceiro plano está assentado em uma base quadrada com uma pirâmide de coroamento, esfera e cruz de ferro. Por fim, em 1923 a Catedral passou por novas reformas que criaram, entre outras intervenções, uma cúpula de cimento capaz de sustentar uma imagem da Virgem Maria, em lugar de um pequeno zimbório de vidros coloridos.

No interior do edifício há uma movelaria antiga composta de peças trabalhadas em madeiras, cadeiras austríacas, trono episcopal, crucifixo, lustres, candelabros de prata, órgão (de 100 anos), sacristia, relógio de parede e 4 sinos (em torre com mais de 100 anos).

Preservação de acervo de museu também depende de recursos
O Museu de Arte Sacra instalado na Catedral começou um trabalho de captação de recursos para poder dotar a área de reserva técnica de salas limpas e garantir, assim, a preservação de um importante acervo de pinturas, esculturas, medalhas e móveis dos séculos 18 a 20.

O trabalho, inclui calafetação ambiental, unidade de ventilação estéril e outras obras, está orçado em R$ 200 mil, que serão captados dentro do Programa de Ação Cultural (Proac), do governo do Estado, que destina parte do ICMS devido pelas empresas ao apoio da cultural.

O arquiteto Ricardo Leite disse que algumas lojas do Centro, como a Skina Magazine, Seller e Baby manifestaram interesse em destinar o ICMS ao museu. "Nem podemos pensar em restaurar o acervo, se não tivermos salas limpas", afirmou. Mesmo funcionando parcialmente, o museu é bastante visitado - nos últimos 12 meses recebeu a visita de 7,5 mil visitantes, apresar de abrir apenas as quintas e sextas-feira no período da tarde e aos sábados pela manhã.





O museu foi criado por Dom Paulo de Tarso Campos em 1.967, e composto de 576 peças entre pinturas, esculturas, medalhas e móveis dos séculos 18 a 20. Faz parte do acervo uma biblioteca com obras raras, partituras musicais, coleções de jornais antigos e cartas pastorais dos bispos campineiros e paulistas a partir de peças recolhidas na arquidiocese e doadas da coleção de Dom Paulo de Tarso.

Saiba mais
A construção da Catedral teve início em 1807, estendendo-se por mais de setenta anos até sua inauguração em 1883. O grande porte da construção já sugeria as pretensões de crescimento da Vila de São Carlos (1797/1842), sendo instaurada as fundações em um terreno mais distante do Largo da Matriz Velha (atual área da Basílica do Carmo) para onde se projetava o crescimento da Vila, no início do século 19. Ao longo dos 76 anos de construção, a nova Matriz recebeu ornamentações em cedro vermelho (disponíveis em terrenos próximos) trabalhado em estilo barroco brasileiro pelo artista baiano Vitoriano dos Anjos.

Fonte: Maria Teresa Costa/AAN 

domingo, 24 de junho de 2012

Olinda em Festa - Restauro da Igreja de São joão Batista dos Militares

Iphan entrega, neste domingo, igreja de São João Batista dos Militares totalmente restaurada 


Igreja voltará a receber os fiéis

Edificação erguida no século XVI, foi uma das poucas obras a resistir ao incêndio provocado pelos holandeses, quando tomaram a cidade em 1630. Apesar de sua importância histórica, a Igreja de São João Batista dos Militares sofreu vários danos em decorrência de um processo de abandono nos últimos 15 anos.
Mas, neste domingo, 24 de junho, dia de festa de São João, a comunidade de Olinda receberá de volta a igreja, totalmente restaurada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Pernambuco (IPHAN-PE).

Nos serviços foram investidos mais de R$ 830 mil do PAC Cidades Históricas. Os trabalhos começaram em dezembro de 2010 e foram executados pelo Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada (CECI), com a participação dos alunos da Obra-Escola de Restauração do templo.

Capacitação e Aprendizado

No curso, vinte alunos, entre jovens e adultos com idades entre 17 e 25 anos, tiveram a oportunidade de se capacitar em vários ofícios tradicionais da construção, com enfoque no restauro, sob acompanhamento de técnicos do Iphan e das prefeituras participantes do PAC Cidades Históricas em Pernambuco.
Os estudantes receberam treinamento em pintura, forja de metais e fundição, carpintaria e marcenaria, cantaria, estuque e alvenaria.

O curso foi proporcionado pelo Iphan/PE, além do CECI e prefeitura de Olinda, e foi totalmente voltado para as obras de restauração da Igreja de São João Batista dos Militares, localizada no sítio histórico do município olindense.

Cortejo

As festividades que marcarão o retorno das atividades religiosas na igreja serão marcadas por um cortejo que sairá às 17h da Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe e seguirá até a Igreja de São João Batista dos Militares onde, a partir das 18h, será celebrada a missa de inauguração das obras de restauração.
Além de configurar-se como um cartão postal de Olinda, podendo ser vista de vários pontos da cidade, a Igreja de São João Batista dos Militares está localizada no polígono de tombamento federal. Entre os anos de 1656 e 1669, funcionou como sede da Paróquia da Sé.


(Texto: Marcos Agostinho, Ascom/MinC)
(Foto: Divulgação/ Iphan)
fonte: Ministério da Cultura

Concluída restauração da Igreja de São João de Carapina, do século XVI

A Igreja marca a passagem das primeiras levas de missionários jesuítas no Espírito Santo.
A comunidade de Carapina recebe na manhã deste domingo, 24 de junho, a Igreja de São João Batista de Carapina, que passou por processo de restauração. A Igreja foi erguida pelos jesuítas, no final do século XVI, e é tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual. Em novembro de 2011, o prefeito Sérgio Vidigal assinou ordem de serviço dando início aos trabalhos de restauração do telhado e da estrutura, além da pintura e da reconstituição das cores originais.
A obra recebe os últimos ajustes para a conclusão da restauração
O descerramento da placa de restauração está marcado para as dez horas do domingo, 24. Mais tarde, haverá apresentação cultural, com capoeira, congo e folia. O investimento, de 190 mil reais, foi de recursos próprios do município originados via emenda parlamentar. A restauração está inserida nas comemorações dos 455 anos da Serra e dos 450 anos de Carapina, um dos distritos da cidade.

A Igreja faz parte do Sítio Arqueológico e Histórico de Carapina e marca a passagem das primeiras levas de missionários jesuítas no Espírito Santo. O sítio integra também as ruínas de um casarão, testemunho da ocupação do local. Um dos fundadores da Serra, o cacique Temiminó Macarajaguaçu, foi enterrado em seus arredores.


Além da Igreja de Carapina, a Serra devolveu para a população, em janeiro deste ano, o quadro “Adoração dos Reis Magos”, do século XVI, que fica na Igreja e Residência de Reis Magos, em Nova Almeida. A pintura, feita a óleo sobre madeira, foi restaurada por uma equipe da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).


Fonte: Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer
Prefeitura de Serra - ES

sábado, 23 de junho de 2012

Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição de Ceará-Mirim - RN

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição passa por reforma

 Os fiéis e agentes pastorais da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Ceará-Mirim, promoverão o II Arraiá da Restauração, neste domingo (24), no largo Frei Damião, situado ao lado da Matriz. A atividade constará de apresentações de danças folclóricas, quadrinhas matutas e estilizadas, praça de alimentação com venda de comidas típicas e bebidas não alcoólicas e animação musical com forró pé-de-serra.

Durante a festa, também haverá sorteios de ação entre amigos, tendo como prêmios um balaio tradicional, outro com utensílios domésticos e um kit do lar, com refrige-rador, fogão e microondas. Cada bilhete dos sorteios custará R$ 6,00. Os recursos da promoção serão utilizados nas obras de restauração da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Todo o forro de madeira do teto da Igreja está sendo retirado e substituído por outro.

A construção da Matriz de Ceará Mirim teve início em1858, por Frei Serafim de Catânia, porém suas obras somente foram concluídas no ano de 1900. A matriz foi construída em terreno doado pelo Coronel Manoel Varela do Nascimento (futuro Barão do Ceará-Mirim) e pelo Sr. Antônio Bento Viana, do Engenho Carnaubal, no ano de 1851. Por suas dimensões, é a matriz de Ceará-Mirim, a maior igreja do RN. Mede 260 palmos de comprimento, equivalente a 57,20 metros e 107 palmos de largura, equi-valente a 23,55 metros. Foi construída com duas torres góticas de base quadrangular e terminal em agulha, medindo aproximadamente 36 metros e que foram concluídas em 1894. O altar-mor da matriz foi inspirado no altar-mor da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em São Paulo.

Formada atualmente por 52 comunidades que estão divididas em 11 Setores Missionários, a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Ceará-Mirim é tida como uma das maiores da Arquidiocese de Natal. A religiosidade e empenho pastoral desenvolvidos pelos fiéis impressionam todos que visitam a cidade.


***

HISTÓRIA DA MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO


IGREJA MATRIZ DE CEARÁ-MIRIM


A pedra fundamental da Igreja Matriz de Ceará-Mirim, foi lançada a 21 de fevereiro de 1858 pelo Frei Serafim de Cattânia – Porém suas obras somente foram concluídas no ano de 1900.
O templo foi construído mediante projeto do Frei Sarafim e as torres pelo projeto do engenheiro Mr. David Williams, com recursos do governo da província do Rio Grande do Norte e contribuições da população local; a direção das obras ficou a cargo de José Joaquim de Castro Barroca, do Engenho Verde-Nasce.

A Matriz foi construída em terreno doado pelo Coronel Manoel Varela do Nascimento (futuro Barão de Ceará-Mirim) e pelo Sr. Antônio Bento Viana do Engenho Carnaúbal no ano de 1851.
Por suas dimensões, é a Matriz de Ceará-Mirim, uma das maiores igrejas do Rio Grande do Norte. Mede 260 palmos o que equivale a 57 m 20 cm de comprimento e 107 palmos de largura que equivale a 23 m 55 cm. Foi construída com duas torres góticas de base quadrangular e terminal em agulha, medindo aproximadamente 36 metros e que foram concluídas em 1894.

Em 1889, foram trazidos os sinos em carro-de-boi por dois jovens da época vestidos a caráter – Fausto Varella e Heráclio Ribeiro de Paiva. Um dos sinos pesa 40 arrobas, cerca de 600 Kg, e foi doado pelo tenente-coronel Francisco José Soares do Engenho Cruzeiro. O outro possui 20 arrobas que equivale a 360 Kg, sendo este último feito pelas doações do povo. Os sinos só foram colocados em 01 de janeiro de 1901, na virada do século, tida como inaugural, estando registrada no marco encravado entre o 1º e 2º arco da nave principal. Outras ofertas importantes foram feitas por Josefa Cavalcanti Rocha – o Batistério – e por D. Vitória Duarte Ribeiro – a Pia Batismal toda em mármore. O Sacrário em bronze chegou a Matriz em 1951 por doação do Dr. Milton Varella.

Segundo Nilo Pereira em seu livro intitulado Imagens do Ceará-Mirim, Madalena Antunes, Jornalista e Poeta, declara em “O meu diário paulista – manuscrito”; que o altar-mor de nossa matriz foi inspirado no altar-mor da igreja Nossa Srª. do Carmo, de São Paulo, do início do século XIX. Diz ela: “O altar-mor era um verdadeiro milagre de pintura. Construído em degrauzinhos, deixava ver ao fundo belíssima cortina de veludo bordeau, presa aos lados por cordões em bolas de ouro com coruahevs góticos e colunatos douradas, desenho de um artista estrangeiro que igualmente decorou todo o forro da igreja com significativos emblemas”.

No início da década de 1930, o Então cônego Celso Cicco realiza uma reforma na matriz com a ajuda da população, inclusive a instalação da luz elétrica com as sua nove mil e trezentas velas distribuídas com precisão, custaram trinta e sete contos, seiscentos e quarenta e nove mil e quinhentos réis. As reformas realizadas foram, abertura de 10 arcadas, sendo quatro na capela-mor, 16 óculos envidraçados nas fachadas laterais, forros nos corredores dos segundos pavimentos e naves laterais da capela-mor, construção de uma gruta para N. S. de Lourdes com seu respectivo altar e mais 6 altares para as seguintes invocações: N.S. da Conceição (altar-mor), N.S. das Dores, Coração de Jesus, Santa Terezinha, São Sebastião e N.S. do Perpétuo Socorro; uma placa de cimento armado no batistério, com seu altar; um comungatório de mármore branco obedecendo à linha curva, levantamento das portas e substituição de janelas por venezianas; instalação de luz em série nos altares das naves principais, reparos nas escadas das torres e pintura a óleo dos altares.

Nesse período a matriz recebeu do Sr. Milton Varela, um sacrário de mármore; de D. Eugênia Miranda, uma imagem de N.S. do Perpétuo Socorro e respectivo altar; do Sr. Antonio Basílio Dantas Ribeiro, uma imagem de Sto. Antonio; de D. Etelvina Lopes Varela, uma gruta de N.S. de Lourdes e respectiva imagem; do Sr. Boaventura Dias de Sá, o mosaico para a capela-mor; do Sr. Nestor dos Santos Lima, uma via-sacra; do Sr. Manoel Marques, uma imagem de São Sebastião; de D. Mariinha Barreto, uma imagem de N.S. das Vitórias e dos Srs. Abel Correia e Luiz Varella, um baldaquim gótico.
Foi também reformada interna e externamente a residência paroquial, tendo sido gasto a quantia de três contos duzentos e cinqüenta e seis mil réis.

A República de 13 de setembro de 1936 informa que: “Esteve imponente a procissão realizada às 19 horas de domingo, 30 de agosto, de N.S. da Conceição, ultimamente “encarnada” pela exma. Senhorita Yayá Villarina. Mais de duas mil pessoas calculadamente, foram receber a imagem de sua querida padroeira no edifico do Grupo Escolar. Na matriz, o vigário, em nome do povo, saudou do púlpito, a excelsa protetora dos cearamirinenses, encerrando-se a cerimônia com a benção do Santíssimo Sacramento.

Funcionam mensalmente as confrarias do Apostolado da Oração, presidente a D. Senhorinha Wanderley; de Nossa Senhora das Dores, presidente D. Dolores Cavalcanti; da Pia União das Filhas de Maria, presidente, D. Adelaide Lima; Associação das Damas de Caridade, presidente, D. Annita Melo; Congregação da Doutrina Cristã, presidente, D. Senhorinha Wanderley; Associação das Almas do purgatório, presidente, D. Francisca Lago; Associação de São José, presidente, D. Senhorinha Wanderley; tendo já sido anunciado aos fiéis que brevemente será fundada a irmandade do Santíssimo. A Doutrina Cristã já matriculou 237 alunos e no próximo mês vai realizar a segunda turma de Primeiras Comunhão solene. O mapa religioso do ano passado acusa o seguinte resultado: casamentos: 195, casamento de consciência: 18; batismos: 871; comunhões distribuídas: 23.268; Primeiras Comunhões: 165; confissões de enfermos: 59; viáticos: 41 e extrema-unções: 72.

Festa cívico-religiosa promovida pela diretoria e professoras do Grupo escolar desta cidade, consoante determinação do revmo. Cônego-diretor geral do Departamento de Educação, realizou-se com desusado brilhantismo a festa de 7 de setembro, comemorativa ao “Dia da Pátria”. Coincidindo com o encerramento do 2º Congresso Eucarístico Nacional em Belo Horizonte, foi celebrada missa campal em frente ao Grupo Escolar, precedida de recitativos pelas alunas e alocução pela diretora e professoras sobre o magno acontecimento. Concluído o último evangelho, o vigário proferiu um discurso sobre o dever do Brasil na hora presente, tendo em seguida os alunos cantado o Hino da Bandeira ao tempo em que esta hasteada sob as palmas da multidão. Formou-se então extensa ala de alunos para a procissão eucarística, que também foi acompanhada por enorme massa humana. Na Matriz, depois da oração do Congresso, foi dada a benção do Santíssimo, entoando os alunos do Grupo Escolar, o Hino Nacional.
Fonte:
Ceará-Mirim Cultura e Arte - Gibson Machado

Tribunal Eclesiástico ganha obra de artista renomado



Um dos maiores expoentes da Arte Sacra Mundial, dom Ruberval Monteiro, está no Espírito Santo para a confecção do painel na sede do Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Vitória. Dono de trabalhos espalhados ao redor do mundo, dom Ruberval já esteve presente outras vezes no Espírito Santo, a última foi no início de fevereiro, onde realizou em parceria com a arquiteta Raquel Schneider os trabalhos na Paróquia São José em Maruípe.  

A parceria com Raquel se repetiu novamente no trabalho atual. Fato, que segundo dom Ruberval não interfere em sua composição artística. “Para ser artista verdadeiro é preciso limites. É dentro dos limites que a criatividade se manifesta” afirma o artista, que na obra do Tribunal trabalho com as dimensões de 4,5m x 3m. 
 
Seu trabalho, que poderá ser visto logo mais na Mitra Arquidiocesana, traz São Miguel Arcanjo com sua lança empunhada em dois dedos e dominando uma serpente. “São Miguel é, por tradição, um santo protetor, acolhedor, aquele que socorre” afirma dom Ruberval, revelando um dos porquês para sua escolha.“Dependendo do ângulo em que se olhe, a pintura pode levar a diversas interpretações” acrescenta o artista, que não gostaria de ver sua obra resumida a dualidades “bem contra o mal” ou “luz versus obscuridade”. Interpretar a pintura fica a cargo do olhar de cada um.  

Na obra, observa-se que São Miguel ganha contornos distintos, traços característicos da pintura de dom Ruberval, que se inspira na Tradição Cristã para seu trabalho, mas, que ao mesmo tempo o molda para estar em sintonia com o Homem Contemporâneo. “A arte de hoje não é feita para o homem do passado” ressalta ele, que conclui esta semana seu trabalho na Mitra Arquidiocesana, seguindo depois para o Sul do Brasil, onde realizará trabalhos no Paraná, para depois ir à Itália. 

 
 









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